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DIREITO REAL

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Direito Civil II – Parte AV2
Exercício das servidões – Arts. 1.380 ao 1.386 do Código Civil.
Como a finalidade das servidões é a de conferir ao imóvel dominante maior comodidade, facilidade, no uso da coisa é natural que as despesas visando à construção das servidões bem como a sua manutenção sejam custeadas em regra pelo titular do imóvel dominante. Na hipótese da servidão ter sido criada convencionalmente a autonomia da vontade pode deliberar que o imóvel serviente arque com essas despesas.
	 A remoção das servidões exige o consentimento de ambos os envolvidos de forma que em havendo consenso aquele que pretender a modificação de lugar arcara com os custos deste deslocamento.
	Apesar de a servidão ser um direito real perpétuo o que significa que é criada para ter um tempo indefinido de existência a norma prevê hipóteses em que este direito real pode ser extinto o que acontecerá procedendo-se a baixa junto ao RI a exceção da desapropriação onde por ato administrativo se põem fim a servidão. Na hipótese do imóvel dominante já está hipotecado a mesma realizada após a criação da servidão, para que a servidão seja extinta o credor hipotecário deverá anuir, concordar com essa providência já que a baixa da servidão implica em que o imóvel que garante a divida vale-a menos podendo o credor não ter interesse no fim da hipoteca. Da mesma forma se a pessoa proprietária de um imóvel hipotecário pretender constituir contra o seu bem um servidão deverá contar obrigatoriamente com a manifestação de vontade do credor hipotecário na medida em que o imóvel valera menos.
Extinções das servidões Art. 1.388 e 1.389 CC.
	As servidões são extintas nas hipóteses dos art. 1.388 e 1.389, CC de maneira que a renuncia significa ato unilateral praticado pelo imóvel dominante onde ele abre mão do direito de se valer do imóvel do vizinho por escritura publica devendo ser seguida pelo seguinte registro a qualquer momento o imóvel dominante poderá admitir o resgate pelo titular do imóvel serviente e pagara para por fim a servidão também por escritura pública. O imóvel serviente poderá também a qualquer tempo requerer judicialmente a declaração do fim da servidão de forma que tenha o ônus de provar que o imóvel dominante não tem mais qualquer beneficio ou facilidade no uso daquela servidão não conferindo assim função social ao seu direito real.
Superfície – Art. 1369 ao 1.377, CC.
Estatuto da cidade 10.257/01
O código de 1916 não previa direito real de superfície tendo sido ele criado em um primeiro momento pelo estatuto da cidade em seu art. 21 e logo em seguida pelo C. civil nos art. 1369 ao 1377, CC. Muito embora dois diplomas distintos tratem do mesmo instituto não há como confundir um do outro. O previsto no estatuto da cidade tem por objetivo o de estimular as politicas publicas de desenvolvimento urbano ao passo que a superfície do código civil tem por objetivo regular interesses privados apenas.
	Pelo direito real de superfície o titular do terreno transfere a outrem o direito real a possibilidade de construir ou plantar sob terreno seu por prazo previamente determinado findo o qual o dono do solo recupera a propriedade das construções ou plantações. Como se trata de direito real genuinamente imobiliário devera ser realizado por escritura publica seguida do respectivo registro. Trata-se de um direito real criado como forma de estimular a utilização econômica do bem considerando que dono do terreno não tenha condições de lhe aproveitar economicamente.
	Muito embora o art. 1.369, CC de entendê-la a sua redação que só é possível a criação da superfície com o direito real abstrato eventual a doutrina unanime admite a criação desse direito através da cisão onde as construções ou plantações já existem. E o dono de tudo por não poder conferir adequada função social resolve por bem em desmembrar a sua propriedade. Na escritura pública é possível que a superfície seja criada gratuita ou onerosamente naquilo que se chama canon ou solarium. A regra geral é de que ao termino do prazo estipulado superficiário devolva as acessões por ele criadas sem qualquer indenização, salvo se o contrato contiver clausula em sentido contrário assegurando ao superficiário o direito de reter algum valor.
	O direito real de superfície afasta momentaneamente o principio da gravitação jurídica de maneira que pelo tempo previsto na escritura publica as acessões não serão tituladas pelo dono do terreno. O afastamento é momentâneo na medida em que ao termino do direito real o dono do solo se torna proprietário do todo. 
