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aula 4 marketing captação de oportunidade (fidalo)

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1 
 
FACULDADE ESTÁCIO DO PARÁ 
CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO 
DISCIPLINA: ADMINISTRAÇÃO DE MARKETING 
PROFESSOR: ANTÔNIO FIDALGO 
AULA 4: CAPTAÇÃO DAS OPORTUNIDADES DE MARKETING: COLETA DE 
INFORMAÇÕES, PREVISÃO DE DEMANDA E CONDUÇÃO DE PESQUISA DE MARKETING 
Objetivos 
o Identificar os principais tipos de sistemas de informações de marketing para conquistar e 
manter seus mercados; 
o Conhecer a previsão e mensuração de demanda; 
o Reconhecer o que é controle de um sistema de pesquisa de marketing. 
Estrutura de Conteúdo 
4.1. Projeto, implementação e controle de um sistema de informações de marketing: 
Objetivo fundamental de um sistema de informações de marketing é ajudar os gerentes a tomar 
decisões melhores. Kotler chamou inicialmente essa atividade de Marketing Information and 
Analysis Center. No entanto, em obras posteriores, adotou o termo Sistema de Informações de 
Marketing. O conceito de sistema de informações de marketing nasceu com as críticas que se 
faziam às deficiências da pesquisa de marketing, que eram basicamente as de não atender às 
necessidades do planejamento de marketing. 
Apesar de os objetivos, nas definições de sistema de informação de marketing e pesquisa de 
marketing, serem essencialmente os mesmos, a diferença ocorre na prática. A administração 
tem ficado desapontada com a pesquisa de marketing, cujas críticas mais frequentes são: 
1. Produz dados não relevantes; 
2. Preocupa-se com a pesquisa de problemas não repetitivos; 
3. Tem falhado em prover informações de marketing relevantes e compensadoras. 
4.2. Componentes do sistema de informações de marketing: registros internos e 
inteligência de marketing: Um SIM possui três componentes: 
1. Um sistema de registros internos, que inclui informações sobre o ciclo pedido pagamento 
e sistemas de relatórios de vendas; 
2. Um sistema de inteligência de marketing, isto é, um conjunto de procedimentos e fontes 
utilizado por gerentes para obter informações rotineiras sobre eventos pertinentes no 
ambiente de marketing; 
3. Um sistema de pesquisa de marketing, que permite a elaboração, a coleta, a análise e a 
edição de relatórios sistemáticos de dados e descobertas relevantes sobre uma situação 
específica de marketing. 
4.3. Projeto, implementação e controle de um sistema de pesquisa de marketing: 
Segundo Kotler (2000), o Sistema de Informações de Marketing é constituído de pessoas, 
equipamentos e procedimentos que reúnem, selecionam e avaliam e distribuem informações 
necessárias, atuais e precisas para que os profissionais de marketing possam tomar decisões. 
O SIM começa e termina com o gerente: 
o O sistema interage com gerentes a finalidade é identificar as necessidades de informações; 
o Desenvolve as informações a partir de registros internos da empresa, de atividades, 
inteligência de marketing e de pesquisa de marketing; 
o A análise de informações, que processam dados coletados para torná-los mais úteis; 
o Finalmente retorna aos gerentes quando o Sistema de Informações de Marketing distribui as 
informações da forma e no momento certo, para ajudá-los na tomada de decisão. 
O SIM ideal é aquele que combina o que os profissionais de marketing gostariam de obter com 
o que eles necessitam realmente e com o que é possível oferecer. O cuidado que se deve 
tomar é que com o estágio avançado da tecnologia de informações, é possível fornecer muit o 
mais informações do que o necessário e saber filtrá-las é um imperativo, pois se corre o perigo 
de se descartar informações necessárias e ficar com algumas desnecessárias, prejudicando as 
tomadas de decisões. 
2 
 
