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Enfermagem Criança 2013 RESIDENCIA UERJ

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QUESTÃO 1 (15 pontos) 
 
a) (6 pontos) 
 
Função Situação decorrente do cuidado de enfermagem que alteram essa função 
Proteção Remoção de pelos. 
Uso de fitas adesivas. 
Uso de produtos que provocam ressecamento/fissuras. 
Uso excessivo de emolientes. 
Manutenção do paciente em meio úmido. 
Sensação Força de cisalhamento na mobilização do paciente. 
Regulação 
térmica 
Temperatura do ambiente excessivamente fria ou quente. 
Manutenção da umidade das roupas. 
Excesso de cobertores. 
Excreção e 
secreção 
Manutenção do paciente sudoreico. 
Manutenção de umidade que aloje microrganismos 
Bibliografia: POTTER, Patrícia Ann.; Perry, Anne Griffin. Fundamentos de enfermagem. 
Rio de Janeiro: Elsevier, 2009, pg 850 
 
b) (3 pontos) 
 
O candidato deve assinalar informações com as quais seja possível fazer associação clara 
com as características definidoras descritas abaixo. Neste sentido os fatores relacionados 
se constituem a informação necessária a ser coletada e na justificativa o candidato deverá 
associar o fator à alteração na capacidade de autocuidado para banho. 
Ex.: Presença de dor impedindo a mobilidade e dificultando o ato de banhar-se 
Fraqueza muscular dificultando a ida ao banheiro. 
 
 
c) (6 pontos) 
 
Itens Prescrição 
Privacidade do paciente: - fechar porta; 
- fechar cortinas; 
- expor apenas a área a ser banhada; 
- usar biombo. 
Segurança do paciente: -manter grades laterais elevadas durante o banho; 
- colocar campainha próxima ao paciente quando sair 
temporariamente do quarto. 
Temperatura: 
 
- controlar correntes de ar; 
- deixar janelas fechadas; 
- manter o cliente coberto expondo apenas a parte do 
corpo que está sendo lavada durante o banho; 
- controlar temperatura da água durante o banho. 
 
Bibliografia: POTTER, Patrícia Ann.; Perry, Anne Griffin. Fundamentos de enfermagem. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009 pg. 869 
 
Residência Enfermagem 2013 
 
 
NÍVEL SUPERIOR 
Enfermagem – Mulher e Criança 
PADRÃO DE RESPOSTA 
 
 
QUESTÃO 2 (15 pontos) 
 
 
a) (3 pontos) 
 
• Realizar aconselhamento pré teste e pós teste 
• Oferecimento da Testagem para HIV/testagem rápida 
• Realizar a sorologia / testagem rápida somente mediante a sua 
autorização; 
 
Em caso de resultado positivo: 
• Profilaxia antirretroviral. 
• Avaliar tipo de parto de acordo com a carga viral da 34ºsemanas ( Se 
menor de 1000 cópias- Parto Vaginal , maior ou desconhecida- 
Cesárea ) 
• Orientar quanto a contraindicação do aleitamento materno; 
• Orientar sobre a necessidade de coleta de nova amostra para realização do 
confirmatório. 
• Realizar a notificação de gestantes infectadas pelo HIV 
 
 
b) (6 pontos) 
 
