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n. 28 – Base de um Espaço Vetorial e Componentes de um Vetor Bases de um Espaço Vetorial Chama-se base, por exemplo, do 𝑉3, a qualquer tripla ordenada 𝐸 = (𝑒1⃗⃗ ⃗ , 𝑒2⃗⃗ ⃗, 𝑒3⃗⃗ ⃗ ) linearmente independente (LI) de vetores de 𝑉 3. Se (𝑒1⃗⃗ ⃗ , 𝑒2⃗⃗ ⃗, 𝑒3⃗⃗ ⃗ ) é uma base de 𝑉 3, todo vetor de 𝑉3 é gerado por 𝑒1⃗⃗ ⃗ , 𝑒2⃗⃗ ⃗ 𝑒 𝑒3⃗⃗ ⃗, isto é, para todo 𝑣 ∈ 𝑉 3, existem escalares 𝑎1 , 𝑎2 e 𝑎3 tais que 𝑣 = 𝑎1 𝑒1⃗⃗ ⃗ + 𝑎2 𝑒2⃗⃗ ⃗ + 𝑎3 𝑒3⃗⃗ ⃗ . Uma base {𝑒1⃗⃗ ⃗, 𝑒2⃗⃗ ⃗} é dita ortonormal se os vetores forem ortogonais e unitários Isto é, 𝑒1⃗⃗ ⃗ ⏊ 𝑒2⃗⃗ ⃗ e |𝑒1⃗⃗ ⃗| = |𝑒2⃗⃗ ⃗| = 𝟏 Base: para ser base o conjunto de vetores deve ser LI e gerar o espaço, nesse caso, o R2. Exemplo: Considere uma base ortonormal {𝑒1⃗⃗ ⃗ , 𝑒2⃗⃗ ⃗ } no plano x O y e um vetor 𝑣 com componentes 3 e 2, respectivamente, isto é, 𝑣 = 3 𝑒1⃗⃗ ⃗ + 2 𝑒2⃗⃗ ⃗, a representação gráfica dessa base é: Seja V um espaço vetorial. Um subconjunto B = {v1, v2, ..., vn } ⊂ V é uma base do espaço vetorial V se V = [B] , isto é: B gera V; B é um conjunto de vetores linearmente independente. A base B pode ser indicada por B =(v1,v2, ..., vn) ou B = {v1,v2, ..., vn}. B = {v1, v2, ..., vn} ⊂ V é uma base de V se: (i) B gera V },,,{ 21 n vvv = V (ii) B é (LI) },,,{ 21 nvvv é (LI) Alguns exemplos 1. Verifique que o conjunto {v1}, onde v1 = (1) é uma base do espaço vetorial V = R (Esta base é chamada de base canônica do R). Basta provar que este conjunto gera o ℝ e é um conjunto (LI), isto é: (i) [ (1) ] = V gera o ℝ (ii) {(1)} é (LI) i) (x) = a1 v1 provando que gera o ℝ (x) = a1 (1) (x) = (a1) Logo, o conjunto V gera o ℝ pois qualquer x ∈ ℝ pode ser escrito como: x.1 = x , ou seja é combinação linear de v1. ii) [1] provando que é LI [1] → 𝑑𝑒𝑡 = 1 Ou, 0 = 𝑎 𝑣1 0 = 𝑎 .1 0 = 𝑎 Logo, como a = 0 é LI. 2. Verifique que o conjunto {v1, v2}, onde v1 = (1, 0) v2 = (0, 1) é uma base do espaço vetorial V = R2 (Esta base é chamada de base canônica do R2). Basta provar que este conjunto gera o ℝ2 e é um conjunto (LI), isto é: (i) [ (1, 0) , (0, 1) ] = V gera o ℝ2 (ii) {(1, 0) , (0, 1)} é (LI) iii) (x, y) = a1 v1+ a2 v2 provando que gera o ℝ2 (x, y) = a1 (1, 0) + a2 (0, 1) (x, y) = (a1, 0) + (0, a2) (x, y) = (a1, a2) Logo, o conjunto V gera o ℝ2, pois qualquer par (x, y) ∈ ℝ2 é combinação linear de v1 e v2. iv) [ 1 0 0 1 ] = 1 − 0 = 1 provando que é LI Determinante diferente de zero, logo é LI. Ou: a1 v1+ a2 v2 = (0, 0) a1 (1, 0)+ a2 (0, 1) = (0, 0) (a1, 0)+ (0, a2) = (0, 0) (a1, a2) = (0, 0) a1 = 0 e a2 = 0 O que mostra que é (LI). Portanto, o conjunto V é uma base do ℝ2. 3. Verifique se o conjunto v1 = (1, 1) v2 = (0, 1) é uma base do espaço vetorial V = R2 Basta provar que este conjunto gera o ℝ2 e é um conjunto (LI), isto é: (i) [ (1, 1) , (0, 1) ] = V gera o ℝ2 (ii) {(1, 1) , (0, 1)} é (LI) i) (x, y) = a1 v1+ a2 v2 provando que gera o ℝ2 (x, y) = a1 (1, 1) + a2 (0, 1) (x, y) = (a1, a1) + (0, a2) (x, y) = (a1, a1+a2) Logo, se (x, y) = (0 , 0) Temos que: (0 , 0) = (a1, a1+a2) Portanto, tomando quaisquer (x , y) teremos todo o ℝ2 v) [ 1 1 0 1 ] = 1 − 0 = 1 provando que é LI Determinante diferente de zero, logo é LI. Ou: a1 v1+ a2 v2 = (0, 0) a1 (1, 1)+ a2 (0, 1) = (0, 0) (a1, a1)+ (0, a2) = (0, 0) (a1, a1+a2) = (0, 0) a1 = 0 e a2 = 0 O que mostra que é (LI). Portanto, o conjunto V é uma base do ℝ2. 4. Verifique que o conjunto {v1, v2}, onde v1 = (1, 0) e v2 = (4, 0) não é uma base do espaço vetorial V = R2. Basta provar que este conjunto não gera o ℝ2, ou que o mesmo não é LI. (i) [ (1, 0) , (4, 0) ] = V (ii) {(1, 0) , (4, 0)} é (LI) i) (x, y) = a1 v1+ a2 v2 (x, y) = a1 (1, 0) + a2 (4, 0) (x, y) = (a1, 0) + (4 a2, 0) (x, y) = (a1 + 4 a2, 0) Logo, como temos apenas a reta do eixo x, pois y é sempre igual a zero, o conjunto V não gera o ℝ2. ii) [ 1 0 4 0 ] = 0 − 0 = 0 Determinante igual à zero, implica que é LD . Portanto, o conjunto V não é uma base do ℝ2. Exercícios: 1. Verifique quais dos conjuntos é base dos espaços a seguir: a. B = { (1, 2), (3, 5)} R: É base do ℝ2. b. B = { (1, 2), (2, 4)} R: Não é base do ℝ2. c. B = { (1, 0), (0, 1), (7, 4)} R: Não é base do ℝ2. d. B = { (0, 1), (0, 2)} R: Não é base do ℝ2. e. B = { (1, 0,0), (0, 1,0), (0, 0, 1)} R: É base do ℝ3. f. B = { (1, 1, 1), (1, - 1 ,0)} R: Não é base do ℝ3. g. V = M (2 x 2) R: É base de V. Resolução dos exercícios 