O Sistema de Informações de Marketing (SIM) deve estar atento ao ambiente de marketing e 
enviar informações aos profissionais que tomam decisões centrais dessa área. No SIM, os 
gerentes de marketing analisam, planejam, implementam, organizam e controlam, 
desenvolvem as informações através de registros internos da empresa, serviço de inteligência 
de marketing e pesquisa de marketing. 
Os registros internos são informações coletadas dentro da empresa para avaliar o 
desempenho de marketing e identificar os problemas e as oportunidades. Por exemplo, a 
produção apresenta relatórios sobre prazos de produção, entregas e estoques. 
A inteligência em marketing é composta de informações diárias sobre o desenvolvimento do 
ambiente de marketing. Pode-se comprar informações sobre fornecedores nas empresas 
especializadas em bancos de dados. 
A pesquisa em marketing é o elo de ligação entre o consumidor, o cliente e o público 
profissional através de informações. Esta pesquisa de marketing pode ser feita pela própria 
empresa ou por terceiros. 
A análise das informações, que é outra etapa, permite que as informações coletadas pelo 
sistema de inteligência e de pesquisas em marketing sejam analisadas profundamente como 
exige a complexidade do marketing. 
Esta análise permite responder perguntas, abaixo descritas: 
o Quais são as principais variáveis que afetam minhas vendas e qual a importância de cada 
uma? 
o Quais são as melhores variáveis para segmentar o meu mercado e quantos segmentos 
existem? 
o Quais são os melhores meios de prever que consumidores comprarão minha marca e não a 
marca dos meus concorrentes? 
o O que acontecerá com as vendas se eu aumentar meu preço de 5% e meus gastos com 
propaganda em 15%? 
A análise de informações ajuda a responder perguntas do tipo “e se” ou “qual é o melhor”. 
DISTRIBUINDO AS INFORMAÇÕES 
o As informações devem chegar à gerência de marketing no momento certo de forma a 
validar essas informações e tomar decisões corretas; 
o A maioria das empresas tem o SIM centralizado para fornecer através de relatórios de 
desempenho, atualização de dados e resultados de estudos específicos; 
o Os gerentes usam os relatórios para decidir sobre o planejamento, implementação e 
controle de dados. 
A tecnologia computacional permite, por exemplo, o levantamento preciso das necessidades de 
uma rede de lojas de varejo, o produto não encontrado em determinada loja, poderá se acessar 
a rede no computador e localizar o produto em outra loja. 
A revolução do SIM de centralizado para descentralizado são os softwares, porque em 
algumas empresas os gerentes de marketing têm acesso direto à rede de informações, 
permitindo atender a necessidade do cliente de forma a criar um vínculo de fidelidade entre as 
partes interessadas. 
A pesquisa de marketing é um processo no qual se coletam informações relevantes ao 
problema específico de marketing da empresa. 
O processo é constituído de quatro etapas: definir o problema e estabelecer os objetivos da 
pesquisa, desenvolver um plano de pesquisa, implementar o plano de pesquisa e interpretar e 
apresentar os resultados. 
A DEFINIÇÃO DO PROBLEMA E OS OBJETIVOS DA EMPRESA: 
As questões de marketing são complexas e, como tal, para que sejam abordadas com 
competência é necessário que sejam definidas todas as especificidades possíveis. 
A questão é: 
Por que determinados produtos estão perdendo a rentabilidade? 
Quais as alternativas? 
3 
 
