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Caso concreto 9 FEITO

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Aluno: Ruan Gabriel Barreiros 
Matrícula: 201607413132 
Prof: Guilherme 
Direito noturno 
 
CASO CONCRETO Nº 9 
O Delegado do Distrito Policial da Capital determinou, aos seus agentes, a prisão de 
todas as garotas de programa que atuam na região, pois pretende restabelecer os 
bons costumes na cidade, como afirmou em entrevista à rádio local. Algumas horas 
após a ordem, os agentes de polícia realizaram as primeiras prisões. Sarajane, que 
atua como acompanhante na localidade, passou a temer ser presa no horário em que 
realiza os seus encontros, razão pela qual deixou de fazê-los. Como advogado de 
Sarajane, elabore a peça cabível para resguardar o seu direito de locomoção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ... 
VARA CRIMINAL DA COMARCA ... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOME DO ADVOGADO, advogado inscrito na OAB sob o nº....., com escritório nesta 
comarca, na ........., vem, muito respeitosamente, perante Vossa Excelência, impetrar 
 
 
ORDEM DE “HABEAS CORPUS” COM PEDIDO DE LIMINAR 
 
 
Com fulcro no artigo 5 , inciso LXVIII, da Constituição Federal, e artigos 647 e 648 do 
código de Processo Penal, em favor de Sarajane, Nacionalidade, estado civil, 
acompanhante, portador da carteira de identidade nº .........., inscrito no Cadastro de 
Pessoa Física sob o nº ................, residente e domiciliado na Rua ..... nº, nesta 
Capital, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas: 
 
 
I- Dos Fatos 
O delegado do Distrito Policial da Capital determinou, aos seus agentes, a prisão de 
todas as meretrizes que atuam na região, pois pretende restabelecer os bons 
costumes na cidade, como afirmou em entrevista à rádio local. 
Algumas horas após a ordem, os agentes de polícia realizaram as primeiras prisões. 
Sarajane, que atua como acompanhante na localidade, passou a temer ser presa no 
horário em que realiza os seus encontros, razão pela qual deixou de fazê-los. 
 
II- Do Direito 
No entanto, a determinação do Delegado de Policia constitui ato ilegal, impondo à 
paciente restrição indevida em seu direito de ir e vir, pois como é sabido, não constitui 
fato típico a prostituição. 
Cabe também ressaltar a inconstitucionalidade do fato, por contrariar direitos 
fundamentais previstos na carta magma. Como prevê o Art. 5, XV, CF/88, a 
locomoção dentro do território nacional é livre, quando isto não infringir a lei, ora, como 
já exposto anteriormente, a prostituição não constitui fato típico, desta forma não 
contraria nenhuma previsão legal, desta forma não há por quê o cerceamento da 
liberdade de Sarajane. 
Ainda há a contrariedade ao disposto no Art. 5, LIV da CF. A ordem de prisão se deu a 
um mero capricho do delegado, que ignorou a norma e sucumbiu à sua própria 
vontade, sem se importar com a norma, sem seguir o devido processo legal, pois 
como prevê o artigo supramencionado a “ninguém será privado a liberdade ou de seus 
bens sem o devido processo legal”. 
 
 III) Do pedido 
Ante o exposto, é a presente impetração para requerer que seja oficiada a autoridade 
coatora, a fim de que esta preste informações, intimando-se o membro do Ministério 
Público para que se manifeste, assim como a concessão da expedição de salvo 
conduto em favor de Sorajane, com o fim de que seja mantido o seu direito 
constitucional de liberdade de locomoção, com fundamento legal no artigo 648 do 
CPP. 
 
 
 
 
 
Nestes termos, pede deferimento. 
Local, Data 
Advogado 
N OAB/UF

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