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CAPÍTULO 3 ANÁLISE TENSÃO-DEFORMAÇÃO 1-D RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS II - PROFA. IZABEL AZEVEDO EQUAÇÃO PARA O CÁLCULO DA DEFORMAÇÃO ELÁSTICA DE UM ELEMENTO SUBMETIDO À CARGA AXIAL UTILIZANDO A LEI HOOKE E AS DEFINIÇÕES DE TENSÃO E DEFORMAÇÃO: Para um elemento de barra cuja área da seção transversal varia gradativamente ao longo do comprimento, submetido a cargas concentradas axiais nas extremidades e a uma carga externa variável distribuída ao longo de seu comprimento, a tensão normal e deformação normal no elemento são: P1 P2 L dx x x Se a tensão normal e a deformação normal no elemento não ultrapassarem o limite de proporcionalidade, é possível relacioná-las usando a lei de Hooke: e o deslocamento da extremidade da barra é dado por: = deslocamento de um ponto na barra relativo a outro; L = comprimento original da barra; P(x) = força axial interna na seção; A(x) = área da seção transversal da barra; E = módulo de elasticidade (que também pode ser função de x se o material não for homogêneo). RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS II - PROFA. IZABEL AZEVEDO Se a área de seção transversal é constante e a barra está submetida a cargas concentradas constantes nas extremidades: RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS II - PROFA. IZABEL AZEVEDO L P P x • Se a barra for submetida a várias cargas concentradas axiais diferentes constantes e/ou se a área da seção transversal e/ou módulo de elasticidade variar repentinamente de uma região da barra para outra, a equação pode ser aplicada a cada segmento da barra onde todas essas quantidades são constantes. o deslocamento de uma extremidade da barra em relação a outra é dado por: RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS II - PROFA. IZABEL AZEVEDO CONSIDERE-SE O CASO DE UMA COLUNA DE SEÇÃO TRANSVERSAL UNIFORME (CONSTANTE) SUBMETIDA A UM CARREGAMENTO AXIAL. Sob estas condições, a deformação ocorre somente na direção y substitui-se a coluna por uma linha em que a rigidez axial é concentrada ao longo da mesma. MÉTODOS NUMÉRICOS PARA ENGENHARIA CIVIL - PROFA. IZABEL AZEVEDO Sistema global de coordenadas p E A p E y STEP 1 - DISCRETIZAÇÃO E ESCOLHA DA CONFIGURAÇÃO DO ELEMENTO a) Definição de um sistema de coordenadas conveniente: - na aproximação 1-D, é necessário usar somente uma coordenada ao longo da direção vertical: coordenada y. - este sistema é definido para descrever a coluna toda: sistema global de coordenadas. MÉTODOS NUMÉRICOS PARA ENGENHARIA CIVIL - PROFA. IZABEL AZEVEDO Sistema global de coordenadas P y b) Discretização da coluna em 2 elementos finitos, cada um com comprimento l : MÉTODOS NUMÉRICOS PARA ENGENHARIA CIVIL - PROFA. IZABEL AZEVEDO ❶ ❸ ❷ elementos finitos 1 e 2 ① ② c) Definição de sistema de coordenadas para os elementos: sistema local de coordenadas - Principal vantagem: facilita a integração e a derivação especialmente em problemas multidimensionais. - Há várias maneiras pelas quais pode-se definir sistemas de coordenadas locais para problemas de 1-D, vamos considerar o sistema em seguida: MÉTODOS NUMÉRICOS PARA ENGENHARIA CIVIL - PROFA. IZABEL AZEVEDO Sistema local de coordenadas L para o elemento finito - Problema 1-D: A origem do sistema local de coordenadas está em um ponto no interior do elemento, por exemplo, no ponto intermediário: MÉTODOS NUMÉRICOS PARA ENGENHARIA CIVIL - PROFA. IZABEL AZEVEDO y2 y l/2 y1 ❷ ❶ l/2 3 l y3 - Coordenada local: varia de 0 a l/2 e de 0 a l/2 • É mais conveniente expressar a coordenada local como um valor adimensional (facilita a integração e a derivação). • Dividindo-se a coordenada local por l/2: MÉTODOS NUMÉRICOS PARA ENGENHARIA CIVIL - PROFA. IZABEL AZEVEDO L - coordenada adimensional: varia de 0 a (-1) no nó 1 e de 0 a 1 no nó 2 y2 y l/2 y1 ❷ ❶ l/2 L=+1 L=-1 3 l y3 L+ L- L=0 • Relação entre os sistemas de coordenadas local e global: MÉTODOS NUMÉRICOS PARA ENGENHARIA CIVIL - PROFA. IZABEL AZEVEDO ❷ ❶ l L+ L- L=+1 L=-1 L=0 y2 y l/2 y1 ❷ ❶ l/2 L=+1 L=-1 3 l y3 L+ L- L=0 Do local para o global Do global para o local STEP 2 - SELEÇÃO DO MODELO OU FUNÇÃO DE APROXIMAÇÃO PARA A QUANTIDADE DESCONHECIDA Define-se uma função matemática para se aproximar a distribuição de deslocamentos no interior do elemento. Funções mais comuns : polinômios São utilizadas funções de interpolação MÉTODOS NUMÉRICOS PARA ENGENHARIA CIVIL - PROFA. IZABEL AZEVEDO O polinômio mais simples é o que fornece uma variação linear para os deslocamentos no interior do elemento. y - coordenada do ponto v(y) - deslocamento em qualquer ponto y do domínio do problema Variação linear do deslocamento v(y) no interior do elemento v1 v2 ❶ ❷ y MÉTODOS NUMÉRICOS PARA ENGENHARIA CIVIL - PROFA. IZABEL AZEVEDO DETERMINAÇÃO DAS FUNÇÕES DE INTERPOLAÇÃO PARA UM ELEMENTO DE BARRA UTILIZANDO OS POLINÔMIOS DE LAGRANGE: O que se quer: Definir uma função matemática que aproxime a distribuição dos deslocamentos v(y) no interior de um elemento de barra em função dos deslocamentos nodais a função deve satisfazer as condições de contorno do problema. Considerando o sistema de coordenadas local L: MÉTODOS NUMÉRICOS PARA ENGENHARIA CIVIL - PROFA. IZABEL AZEVEDO y2 y l/2 y1 ❷ ❶ l/2 L=+1 L=-1 3 l y3 L+ L- L=0 • Tem-se que: • Polinômios de Lagrange: • Mas, • Portanto: MÉTODOS NUMÉRICOS PARA ENGENHARIA CIVIL - PROFA. IZABEL AZEVEDO y2 y l/2 y1 ❷ ❶ l/2 L=+1 L=-1 3 l y3 L+ L- L=0 • Da relação entre os sistemas de coordenadas local, L, e global, y: • Substituindo em L1(y) e L2(y): • Polinômio aproximante: MÉTODOS NUMÉRICOS PARA ENGENHARIA CIVIL - PROFA. IZABEL AZEVEDO • Polinômio aproximante: [N] – matriz de funções de interpolação; – vetor de deslocamentos nodais – deslocamento na direção y em qualquer ponto do elemento