A eficácia e o custo do estudo de marketing estão diretamente relacionados como a clara 
definição do problema e da medida possível que poderão ser tomadas em reposta ao estudo. 
A DETERMINAÇÃO DO OBJETIVO DA PESQUISA: 
O objetivo da pesquisa deve ser determinado antes de ser encomendada e certificar-se de que 
todas as pessoas envolvidas, tanto da empresa como fora dela, o compreenderam bem. 
Existem três tipos de objetivos na pesquisa de marketing, que são: 
o A pesquisa exploratória: é reunir informações preliminares que ajudam a definir o 
problema e a sugerir hipóteses; 
o A pesquisa descritiva: descreve fenômenos ou objetos tais como: o potencial domercado 
para um dado ou certo produto, os dados demográficos e as atitudes dos consumidores que 
o compram; 
o A pesquisa casual: é testar hipóteses sobre relações de causa e efeito. 
A definição do problema e dos objetivos da pesquisa é a parte mais difícil do processo, 
portanto, o ponto chave do sucesso da pesquisa de marketing. 
Desenvolvimento do plano de pesquisa 
A discussão interna e junto ao pesquisador permite adequar as informações provenientes de 
fontes associadas e ajudar na formulação do plano de pesquisa. 
o Qual o tipo de informação necessária e em que quantidade? 
o O importante também é determinar quais as informações que não são necessárias? 
Existem fontes que podem ser utilizadas tais como: IBOPE, IBGE, INPI, A. C. Nielsen, etc. 
Ao selecionar uma técnica para a pesquisa de marketing pode-se planejar a coleta de dados, 
hoje bastante facilitada pelas inovações tecnológicas. A seguir, veremos um planejamento de 
coleta de dados primários em que é montado o método de pesquisa, formas de contato, plano 
de amostragem e instrumentos de pesquisa. 
Planejamento da coleta de dados primários 
 Métodos de Formas de Plano de Instrumentos 
Pesquisa Contato Amostragem de Pesquisa 
Observação Postal Unidade de amostra Questionário 
Levantamento Telefônico Tamanho da amostra Instrumentos 
 Mecânicos 
Pesquisa Pessoal Procedimento de 
Experimental amostragem 
Fonte: Princípios de marketing, 7ª edição, pág. 81 Philip Kotler 
As formas de contato descritas acima possuem vantagens e desvantagens, pontos fortes e 
fracos, conforme veremos a seguir: 
 POSTAL TELEFÔNICO PESSOAL 
1. Flexibilidade Fraco Bom Excelente 
2. Quantidade de dados 
que podem ser coletados Bom Razoável Excelente 
3. Controle das interfe- 
rências do entrevistador Excelente Razoável Fraco 
4. Controle da amostra Razoável Excelente Razoável 
5. Rapidez da coleta de dados Fraco Excelente Bom 
6. Taxa de resposta e custo Fraco Bom Bom 
7. Custo Bom Razoável Fraco 
Fonte: Princípios de marketing, 7ª edição, pág. 83 Philip Kotler 
No contato postal, o fato de a pesquisa ser padronizada retira a parcialidade do entrevistado, e 
o fato de ser anônima o entrevistado fica mais livre para fazer revelações pessoais. Por outro 
4 
 
