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Data: 24/02/2015 Processo Penal II Aula 1 Teoria Geral da Prova - Revisão: TGP Jurisdição -> competência (processo penal I) Ação Processo -> Processo penal I (processo, recursos, execução) Sistema Processual: Acusatório - Órgão julgador inerte e imparcial Contraditório e ampla defesa Publicidade * Apreciação das provas: Livre convencimento motivado Persuasão racional Outro nome que se dá ao convencimento motivado. * "Liberdade" probatória - Limitação (vedação às provas ilícitas) O nosso sistema permite outros meios de provas que não estão em nosso ordenamento, menos as provas ilícitas. Conceito de prova Prova é um conjunto de atos praticados pelas partes, pelo juiz (artigos 156, I e II, 209 e 234, ambos do CPP) e por terceiros (exemplo: peritos) destinados a levar ao magistrado a convicção a cerca da existência ou inexistência de um fato da falsidade ou veracidade de uma afirmação (conceito de Fernando Capez). Artigo 156, CPP O juiz conforme o artigo, está produzindo provas. Exemplo: o juiz ouvir uma testemunha que é muito idosa, que está prestes a falecer, etc. Alguns doutrinadores dizem que esse artigo é um resquício do sistema inquisitório. Objeto da prova: fato Quando falamos em o objeto é qual o objetivo da prova. O objetivo é o fato que ocorreu, a prova tentará levar ao juiz o convencimento daquele fato que aconteceu, demonstrar ao juiz como se deram os fatos. Fatos notórios e evidentes não precisam de provas. Fatos irrelevantes não necessitam de provas. Esses fatos são irrelevantes aos meios de provas. Meios de prova: Provas nominadas São as provas que estão numeradas no nosso código. Provas inominadas Outros meios de provas que as partes podem usar para levar ao convencimento do juiz. É um resquício do sistema inquisitivo. Essas provas inominadas são provas que não estão previstas no código. Quando o crime deixa resquícios, o juiz é obrigado a produzir corpo de delito. Classificação 1 - Quanto ao objeto: a) direta: recai sobre o fato probando (testemunha que presenciou o crime) São as provas que recaiu sobre o fato probabando em si, ou seja, sobre o fato que se pretende provar. Exemplo: A testemunha que viu, presenciou a cena do crime. b) Indireta: recai sobre circunstâncias (exemplo: testemunha ouviu conversa) Quando recair sobre circunstâncias que envolvem aquele crime. Exemplo: uma testemunha que ouviu pessoas combinando que em um determinado dia iram cometer aquele crime. 2 - Quanto ao efeito/valor a) Plena: prova convincente -> leva a juízo de certeza. A testemunha que presenciou o fato, dependendo dos outros elementos probatórios, é uma prova plena, que levará o magistrado a se convencer que aquela pessoa é o criminoso. b) Não plena/indiciária: indícios -> Leva a juízo de probalidade. Leva ao juíz indícios de probabilidade, depois de analisado os conjuntos probatórios. É o juiz que dará valor aquela prova para formar o seu convencimento. 3 - Quanto ao Sujeito a) Pessoal: emana de uma pessoa (exemplos: perito, testemunha) O próprio acusado no seu interrogatório também é uma prova pessoal. b) Real: originada dos vestígios do crime (exemplos: arma, roupa insanguentada, etc) 4 - Quanto à forma a) Testemunhal b) Documental Cartas, escutas telefônicas quando forem transcritas, etc. c) Material - Qualquer materialidade que sirva de elemento de convicção (exemplos: exame de corpo de delito, perícias, etc) O exame de DNA também é prova material. Natureza Jurídica: Direito subjetivo de índole constitucional de estabelecer a verdade dos fatos. As provas levadas pelas partes são as provas sobre aquele fato que irá se buscar a verdade real. Procedimento probatório: 4 etapas 1º) Proposição - partes indicam as provas que pretendem produzir Já na denúncia, o MP já pode arrolar suas testemunhas. 2º) Admissão - momento em que o juiz defere ou não as provas requeridas O juiz pode não deferir uma prova requerida, notadamente por ser uma prova ilícita. 3º) Produção - momento em que as partes produzem as provas Momento que de fato as provas serão trazidas aos autos. Exemplo: Interrogatório, oitiva de testemunhas, etc. 4º) Valoração - Juízo crítico do magistrado sobre as provas para formar seu convencimento O juiz irá se basear nas provas trazidas a juízo para formar o seu convencimento. * OBS: artigo 155, CPP
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