1. Verifique quais dos conjuntos é base dos espaços a seguir: a. B = { (1, 2), (3, 5)} Basta provar que este conjunto gera o ℝ2 e é um conjunto (LI), isto é: (i) {(1, 2), (3, 5)} = 𝑉 → gera o ℝ2 (ii) {(1, 2), (3, 5)} → é LI i) (𝑥, 𝑦) = 𝑎𝑣1 + 𝑏 𝑣2 → provando que gera o ℝ2 (𝑥, 𝑦) = 𝑎 (1, 2) + 𝑏 (3, 5) (𝑥, 𝑦) = (𝑎, 2𝑎) + (3𝑏, 5𝑏) (𝑥, 𝑦) = (𝑎 + 3𝑏, 2𝑎 + 5𝑏) Logo, { 𝑥 = 𝑎 + 3𝑏 (1) 𝑦 = 2𝑎 + 5𝑏 (2) De (1): 𝑎 = 𝑥 − 3𝑏 (3) (3) em (2): 𝑦 = 2(𝑥 − 3𝑏) + 5𝑏 𝑦 = 2𝑥 − 6𝑏 + 5𝑏 𝑦 = 2𝑥 − 𝑏 𝑏 = 2𝑥 − 𝑦 (4) (4) em (3): 𝑎 = 𝑥 − 3(2𝑥 − 𝑦) 𝑎 = 𝑥 − 6𝑥 + 3𝑦 𝑎 = −5𝑥 + 3𝑦 (5) Portanto, (4) e (5) na combinação linear: (𝑥, 𝑦) = 𝑎 (1, 2) + 𝑏 (3, 5) (𝑥, 𝑦) = (−5𝑥 + 3𝑦) (1, 2) + (2𝑥 − 𝑦) (3, 5) (𝑥, 𝑦) = (−5𝑥 + 3𝑦,−10𝑥 + 6𝑦) + (6𝑥 − 3𝑦, 10𝑥 − 5𝑦) (𝑥, 𝑦) = (−5𝑥 + 3𝑦 + 6𝑥 − 3𝑦 , − 10𝑥 + 6𝑦 + 10𝑥 − 5𝑦) (𝑥, 𝑦) = (𝑥 , 𝑦) O que prova que {(1, 2), (3, 5)} = 𝑉 gera o ℝ2 Portanto, tomando quaisquer (x , y) teremos todo o ℝ2 ii) [ 1 2 3 5 ] = 5 − 6 = −1 → provando que é LI Determinante diferente de zero, logo é LI. Ou: (0,0) = 𝑎 (1, 2) + 𝑏 (3, 5) (0, 0) = (𝑎, 2𝑎) + (3𝑏, 5𝑏) (0, 0) = (𝑎 + 3𝑏, 2𝑎 + 5𝑏) Logo, { 0 = 𝑎 + 3𝑏 (1) 0 = 2𝑎 + 5𝑏 (2) De (1): 𝑎 = −3𝑏 (3) (3) em (2): 0 = 2(−3𝑏) + 5𝑏 0 = −6𝑏 + 5𝑏 0 = −𝑏 𝑏 = 0(4) (4) em (3): 𝑎 = − 3(0) 𝑎 = 0 (5) Portanto, como 𝑎 = 0 e 𝑏 = 0 o conjunto de vetores é LI. Assim, o conjunto V é uma base do ℝ2. R: É base do ℝ2. b. B = { (1, 2), (2, 4)} R: Não é base do ℝ2. c. B = { (1, 0), (0, 1), (7, 4)} R: Não é base do ℝ2. d. B = { (0, 1), (0, 2)} R: Não é base do ℝ2. e. B = { (1, 0,0), (0, 1,0), (0, 0, 1)} R: É base do ℝ3. f. B = { (1, 1, 1), (1, - 1 ,0)} R: Não é base do ℝ3. g. V = M (2 x 2) Basta provar que este conjunto gera 𝑀2x2 e é um conjunto (LI), isto é: (ii) {[ 1 0 0 0 ] , [ 0 1 0 0 ] , [ 0 0 1 0 ] , [ 0 0 0 1 ]} = 𝑉 → gera 𝑀2x2 (ii) {[ 1 0 0 0 ] , [ 0 1 0 0 ] , [ 0 0 1 0 ] , [ 0 0 0 1 ]} → é LI i. [ 𝑥 𝑦 𝑧 𝑘 ] = 𝑎𝑣1 → provando que gera 𝑀2x2 [ 𝑥 𝑦 𝑧 𝑘 ] = 𝑎 [ 1 0 0 0 ] + 𝑏 [ 0 1 0 0 ] + 𝑐 [ 0 0 1 0 ] + 𝑑 [ 0 0 0 1 ] [ 𝑥 𝑦 𝑧 𝑘 ] = [ 𝑎 𝑏 𝑐 𝑑 ] { 𝑥 = 𝑎 (1) 𝑦 = 𝑏 (2) 𝑧 = 𝑐 (3) 𝑘 = 𝑑 (4) Portanto, (1), (2), (3) e (4) na combinação linear: [ 𝑥 𝑦 𝑧 𝑘 ] = 𝑥 [ 1 0 0 0 ] + 𝑦 [ 0 1 0 0 ] + 𝑧 [ 0 0 1 0 ] + 𝑘 [ 0 0 0 1 ] [ 𝑥 𝑦 𝑧 𝑘 ] = [ 𝑥 𝑦 𝑧 𝑘 ] O que