lado, as entrevistas por correspondência vão muitas vezes para o lixo. A percentagem média 
de resposta é de 25%. A grande interrogação é o que pensam os outros 75%. 
No contato telefônico a rapidez é uma grande vantagem, a desvantagem, em termos de Brasil, 
são os serviços prestados pelas concessionárias de telefonia. 
O contato pessoal é o mais completo, até porque as pessoas se sentem prestigiadas. A 
desvantagem que pode advir é as pessoas não responderem adequadamente a pesquisa, por 
esquecimento, por não terem tempo. 
A escolha das amostras vai dar resposta e explicar porque o seu produto, por exemplo, está 
vendendo pouco, você deve dirigir as suas perguntas a uma amostra adequada. Não lhes 
interessa perder tempo e dinheiro em pessoas que nunca usaram ou vão usar o seu produto. 
BIBLIOGRAFIA 
KOTLER, Philip. Princípios de Marketing. São Paulo: Prentice Hall, 2000. Capítulo 4 
KOTLER, Philip. Administração de Marketing. São Paulo: Prentice Hall, 2001. Capítulo 4 
SAMARA, Beatriz Santos. Pesquisa de Marketing. São Paulo, 1997. Capítulo 3-4. 
ESTUDO DE CASO 
No final da década de 90, a ideia de tratar cada cliente como se fosse único foi traduzida em 
três letras, CRM (Customer Relationship Management), e passou a representar um nicho de 
mercado promissor para as empresas de tecnologia. 
Empresas de diversos setores começaram a gastar fortunas para aprimorar a gestão do 
relacionamento com o cliente. A E.piphany, empresa americana de programas de CRM, que 
chegou ao Brasil em 2001, investiu U$ 1,8 milhão, em 2002, em pesquisa de produtos 
específicos para o mercado brasileiro. 
No mundo, a empresa investirá 35 milhões. "O potencial do mercado brasileiro de CRM é 
grande, já que cerca de 70% das grandes empresas ainda não usam a última geração do 
CRM", diz Todd Rowe, vice-presidente para a América Latina. A empresa vem apresentando 
um crescimento anual de 23% em média e faturou mais de R$ 130 milhões em 2002, 
esperando crescimento de 30% para os anos seguintes até 2015. 
No entanto, essa promessa da tecnologia, de que o computador ajudaria a melhorar o 
relacionamento com o consumidor está longe de ser cumprida. As empresas investem milhões 
para conquistar e fidelizar clientes; apesar disso: 
o Bancos continuam tentando vender apólices a quem já é segurado, 
o Empresas de cartões de crédito seguem oferecendo cartão adicional para quem é solteiro. 
O fato é que a implantação dos chamados sistemas integrados se tornou uma dor de cabeça 
para as empresas; um em cada três projetos de implementação de sistemas integrados de 
gestão, os ERP s, fracassa. 
Metade estoura o prazo ou o orçamento - em geral ambos. 
As estatísticas dos sistemas de CRM são ainda mais indigestas: 70% dos projetos não dão em 
nada. Segundo o Gartner Group, empresa de pesquisa e consultoria, 55% de todos os projetos 
de CRM não produzem resultados, e, embora o CRM tenha ficado no grupo das ferramentas 
gerenciais mais populares, um, em cada cinco usuários, afirmou que suas iniciativas não 
apenas falharam como prejudicaram as relações com os clientes mais antigos. 
Mas, por que as iniciativas de CRM falham com tanta frequência? 
A pesquisa concluiu que a maioria dos executivos simplesmente não entende o que está 
implementando, desconsiderando seu custo e o tempo de resposta. 
A consultoria Roland Berger fez uma pesquisa com os varejistas brasileiros e encontrou que: 
a) A maioria das respostas obtidas para a definição do que é CRM foram: telemarketing, 
serviço de atendimento a clientes ou processo de integração de dados. "As companhias não 
exploram o CRM por uma razão elementar: elas não o compreendem", afirma Wolfgang 
Pelousek, diretor de projetos da empresa. 
b) Sem entender o conceito, as empresas também não conseguem identificar as quatro 
dimensões do CRM eficaz: conhecimento do cliente, criação de produtos diferenciados e 
adequados, atração de novos clientes rentáveis e retenção dos clientes antigos ou recentes. 
Muitos pesquisados demonstraram relegar a segundo plano o entendimento do mercado. 
Ou, se preocupam principalmente com a retenção dos clientes já existentes. 
5 
 
