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04/06/2015 1 Adicionais Profa. Marta Chaves O empregado que trabalhar no período noturno, ou seja, aquele compreendido entre às 22:00 horas de dia e às 5:00 horas do dia seguinte, fará jus ao adicional de 20% sobre o salário- hora diurno. A hora do trabalho noturno é de 52 minutos e 30 segundos. Portanto, se o empregado trabalha das 22:00 horas às 5:00, terá de efetivo trabalho 7 horas normais, ou seja, de 60 minutos, devendo perceber o equivalente a 8 horas, conforme demonstrativo a seguir: Acréscimo com que deverá ser remunerado o trabalho noturno em relação ao trabalho diurno, são aplicados os seguintes percentuais: • Trabalhador urbano: 20% • Trabalhador rural: 25% • Advogado: 25% Obs: é proibido o trabalho noturno aos menores de 18 anos. Adicional Noturno Fundamento Legal: Art.73 da CLT 04/06/2015 2 HORA NOTURNA. • Não se aplica a hora reduzida para empregados nas atividades; • Exploração, perfuração, produção de refinação de petróleo. • Transporte de petróleo e seus derivados, por meio de duto. PERÍODO NOTURNO. Trabalhador Urbano: das 22 horas de um dia às 5 horas do dia seguinte. Trabalhador Rural: •Na lavoura: das 21 horas de um dia às 5 horas do dia seguinte. •Na pecuária: das 20 horas de um dia às 4 horas do dia seguinte •Advogado: das 20 horas de um dia ás 5 horas do dia seguinte. 04/06/2015 3 INTERVALO. No trabalho noturno também deve haver o intervalo para o repouso ou alimentação, sendo: Jornada de trabalho de até 4 horas: sem intervalo; Jornada de trabalho superior a 4 horas e não excedente a 6 horas: intervalo de 15 minutos; Jornada de trabalho excedente a 6 horas: intervalo de no mínimo 1(uma) hora e no máximo de 2(duas) horas. Ao intervalo para repouso ou alimentação não se aplica a redução da hora, prevalecendo para esse efeito a de 60 minutos. A concessão do período de repouso ou alimentação aplica-se inclusive a vigias, vigilantes, zeladores, porteiros e outras funções assemelhadas sem qualquer distinção. Mesmo em acordos de revezamento devem existir os respectivos intervalos, sob pena de pagamento de multas e horas complementares. Os empregados que trabalham em contato permanente com inflamáveis, explosivos, raios ionizantes (radiação em geral), ou eletricidade, recebem um adicional de 30% sobre o salário contratual, não incidindo referido percentual sobre prêmios, gratificações e participação nos lucros. Exemplo: Salário contratual = R$1.000,00 Adicional de periculosidade = R$ 300,00 (30% de R$ 1.000,00) Conforme Art. 193 da CLT. São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho, aqueles que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem o contato permanente com inflamáveis ou explosivos em condições de risco acentuado. Adicional de Periculosidade Art. 193 a 197 CLT. 04/06/2015 4 ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. • O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30% sobre o salário, sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa. • A caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade, segundo as normas do Ministério do Trabalho, far-se-ão através de PERÍCIA a cargo do Engenheiro do Trabalho ou Médico do Trabalho. • O direito do empregado a insalubridade e periculosidade cessará com a eliminação do risco à sua saúde ou integridadefísica. • Faz jus ao adicional de periculosidade o empregado exposto permanentemente ou que, de forma intermitente, sujeita-se a condições de risco. • Indevido o adicional, apenas, quando o contato dá-se de forma eventual assim considerando o fortuito, ou o que seja habitual . • É pago aos empregados que trabalham nas atividades consideradas insalubres, nocivas à saúde do trabalhador. • O adicional de insalubridade será de 10%, 20% ou 40% do salário mínimo, (ou piso da categoria, se houver), conforme o grau de insalubridade (mínimo, médio ou máximo), conforme quadro das atividades insalubres constante da Norma Regulamentadora nº15 / Portaria MTb nº 3.214/78. • Através da adoção de normas de proteção no próprio ambiente de trabalho ou através do uso de equipamentos individuais, a insalubridade poderá ser eliminada ou ter reduzido seu grau, eliminando ou reduzindo, consequentemente, o adicional. Adicional de Insalubridade Art. 189 a 192 CLT. 04/06/2015 5 ADICIONAL DE INSALUBRIDADE Conforme Art. 192 da CLT. Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos. O Limite de Tolerância é a concentração ou intensidade máxima ou mínima, relacionada como a natureza e o tempo de exposição ao agente, que não causará dano a saúde do trabalhador, durantea sua vida laboral. OS AGENTES CLASSIFICAM –SE EM: • Químicos Ex. Chumbo. • Físicos Ex. Calor • Biológicos Ex. Doenças infecto-contagiosas. 04/06/2015 6 As diárias para viagem são valores pagos habitualmente ao empregado para cobrir despesas necessárias, tais como: alimentação, transporte, hotéis, alojamento, para realização de serviços externos. "Art. 457 – CLT - § 2º - Não se incluem nos salários as ajudas de custo, assim como as diárias para viagem que não excedam de 50% do salário percebido pelo empregado." Enunciado TST 101 - Diárias de Viagem. Salário - Res. 129/2005 - DJ 20.04.2005: "Integram o salário, pelo seu valor total e para efeitos indenizatórios, as diárias de viagem que excedam a 50% (cinqüenta por cento) do salário do empregado, enquanto perdurarem as viagens." Diárias para Viagens • O salário in natura ou também conhecido salário utilidade é normalmente conceituado como sendo toda parcela, bem ou vantagem fornecida pelo empregador como gratificação pelo trabalho desenvolvido ou pelo cargo ocupado. • O artigo 7º, inciso IV da CF/88 dispõe dentre as garantias do trabalhador o salário (nunca inferior ao mínimo) capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, e etc. • Para todos os efeitos legais, a parcela in natura integra ao salário, consequentemente sofre incidência tributária do INSS, FGTS e IRRF. Há também reflexos nas verbas indenizatórias de rescisão contratual. SALÁRIO IN NATURA 04/06/2015 7 Em conformidade com a Convenção nº 95 da Organização Internacional do Trabalho - OIT, a lei 10.243 de 20 de junho de 2001, deu nova redação ao § 2º do artigo 458 da CLT, não considerando como salário, desde que compreendido a todos os empregados, as seguintes utilidades: • vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local de trabalho, para a prestação do serviço; • educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático; • transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não por transporte público; • assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde; NÃO SE CONSIDERA SALÁRIO IN NATURA OU UTILIDADE • seguros de vida e de acidentes pessoais; • previdência privada; Com esta lei, o legislador procurou estimular o empregador a proporcionar melhores condições de trabalho ao empregado, desonerando vários itens que até então, eram considerados como salário utilidade OBS: Tais benefícios não poderão ser fornecidos gratuitamente pelo empregador, sob pena ainda de caracterização de salário utilidade04/06/2015 8
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