	A superfície é direito real temporário tal como usufruto já que na sua criação deve estar presente um prazo. Não é direito real personalíssimo transmitindo-se aos herdeiros superficiário ate o tempo ajustado. A superfície é também alienável de maneira que tanto o fundeiro como o superficiário poderá alienar os seus respectivos direito reais porem quando a alienação for a modalidade venda deverá oferecer preferencia ao outro de maneira que a propriedade se concentre em um só. 
	Caso o superficiário, por exemplo, venda o seu direito real sem dá a preferência e o fundeiro tiver interesse em se tornar proprietário pleno devera ajuizar contra a terceira adquirente ação de consignação em pagamento cumulada com adjudicação compulsória no prazo de seis meses contados do registro da alienação na forma do enunciado 510 da jornada de direito civil.
DATA: 02/05/2016
A doutrina discute acerca da natureza jurídica do direito real de superfície. Alguns sustentam que se trata de direito real de coisa alheia na medida em que o superficiário pode com autonomia exercer os poderes sob suas construções ou plantações, porem, como não é possível conceder essas construções ou plantações afastados da coisa principal é possível afirmar que é direito real sob coisa alheia. Para outros estamos diante do direito real sob coisa própria na medida em que apesar de se tratar de direito resolúvel tem o individuo total autonomia neste exercício a prova disso é que o superficiário pode, por exemplo, constituir usufruto sob suas construções ou plantações sendo certo que esse direito real será concedido até o advento da superfície já que não é possível se conferir mais direito do que se possui. De igual maneira o art. 1473, CC também permite a constituição de hipoteca em seu inciso X prescindido da organização do dono do terreno.
Arts. 1.374 ao 1.376, CC	
Como o direito real de superfície é direito real temporário o código prevê duas formas de extingui-lo de forma anômala sem prejuízo da extinção habitual que terá lugar quando direito real acabar pelo advento do termo estipulado pelo dono do solo. Neste momento o dono do solo terá duas medidas a propor dependendo do caso concreto se a superfície foi criada através de cisão a ação a ser proposta é a reintegração de posse considerando que a criação desse direito real ficou reservada a posse da coisa. Caso tenha sido construída através de direito eventual, abstrato, a ação a ser manejada é a reivindicatória. As duas formas anômalas da extinção da superfície são da desapropriação bem como a finalidade diversa concedida pelo superficiário no primeiro caso fundeiro e superficiário levantaram as quantias depositadas proporcionais ao tempo de superfície que ainda resta. Quanto a extinção pelo descumprimento é necessário que no momento da criação da superfície o fundeiro estipule a razão da criação desse direito. Assim, desobedecido pelo superficiário o motivo de sua criação poderá o fundeiro ajuizar resolução de negocio jurídico cumulado com pedido reivindicatório possessório a depender da maneira pela qual o direito foi criado. Apesar do código só se referir a essas duas formas o rol nãoé taxativo, mas sim exemplificativo de maneira que outras hipóteses poderão ensejar essa extinção tais como o não pagamento do kanom solarium que enseja o pedido de resolução do negócio jurídico cumulado com pedido sucessivo reivindicatório ou possessório.
ESTATUTO DA CIDADE 
 	O estatuto da cidade prevê o direito realde superfície com finalidade diversa e com duas características típicas. Inicialmente a superfície do estatuto da cidade compreende o uso do subsolo diferentemente do que acontece com o código civil que como regra não abrange o subsolo salvo expressamente consagrado através de clausula expressa. 
	O art. 21 do estatuto prevê que a superfície possa ser instituída por prazo indeterminado. Diferentemente do que se poderia supor a superfície continua direito real temporário sendo certo que na falta de termo expresso na escritura de concessão o dono do solo poderá interpelar o dono das construções informando lhe de sua intenção e por fim a superfície. Nessa hipótese se superficiário atender a reivindicação o doo do solo deverá ajuizar ação de resilição de negocio jurídico cumulado com pedido reivindicatório possessório e o juiz diante desse requerimento caso entenda o prazo ultrapassado naquele momento não é suficiente para que superficiário se veja ressarcido das despesas que teve que gastar até então, bem como, não ultrapassou ainda prazo suficiente para que ele tenha um lucro razoável o juiz fixará prazo razoável para recomposição do individuo findo o qual declarara extinta a superfície.
