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Habeas corpus aula 9

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA CRIMINAL DA COMARCA DA 
CAPITAL 
 
(nome completo), advogado regularmente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional de 
(estado), sob o n.(numero), com escritório no (end. completo), nesta Capital, vem à presença de Vossa 
Excelência, com fundamento no artigo 5º, LXVIII, da Constituição Federal, e 647 e seguintes do Código de 
Processo Penal, impetrar ordem de HABEAS CORPUS em favor de TÍCIA, (nacionalidade), (estado civil), 
(profissão), portadora da cédula de identidade n. (numero), inscrita no CPF/MF n. (numero), residente e 
domiciliada no (end. completo), nesta Cidade e Comarca, contra ato ilegal praticado pelo Delegado de 
Polícia Titular da Delegacia de Polícia da Capital, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas: 
 
DOS FATOS 
No último dia (data), o Senhor (nome completo), Delegado de Polícia – ora autoridade coatora -, em 
entrevista à rádio local, determinou, aos seus agentes, a prisão de todas as meretrizes que circulam na 
Capital, pois os “bons costumes” deveriam ser “restabelecidos”. 
Após ouvir a notícia, a paciente, que garante o seu sustento por meio de “encontros amorosos”, 
suspendeu o exercício da prática, pois passou a temer a ação da polícia, que vem, de fato, cumprindo a 
determinação da autoridade policial. 
 
DO DIREITO 
No entanto, a ordem emanada do ilustre Delegado de Polícia constitui ato ilegal, pois impõe à paciente 
restrição indevida em sua liberdade de locomoção, haja vista que, como é sabido, a prostituição não 
constitui fato típico, nos termos do artigo 648, I, do CPP, já que o fato é atípico. 
“Ex positis” requer, após as informações prestadas pela autoridade apontada como coatora, seja 
concedida a ordem de habeas corpus, determinando-se a expedição de salvo-conduto em favor da 
paciente, como medida de justiça. 
 
Nesses termos,
 pede deferimento.
Local, data.
Advogado,
OAB

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