de barra MÉTODOS NUMÉRICOS PARA ENGENHARIA CIVIL - PROFA. IZABEL AZEVEDO N1 N2 N1 e N2 - funções de interpolação, funções de forma, modelos de aproximação ou modelos de interpolação para o sistema local de coordenadas L. DEFINIÇÃO Uma função de interpolação (função de forma, modelo de aproximação ou modelo de interpolação) é uma função que assume um valor unitário no ponto nodal a que ela se refere e zero nos outrosnós. • Uma das propriedades da função de interpolação é que sua soma é sempre igual a 1. • Para um mesmo elemento é possível definir diferentes tipos de coordenadas locais e funções de interpolação Ni . MÉTODOS NUMÉRICOS PARA ENGENHARIA CIVIL - PROFA. IZABEL AZEVEDO ❶ ❷ ❶ ❷ N1 = 1 ❶ ❷ N2 = 1 STEP 3 - DEFINIR RELAÇÕES DEFORMAÇÃO-DESLOCAMENTO E TENSÃO-DEFORMAÇÃO Em problemas de análise tensão-deformação, as ações ou causas são as forças e os efeitos ou respostas são as deformações e as tensões A ligação entre ação e resposta é a lei constitutiva do material MÉTODOS NUMÉRICOS PARA ENGENHARIA CIVIL - PROFA. IZABEL AZEVEDO a) Relação deformação-deslocamento (1-D) - No sistema global de coordenadas (sistema y): - No sistema local de coordenadas utiliza-se a regra da cadeia na diferenciação. Para o sistema local de coordenadas L: - Como: MÉTODOS NUMÉRICOS PARA ENGENHARIA CIVIL - PROFA. IZABEL AZEVEDO (2) (1) Como: Substituindo (2) e (3) em (1): MÉTODOS NUMÉRICOS PARA ENGENHARIA CIVIL - PROFA. IZABEL AZEVEDO (3) Matricialmente: - matriz transformação deformação-deslocamento. MÉTODOS NUMÉRICOS PARA ENGENHARIA CIVIL - PROFA. IZABEL AZEVEDO (4) b) Relação tensão-deformação ou Relação constitutiva (1-D) Assumindo que o material da coluna tenha comportamento linear e elástico: Matricialmente: Substituindo (4) em (5): [C] - matriz constitutiva - tensão normal no interior do elemento em função dos deslocamentos na direção y MÉTODOS NUMÉRICOS PARA ENGENHARIA CIVIL - PROFA. IZABEL AZEVEDO (5) STEP 4 - DETERMINAÇÃO DAS EQUAÇÕES DE EQUILÍBRIO DOS ELEMENTOS As equações de equilíbrio do elemento podem ser determinadas de várias maneiras: a) Métodos variacionais (princípios baseados na energia potencial ou complementar e nos métodos híbridos e mistos) b) Métodos dos resíduos ponderados MÉTODOS NUMÉRICOS PARA ENGENHARIA CIVIL - PROFA. IZABEL AZEVEDO Princípio da energia potencial mínima “Se um corpo elástico carregado está em equilíbrio sob dadas condições de contorno, a energia potencial do corpo deformado assume um valor estacionário (que pode ser um máximo, um mínimo ou um ponto de inflexão). No caso dos corpos elásticos e lineares em equilíbrio, este valor é um mínimo”. OBS: Para a maioria dos problemas resolvidos através do MEF, p é uma função de muitos parâmetros (ou deslocamentos nodais ); A minimização de p envolve o cálculo variacional, mas resolveremos tomando derivadas de p. MÉTODOS NUMÉRICOS PARA ENGENHARIA CIVIL - PROFA. IZABEL AZEVEDO