prova que {[ 1 0 0 0 ] , [ 0 1 0 0 ] , [ 0 0 1 0 ] , [ 0 0 0 1 ]} = 𝑉 → gera 𝑀2x2 Portanto, tomando quaisquer {(𝑥, 𝑦, 𝑧, 𝑘)} teremos 𝑀2x2 ii. [ 1 0 0 0 ] , [ 0 1 0 0 ] , [ 0 0 1 0 ] , [ 0 0 0 1 ] → provando que é LI 𝑎 [ 1 0 0 0 ] + 𝑏 [ 0 1 0 0 ] + 𝑐 [ 0 0 1 0 ] + 𝑑 [ 0 0 0 1 ] = [ 0 0 0 0 ] { 𝑎 = 0 𝑏 = 0 𝑐 = 0 𝑑 = 0 Como: 𝑎 = 𝑏 = 𝑐 = 𝑑 = 0 é LI. Assim, o conjunto V é uma base de 𝑀2x2. R: É base 𝑀2x2. Dimensão de um Espaço Vetorial Proposição: Qualquer base de um espaço vetorial tem sempre o mesmo número de vetores. OBS: Este número de vetores que é constante para todas as bases de um espaço vetorial é denominado “dimensão” do espaço. Podemos representar a dimensão de V por dim V = n. Proposição: Dada uma base B = {v1, v2, ..., vn} de V, então cada vetor v ∈ V é escrito de maneira única como combinação linear dos vetores de B. Seja V um espaço vetorial : Se V possui uma base com n vetores, então V tem dimensão n e escreve-se dim V = n. Se V não possui base, dim V = 0 Se V tem uma base com infinitos vetores, então a dimensão de V é infinita e anota-se dim V = ∞. Exemplo: A dimensão de qualquer subespaço S do ℝ3 só poderá ser 0, 1, 2 ou 3. dim S = 0, então S = {0} é a origem, ou seja, um ponto. dim S = 1, então S é uma reta que passa pela origem. dim S = 2, então S é um plano que passa pela origem. dim S = 3, então S é o próprio ℝ3. Exemplos: V = ℝ2 / { (1, 0), (0, 1)} e {(1, 1), (0, 1)} são bases de V. Então dim V = 2. V = ℝ3 / { (1, 0, 0), (0, 1, 0), (0, 0, 1)} é base de V. Então dim V = 3. V = M (2 x 2) / {[ 1 0 0 0 ] , [ 0 1 0 0 ] , [ 0 0 1 0 ] , [ 0 0 0 1 ]} é base de V. Então dim V = 4. Exemplo: 1. Determine uma base e a dimensão do subespaço S = { (x, y, z) ∈ ℝ3 | 2 x + y + z = 0}. Isolando-se (ou x ou y) na equação de definição temos: z = – 2 x – y onde x e y são as variáveis livres. Para qualquer vetor (x, y, z) ∈ S tem-se: (x, y, z) = (x, y, – 2 x – y) Ou: (x, y, z) = (x, 0, – 2 x) + (0 , y , – y) ou ainda: (x, y, z) = x (1, 0, – 2) + y (0 , 1 , – 1) Logo, todo vetor de S é combinação linear dos vetores (1, 0, – 2) e (0 , 1 , – 1). Verificando que são LI a (1, 0, – 2) + b (0 , 1 , – 1)= (0, 0, 0) { 𝑎 = 0 𝑏 = 0 −2𝑎 − 𝑏 = 0 