• Iniciar AZT injetável conforme doses recomendadas , 2mg/kg na primeira 
hora, seguida de infusão contínua de 1mg/kg/hora até a ligadura do cordão .; 
• Infundir AZT, por pelo menos 3 a 4 horas,antes de procedimentos cirúrgicos 
eletivos; 
• Manter o AZT até o clampeamento do cordão ; 
• A parturiente deve receber zidovudina por meio de infusão endovenosa 
desde o início do trabalho de parto (devendo ser iniciada no mínimo 3 
horas antes do parto cesáreo), 
• Não realização de procedimentos que exponham o neonato ao sangue e 
secreções maternas por muito tempo e que promovam solução de 
continuidade na pele do recém-nascido; 
• Contra-indicar o aleitamento materno. 
• Não romper artificialmente as membranas amnióticas 
• Evitar toques vaginais repetidos; 
• Evitar procedimentos invasivos, tais como: amniocentese, cordocentese, 
escalpe cefálico 
• Evitar a realização de episiotomia, fórceps e extração vácuo 
• Se a episiotomia Tiver de ser realizada, deverá ser realizada o mais próximo 
possível do desprendimento cefálico e a incisão deverá ser protegida por uma 
compressa de gaze para evitar o contato do sangue com o feto. 
• Não realizar a manobra de Kristeller; 
• As parturientes portadoras do HIV não devem permanecer com bolsa rota por 
mais de 4 horas, ou em trabalho de parto prolongado. 
• Proceder o clampeamento do cordão umbilical imediatamente após a 
expulsão do neonato; 
• Inibir a lactação da puérpera, com diagnóstico de infecção pelo HIV, logo 
após o parto. A inibição da lactação pode ser conseguida com compressão 
das mamas com atadura, imediatamente após o parto, 
• Preferir sempre seringas de plástico (isto se aplica para a 
episiotomia, quando esta não puder ser evitada) 
• Preferir sempre o use de tesouras, ao invés de bisturi 
• Nunca utilizar lâmina de bisturi desmontada (fora do cabo) 
• Preferir fios de sutura agulhados 
• Evitar agulhas retas de sutura, pelo seu maior risco de acidente percutâneo 
• Utilizar sempre pinças auxiliares nas suturas, evitando manipulação dos 
tecidos com os dedos durante a sutura da episiotomia (quando essa for 
necessária), durante o fechamento por planos na operação cesariana e 
outros procedimentos; 
• Evitar sutura por dois cirurgiões simultaneamente, no mesmo 
campo cirúrgico 
• A passagem de materiais pérfuro-cortantes (bisturi, portaagulhas montados, 
etc.) do auxiliar para o cirurgião deve ser através de cubas, após aviso verbal 
• Adotar cuidados especiais na manipulação da placenta e do 
cordão umbilical, pois o risco de exposição é muito grande 
• É obrigatória a notificação de gestantes infectadas pelo HIV 
• 18 
• Não havendo disponibilidade do AZT injetável, deve-se usar esquema 
alternativo do AZT oral como se segue: 300 mg, VO, no começo do trabalho 
de parto e, a partir de então, 300mg a cada 3 horas até o clampeamento do 
cordão umbilical. 
 
 
c) (6 pontos) 
 
• Adotar os EPI (luvas, capotes, avental, máscara e gorro) nos 
cuidados imediatos ao recém-nascido, devida a possibilidade de exposição a 
sangue e líquido amniótico 
• Evitar o prolongamento dessa exposição ou lesões de mucosas que rompam 
barreiras protetoras à penetração viral. 
• A aspiração de boca, narinas ou vias aéreas deve ser evitada e, se for 
necessária, deve ser cuidadosa. 
• Caso tenha havido deglutição de sangue ou mecônio, pode-se promover a 
lavagem gástrica cuidadosa, evitando-se traumas de mucosas tanto durante a 
passagem da sonda gástrica quanto durante a aspiração. 
• O RN deve ser banhado com água e sabão logo após o parto; 
• A profilaxia com ARV deve ser administrada à criança logo após o 
nascimento, dentro de 12 horas de vida, preferencialmente nas 
primeiras 2 horas, mesmo que seja indicada com base apenas em um 
resultado positivo de teste rápido. Não é necessário aguardar testes 
confirmatórios. 
• Mesmo se a infecção materna for diagnosticada entre 12 e 48 horas após o 
parto, a profilaxia deve ser iniciada. O início da administração de zidovudina 
ao RN após 2 dias do nascimento provavelmente não é eficaz para a 
prevenção 
• Estimular o cuidado materno no Alojamento Conjunto; 
 
• Orientar que a duração do uso de zidovudina para o RN é de seis semanas. A 
medicação deve ser fornecida pelo serviço de referência com instruções 
cuidadosas para o seu uso. 
• Orientar e encaminhar sobre a disponibilização da fórmula infantil 
durante seis meses para filhos de mães infectadas pelo HIV. 
• orientação cuidadosa sobre as causas da contraindicação do aleitamento 
materno e os cuidados com relação ao preparo do leite, procurando reduzir o 
risco de doença no RN. 
• A criança exposta à infecção materna pelo HIV deve receber todas as 
imunizações rotineiras do calendário vacinal. 
• Ao RN devem ser administradas as vacinas contra hepatite B e BCG. 
• Recomenda-se que sejam feitos dois testes de detecção de RNA viral (carga 
viral) em amostras de sangue (plasma), sendo o primeiro em torno de 4 
semanas de idade. Se o resultado for negativo, deve-se repetir o segundo 
teste em tornode 12 semanas de idade. 
• Encaminhar no momento da alta para ser acompanhado em serviço 
preparado para realizar esse seguimento, incluindo-se os testes para 
diagnóstico da infecção pelo HIV e coinfecções, além de testes 
complementares para monitoramento de condições associadas 
• Realizar a notificação de gestantes infectadas pelo HIV e de RN exposto à 
infecção materna.. 
 