DIREITO DE SOBRELEVAÇÃO
	É o direito de construir sobre construções já existentes como direito real. O chamado direito de sobrelevação vulgarmente conhecido como direito de laje é admitido pela doutrina na forma do enunciado 568 da jornada, como passível de ser criado. Alguns doutrinadores sustentam que como a norma não os prevê expressamente no art. 167, I não 39 da lei 6.015/73 não é possível sua criação considerando que vigora em relação a essa norma o principio da legalidade de forma que não é possível registrar aquilo que não esteja expressamente prevista em lei. Os mais modernos sustentam que a sobrelevação estaria contida na superfície que por essa razão desnecessária a menção expressa.
USUCAPIÃO
	A usucapião é compreendida pela doutrina como a aquisição originária é gratuita da propriedade pelo decurso prolongado de um prazo e é obtido através da própria conduta do possuidor animus domini trata-se de aquisição gratuita da propriedade já que possuidor não paga nada para obtê-la. A natureza jurídica da usucapião é de fato jurídico strictu sensu na medida em que o fundamental para sua constatação é o advento de um prazo fixado em lei mesmo que seja possível identificar uma inercia do proprietário no sentido de promover medidas judiciais para recuperar a coisa 
 	A doutrina majoritária sustenta que a sentença de usucapião possui caráter declaratório e não constitutivo da propriedade. Por essa razão, o individuo se torna dono tão logo preenchido os requisitos legais para tanto independentemente da sentença judicial que se limita a reconhecer uma certeza jurídica. Muito embora a propriedade não seja obtida pela sentença, mas sim, pelos preenchimentos dos requisitos é bom que a demanda seja proposta considerando que caso a ação não seja proposta o possuidor animus domini a todo o momento deverá fazer prova da sua qualidade de dono.
	
03/05/16 – continuação
Requisitos:
1)Posse animus domini: é a posse ad usucapionem.
Art. 1238, CC
2) Prazo: Imóvel: 2 a 15 anos
	 Móvel: 3 a 5 anos – arts. 1260 e 1261
A doutrina costuma apontar a existência de alguns requisitos comuns que se aplicam a todas ou quase todas as modalidades de usucapião. Inicialmente é imprescindível que a posse seja exercida com a intenção de adquirir a propriedade, ou seja, deve a posse vir qualificada pela teoria subjetiva. Assim, pouco importa o tempo de posse que a pessoa tem sobre a coisa móvel ou imóvel sendo imprescindível a sua qualificação pela intenção de adquirir a propriedade. A única modalidade que não exige a posse qualificada é a tratada no art. 1240 – A, CC. Qualquer que seja a modalidade de usucapião é necessário que a pessoa física ou jurídica cumpra determinado prazo legal para se tornar proprietário variando no caso de imóvel de 2 a 15 anos e no caso de móvel de 3 a 5 anos.
3) Objeto lícito/ possível de ser usucapido
Para que o bem móvel ou imóvel possa ser alvo de usucapião é imprescindível que o objeto seja lícito, possível de ser usucapido. Não há na lei um detalhamento de quais bens podem ou não ser alvos de usucapião sendo certo que algumas hipóteses de impossibilidade de aquisição originária da propriedade estão previstas em lei esparsas como o bem publico e o bem pertencente a absolutamente incapaz e em outras hipóteses que confere a solução é a própria jurisprudência. O bem gravado com clausula de inabilidade retira do proprietário a possibilidade de gravar e dispor. Este bem pode facilmente ser alvo de ação de usucapião na medida em que a clausula só inviabiliza o proprietário de alienar o bem possuindo assim caráter personalíssimo sendo certo que como a aquisição da propriedade pelo usucapião é originária não há o que se falar em opor a clausula ao possuidor animus domini que adquiriu o bem por sua própria força. 