Para um elemento finito de uma coluna genérica, o potencial total é dado por: U - energia de deformação por unidade de volume W – trabalho das forças externas p1 p2 Ty 1 2 l 3 𝐘 MÉTODOS NUMÉRICOS PARA ENGENHARIA CIVIL - PROFA. IZABEL AZEVEDO 𝜋𝑝 = 1 2 𝜎𝑦 𝑦 𝜀𝑦 𝑦 𝑑𝑉 𝑈 − 𝑌 𝑣 𝑦 𝑑𝑉 − 𝑇 𝑦 𝑣 𝑑𝑆 − 𝑃𝑖 𝑚 𝑖=1 𝑣𝑖 𝑊 V - volume; - força de massa (peso) por unidade de volume; - força de superfície por unidade de comprimento ao longo da linha central da coluna idealizada; Si - parte da superfície S onde a carga de superfície atua; Pi - forças concentradas aplicadas aos nós; vi - deslocamento nodal correspondente a Pi m - no de nós aos quais são aplicadas Pi (neste caso, m=2); A - área da seção transversal; E - módulo de elasticidade para o material da coluna. MÉTODOS NUMÉRICOS PARA ENGENHARIA CIVIL - PROFA. IZABEL AZEVEDO • Se a área da seção transversal, A, do elemento da coluna é constante: • No sistema local L: • Substituindo (7) em (6): MÉTODOS NUMÉRICOS PARA ENGENHARIA CIVIL - PROFA. IZABEL AZEVEDO (6) (7) 𝜋𝑝 = 𝐴 𝑙 4 𝜎𝑦 𝑦 𝜀𝑦 𝑦 1 −1 𝑑𝐿 − 𝐴 𝑙 2 𝑌 𝑣 𝑦 𝑑𝐿 − 𝑙 2 𝑇 𝑦 𝑣 𝑦 𝑑𝐿 − 𝑃𝑖 𝑚 𝑖=1 𝑣𝑖 1 −1 1 −1 𝜋𝑝 = 𝐴 2 𝜎𝑦 𝑦 𝜀𝑦 𝑦 𝑦2 𝑦1 𝑑𝑦 − 𝐴 𝑌 𝑣 𝑦 𝑑𝑦 − 𝑇 𝑦 𝑣 𝑦 𝑑𝑦 − 𝑃𝑖 𝑚 𝑖=1 𝑣𝑖 𝑦2 𝑦1 𝑦2 𝑦1 Matricialmente: • De: OBS: foi necessário considerar a transposta da matriz [B] para tornar a multiplicação matricial {y } T [C] {y} consistente, de modo a produzir valor escalar de energia. (esta equação representa uma função quadrática expressa em termos dos deslocamentos v1 e v2) MÉTODOS NUMÉRICOS PARA ENGENHARIA CIVIL - PROFA. IZABEL AZEVEDO 𝜋𝑝 = 𝐴 𝑙 4 𝜀𝑦 𝑦 𝑇 𝐶 1 −1 𝜀𝑦 𝑦 𝑑𝐿 − 𝐴 𝑙 2 𝑌 𝑞 𝑇 𝑁 𝑇 𝑑𝐿 − 𝑙 2 𝑇 𝑦 𝑞 𝑇 𝑁 𝑇 𝑑𝐿 − 𝑃𝑖 𝑚 𝑖=1 𝑣𝑖 1 −1 1 −1 𝜋𝑝 = 𝐴 𝑙 4 𝑞 𝑇 𝐵 𝑇 𝐶 1 −1 𝐵 𝑞 𝑑𝐿 − 𝐴 𝑙 2 𝑌 𝑞 𝑇 𝑁 𝑇 𝑑𝐿 − 𝑙 2 𝑇 𝑦 𝑞 𝑇 𝑁 𝑇 𝑑𝐿 − 𝑃𝑖 2 𝑖=1 𝑣𝑖 1 −1 1 −1 • Expandindo os termos da equação: 1O TERMO: Energia interna de deformação elástica, U MÉTODOS NUMÉRICOS PARA ENGENHARIA CIVIL - PROFA. IZABEL AZEVEDO 𝜋𝑝 = 𝐴 𝑙 4 𝑞 𝑇 𝐵 𝑇 𝐶 1 −1 𝐵 𝑞 𝑑𝐿 − 𝐴 𝑙 2 𝑌 𝑞 𝑇 𝑁 𝑇 𝑑𝐿 − 𝑙 2 𝑇 𝑦 𝑞 𝑇 𝑁 𝑇 𝑑𝐿 − 𝑃𝑖 2 𝑖=1 𝑣𝑖 1 −1 1 −1 2O TERMO: Trabalho das forças externas, W W1 - Trabalho das forças de massa: MÉTODOS NUMÉRICOS PARA ENGENHARIA CIVIL - PROFA. IZABEL AZEVEDO W2 - Trabalho das forças de superfície: MÉTODOS NUMÉRICOS PARA ENGENHARIA CIVIL - PROFA. IZABEL AZEVEDO W3 - Trabalho das forças concentradas: MÉTODOS NUMÉRICOS PARA ENGENHARIA CIVIL - PROFA. IZABEL AZEVEDO Somando os termos: p - função quadrática de v1 e v2. MÉTODOS NUMÉRICOS PARA ENGENHARIA CIVIL - PROFA. IZABEL AZEVEDO 𝜋𝑝 = 𝐴𝐸 4𝑙 (𝑣1 2 − 2𝑣1𝑣2 + 𝑣2 2) 1 −1 𝑑𝐿 − 𝐴𝑙𝑌 2 1 2 1 − 𝐿 𝑣1 + (1 + 𝐿)𝑣2 𝑑𝐿 1 −1 − 𝑇 𝑦 𝑙 2 1 2 1 − 𝐿 𝑣1 + (1 + 𝐿)𝑣2 𝑑𝐿 1 −1 − 𝑃𝑖 2 𝑖=1 𝑣𝑖 Impondo a condição de energia potencial estacionária, determina-se o valor mínimo de p (condição de equilíbrio), diferenciando a expressão para p em relação a v1 e v2 : MÉTODOS NUMÉRICOS PARA ENGENHARIA CIVIL - PROFA. IZABEL AZEVEDO 𝜕𝜋𝑝 𝜕𝑣2 = 𝐴𝐸 4𝑙 (−2𝑣1+2𝑣2) 1 −1 𝑑𝐿 − 𝐴𝑙𝑌 2 1 2 1 + 𝐿 𝑑𝐿 1 −1 − 𝑇 𝑦 𝑙 2 1 2 1 + 𝐿 