Portanto, como 𝑎 = 𝑏 = 0 os vetores são LI. Como esses dois vetores geradores de S são LI, o conjunto {(1, 0, – 2), (0, 1, – 1)} é uma base de S e de dim S = 2 . Tendo em vista que a cada variável livre x e y corresponde um vetor da base do subespaço, então, com: (x, y, z) = x (1, 0, – 2) + y (0 , 1 , – 1), conclui-se que, se desejarmos obter uma outra base do subespaço S, bastaria atribuir valores para x e y: Fazendo x = 1 e y = 1, temos z = - 3 ⇒ v1 = (1, 1, - 3) Fazendo x = - 1 e y = 2, temos z = 0 ⇒ v2 = (- 1, 2, 0) Portanto, o conjunto S = {(1, 1, - 3), (- 1, 2, 0)} é outra base de S. Na verdade S tem infinitas bases, porém todas com dois vetores somente, dim S = 2. Obs: quando temos um subespaço determinado por uma equação, achamos a base abrindo os vetores; quando temos um subespaço determinado por um conjunto de vetores, achamos a base escalonando. Exercícios: 1. Encontre uma base e a dimensão de W, subespaço de R4 gerado pelos vetores, tal que: a. W = {(1, -2, 5, -3), ( 2, 3, 1, -4), (3, 8, - 3, - 5)}. dim W = 2 Base: {(1, -2, 5, -3), (0, 7, -9, 2)} b. W = {(2, 1, 1, 0), ( 1, 0, 1, 2), (0, -1, 1, 4)}. dim W = 2 Base: {(1, 0, 1, 2), (0, 1, -1, -4)} 2. Encontre uma base e a dimensão de E, subespaço de R3 gerado pelos vetores, tal que: a) {(x, y, z) ∈ R3/ y = 3 x} dim E = 2 Base: {(1, 3, 0), (0, 0, 1)} b) {(x, y, z) ∈ R3/ y = 5 x e z = 0} dim E = 1 Base: {(1, 5, 0)} 3. Mostre que o subconjunto de vetores {(0, 2, 2), (0, 4, 1)} é uma base do seguinte subespaço vetorial do R3: U = { (x, y, z) ∈ R3 | x = 0}. Os vetores dados são 𝐿𝐼 e geram todo o U ∈ R3 e a dim U = 2. Exercícios resolvidos: 1. Encontre uma base e a dimensão de W, subespaço de R4 gerado pelos vetores, tal que: a. W = {(1, -2, 5, -3), ( 2, 3, 1, -4), (3, 8, - 3, - 5)}. Resolvendo por escalonamento: | 1 −2 2 3 3 8 5 −3 1 −4 −3 −5 | → 𝐿2 = 𝐿1(−2) + 𝐿2 → 𝐿3 = 𝐿1(−3) + 𝐿3 → | 1 −2 0 7 0 14 5 −3 −9 2 −18 4 | | 1 −2 0 7 0 14 5 −3 −9 2 −18 4 | → 𝐿3 = 𝐿2(−2) + 𝐿3 → | 1 −2 0 7 0 0 5 −3 −9 2 0 0 | Logo, a linha 3 era uma combinação linear, portanto, LD. Assim, ficamos com apenas os vetores LI, logo, a base é: Base = {(1, -2, 5, -3), (0, 7, -9, 2)}, ou seja dois elementos para a