 A jurisprudência discute a possibilidade de se enfrentar pedido de usucapião entre condôminos, co- proprietários situação essa que habitualmente é alcançada pela sucessão onde uns dos herdeiros permanece com a coisa e os outros ficam desprovidos com a posse direta. A tendência da jurisprudência em casos como esses é no sentido de julgar improcedente o pedido de usucapião argumentando que os herdeiros privados da posse direta celebram ato de mera permissão em favor daquele que tem a posse direta de maneira que esse ultimo jamais terá a posse ocupando o bem a titulo precário adotando-se assim a ideia de que a precariedade nessa hipótese jamais convalescera sendo o individuo que tem a coisa consigo eterno detentor diante dos co herdeiros. Excepcionalmente se admite a usucapião nessas circunstâncias quando ficar caracterizado taxativamente que aqueles que não possuírem a coisa diretamente realmente a abandonaram. 
	4) Posse ininterrupta
		Art. 1.243, CC.
Sucessio Possessionis
Acessio Possessionis
		Para que a usucapião venha se consumar é imprescindível que a posse seja ininterrupta, ou seja, pelo tempo exigido em lei para o usucapião o possuidor animus domini não pode se ausentar consideravelmente da coisa de maneira que fique caracterizado o abandono de sua posse. Afastamentos momentâneos são perfeitamente admissíveis e não interrompem o prazo de usucapião que vinha fruindo normalmente. 
		O art. 1243, CC prevê textualmente a possibilidade de soma ou união de posses para efeito de usucapião o que pode acontecer de duas maneiras diferentes. É possível que isso se materialize através da chamada sucessio possessionis onde por conta do óbito os herdeiros do falecido dão continuidade a sua posse não sendo necessário a recontagem do usucapião bastando que o herdeiro complete o prazo iniciado pelo falecido aplicando-se a todas as modalidades de usucapião. É também admitida a soma de posses através das chamadas acessio possessionis onde a transferência da posse ocorre por atos intervivos normalmente através por cessão de posse. Assim, se o individuo ocupa o bem por 8 anos, por exemplo, e vende a sua posse para outro que permanece no imóvel por mais 2 anos em um possível usucapião de 10 anos poderá o cessionário comprovados os requisitos legais e o tempo de posse do antecessor adquirir o usucapião em seu nome. A acessio possessionis só não é admitida e algumas espécies de usucapião. 
09/05/2016
POSSE MANSA E PACÍFICA
ART. 197 AO 199 CC.
O ultimo requisito comum a todas as modalidade de usucapião vem a ser a posse mansa e pacifica de maneira que o possuidor animus domini no curso do prazo de usucapião deve preencher o prazo sem que o legitimo proprietário seja favorecido por uma das causas que suspendem ou interrompem a prescrição. As causas suspensivas e impeditivas são as mesmas vareando o momento de sua ocorrência na medida em que nas impeditivas o prazo prescricional se quer deu inicio ao passo que nas suspensivas o prazo se inicia e é paralisado com advento da mesma e não, mas estandopresente circunstancia dessa natureza o prazo voltara a correr de onde parou aproveitando-se o prazo transcorrido ate então. Ambas independem de qualquer conduta do interessado, proprietário, no sentido de suspender ou impedir a prescrição e podem ocorrer inúmeras vezes no curso do prazo prescricional. Tomando por exemplo, a hipótese de usucapião de 10 anos se o possuidor animus domini iniciou a sua posse em 2000 e em 2007 o proprietário vem a óbito deixando três filhos menores o prazo só voltara a correr computando os sete anos passados na data em que o filho menor completar 16 anos. 
As hipóteses mais comuns de causas suspensivas o interruptivas da suspensão que se aplicam à usucapião estão contidas no Art. 198, CC. No que diz respeito ao absolutamente incapaz a nova redação do CC defende que absolutamente incapaz é apenas o menor de 16 anos de maneira que os indivíduos desprovidos de discernimento e maiores de 16 anos são tratados pela lei como relativamente incapaz de maneira que pela literalidade da norma contra esses indivíduos poderia se entender que corre a usucapião. Até o advento da alteração do novo código entendia-se que a mera constatação fática da incapacidade independente de ação de interdição é causa suspensiva ou impeditiva da prescrição não se sabendo ao certo se essa situação prevalecera. O ausente apesar de ainda capaz também se beneficia da norma de maneira que com a declaração da ausência o prazo prescricional ficara suspenso. 