c) O estudo mostrou que a falta de integração dos sistemas de informação é o maior 
empecilho para o conhecimento do mercado. O curioso é que as empresas geralmente já 
possuem dados relevantes de seus clientes, mas eles ficam perdidos nos diversos 
departamentos, que na maior parte das organizações ainda trabalham isolados. 
A boa notícia é que a pesquisa encontrou, sim, projetos avançados de CRM. Um exemplo é o 
de uma rede de varejo que combina o perfil socioeconômico com o perfil de consumo de seus 
clientes, extraídos com base em informaçõesde seus cartões de crédito e de fidelidade. "Eles 
descobriram que têm um banco de dados de ouro e estão fazendo ofertas customizadas". 
PESQUISA EXCLUSIVA: OS HÁBITOS DO SEU CLIENTE NA PÁSCOA 
Estudo feito pela Around Research mostra que o brasileiro leva mais de dois ovos para casa e 
opta por marcas conhecidas. Entenda o que o seu consumidor prefere, para atendê-lo melhor. 
O ano mal começou e já é hora de pensar na Páscoa. E um bom início é conhecer o 
comportamento do consumidor de ovos de chocolate. Para ajudá-lo nessa tarefa, SM publica 
uma pesquisa exclusiva com 750 consumidores de todo o País, feita pela consultoria Around 
Research por meio da internet. 
Entre as conclusões, o estudo mostra que a maioria das pessoas adquire mais de dois ovos no 
período, tanto para adultos quanto para crianças, prefere marcas conhecidas, pesquisa os 
preços de seus produtos preferidos e deixa para comprar na última semana. 
Há também algumas surpresas, como o fato de que as versões com brinquedos e personagens 
infantis agradam, mas não são determinantes na hora da compra. Quer saber mais? Confira a 
seguir os resultados. Eles contribuirão para um melhor planejamento do mix e das promoções. 
69% compram mais de dois ovos 
Nada menos de 69% dos respondentes afirmam comprar mais de dois ovos na Páscoa. Desse 
total, 38% dizem adquirir acima de 3 unidades. E mais: 56% levam tanto ovos para crianças 
quanto para adultos. Segundo Daniela Casabona, coordenadora de pesquisa da Around 
Research, o consumidor presenteia várias pessoas, como filhos, sobrinhos, namorado. “O ovo 
de chocolate é o símbolo da data, assim como ocorre com o panetone no Natal”, diz ela. 
O fato de comprar uma grande quantidade faz com que as pessoas prefiram ovos pequenos. 
Segundo a pesquisa, 43% optam por aqueles com 220 g a 270 g e 33% pelos que têm entre 
160 g e 180 g. “Nos últimos anos, a indústria também aumentou a oferta dos tamanhos 
inferiores a 300 g para tornar o preço mais acessível ao consumidor”, acredita Marco 
Quintarelli, consultor de varejo e diretor do Grupo Azo. 
30% preferem ovos com personagens infantis 
Um dado curioso da pesquisa SM/Around é que apenas 30% dos respondentes preferem os 
ovos com personagens infantis. Segundo a Nestlé, o percentual está alinhado com a 
participação de mercado dessa versão. Para Simone Terra, antropóloga e pesquisadora de 
varejo e consumo, os produtos com brinquedos interessam mais às crianças entre oito e dez 
anos. A partir daí, a preferência recai sobre ovos de marcas que expressam status e valores 
reconhecidos pelos jovens e adolescentes. Esse comportamento justifica também o fato de que 
46% afirmam comprar ovos com e também sem brinquedos. Outros 47% dizem preferir 
unicamente as versões que não trazem brindes. E uma pequena parcela opta somente pelos 
que trazem esse diferencial – 7% dos participantes. A valorização da marca como um dos 
principais atributos da categoria é outra constatação do levantamento. Em primeiro lugar, 
aparece a Nestlé, com 87% das respostas. É seguida pela Lacta, com 65% e pela Garoto, com 
59%. As demais marcas aparecem com menos de 25% de citações. Para a Nestlé, o resultado 
não é surpresa. Ela afirma ser Top of Mind de chocolates há 12 anos. Já a Kraft Foods, dona 
da Lacta, informou por meio de sua assessoria de imprensa que não seria possível comentar 
os resultados da pesquisa devido à agenda lotada de seus executivos. 
Daniela, da Around Research, atribui a preferência por essas três marcas aos altos 
investimentos em marketing realizados por seus fabricantes. “O consumidor confi a nessas 
empresas e reconhece a qualidade e o sabor de seus produtos”, afirma. 
Para a pesquisadora Simone, a Páscoa é uma data especial e, por isso, as pessoas ficam mais 
propensas a adquirir marcas que gozam de maior prestígio. Ela também credita a vantagem da 
Nestlé ao bom trabalho de distribuição da empresa nos pequenos e médios varejos, que 
supera o dos concorrentes. 
6 
 