base. Portanto, a base tem dimensão 2: dim = 2 Ou, montando o sistema novamente ficaremos com: { 𝑥 − 2𝑦 + 5𝑧 − 3 𝑘 = 0 (1) 7 𝑦 − 9 𝑧 + 2 𝑘 = 0 (2) De (2): 𝑦 = 9𝑧−2 𝑘 7 (3) (3) em (1): 𝑥 = 2 ( 9𝑧−2 𝑘 7 ) − 5 𝑧 + 3 𝑘 𝑥 = 18𝑧 − 4 𝑘 − 35 𝑧 + 21 𝑘 7 𝑥 = − 17 𝑧 + 17 𝑘 7 (5) Logo, podemos observar pelas equações (3) e (5) que tanto x, quanto y dependem de z e k, portanto temos duas variáveis livres. Dim W = 2 b. W = {(2, 1, 1, 0), ( 1, 0, 1, 2), (0, -1, 1, 4)}. Resolvendo por escalonamento: | 2 1 1 0 0 −1 1 0 1 2 1 4 | → 𝐿2 𝑡𝑟𝑜𝑐𝑎𝑐𝑜𝑚 𝐿1 → | 1 0 2 1 0 −1 1 2 1 0 1 4 | | 1 0 2 1 0 −1 1 2 1 0 1 4 | → 𝐿2 = 𝐿1(−2) + 𝐿2 → | 1 0 0 1 0 −1 1 2 −1 −4 1 4 | | 1 0 0 1 0 −1 1 2 −1 −4 1 4 | → 𝐿3 = 𝐿2 + 𝐿3 → | 1 0 0 1 0 0 1 2 −1 −4 0 0 | Logo, a linha 3 era uma combinação linear, portanto, LD. Assim, ficamos com apenas os vetores LI, logo, a base é: Base = {(1, 0, 1, 2), (0, 1, -1, -4)}, ou seja dois elementos para a base. Portanto, a base tem dimensão 2: dim = 2 Ou, montando o sistema novamente ficaremos com: { 𝑥 + 𝑧 + 2 𝑘 = 0 (1) 𝑦 − 𝑧 − 4 𝑘 = 0 (2) De (2): 𝑦 = 𝑧 + 4 𝑘 (3) De (1): 𝑥 = −𝑧 − 2 𝑘 (4) Logo, podemos observar pelas equações (3) e (4) que tanto x, quanto y dependem de z e k, portanto temos duas variáveis livres. Dim W = 2 Base: {(1, 0, 1, 2), (0, 1, -1, -4)} 2. Encontre uma base e a dimensão de E, subespaço de R3 gerado pelos vetores, tal que: a. {(x, y, z) ∈ R/ y = 3 x} (x, 3 x, z) (x, y, z) = x (1, 3, 0) + z (0, 0, 1) pode ser qualquer z dim E = 2 Base: {(1, 3, 0) , (0, 0, 1)} { 𝑥 = 𝑥 𝑦 = 3𝑥 𝑧 = 𝑧 Logo, temos duas variáveis livres: x e z, portanto, dimensão igual a 2. b. {(x, y, z) ∈ R/ y = 5 x e z = 0} (x, 5x, 0) (x, y, z) = x (1, 5, 0) Dim E = 1 Base: {(1, 5, 0)} 3. Mostre que o subconjunto de vetores { (0, 2, 2), (0, 4, 1)} é uma base do subespaço vetorial do R3, U = { (x, y, z) ∈ R3 | x = 0}. [ 0 2 2 0 4 1 ] → 𝐿2: 𝐿1(−2) + 𝐿2 → [ 0 2 2 0 0 −3 ] Portanto, vemos que os vetores dados são LI. Para gerar todo U ∈ R3 , se e somente se x = 0, logo, os vetores são da forma (0, y, z), portanto: (0, 𝑦, 𝑧) = (0, 2, 2) + (0, 0, −3) (0, 𝑦, 𝑧) = (0, 2 ,0) + (0, 0, 2) + (0, 0, −3) (0, 𝑦, 𝑧) = (0, 2, −1) (0, 𝑦, 𝑧) = 𝑦 (0, 2,0) + 𝑧 (0, 0, −1) Ou, para 𝑦 = 2 e 