Art. 202, CC – Clausulas interruptivas 
I,V e VI
As causas interruptivas da prescrição estão respaldadas no art. 202, CC se aplicando ao usucapião os incisos I,V e VI sendo certo que a exceção da aludida hipótese as demais exigem um conduta do interessado o proprietário no sentido de interromper a prescrição. Pela redação da norma só podem ocorrer uma única vez no curso do prazo prescricional que tem por efeito fazer com que o prazo de prescrição que vinha correndo seja zerado reiniciando todo novamente. O professor Cristiano Chaves sustenta que se aplica a usucapião apenas o inciso I na medida em que a demanda judicial tem por efeito estabelecer o contraditório. Muito embora baste a simples distribuição da ação para que o prazo se considere interrompido a jurisprudência caminha para ideia de que a ação que interrompe é a ação correta e não qualquer demanda. Assim, se o proprietário opta em lançar mão de ação de reintegração de posse e depois a referida demanda e julgada improcedente e neste momento o proprietário resolve lançar mão de ação reivindicatória se nesse momento o possuidor já preencheu o prazo de usucapião este estará consumado já que a ação possessória não produziu qualquer efeito. A jurisprudência do STJ entende que o oferecimento de contestação pelo proprietário de ação de usucapião não é causa que por si só interrompa a prescrição já que se trata de meio e defesa de maneira que o juiz não estará impedido de reconhecer a transmissão salvo se for movida a reivindicatória em paralelo ou oferecida reconvenção.
A ação de usucapião de bem imóvel deve se aforada obrigatoriamente no foro de situação do imóvel sendo essa competência territorial porem absoluta. O réu da ação de usucapião é a pessoa em nome de quem o imóvel se encontra registrado bem como os confrontantes ou confinantes. Os confrontantes são litisconsórcio passivos necessários nessa ação considerando que devem ter a oportunidade de alegar em sua defesa que aquele pedido de usucapião poderá lhe trazer prejuízo considerando em parte o que deve usucapir é de propriedade do confinante o Art. 246, III do CPC dispensa apenas a citação dos confinantes quando se pretender a aquisição da propriedade de apartamento pretendendo-se que mesmo nesse caso ao menos condomínio devera se intimado pelo sindico a manifestar interesse no processo.
Além da citação dos confrontantes na forma dos art 259 e 261 deverão ser publicados editais para certificar eventuais interessados naquele pedido de usucapião. após estabelecido contraditório com a citação efetiva ou ficta o MP será intimado a participar de todas as etapas do processo considerando o evidente interesse publico já que se aquele bem for declarado como publico isso importara com alteração dos registros de imóveis o que e de interesse publico. Todas as fazendas serão intimadas do pedido de usucapião já que o bem publico não pode ser usucapido sendo certo que se a união manifestar interesse no processo a demanda será deslocada para vara federal.
10/05/2016.
Continuação...
Ajuizada ação reivindicatória ou de reintegração de posse contra o possuidor animus domini que julga ter a propriedade pela usucapião poderá este na forma da sumula 237 do STF entre outras defesas arrui o usucapião. Caso o magistrado acolha o pedido de usucapião a consequência será a improcedência da reivindicatória para possessória de maneira que possuidor animus domini terá que ajuizar ação própria de usucapião mais um demorado processo judicial. Para evitar uma nova ação a doutrina, na vidência do antigo CPC discutia a possibilidade da demanda reconvencional. A reconvenção é uma ação do réu em face do autor ajuizada no mesmo processo e esbarrava na ideia de que deveria conter a identidade de partes. Como na reconvenção de usucapião os réus seriam a pessoa em nome de quem o imóvel se encontra registrado bem como os confrontantes e estes últimos não integravam na qualidade de autor a ação reivindicatória possessória entendia-se pelo não cabimento da reconvenção. A situação parece ter sido resolvida com o NCPC que na forma do ART. 343, paragrafo 3 admite reconvenção em face do autor e de terceiro o que incluiríamos os confrontantes. Admitida reconvenção basta intimar o MP e as fazendas públicas evitando-se eventual nulidade no reconhecimento da usucapião do réu.