𝑑𝐿 1 −1 − 𝑃2 = 0 𝜕𝜋𝑝 𝜕𝑣1 = 𝐴𝐸 4𝑙 (2𝑣1−2𝑣2) 1 −1 𝑑𝐿 − 𝐴𝑙𝑌 2 1 2 1 − 𝐿 𝑑𝐿 1 −1 − 𝑇 𝑦 𝑙 2 1 2 1 − 𝐿 𝑑𝐿 1 −1 − 𝑃1 = 0 INTEGRAÇÃO (simples no caso 1-D):MÉTODOS NUMÉRICOS PARA ENGENHARIA CIVIL - PROFA. IZABEL AZEVEDO 𝐴𝐸 4𝑙 (2𝑣1−2𝑣2) 1 −1 𝑑𝐿 − 𝐴𝑙𝑌 2 1 2 1 − 𝐿 𝑑𝐿 1 −1 − 𝑇 𝑦 𝑙 2 1 2 1 − 𝐿 𝑑𝐿 1 −1 − 𝑃1 = 0 𝐴𝐸 4𝑙 (−2𝑣1+2𝑣2) 1 −1 𝑑𝐿 − 𝐴𝑙𝑌 2 1 2 1 + 𝐿 𝑑𝐿 1 −1 − 𝑇 𝑦 𝑙 2 1 2 1 + 𝐿 𝑑𝐿 1 −1 − 𝑃2 = 0 𝐴 𝐸 4 𝑙 (𝑣1−𝑣2) − 𝐴 𝑙 𝑌 2 − 𝑇 𝑦 𝑙 2 − 𝑃1 = 0 𝐴𝐸 4𝑙 (−𝑣1+𝑣2) − 𝐴 𝑙 𝑌 2 − 𝑇 𝑦 𝑙 2 − 𝑃2 = 0 Matricialmente: Esta equação fornece uma expressão que pode ser usada repetidamente na determinação das relações de equilíbrio para todos os elementos. [k] - matriz de rigidez do elemento; [q] - vetor de deslocamentos nodais no elemento. [Q] - vetor de cargas nodais no elemento composto pelas forças de massa (gravidade ), forças de superfície e cargas concentradas nos nós; MÉTODOS NUMÉRICOS PARA ENGENHARIA CIVIL - PROFA. IZABEL AZEVEDO Equação de equilíbrio para cada elemento finito de barra da discretização. Nos problemas que envolvem um grande número de incógnitas, a diferenciação de p em relação às várias incógnitas: Portanto, matriz de rigidez do elemento. vetor de cargas nodais no elemento composto pelas forças de massa (gravidade), forças de superfície e cargas nodais. MÉTODOS NUMÉRICOS PARA ENGENHARIA CIVIL - PROFA. IZABEL AZEVEDO 𝜋𝑝 = 𝐴 𝑙 4 𝑞 𝑇 𝐵 𝑇 𝐶 1 −1 𝐵 𝑞 𝑑𝐿 − 𝐴 𝑙 2 𝑌 𝑁 𝑞 𝑑𝐿 − 𝑙 2 𝑇 𝑦 𝑁 𝑞 𝑑𝐿 − 𝑃𝑖 2 𝑖=1 𝑣𝑖 1 −1 1 −1 𝐴 𝑙 4 𝐵 𝑇 2𝑥1 𝐶 1𝑥1 1 −1 𝐵 1𝑥2 𝑞 2𝑥1 𝑑𝐿 = 𝐴 𝑙 2 𝑁 𝑇 2𝑥1 𝑌 1𝑥1 𝑑𝐿 + 1 −1 𝑙 2 𝑁 𝑇 2𝑥1 𝑇 𝑦 1𝑥1 𝑑𝐿 1 −1 + 𝑃𝑖𝑒 2𝑥1 STEP 5 - MONTAGEM DAS EQUAÇÕES ALGÉBRICAS GLOBAIS E INTRODUÇÃO DAS CONDIÇÕES DE CONTORNO Consideramos, na determinação da equação de equilíbrio somente um elemento. Entretanto, o que nos interessa, é o equilíbrio da estrutura como um todo, composta de vários elementos. MÉTODOS NUMÉRICOS PARA ENGENHARIA CIVIL - PROFA. IZABEL AZEVEDO No caso de uma coluna discretizada em três elementos (4 nós, em que a numeração dos nós começa do topo da coluna), submetida a somente uma carga concentrada, P, no topo: MÉTODOS NUMÉRICOS PARA ENGENHARIA CIVIL - PROFA. IZABEL AZEVEDO P 1 2 4 3 Elemento 1 A1, E1, l1 P1 (1) P2 (1) 1 2 Elemento 2 A2, E2, l2 P1 (2) P2 (2) 1 2 Elemento 3 A3, E3, l3 P1 (3) P2 (3) 1 2 Elem. 1 1 2 4 3 y Elem. 3 Elem. 3 1 2 1 2 1 2 1 2 3 4 v1 1 v1 GLOBAL Desl. LOCAL Nó Nó Desl. v2 v3 v4 v1 3 v2 1 v2 3 v1 2 v2 2 A coordenada global y tem origem no topo da coluna e é positiva para baixo: conveniente já que a carga P atua para baixo e será positiva, bem como os deslocamentos. (y pode ser medido em qualquer sentido ao longo da coluna a partir de qualquer ponto que seja conveniente e a numeração dos nós feita de outro modo). Pode-se escrever a energia potencial p para cada elemento do conjunto e somá- las para se obter a energia potencial total da estrutura p,total : MÉTODOS NUMÉRICOS PARA ENGENHARIA CIVIL - PROFA. IZABEL AZEVEDO 𝜋𝑝 ,𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝜋𝑝 ,𝑒 𝑚 𝑒=1 = 𝐴1𝐸1 4 𝑙1 𝑣1 2 − 2𝑣1𝑣2 + 𝑣2 2 1 −1 𝑑𝐿 + 𝐴2𝐸2 4 𝑙2 𝑣2 2 − 2𝑣2𝑣3 + 𝑣3 2 1 −1 𝑑𝐿 + 𝐴3𝐸3 4 𝑙3 𝑣3 2 − 2𝑣3𝑣4 + 𝑣4 2 1 −1 𝑑𝐿 − 𝑃1 (1) 𝑣1 − 𝑃1 1 + 𝑃1 2 𝑣2 − 𝑃2 2 + 𝑃1 3 𝑣3 − 𝑃2 3 𝑣4 • Assumiram-se valores diferentes de A, E, l, e para cada elemento e o subscrito e refere-se ao número do elemento; • O superscrito em P refere-se ao elemento em consideração; • M é o número total de elementos. MÉTODOS NUMÉRICOS PARA ENGENHARIA CIVIL - PROFA. IZABEL AZEVEDO Para se obter uma relação de equilíbrio global minimiza-se o potencial total com relação aos quatro deslocamentos nodais v1, v2, v3 e v4: De maneira análoga são calculadas as expressões: MÉTODOS NUMÉRICOS PARA ENGENHARIA CIVIL - PROFA. IZABEL AZEVEDO Efetuando-se as integrações e rearrumando as 4 equações resultantes obtém-se: Ou seja: [K] - matriz de rigidez do conjunto {r} = vetor de deslocamento nodal do conjunto {R} vetor de cargas nodais do conjunto MÉTODOS NUMÉRICOS PARA ENGENHARIA CIVIL - PROFA. IZABEL AZEVEDO )3( 2 )3( 1 )2( 2 )2( 1 )1( 2 )1( 1 4 3 2 1 3 33 3 33 3 33 3 33 2 22 2 22 2 22 2 22 1 11 1 11 1 11 1 11 P PP PP P v v v v EAEA 00 EAEAEAEA 0 0 EAEAEAEA 00 EAEA ll llll llll ll RrK ALTERNATIVAMENTE À MINIMIZAÇÃO DA ENERGIA POTENCIAL TOTAL EM RELAÇÃO AOS QUATRO DESLOCAMENTOS NODAIS v1, v2, v3 e v4: MÉTODO DA RIGIDEZ DIRETA Os coeficientes de rigidez correspondentes aos nós comuns para os elementos 1, 2 e 3 são somados. Do mesmo modo, as cargas nos nós comuns são somadas. Obtem-se a matriz de rigidez do conjunto (estrutura) adicionando-se as matrizes individuais dos elementos através do processo de rigidez direta. MÉTODOS NUMÉRICOS PARA ENGENHARIA CIVIL - PROFA. IZABEL AZEVEDO Para cada elemento finito tem-se uma equação de equilíbrio do tipo: Para o elemento 1: Para o elemento 2: Para o elemento 3: MÉTODOS NUMÉRICOS PARA ENGENHARIA CIVIL - PROFA. IZABEL AZEVEDO 1 2 1 1 2 1 2 1 1 1 1 11 P P vv vv 11 11EA l 2 2 2 1 3 2 2 2 2 1 2 22 P P vv vv 11 11EA l 3 2 3 1 4 3 2 3 3 1 3 33 P P vv vv 11 11EA l ELEMENTO 1: GLOBAL 1 2 LOCAL 1 2 1 1 2 2 ELEMENTO 2: GLOBAL 2 3 LOCAL 1 2 2 1 3 2 ELEMENTO 3: GLOBAL 3 4 LOCAL 1 2 3 1 4 2 MÉTODOS NUMÉRICOS PARA ENGENHARIA CIVIL - PROFA. IZABEL AZEVEDO Elem. 1 1 2 4 3 y Elem. 3 Elem. 3 12 1 2 1 2 1 2 3 4 v1 1 v1 GLOBAL Desl. LOCAL Nó Nó Desl. v2 v3 v4 v1 3 v2 1 v2 3 v1 2 v2 2 1 2 1 1 2 1 2 1 1 1 1 11 P P vv vv 11 11EA l 2 2 2 1 3 2 2 2 2 1 2 22 P P vv vv 11 11EA l 3 2 3 1 4 3 2 3 3 1 3 33 P P vv vv 11 11EA l Para “juntar” estas relações, na determinação das equações de equilíbrio da estrutura (formada pelo conjunto dos 3 elementos), observa-se que o número total de graus de liberdade globais são 4. Equações de equilíbrio do conjunto, referidas ao sistema global de coordenadas: Por exemplo: o coeficiente da matriz de rigidez para o elemento 2 corresponde à posição (2, 2) da matriz [k] local é adicionado na