𝑧 = −1 (0, 𝑦, 𝑧) = 𝑦 (0, 1,0) + 𝑧 (0, 0, 1) Logo, o subconjunto de vetores y (0, 1, 0) + z (0, 0, 1) gera todo o U ∈ R3 . Assim, o subconjunto de vetores é uma base de U, com dim U = 2. COMPONENTES DE UM VETOR Seja V um espaço vetorial e B = {v1, v2, ..., vn} uma base ordenada de V. Dado v ∈ V, nnvavavav 2211 Os escalares a1, a2,..., an são denominados componentes ou coordenadas de v em relação à base B. Um vetor v ∈ V (dim V = n), de componentes a1 , a2, ..., an em relação a uma base B, é indicado por vB e representado por: vB = (a1 , a2, ..., an ) O mesmo vetor pode ser representado na forma matricial: [𝑣]𝐵 = [ 𝑎1 ... 𝑎𝑛 ] Dizemos que B v][ representa as coordenadas de v na base ordenada B. Exemplo: 1. Seja V = R2 e E = {(3, –5), (–1, 1)} base ordenada do R2. Determine as coordenadas de v = (–1, –1) em relação a E. (–1, –1) = a (3, –5) + b (–1, 1) { −1 = 3𝑎 − 𝑏 −1 = −5𝑎 + 𝑏 → 𝑎𝑑𝑖𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑎𝑠 𝑑𝑢𝑎𝑠 𝑒𝑞𝑢𝑎çõ𝑒𝑠: − 2 = −2𝑎 Logo, a = 1 e b = 4 , assim, [𝑣]𝐸 = ( 1 4 ) 2. Determine as coordenadas da matriz [ 1 −1 2 0 ] de 22M , em relação à base: {[ 1 0 0 1 ] , [ 0 1 0 0 ] , [ 0 0 2 0 ] , [ 0 0 1 2 ]}. [ 1 −1 2 0 ] = a [ 1 0 0 1 ] + 𝑏 [ 0 1 0 0 ] + 𝑐 [ 0 0 2 0 ] + 𝑑 [ 0 0 1 2 ] { 𝑎 = 1 𝑏 = −1 2𝑐 + 𝑑 = 2 𝑎 + 2𝑑 = 0 → { 𝑎 = 1 𝑏 = −1 𝑐 = 5 4 𝑑 = − 1 2 Logo, [𝑣]𝑀 = ( 1 −1 5 4 − 1 2 ) Exercícios: 1. Encontre as componentes do vetor v = (2, -3) em relação a base canônica do R2. 𝑅: [𝑣]𝐵 = ( 2 −3 ) 2. Encontre as componentes do vetor v = (4, 3) em relação a base { (0, 1 ) , (1, 0 )} do R2. 𝑅: [𝑣]𝐵 = ( 3 4 ) 3. Encontre as componentes do vetor v = (4, 3) em relação a base canônica do R2. 𝑅: [𝑣]𝐵 = ( 4 3 ) 4. Encontre o vetor coordenada de v, sendo v = (5, 1, 2) em relação à base ordenada M: {(1, 0, 3), (-1, 1, 1), (2, 1, 0)} 𝑅: [𝑣]𝐵 = ( − 9 10 7 10 17 10) 5. Encontre o vetor coordenada de v, sendo os vetores da Base β: {(2, -1), (3, 4)} . 