Deixando de lado a reconvenção do NCPC o art 7 da lei 6969/81 e art 13 do estatuto da cidade previam em relação a usucapião rural e a urbana respectivamente a possibilidade de na contestação formular pedido contraposto de usucapião. Assim, o réu de demanda possessória ou reivindicatória que pretendesse preencher os requisitos para essas duas espécies de usucapião poderia na contestação formular pedido nesse sentido. Formulado pedido contraposto as fazendas públicas e MP são mintimadas a participar do feito e os confrontantes como não participam da demanda poderão em ação própria discutir eventuais limites que lhe tragam prejuízos em relação a essas duas espécies de usucapião como estão tratadas em leis especiais e o pedido contraposto é menos formal e mais célere do que ação de reconvenção com certeza ficará mantida a forma de arruir essas espécies de usucapião diante do NCPC. Resta a solução a respeito da usucapião extraordinária e ordinária. 
Como não há no código qualquer previsão acerca da possibilidade e da forma de se arruir usucapião ordinário ou extraordinário pelo réu na ação reivindicatória e possessória até o advento do novo código civil entendia-se que só se admitia como matéria de defesa conduzindo a improcedência da reivindicatória e da possessória. Com o advento do NCPC foi idealizada uma construção doutrinaria a luz do art. 1241,CPC como nesse artigo o legislador não estabelece a forma pela qual o usucapião pode ser arruído e diante do principio, da clausula geral e de operabilidade é preciso interpretar as normas de maneira a lhes conferir uma maior sobrevida. Dessa forma a interpretação de normas que contenham conteúdos vagos imprecisos deve ser realizada no sentido de evitar o seu engessamento. Assim, quando o art. 1.241 não estipula como a usucapião deve ser arruída nada mais razoável que se admita de qualquer forma inclusive pelo pedido contraposto como acontece em relação as duas outras espécies de usucapião. Assim, mesmo que se entenda que em relação o usucapião ordinário e extraordinário não cabe a reconvenção e os novos moldes do NCPC há fundamento de direito material para sustentar o pedido contraposto. 
MODALIDADES DE USUCAPIÃO 
O usucapião extraordinário tinha na vidência do antigocódigo civil prazo de 20 anos para sua consumação tendo esse prazo sido reduzido para 15 anos nos atual código. Como regra é equivocada a afirmação de que a pessoa que já é proprietária de um imóvel não pode usucapir. O usucapião extraordinário pode ser requerido por pessoa física ou jurídica não se exigindo para sua configuração a posse direta apenas para animus domini de maneira que aquele que paga aluguel a alguém reconhece no locador individuo que se equipara a dono e que pode portanto requerer usucapião preenchidos 15 anos já que o aluguel pago faz prova dessa circunstância. O art 1238, paragrafo único prevê uma nova modalidade e usucapião extraordinário que não era tratado no código de 1916 cujo o prazo é de 10 anos mas nele se exige a posse direta durante esse prazo ou a construção de obras entendidas pelo magistrado como relevantes como a plantação ou uma confecção. Em se tratando de conceito aberto cabe ao magistrado interpreta-la da melhor forma.
Usucapião ordinário
O atual código civil previu essa modalidade no seu art. 1242, caput e paragrafo único. No código de 1916 essa espécie de usucapião tinha prazo de 15 anos entre ausentes e 10 anos entre presentes. Entendia-se como ausente que o proprietário que residisse comprovadamente em comarca diversa daquela onde estava situado o imóvel e entre presentes quando o proprietário residisse na mesma comarca de onde estava situado o imóvel já que nessa circunstância teria conhecimento com maior facilidade da ocupação do outro podendo adotar medidas judiciais de forma mais célere o que justificaria a redução do prazo de usucapião. 
O usucapião ordinário previsto no caput também pode ser pretendido por pessoa jurídica, não exige a posse direta como essencial a sua caracterização e pode ser pretendido por pessoa que já é proprietário de um imóvel o grande requisito especifico é o justo titulo. A expressão justo título mencionado no art. 1242 não se confunde com a abrangência da mesma expressão no art. 1201, paragrafo único, CC. No artigo que trata da posse entende-se essa expressão como a pessoa esta munida de documento que legitime a sua posse seja direito real ou pessoal. 