matriz de rigidez global na posição (3, 3). O processo é análogo para as cargas nodais. MÉTODOS NUMÉRICOS PARA ENGENHARIA CIVIL - PROFA. IZABEL AZEVEDO 3 2 3 1 2 2 2 1 1 2 1 1 4 3 2 3 3 1 2 2 2 2 1 1 2 1 1 1 3 33 3 33 3 33 3 33 2 22 2 22 2 22 2 22 1 11 1 11 1 11 1 11 P PP PP P vv vvv vvv vv EAEA 00 EAEAEAEA 0 0 EAEAEAEA 00 EAEA 4 3 2 1 4321 ll llll llll ll CONDIÇÕES DE CONTORNO Condição de contorno: valor prescrito de deslocamento ou de seu(s) gradiente(s) em uma parte do contorno da estrutura indica como a coluna está apoiada no espaço. É necessário considerar as condições físicas que suportam a coluna no espaço já que as propriedades de rigidez da coluna só são mobilizadas quando a coluna esta apoiada. Após as condições de contorno terem sido introduzidas, tem-se uma estrutura capaz de suportar cargas aplicadas. Sem as condições de contorno, a matriz de rigidez do conjunto, [K], é singular, ou seja, o determinante é nulo, e portanto, existe um número infinito de soluções do sistema de equações acima. MÉTODOS NUMÉRICOS PARA ENGENHARIA CIVIL - PROFA. IZABEL AZEVEDO STEP 6: RESOLVER O SISTEMA DE EQUAÇÕES PARA OS DESLOCAMENTOS NODAIS O sistema de equações obtido para a coluna é linear As variáveis são os deslocamentos nodais v1, v2 e v3 sendo v4 conhecido; As equações podem ser resolvidas utilizando-se métodos diretos, iterativos ou outros métodos; Métodos diretos: envolvem eliminação e retro-substituição método de eliminação de Gauss. MÉTODOS NUMÉRICOS PARA ENGENHARIA CIVIL - PROFA. IZABEL AZEVEDO STEP 7: OBTENÇÃO DE GRANDEZAS SECUNDÁRIAS: DEFORMAÇÕES E TENSÕES Para a formulação do MEF em deslocamentos baseada na energia potencial, os deslocamentos nodais são as variáveis primárias; A partir das variáveis primárias, deslocamentos podem ser obtidas variáveis secundárias Variáveis secundárias nos problemas de análise tensão-deformação: - deformações - tensões - momentos - forças de cisalhamento, etc. MÉTODOS NUMÉRICOS PARA ENGENHARIA CIVIL - PROFA. IZABEL AZEVEDO STEP 8: INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS GRÁFICOS: deslocamentos, tensões, deformações. A PRECISÃO DA APROXIMAÇÃO ESCOLHIDA VAI DEPENDER DO TIPO DE CARREGAMENTO, DA GEOMETRIA E DAS PROPRIEDADES DO MATERIAL E PODE SER MELHORADA ATRAVÉS DE DOIS MODOS i) utilizando-se uma malha mais fina; ii) utilizando-se modelos de aproximação de ordens superiores; A decisão de se empregar i) ou ii) vai depender das características do problema. MÉTODOS NUMÉRICOS PARA ENGENHARIA CIVIL - PROFA. IZABEL AZEVEDO TEMAS DA AV1 DISCRETIZAÇÃO BIDIMENSIONAL Seja o carregamento aplicado na superfície de um terreno mostrado na figura: Se o objetivo do problema é conhecer a distribuição de deslocamentos, tensões e deformações nas camadas de solo, pode-se propor a seguinte discretização em elementos finitos: Solo 1 Solo 2 Rocha (indeslocável) y x 50 kN/m 50 kN/m 1 55 3 2 44 33 22 11 9 8 7 6 