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casos concretos TGP

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Aula 1
1ª Questão. César promove uma execução em face de Joaquim, objetivando receber uma nota promissória. Ao despachar a inicial, o juiz determinou que o oficial de justiça cumprisse o mandado de penhora e avaliação. Ato contínuo, foi penhorado o único imóvel do devedor, que se constitui na residência de sua família. No entanto, após ter sido realizada esta penhora, foi editada a Lei nº 8.009/90, estabelecendo que o imóvel residencial passou a ser impenhorável. Indaga-se: a penhora realizada sobre este bem antes da criação da Lei nº 8.009/90 pode permanecer ou a nova lei, de natureza processual, aplica-se imediatamente?
1 – A penhora deve ser desfeita. Como a penhora é uma to processual, qualquer lei que discipline este tema terá aplicação mediata nos termos do artigo 1211 CPC e sumula 205 do STJ.
Questão objetiva
R: D – Fundamentação: As leis processuais são espécies de normas jurídicas, logo, são regras de condutas estabelecidas na sociedade com as características da generalidade, abstração, obrigatoriedade, bilateralidade, cogencia e ainda nos casos específicos das normas processuais com característica da instrumentalidade estão inseridos dentre as normas processuais com característica publica, portanto, cogentes existindo normas processuais dispositivas apenas em caráter excepcional. 
Aula 2
1ª Questão. Artur promoveu ação de conhecimento em face de Gabriel para postular a condenação do réu a pagar o valor de R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais) em razão de descumprimento de contrato e a título de multa compensatória. Citado o réu oferece contestação, no prazo legal, e alega em preliminar a ilegitimidade da parte réu, em conta que com o autor nunca celebrou contrato de qualquer natureza.
Indaga-se:
a) O juiz ao determinar a manifestação do autor, em réplica, sobre a preliminar arguida pelo réu em sua peça de resistência, aplicou qual princípio de direito processual.
1 – Principio do contraditório e da ampla defesa sobe pena de causar nulidade processual
Questão objetiva
R: A – Fundamentação: As normas cogentes que foram estabelecidas para atender genuinamente o interesse publicam nãopodem ser modificados pela vontade das partes e nem pelo juiz, são imperativas.
Aula 3
Sílvio promove ação de conhecimento em face de Francisco postular do réu indenização por dano material no valor de R$ 45.000,00 (quarenta e cinco mil reais). Citado, o réu oferece contestação e alega a incapacidade do autor, por ser relativamente incapaz, bem como, no mérito que já ocorreu a prescrição, considerando que o prazo previsto na lei civil para cobrança do crédito já esgotou quando da propositura da ação. O juiz, ao examinar os autos constata que o autor já adquiriu a maioridade e, então,  acolhe a defesa do réu, reconhecendo a prescrição, proferindo sentença de improcedência do pedido.
Indaga-se:
Foi correta a decisão do juiz, diante da forma como se deve interpretar a lei processual? Justifique.
1 – A decisão esta correta, porque entre as regras gerais de interpretação que não diferem da de natureza processual o juiz não pode perder de vista que o processo é mero instrumento criado pra viabilizar a pretensão do direito material jurisdicionado. Não pode interpretar as normas processuais de forma isolada e sim sistemática. No caso concreto, seria inócua a postura judicial de determinar a regularização da representação porque o vicio desapareceu com a maior idade do autor e se pode decidir do mérito a favor da parte que se beneficiaria da eventual nulidade relativa não suprida. O art. 249 §2 do CPC, contem norma do sentido de que o juiz deve desconsiderar a eventual nulidade que se aproveitaria a parte se a decisão de mérito lhe é favorável.
Questão objetiva
R: D – Fundamentação: Os processos que correrem no exterior e os atos processuais neles praticados, não tem nenhuma eficácia em nosso território e são considerados inexistentes para alcançar a ineficácia no Brasil deverão as sentenças ser homologadas pelo STJ.
Aula 5
Questão nº 1. Fábio instaura processo em face de Carlos, perante um órgão integrante da Justiça Estadual, requerendo a desconstituição de uma obrigação representada em um título de crédito. O demandante, na própria petição inicial, postula ao magistrado a antecipação dos efeitos da tutela para que o seu credor seja impedido de executar em juízo esta dívida enquanto perdurar a presente demanda. Este pleito se afigura possível? Justifique a resposta.
1 – Não, o requerimento de antecipação dos efeitos de tutela, formulado por Fabio não pode ser acolhido por implicar no impedimento do livre acesso de Carlos, ao poder judiciário o eu violaria a norma estabelecida no Artigo 5º inciso XXXV da CRFB/88. Alem disso, também dispõe o artigo 585 § 1 do CPC, que à propositura de qualquer demanda relativa ao delito não impede o credor de se valer da via executiva.
