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Antropologia VTI

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Para ilustrar a diversidade, consideraremos, como ponto de referência uma das reflexões feita por Malinowski, logo na introdução do livro de sua autoria “Os Argonautas do Pacífico Ocidental” (1922) que diz:
Imagine-se o leitor repentinamente sozinho, em meio, a todo o seu equipamento, em uma praia tropical perto de uma aldeia nativa, enquanto a lancha ou o escaler que o trouxe vai-se afastando no mar até sumir de vista. Depois de se ter acomodado no alojamento de algum homem branco da vizinhança, comerciante ou missionário, o que lhe resta a fazer é começar imediatamente o seu trabalho etnográfico.
 Diante da análise desta afirmativa é correto dizer que:
a. faz alusão ao chamado modelo clássico de etnografia. 
Clifford Geertz nasceu no dia 23 de agosto de 1926, em São Francisco, Califórnia. Ele é um dos mais influentes antropólogos norte-americanos da segunda metade do século XX. Contribui, com sua teoria interpretativa, não só para a própria teoria e as práticas antropológicas, mas também para toda e qualquer reflexão sobre os significados de práticas sociais. Ele é considerado o criador da antropologia:
b. interpretativa ou hermenêutica. 
Se o primeiro grande salto da teoria antropológica se deu com a crítica a perspectiva historicista e comparativista, o segundo debate de fôlego ocorreu com a intervenção da crítica pós-moderna que ganhou expressão com o debate a cerca:
e. da relação entre a pesquisa de campo propriamente dita e a construção do texto. 
No esforço de reconstruir os critérios internos que cada cultura utiliza para a sua auto-reflexão, como afirmam Gilberto Velho e Viveiros de Castro, o movimento histórico da Antropologia enquanto campo de saber superou sua função como uma ciência que estava atrelada a interpretação das culturas exóticas da época colonialista e passou  ter uma outra abordagem, qual seja, a de:
b. verificar em que domínios cada cultura atingiu maior elaboração. 
Quando nos matriculamos em um curso de língua estrangeira – inglês, francês, alemão, italiano, etc. – a maior parte dos professores nos alertam para que não busquemos traduzir na nossa própria língua, os termos que compõem o novo idioma que buscamos aprender. Ou seja, o professor nos chama atenção para que não nos concentremos no esforço de traduzir o que vamos falar neste novo idioma a partir da nossa própria língua. Nosso esforço deve, ao contrário, se dirigir no sentido de que possamos estruturar o nosso pensamento nos termos da língua que compõe o novo idioma a que estamos tentando aprender.
Este recurso pedagógico utilizado pelo professor, aponta para o problema fundamental discutido pela Antropologia das relações entre:
a. cultura, pensamento e linguagem. 
As críticas tecidas por Geertz a Bronislaw Malinowski revelam que para obter o ponto de vista dos nativos não é preciso morar com eles, tornar-se um nativo ou copiá-lo, mas sim procurar conversar e situar-se entre eles para captar o sentido das ações sociais que são compartilhados entre os indivíduos. Deste modo, o etnógrafo “deve atentar-se para o comportamento e, com exatidão, pois é através do fluxo do comportamento – ou mais precisamente, da ação social – que as formas culturais encontram articulação. Identifique afirmativa revela o papel do etnógrafo em campo.
b. O etnógrafo só pode captar as diferenças de significado buscando o “ponto de vista dos nativos. 
7) Etnocentrismo pode ser definido como:
I. o ponto de vista que toma como referência as maneiras de agir e pensar do próprio grupo, considerando-os melhores e mais corretos.
II. o princípio da relatividade cultural na interpretação das sociedades.
III. a visão que parte da diversidade étnico-cultural na análise dos fenômenos da cultura.
IV. o ponto de vista que considera a própria cultura como modelo para todas as demais. 
c. I e IV estão corretas. 
 
Identifique as alternativas verdadeiras e as alternativas falsas e marque a opção correta:
I – (  ) A perspectiva em que se baseia o relativismo cultural está articulada ao pensamento evolucionista, ou seja, a diversidade cultural dos grupos sociais é determinada pelos estágios de evolução em que os mesmos se encontram.
II – (  ) Para Franz Boas, o contato direto com o grupo estudado é fundamental para que o pesquisador possa compreender os diferentes significados atribuídos às ações sociais executadas pelos indivíduos.
III – (  ) Reafirmando o pensamento de Edward Tylor, Franz Boas define a diversidade cultural através de uma vertente etnocêntrica e amplamente estruturada sobre os paradigmas da cultura européia.
a. F – V – F. 
Clifford Geertz afirma que “sem os homens certamente não haveria cultura, mas, de forma semelhante e, muito significativamente, sem cultura não haveria homens” .
Essa intrigante afirmativa de Geertz revela o quanto dependemos uns dos outros para ser o que somos, para nos comportar do jeito que nos comportamos, para sentir o que sentimos. Em outras palavras, os humanos não se realizam como humanos se estiverem: 
e. Isolados uns dos outros. 
 “Na cultura ocidental, a economia é o lócus privilegiado da produção simbólica. Para nós, a produção de mercadorias é ao mesmo tempo o modo privilegiado da produção simbólica e de sua transmissão. A singularidade da sociedade burguesa não está no fato de o sistema econômico escapar à determinação simbólica, mas em que o simbolismo econômico é estruturalmente determinante”. Essa afirmativa de Sahlins revela uma tendência da Antropologia contemporânea com relação à importância das condições econômicas para a cultura, qual seja:
c. as condições econômicas concretas têm menos importância que os símbolos e significados dela decorrentes.

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