O ranking das marcas mais vendidas, no entanto, pode variar de loja para loja. No Grupo 
Carvalho, com 41 lojas no Piauí, Garoto assume a primeira colocação. “A marca é sinônimo de 
Páscoa na região”, afirma Sérgio Barroso, coordenador comercial. Em contrapartida, o 
Breithaupt, 12 filiais em Santa Catarina, tem na Lacta a sua campeã de vendas. 
O chocolate puro ainda é o mais consumido. Segundo a pesquisa, 75% afirmam comprar essa 
versão. O branco fica na vice-liderança, com 64%, e o crocante aparece como terceiro da lista, 
citado por 54% dos respondentes. 
Mas é importante ficar de olho em produtos que atendem nichos de mercado. Para a 
especialista Simone, uma loja frequentada por idosos pode incluir mais opções de ovos 
trufados e bombons. Em supermercados voltados às classes A e B, uma alternativa são as 
versões orgânicas. Estabelecimentos que atendem jovens, como aqueles próximos a 
universidades, podem optar por marcas bem aceitas por esse público, como o Kinder Ovo. 
Convém ainda ficar atento às preferências da região. O diet/light, por exemplo, encontra no sul 
o maior índice de compradores. Lá as respostas alcançaram 32% dos participantes do 
levantamento – o dobro do percentual nacional. 
Preço é outro ponto importante. Entre os respondentes, 73% procuram preços baixos na hora 
de comprar ovos de Páscoa. “A comparação de preços ocorre dentro de um rol de marcas que 
o consumidor elege como as mais importantes para ele”, explica Simone Terra. No grupo que 
se importa com preços, 64% pesquisam os ovos mais baratos no ponto de venda. Simone 
comenta que a proliferação das lojas de vizinhança favorece esse comportamento. “O 
consumidor pode sair de um supermercado e andar poucos metros até uma Americanas 
Express e desta para uma loja de conveniência a fim de comparar os preços”, afirma ela. 
 
NORDESTE: COMPORTAMENTO DIFERENTE 
Norte e Nordeste são as regiões onde o comportamento do consumidor apresenta as 
diferenças mais significativas, em comparação ao resultado nacional. Nelas, o ovo de 
chocolate branco, por exemplo, é campeão absoluto de vendas, com 97% da preferência, 
contra 64% do resultado Brasil. 
“O paladar do nordestino é voltado para sabores mais fortes e doces”, afirma Daniela 
Casabona, coordenadora de pesquisa e atendimento da Around Research, responsável 
pelo estudo. “No Piauí, o ovo branco é o que acaba primeiro”, confirma Sérgio Barroso, 
coordenador comercial do Grupo Carvalho. 
Além disso, o Nordeste também é a única região do País em que a maioria dos 
consumidores parcela a compra: 57% dos respondentes. Barroso acredita que, ao oferecer 
essa forma de pagamento, estimula o cliente a comprar um número maior de ovos. “O 
preço não pesa no bolso e viabiliza a compra de cestas básicas para doação, muito 
comum na região”, explica. 
Simone Terra, pesquisadora de varejo e consumo, também atribui o alto percentual de 
parcelamento à elevada penetração do cartão Hipercard na região. “Ele começou na rede 
Bompreço, mas hoje é aceito em diversos estabelecimentos. Creio que seja um dos 
cartões mais populares da região”, esclarece. 
PERDAS E RUPTURA: COMO EVITAR 
Apenas 32% dos respondentes afirmam estar insatisfeitos com o atendimento nos super e 
hipermercados. Entre esses consumidores, 64% reclamam do estado de conservação dos 
produtos. Para Daniela Casabona da Around Research, empresa de pesquisa de mercado 
que fez o estudo para SM, isso é fruto de um comportamento identificado na pesquisa: 
fazer as compras tardiamente. 
O calor típico do período e o excesso de consumidores nas lojas são apontados pelo 
supermercadista como as principais causas de ovos quebrados e derretidos. Para evitar 
7 
 