O conceito de justo titulo pode ser compreendido quando o documento que é hábil em tese transferir a propriedade em favor do seu portador. Apesar do instrumento conter algum defeito especifico ele permite ao seu portador abstratamente se tornar dono. Outros doutrinadores defendem outro titulo o documento que é capaz de criar em seu portador a legitima expectativa de que com ele se tornara proprietário do bem serve de exemplo o formal de partilha, a carta de adjudicação, a de arrematação e escritura pública de compra e venda e doação. Assim, se João é casado com Maria mas essa ultima é proprietária e um imóvel adquirido antes do casamento e só registrado em seu nome é possível que a esposa ocultando o casamento posterior venda o seu imóvel a terceiro. Passado dez anos caso João ajuíze a ação anulatória cumulada com nulidade do registro combinada com pedido reivindicatório é possível que adquirente alegue a seu favor o usucapião ordinário previsto no art 1242, caput, CC. 
A presença do justo titulo cria a presunção relativa de boa –fé que deve ser desconstituída pela outra parte. O melhor exemplo de justo titulo é a promessa de compra e venda irretratável com a quitação do preço já que aquele tem esse documento consigo tem a legitima expectativa de se tornar dono da coisa. O paragrafo único do art. 1242, cria uma nova modalidade de usucapião ordinário que deve esta sujeito a três requisitos: aquisição onerosa, cancelamento do registro que foi viciado e a moradia habitual as obras de caráter produtivo. No exemplo anterior, se aquele que transacionou com Maria registrasse a escritura e morasse no imóvel mesmo que fossem acolhidos os pedidos a anulação do negocio jurídico e de nulidade do registro o terceiro seria rejeitado pelo usucapião em 5 anos. 
Art 1.239, CC – Pro labore 
O art. 1239, CC prevê o chamado usucapião constitucional rural ou pro-labore. Não existia na vigência do código de 1916 tendo sido criado pelo legislador constitucional. A aquisição da propriedade através dessa espécie de usucapião se submete a alguns requisitos específicos. Exigisse a moradia eventual o que o torna exclusivo da pessoa física a metragem do bem não pode superar 50 hectares o que revela uma grande área devendo o núcleo familiar explorar economicamente a coisa não podendo ainda aquele que pretender essa modalidade de usucapião ser proprietário de outro imóvel ate que sejam completados os 5 anos, mesmo que receba por doação ou sucessão. A doutrina majoritária entende que não se aplica a essa modalidade de usucapião e a urbana a chamada a assecio posseciones somente se admitindo a sucessio possessiones. Apesar de não existir qualquer restrição nesse sentido, ambas as espécies de usucapião foram criadas pela CF/88 com o objetivo de assegurar ao núcleo familiar uma residência digna, um único imóvel que não conseguira obter com seu meios. O ideal constitucional não se adequa a possível circulação econômica que estes bens teriam caso fossem admitidas a acessio posseciones.
O art. 1240 trata da usucapião constitucional urbano ou pro-moradia os requisitos são os mesmos do art. anterior com a ressalva de que não é necessário produzir na terra o que o individuo pode pretender para espécie de usucapião com área construída de até 250 metros quadrados sendo perfeitamente aplicado ao usucapião de apartamento. 
No que diz respeito a aquisição de usucapião de imóvel hipotecado a jurisprudência do STJ é no sentido de admiti-lo argumentado- se se credor hipotecário não tomou em tempo hábil, as medidas judiciais no sentido de evitar a retomada da coisa que estava imobilizada a sua disposição terá contra si os efeitos da usucapião o mesmo raciocínio não é aplicado pela jurisprudência quando ao cargo objeto de alienação fiduciária em garantia. O registro desse contrato junto ao cartório de títulos e documentos já que se trata de bem móvel cria eficácia erga omnes e faz com que o individuo que tem o carro consigo seja tratado como eterno detentor interessado na medida em que a sua clandestinidade jamais se tornaria posse. 
Semana 11
Resposta: Art. 504, paragrafo único, CC.