Objetiva
R: A – Art. 128 CPC
Aula 6
1ª Questão. O Ministério Público Federal ofereceu denúncia em face de Alan Cunha, em virtude do mesmo ter supostamente praticado o crime previsto no art. 171, parágrafo 3º do CP, já que vinha recebendo benefício previdenciário manifestamente indevido. O processo criminal tramitou perante uma das Varas Federais Criminais da Seção Judiciário do Rio de Janeiro, culminando pela prolação de uma sentença penal condenatória. Neste mesmo ato decisório, o  magistrado determinou que o denunciado deve ressarcir o INSS (autarquia federal) da importância de R$ 122.820,00, que seria o montante indevidamente recebido em virtude da sua conduta criminosa. Indaga-se: pode o magistrado, lotado em juízo especializado em matéria criminal, efetuar a liquidação dos prejuízos cíveis sofridos? Justifique a resposta.
Art. 63 CPP (Lei 11729/08), É possível que o magistrado lotado em juízo criminal já possa na sua própria sentença penal condenatória, liquidar os prejuízos sofridos pela vitima o que dispensaria uma nova liquidação perante o juiz de competência civil.
R: A (Art. 935 cc)
Aula 7
1a Questão.
Foi proposta uma determinada demanda decorrente de litígio oriundo da compra e venda de bem móvel. O magistrado, ao analisar os autos, verifica que as partes ajustaram entre si um compromisso arbitral sobre o referido negócio jurídico. Assim, considerando a obrigatoriedade da arbitragem, o juiz imediatamente prolata sentença, extinguindo o processo sem resolução de mérito (art. 267, VII do CPC). 
Indaga-se: Agiu corretamente o magistrado? Justifique a resposta.
Não agiu corretamente o magistrado (Art. 300 CPC / 301 CPC §4º) Na arbitragem as partes podem dispor não mais resolver o conflito pela via alternativa. Para tanto podem realizar um destrato de forma expressa, mas também podem simplesmente optar por buscar a via do poder judiciário. No caso em tela a extinção do processo sem resolução do mérito, somente pode ser feita se houver insurreição da parte ré, ou seja, somente depois do réu alegar tal matéria com preliminar de defesa base. (Art. 301, §4 CPC E 301 IX)
R: A
AULA 8
1ª Questão. 
O Ministério Público instaura um processo coletivo em face do Município do Rio de Janeiro, em que se discute um direito indisponível (por exemplo, ofensa ao meio ambiente perpetrada pela Fazenda Pública). O demandado, após ter sido regularmente citado, não apresenta qualquer resposta. O magistrado, por este motivo, decreta a revelia do demandado e em seguida sentencia realizando um julgamento antecipado da lide, nos termos do art. 330, inciso II do CPC, que é considerado como uma “tutela de evidência”. Indaga-se: a Fazenda Pública pode realmente ser considerada revel? Esta revelia uma vez verificada autoriza o julgamento antecipado da lide? Justifique as respostas.
A fazenda publica se encontra em juízo discutindo interesse indisponível e quando isso ocorre como no caso sobre dito, o artigo 320 inciso II estabelece que não vá ocorrer os efeitos primários da revelia (Art. 319 CPC). Desta maneira não ocorrendo os efeitos do art. 319 do CPC, não se pode presumir que o demandante (Autor) tenha razão, e consequentementenão pode ser realizado o julgamento antecipado da lide. 
Revelia 319 CPC – Quando o réu não cotesta. O prazo é de 15 dias para contestação, se ele não apresentar ele é revel e serão aplicados os efeitos da revelia.
Efeitos da revelia:
1º Serão aceitos os fatos revelados pelo autor
2º O réu não será mais intimando dos atos do processo
3º o juiz fará o julgamento antecipado da lide ( Não havendo audiência de instrução e julgamento)
R: B (Art. 285 A CPC)
AULA 9
1ª Questão.
Carlos Alberto promove demanda em face de uma empresa jornalística, requerendo a concessão de liminar para que a mesma publique uma retratação de notícia divulgada na semana anterior que lhe envolvia. O magistrado determinou a citação do réu para, somente após, analisar o requerimento de antecipação dos efeitos da tutela. Em resposta, a empresa aduziu que não seria possível a concessão da liminar, dado ao caráter da irreversibilidade dos seus efeitos. Indaga-se: como o magistrado deverá decidir? Justifique a resposta.
O magistrado deve indeferir a liminar pois não existe a possibilidade de reversibilidade de seus efeitos, por se tratar de uma decisão proferida em juízo de congenção sumaria. ( Conhecimento especial)
R: c
Aula 10
1ª Questão.
Em demanda promovida por Marcos em face de Associação dos Idosos Brasileiros, o juiz profere o despacho saneador afastando a preliminar de ilegitimidade passiva suscitada pela parte demandada. 