perdas, a Nestlé recomenda que os ovos fiquem à uma temperatura de 20oC a 25oC, com 
umidade relativa do ar de no máximo 70%. As lojas quenão são climatizadas dificilmente 
têm como fugir da parreira próxima à área de resfriados e congelados. Devem evitar, 
nesses casos, que os ovos fiquem perto de produtos com cheiro forte, como carnes, 
peixes, queijos ou artigos de limpeza. Como o chocolate é rico em gordura, absorve 
facilmente odores do ambiente, explica a Nestlé. 
Outros motivos de insatisfação do cliente: não encontrar sabor ou tamanho (56% dos 
entrevistados) e não encontrar a marca desejada (43%). Para Simone Terra, pesquisadora 
de varejo e consumo, esses dados reiteram desafio do varejo no período: oferecer o mix 
que o consumidor deseja. “O que mais vale a pena: ter uma variedade exagerada no 
sortimento ou se concentrar nas marcas preferidas do cliente? Melhor a segunda opção, 
mas sempre lembrando das versões diferentes”, completa. 
O varejista incentiva a compra de última hora 
O tumulto de gente nas lojas tentando pegar seus ovos na última hora é um comportamento 
enraizado entre os consumidores. A pesquisa SM/Around aponta que 77% deixam as compras 
para a semana anterior à data. Desse total, 34% compram apenas três dias antes, 26% com 
antecedência de sete dias e 17% fazem as compras na véspera. “No Brasil, a Páscoa acontece 
no calor. Por isso, é difícil para o consumidor estocar os ovos em casa”, acredita Daniela. 
Para Barroso, do Grupo Carvalho, o público aguarda o último minuto para pegar boas 
promoções. “Algumas pessoas também esperam para encontrar ovos quebrados, que custam 
bem menos”. Já o consultor de varejo Marco Quintarelli acredita que o próprio supermercadista 
incentiva essa concentração. “Nos últimos três dias é que os descontos aparecem”, constata. 
Ele desaprova a estratégia, uma vez que ela prejudica a margem de lucro. “Os ovos pequenos, 
mais vendidos no início do período, proporcionam rentabilidade superior à dos produtos que 
saem no fim da data.” Apesar das dificuldades, o varejista pode criar ações para que as 
compras aconteçam antes. Uma delas é oferecer brindes para quem adquirir os ovos com 15 a 
20 dias de antecedência. “Se a pessoa constatar que pode sair da loja com um miniovo de 
chocolate ou um bichinho de pelúcia, se sentirá motivada a levar quanto antes o seu ovo para 
casa”, defende a consultora Simone. Pense nisso. 
 
AMOSTRAGEM E METODOLOGIA 
A pesquisa sobre comportamento de compras na Páscoa contou com a parceria da Around 
Research. Participaram do levantamento 750 consumidores de todo o País que 
responderam às questões por meio da internet. Dos respondentes, 64% são mulheres e 
36%, homens. A faixa predominante é a que vai de 24 a 29 anos (21%). Na sequência, 
vêm 19% de pessoas entre 36 e 41 anos, 18% de 30 a 35 anos, 12% de 42 a 47 anos, 
11% de 18 a 23 anos, 10% de 47 a 50 anos e 9% com mais de 50 anos. Predominam 
ainda as classes A e B, com 34% e 45,5% dos participantes. O público C corresponde a 
20% da amostra e o D, a 0,5%. A Around possui um painel com 120 mil consumidores 
ativos pela web. Realiza pesquisas quali e quantitativas e atende clientes como Carrefour, 
Redecard, Porsche, entre outros. 
Contato com a Around: (11) 3255-7294, www.aroundresearch.com 
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9 
 
 
 
MAIS INFORMAÇÕES 
Breithaupt: www.hiperb.com.br 
Grupo Azo: (21) 2496-6439 
Grupo Carvalho: www.comercialcarvalho.com.br 
Nestlé: www.nestle.com.br 
Simone Terra: www.sterra.com.br

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