5 4 17 16 15 14 13 12 18 10 29 27 26 25 24 23 28 21 20 19 48 30 31 32 40 34 35 36 37 38 39 41 42 43 45 46 47 49 50 51 52 53 54 DISCRETIZAÇÃO BIDIMENSIONAL Seja o carregamento concentrado aplicado na superfície de um terreno mostrado na figura: Se o objetivo do problema é conhecer a distribuição de deslocamentos, tensões e deformações nas camadas de solo, pode-se propor a seguinte discretização em elementos finitos: P 1 55 3 2 44 33 22 11 9 8 7 6 5 4 17 16 15 14 13 12 18 10 29 27 26 25 24 23 28 21 20 19 48 30 31 32 40 34 35 36 37 38 39 41 42 43 45 46 47 49 50 51 52 53 54 Solo 1 Solo 2 Rocha (indeslocável) y x P EXERCÍCIO Seja a coluna, composta de dois materiais diferentes, e carregada por uma carga concentrada P de 10 kN, conforme ilustra a figura. a) Discretizar a coluna em 4 elementos finitos de 2 nós; b) Montar as equações de equilíbrio de cada elemento finito da discretização; c) Montar o sistema de equações de equilíbrio da estrutura Dados: a) Material 1: A1 = 0,3 m 2 ; E1 = 76 GPa ; l1 = 1,0 m b) Material 2: A2 = 0,3 m 2 ; E2 = 90 GPa ; l2 = 1,6 m y P L l2 l1 a) Discretizar a coluna em 4 elementos finitos de 2 nós; y P L l2 l1 P l2/2 1 l2/2 l1/2 l1/2 2 3 5 4 Elem. 1 Elem. 2 Elem. 4 Elem. 3 elemento finito típico 1 2 l b) Montar as equações de equilíbrio de cada elemento finito da discretização: Equações de equilíbrio do elemento típico: elemento finito típico 2 1 l b) Montar as equações de equilíbrio de cada elemento finito da discretização: - Elemento 1: - Elemento 2: P l2/2 1 l2/2 l1/2 l1/2 2 3 5 4 Elem. 1 Elem. 2 Elem. 4 Elem. 3 - Elemento 3: - Elemento 4: P l2/2 1 l2/2 l1/2 l1/2 2 3 5 4 Elem. 1 Elem. 2 Elem. 4 Elem. 3 c) Montar o sistema de equações de equilíbrio da estrutura - Matriz de rigidez da estrutura: método da rigidez direta P l2/2 1 l2/2 l1/2 l1/2 2 3 5 4 Elem. 1 Elem. 2 Elem. 4Elem. 3 𝐴1 𝐸1 4 (𝑙1/2) − 𝐴1 𝐸1 4 (𝑙1/2) 0 0 0 − 𝐴1 𝐸1 4 (𝑙1/2) 𝐴1 𝐸1 4 (𝑙1/2) + 𝐴1 𝐸1 4 (𝑙1/2) − 𝐴1 𝐸1 4 (𝑙1/2) 0 0 0 − 𝐴1 𝐸1 4 (𝑙1/2) 𝐴1 𝐸1 4 (𝑙1/2) + 𝐴2 𝐸2 4 (𝑙2/2) − 𝐴2 𝐸2 4 (𝑙2/2) 0 0 0 − 𝐴2 𝐸2 4 (𝑙2/2) 𝐴2 𝐸2 4 (𝑙2/2) + 𝐴2 𝐸2 4 (𝑙2/2) − 𝐴2 𝐸2 4 (𝑙2/2) 0 0 0 − 𝐴2 𝐸2 4 (𝑙2/2) 𝐴2 𝐸2 4 (𝑙2/2) 2 1 elemento finito típico - Vetor de deslocamentos nodais: - Vetor de forças P l2/2 1 l2/2 l1/2 l1/2 2 3 5 4 Elem. 1 Elem. 2 Elem. 4 Elem. 3 Equações de equilíbrio da estrutura 𝐴1 𝐸1 4 (𝑙1/2) − 𝐴1 𝐸1 4 (𝑙1/2) 0 0 0 − 𝐴1 𝐸1 4 (𝑙1/2) 𝐴1 𝐸1 4 (𝑙1/2) + 𝐴1 𝐸1 4 (𝑙1/2) − 𝐴1 𝐸1 4 (𝑙1/2) 0 0 0 − 𝐴1 𝐸1 4 (𝑙1/2) 𝐴1 𝐸1 4 (𝑙1/2) + 𝐴2 𝐸2 4 (𝑙2/2) − 𝐴2 𝐸2 4 (𝑙2/2) 0 0 0 − 𝐴2 𝐸2 4 (𝑙2/2) 𝐴2 𝐸2 4 (𝑙2/2) + 𝐴2 𝐸2 4 (𝑙2/2) − 𝐴2 𝐸2 4 (𝑙2/2) 0 0 0 − 𝐴2 𝐸2 4 (𝑙2/2) 𝐴2 𝐸2 4 (𝑙2/2) Atribuindo os valores de área, módulo de elasticidade e comprimento do elemento: 11,4 (10)6 −11,4 (10)6 0 0 0 −11,4 (10)6 22,8(10)6 −11,4 (10)6 0 0 0 −11,4 (10)6 19,84(10)6 −8,44(10)6 0 0 0 −8,44(10)6 16,88(10)6 −8,44(10)6 0 0 0 −8,44(10)6 8,44(10)6
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