Bibliografia: 
BRASIL. Ministério da Saúde. Manual do parto, aborto e puerpério: assistência humanizada a mulher. 
Brasília, 2001 Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd04_13.pdf 
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. 
Atenção à saúde do recém-nascido: guia para os profissionais de saúde - v. 2. Intervenções comuns, icterícia e 
infecções. Brasília: Ministério da Saúde, 2011. Disponível em: http://www.fiocruz.br/redeblh/media/arn_v2.pdf 
 
 
 
QUESTÃO 3 (15 pontos) 
 
a) (3 pontos) 
 
1. A proporção do total de água no corpo muda conforme o crescimento da criança: o 
prematuro tem 90% do peso corporal em água, o recém-nascido 80% e a criança maior de 2 
anos apresenta proporção próxima à de um adulto (60%). 
2. A distribuição do líquido intracelular (LIC) e extracelular (LEC) só se aproxima da do 
adulto na adolescência. No recém-nascido, o LEC representa 45% do peso e no adulto, 
20%. Essa diferença, somada ao fato de o LEC ser mais vulnerável a alterações rápidas de 
volume, explica o fato de a criança ser mais vulnerável à desidratação. 
3. A taxa metabólica basal da criança é 3 vezes maior que a do adulto. 
4. As crianças pequenas perdem mais água através da pele, pois a proporção da área 
corporal/peso de uma criança é cinco vezes maior que a de um adulto. 
5. A frequência respiratória mais elevada na criança também contribui para perda de 
água. 
6. A quantidade de água envolvida na digestão é proporcionalmente maior em relação 
ao peso do que no adulto. 
7. Os mecanismos de homeostase dos principais eletrólitos ainda não estão totalmente 
desenvolvidos, principalmente sódio e potássio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
b) (4 pontos) 
 
Nível de consciência Letargia, sonolência e irritabilidade pelo excesso de sódio (desidratação 
hipertônica). 
Turgor da pele Diminuição do turgor da pele (desidratação isotônica). Edema, 
principalmente na região periorbital e sacra (movimento de líquido para 
espaço intersticial). 
Temperatura Inicialmente ocorre a elevação da temperatura corporal pelo déficit de 
volume; à medida que aumenta a perda, ocorrerá queda da temperatura 
corporal. 
Frequência 
cardíaca/pulso 
No início da desidratação, ocorre taquicardia, e a contínua perda de 
líquidos torna o pulso rápido e fraco. 
 
 
 
c) (8 pontos) 
 
N° Ação Aprazamento 
1 Administrar solução de reidratação oral em intervalos 
pequenos após cada evacuação líquida, por meio de copo, 
colher, seringa etc, de acordo com o hábito da criança. 
SQN, 
ou agora, 
ou nas 24 horas. 
2 Puncionar o acesso venoso com dispositivo sobre agulha nº 
24, utilizando solução alcoólica para antissepsia. 
Agora. 
3 Observar rigorosamente o local da punção venosa, quanto a 
edema, calor e hiperemia. 
Nas 24 horas. 
4 Aferir sinais vitais de 4 em 4 horas. 10h, 14h, 18h, 22h, 
02h, 06h. 
5 Realizar controle hídrico rigoroso Nas 24 horas. 
6 Pesar diariamente, em jejum. 06h. 
7 Registrar a integridade da pele. Durante o exame 
físico e as trocas das 
fraldas. 
8 Registrar evolução dos sinais de desidratação, como 
alteração no turgor da pele, ressecamento das mucosas, 
volume e densidade da urina, duas vezes ao dia. 
06h, 18h. 
 
 
 
Bibliografia: 
ALMEIDA, Fabiane de Amorim, Sabatés, Ana Llonch (orgs). Enfermagem pediátrica: a criança, o 
adolescente e sua família no hospital. Barueri, SP: Manole, 2008. 
 
NANDA International. Diagnósticos de Enfermagem da NANDA: definições e classificação 2009- 
2011/Porto Alegre: Artemed, 2010. 
 
TANNURE, Meire Chucre, Pinheiro, Ana Maria. SAE: Sistematização da Assistência de Enfermagem. 
Guia Prático. 2ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.