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10 PRINCIPIOS- MODOS DE TRATAMENTO DE CONFLITO- DIREITO PROCESSUAL (SUBDIVISÕES) - LEI NO ESPAÇO E NO TEMPO.

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10 PRINCIPIOS- MODOS DE TRATAMENTO DE CONFLITO- DIREITO PROCESSUAL (SUBDIVISÕES) - LEI NO ESPAÇO E NO TEMPO.
MODOS DE TRATAMENTO DE CONFLITO: no direito brasileiro vão da autotutela à jurisdição.
-AUTOTUTELA (autodefesa): É o modo de solução do conflito que se dá pela imposição da vontade de uma das partes à outra, até mesmo mediante o uso de força. Forma mais remota, primitiva e bárbara de se resolver os conflitos e que consiste no sacrifício do interesse alheio ao próprio, sendo só um beneficiado. Só é permitida quando for expressamente descrita em lei, como os casos de direito de greve, legitima defesa, direito do locatário a retenção de benfeitorias, desforço imediato, direito do possuidor a retenção de benfeitorias, direito do hospedeiro a retenção de bagagens do hóspede.
-AUTOCOMPOSIÇÃO: Ocorre quando as partes nele envolvidas em determinado conflito o solucionam, por si próprias, sem que a imposição da vontade de terceiros. A autocomposição difere tanto da autotela quanto da heterocomposição: porque é realizada pelos próprios sujeitos envolvidos no conflito, ou por só um deles, com benefício do outro- tal como ocorre na renúncia ou na desistência da ação- e não apenas por um deles e em benefício próprio, como sucede na autotutela. 
CLASSIFICAÇÕES: Espécies: a) a renúncia ao direito e a desistência da ação; b) a conciliação e c) a transação.
AUTOCOMPOSIÇÃO JUDICIAL: (a) mesmo tendo submetido o conflito ao Poder Judiciário, por quaisquer motivos, de ordem subjetiva, tais como a omissão, formulam o ajuste entre si, na fase específica do procedimento ou em outro momento, mesmo sabendo que a questão se encontra sob a apreciação do poder judiciário. 
AUTOCOMPOSIÇÃO EXTRAJUDICIAL: (b) o conflito solucionado pelas próprias partes nele envolvidas, sem prévia submissão da solução da contenda ao Poder Judiciário e independentemente de qualquer atuação deste. AUTOCOMPOSIÇÃO JUDICIAL EXTRAPROCESSUAL: a forma como se realiza, pode ser classificada como extraprocessual. 
AUTOCOMPOSIÇÃO JUDICIAL ENDOPROCESSUAL: quando o ato processual é documentado e juntado aos autos para que o juízo homologue a vontade das partes; é o acordo, realizado na audiência perante conciliadores do juízo ou o próprio juiz, é uma forma de autocomposição judicial endoprocessual. 
AUTOCOMPOSIÇÃO ASSISTIDA: quando a autocomposição ocorre mediante a assistência de terceiros. AUTOCOMPOSIÇÃO ISOLADA OU NÃO ASSISTIDA: de forma isolada, por ato dos próprios sujeitos nele envolvidos tão somente, sem qualquer participação assistencial de terceiros, podendo ser bilateral ou unilateral, só pelos sujeitos envolvidos no conflito. A conciliação, a mediação e a transação são espécies de autocomposição isolada bilateral.
- HETEROCOMPOSIÇÃO: ocorre quando há necessidade da intervenção de um terceiro para a solução do conflito, sendo o terceiro quem qual é a solução e impõe às partes, independentemente da vontade dos sujeitos contendores. Pode ser extrajudicial quando o terceiro que se dá a solução, de forma impositiva, está localizado fora da estrutura do Poder Judiciário, e, neste caso, estamos diante da arbitragem ou judicial, quando o terceiro que decide e impõe a solução as partes é um dos órgãos estatais da jurisdição.