𝑅: [𝑣]𝛽 = [ 13 10 ] Exercícios resolvidos 1. Encontre as componentes do vetor v = (2, -3) em relação a base canônica do R2. (2, -3) = a (1, 0) + b (0, 1) { 2 = 𝑎 − 3 = 𝑏 Logo, as componentes do vetor v em relação à base canônica do R2 são: [𝑣]𝐵 = ( 2 −3 ) 2. Encontre as componentes do vetor v = (4, 3) em relação a base { (0, 1 ) , (1, 0 )} do R2. (4, 3) = a (0, 1) + b (1, 0) { 4 = 𝑏 3 = 𝑎 Logo, as componentes do vetor v em relação à base {(0, 1), (1, 0)} do R2 são: [𝑣]𝐵 = ( 3 4 ) 3. Encontre as componentes do vetor v = (4, 3) em relação a base canônica do R2. (4, 3) = a (1, 0) + b (0, 1) { 4 = 𝑎 3 = 𝑏 Logo, as componentes do vetor v em relação à base {(1, 0), (0, 1)} do R2 são: [𝑣]𝐵 = ( 4 3 ) 4. Encontre o vetor coordenada de v, sendo v = (5, 1, 2) em relação à base ordenada M: {(1, 0, 3), (-1, 1, 1), (2, 1, 0)} (5, 1, 2) = a (1, 0, 3) + b (-1, 1, 1) + c (2, 1, 0) { 5 = 𝑎 − 𝑏 + 2𝑐 (1) 1 = 𝑏 + 𝑐 (2) 2 = 3 𝑎 + 𝑏 (3) De (2): b = 1 – c (4) (4) em (3): 2 = 3 a + (1 – c ) 2 = 3 a + 1 – c 𝑎 = 𝑐 + 1 3 (6) (4) e (6) em (1): 5 = 𝑐 + 1 3 – (1 – c) + 2 c 5 = 𝑐 + 1 − 3 + 3 𝑐 + 6 𝑐 3 15 = 10 c – 2 𝑐 = 17 10 𝑎 = 9 10 𝑏 = − 7 10 𝑐 = 17 10 Logo, o vetor coordenada de v é: ( 9 10 , − 7 10 , 17 10 ) , ou seja, com esses valores temos que o vetor v é uma combinação linear dos vetores da base ordenada. [𝑣]𝐵 = ( − 9 10 7 10 17 10) 5. Encontre o vetor coordenada de v, sendo os vetores da Base β: {(2, -1), (3, 4)} [𝑣]𝛽 = a (v1) + b (v2) [𝑣]𝛽 = 2 (2, -1) + 3 (3, 4) [𝑣]𝛽 = (4, -2) + (9, 12) [𝑣]𝛽 = (13, 10) 𝑅: [𝑣]𝛽 = [ 13 10 ] Referências Bibliográficas BOLDRINI, J. L. et al. Álgebra linear. São Paulo: Harper & Row, 1980. BORGES, A. J. Notas de aula. Curitiba. Set. 2010. Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR. CALLIOLI, C. A. et al. Álgebra linear e aplicações. São Paulo: Atual, 1990. ANTON, H.; BUSBY, R. C. Álgebra linear contemporânea. São Paulo: Bookman, 2008. KOLMAN, B.; HILL, R. Introdução à álgebra linear com aplicações. 6ª ed. Rio de Janeiro: Prentice-Hall, 1998. LIPSCHUTZ, S. Álgebra linear. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1972. NUNES, Luiz Fernando. Notas de aula: Matemática 1. Professor do Departamento de Matemática da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR. STEINBRUCH, A. e WINTERLE, P. Álgebra linear. São Paulo: Pearson-Makron Books, 2010. VENTURI, J. J. Álgebra Vetorial e Geometria Analítica. 9 ed. Curitiba. 1949.
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