Indaga-se: 
a) Se no curso do procedimento forem produzidas provas que demonstrem a ilegitimidade da parte, poderá o juiz proferir sentença definitiva de improcedência do pedido? Fundamente com a abordagem da Teoria Eclética do Direito de Ação e da Teoria da Asserção; 
b) A decisão do juiz que desacolhe a preliminar de ilegitimidade passiva levantada pelo demandado sofre os efeitos da preclusão se a parte supostamente prejudicada não impugná-la no tempo e modo devidos? Justifique.
A teoria eclética do direito de ação, desenvolvida por Liebonam, foi responsável por condicionar a existência do direito de ação a presença de determinados requisitos. O autor apenas terá direito ao julgamento de mérito desde que preenchidas as chamadas condições para o legitimo exercício das ações. Ausentes tais condições, independentemente do grau de cognição desenvolvido pelo juiz, devera ser proferida uma sentença terminativa (Art. 267 CPC). Para a teoria da ascensão a presença ou ausência das condições para o exercício da ação deve ser apreciada a partir das alegações, admitindo-se para tal finalidade a veracidade das alegações. Qualquer outra apreciação de existência ou inexistência das condições para o exercício da ação fora desta sede conduzira a apreciação do mérito. A presença das condições da ação implica no exercício regular daquele direito.
B- A decisão do magistrado não ira sofrer os efeitos da preclusão, eis que se trata de matéria de ordem publica que pode ser verificada a qualquer momento.
R: c
Aula 11
1ª Questão.
Luciano impetra mandado de segurança apontando como autoridade coatora o gerente regional de arrecadação da Receita Federal, que presenta a União. Como teve negada a liminar pretendida pelo magistrado, o seu advogado resolve instaurar um novo processo de conhecimento, mas em rito ordinário, envolvendo as mesmas partes, pedido e causa de pedir. Há litispendência neste caso, mesmo tratando-se de processos que observam procedimento distinto? Justifique a resposta.
Sim, pois para que seja configurada a litispendência, há necessidade de que a ação seja exatamente a mesma e isso se extrai da analise dos elementos da ação que são as partes. A causa de pedir é o pedido. Assim é irrelevante o procedimento adotado, pois existem dois processos versando sobre a mesma ação, fatalmente um deles será extinto.
R: A
Aula 12
1ª Questão.
Paulo promove ação de conhecimento em face de Valdo. Postula na petição inicial o reconhecimento da paternidade e, ainda, pleito de condenação do réu a pagar alimentos, em conta que deles está necessitado, por ser menor impúbere em idade escolar e por ser portador de deficiência física que exige utilização de aparelho mecânico para se movimentar, o que exige gastos constantes de manutenção, sem contar a necessidade de ser suprido para sustento próprio.
Indaga-se:
a) O caso manifesta um concurso de ações ou uma cumulação de ações ou de pedidos? Justifique.
b) Tratando-se de cumulação de pedidos, qual seria a sua espécie? Justifique.
O autor promoveu uma cumulação de pedidos. Um de investigação de paternidade e o outro de alimentos. No concurso de ações o autor tem a sua escolha duas ou mais ações para fazer valer o seu direito em juízo.
B- Trata-se de cumulação sucessiva de pedidos, porque estes são dependentes, um é prejudicial do outro, no caso, a investigação de paternidade é questão prejudicial e o pleito de alimentos a questão prejudicada. Na cumulação sucessiva só se é possível atender o segundo pedido se o primeiro for acolhido pelo juiz.
R: c (Art. 268 § ú parte final CPC)
Aula 13
Gustavo promove demanda em face de Fabiano, perante o juízo da 1ª Vara Cível, tendo sido proferida sentença que lhe foi favorável, com a condenação do demandado a lhe pagar a quantia de R$ 100.000,00. Não foram interpostos recursos e a sentença transitou em julgado. Ocorre que o devedor não honrou o pagamento fixado na sentença.
Indaga-se: 
a) Qual medida Gustavo deverá adotar?  Justifique.
b) Haverá necessidade de instauração de um novo processo? Justifique.
c) O que é processo sincrético? Justifique.
Gustavo devera, por meio de o seu advogado requerer o inicio da fase executiva com base no artigo 475 “I”, SS.
B- Não haverá necessidade de instauração de um novo processo, eis que somente ocorrera o inicio de uma nova etapa dentro do mesmo processo já instaurado.
C- Sincrético é o processo em que o itinerário processual contem duas fases, a primeira de cognição, que se encerra com a sentença e a segunda a de cumprimento de sentença, eliminando-se o processo autônomo de execução, com o objetivo de atender o princípio da duração razoável do processo (Serenidade) prevista no Art. 5 LXXCIII CRFB/88.
R: A (Art. 839 aos 843 decretos lei 9011/69

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