Alternativa correta letra 
O usucapião pro família foi criado pelo art. 1240 A, CC que foi acrescentado ao código civil em junho de 2011. Como se trata de direito real novo o prazo de 2 anos a que se refere a norma só poderá a se contar da data em que entrou em vigor a referida alteração mais precisamente junho de 2011, justamente para que a outra parte não possa se pega de surpresa com o advento de usucapião em seu desfavor. Assim, mesmo que individuo já tivesse começado a preencher os requisitos para essa espécie de usucapião o prazo só se inicia em junho de 2011 vários doutrinadores discutem a constitucionalidade dessa norma na medida em que o menor prazo de usucapião de bem imóvel é de 3 anos ferindo a razoabilidade a ideia de que exista usucapião de bem imóvel em prazo tão curto. Trata-se de modalidade de usucapião que exige a obediência a vários requisitos específicos. Inicialmente não é possível que a pessoa se beneficie do dispositivo mais de uma vez, deve o cônjuge ou companheiro hetero ou homoafetivo cumprir o prazo de 2 anos dispensando-se a posse animus domini não podendo a construção superar 250m². Não é possível que aquele que pretende já seja proprietário de um bem a qualquer tipo.
O art. 1240-A faz menção a duas expressões que merecem atenção. Inicialmente é necessário que o cônjuge ou companheiro seja previamente proprietário de metade do imóvel em virtude do regime de bens ou do fato de viver em união estável para pretender o usucapião da outra metade. Se o cônjuge ou companheiro que permaneceu no imóvel não tenha previa propriedade de metade do bem não sera possível o usucapião pro família podendo pretender pelas outras modalidades a lei faz alusão ainda ao chamado abandono de lá. A merapartida do lar conjugal não é suficiente por si só a caracterização do abandono. É necessário não só a separação de fato mais também a prova no caso concreto de que aquele que partiu não presta qualquer tipo de auxilio material e moral ao núcleo familiar. Assim, se paga alimentos aos filhos, por exemplo, constituiria verdadeiro comportamento contraditório a ideia de que pudesse se voltar contra aquele que lhe assiste. Na falta de filhos o ideal que o cônjuge que deixou o lá ajuíze antes do biênio divorcio requerendo a partilha de bens. 
Desapropriação Judicial – art. 1228, 
O atual código civil criou ainda que não existia no de 1916 por ser uma grande influencia a teoria sociológica da posse. A referida norma possuem inúmeros conceitos abertos que são colocados pelo legislador de maneira proposital com o objetivo de conferir uma maior sobrevida com a lei. Pela redação da norma é apenas possível de se afirmar que não é possível invocar a desapropriação para satisfação de interesses privados, em especial a moradia. A desapropriação tem iniciativa que o chefe do executivo o que não acontece no presente instituto considerando que a desapropriação acontecera por força de sentença. É necessário que o grupo explore economicamente a coisa pelo prazo de 5 anos sendo certo que a boa fé que se refere a norma não pode ser compreendida a luz do art. 1201,caput CC. De acordo com a doutrina se beneficia dessa desapropriação qualquer um que tenha obtido a posse desacompanhada de um dos vícios objetivos da posse. Não se trata de nova modalidade de usucapião considerando que o consumidor terá que pagar para adquirir a propriedade. 
A desapropriação judicial normalmente será pretendida através de defesa em ação possessória ou reivindicatória. Muito embora essa seja a regra é perfeitamente possível a ação declaratória com este fim. Em sede de defesa devera ser formulado pedido nesse sentido de maneira que figurando o grupo como réu devera ele formular o pedido contraposto com a participação do ministério publico devido flagrante a alteração registral. O pagamento devera ser feito preferencialmente por aqueles que se beneficiam do reconhecimento da desapropriação sendo certo que a doutrina entende que em se tratando de família de baixa renda esse ônus recairá sobre o poder publico que desapropriou. No que diz respeito a possibilidade do bem publico ser alvo da desapropriação judicial há discursão doutrinaria. Alguns entendem que da mesma forma que não é possível a usucapião o mesmo raciocínio se aplicaria a desapropriação. Os mais modernos sustentam que usucapião e desapropriação não possuem o mesmo alcance ate mesmo porque na desapropriação o individuo é pago. Ademais, o art. 5, inciso XXII da CF/88 estabelece o direito de propriedade com uma garantia individual de maneira que todas as normas importada em restrição a ele comportam apenas interpretação restritiva devida a natureza de direito de propriedade como a construção proíbe apenas a usucapião de bem publico isso não pode se estender a desapropriação.

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