*ARBITRAGEM (Lei nº 9.307/1996): em que a solução é dada por um terceiro, escolhido pelas partes, nos moldes legais. A arbitragem é um modo de dicção de direito por particulares, sendo a única forma de exercício da jurisdição fora do aparato estatal. Sendo mista, pois compreende duas fases: uma contratual (as partes contratam um terceiro para dizer a quem pertence o direito) e outra jurisdicional (o árbitro dirá o direito aplicável a espécie). Suas características: (a) só pode ser utilizada por pessoas naturais capazes, admitida a sua utilização pela administração pública direta e indireta; (b) seu objeto só pode ser direitos patrimoniais disponíveis; (c) exige-se a pré-existência de pacto compromissório, cláusula compromissória ou compromisso arbitral; (d) as decisões arbitrais são irrecorríveis; (e) as partes podem fazer opção pela aplicação do direito, dos costumes ou dos princípios gerais de direito, vedados os últimos modos a administração pública; (f) as próprias partes escolhem o árbitro, cujos requisitos são, unicamente, que seja pessoa capaz e da confiança das partes. Todavia, se a decisão arbitral não for cumprida voluntariamente, só pode ser executada pelo Poder Judiciário.
*JURISDIÇÃO: é o único modo de solução de conflitos com a intervenção de terceiros, no âmbito estatal, podendo ser ordinária, quando a atividade é desempenhada pelo Poder Judiciário, atuando no desempenho de suas funções típicas e extraordinária, quando é desenvolvida por outros poderes ou pelo próprio Poder Judiciário, desempenhando funções atípicas.
CONTEÚDO DA TGP: Direito Processual, em sentindo amplo: é o conjunto de princípios e normas jurídicas que devem ser observadas na elaboração de leis, nas relações da Administração Pública, como licitação. Já no sentindo estrito: é o conjunto de princípios e normas jurídicas que orientam a composição de conflitos, pelo Poder Judiciário, ou seja, a formação e o desenvolvimento do processo jurisdicional. Temos assim, o Direito Processual:
- LEGISLATIVO: cujo objeto são as normas jurídicas destinadas à elaboração de outras normas legais, cujas espécies são as emendas à constituição, as leis complementares, as leis ordinárias, as leis delegadas, as medidas provisórias, os decretos legislativos e as resoluções, que se desenvolve no âmbito do Poder Legislativo das três esferas do poder- Federal, Estadual e Municipal- que faz parte do conteúdo da disciplina Direito Constitucional.
- ADMINISTRATIVO: cujo objeto são as normas legais que devem ser observadas na processualização e julgamento dos processos administrativos, no âmbito do Poder Executivo- o denominado contencioso administrativo-e, também dos demais poderes que compõe o conteúdo da disciplina Direito Administrativo.
- NEGOCIAL: cujo objeto são as normas legais que devem ser seguidas na elaboração dos processos relativos aos negócios privados, tais como constituição de sociedades- conteúdo do Direito Empresarial.
- JURISDICIONAL: cujo objeto são as normas legais que devem ser observadas na construção do processo jurisdicional, que se desenvolve perante os órgãos do Poder Judiciário, com o objetivo de dirimir os conflitos submetidos, pelos interessados, a tutela do Estado- conteúdo do Direito Processual. Nesse contexto, o objeto do Direito Processual, em sentido estrito, é o processo jurisdicional; logo, somente este faz parte do conteúdo da TGP.
 TRILOGIA ESTRUTURAL DO DIREITO PROCESSUAL:
- A ciência do Direito Processual está estruturada em três institutos jurídicos que formam a sua estrutura, de tal modo que não há que se falar em Direito Processual sem a presença de qualquer um desses elementos, são:
*JURISDIÇÃO: que é a função estatal que faz atuar o direito positivo, previamente normatizado pelo Poder Legislativo, na composição dos conflitos intersubjetivos de interesses, através dos órgãos previstos na Constituição, mediante provocação formal do interessado, no mister de assegurar a paz social.
*AÇÃO: que é o direito subjetivo público, de índole constitucional e de natureza autônoma do direito material que lhe serve de suporte, de pleitear ao Estado a prestação jurisdicional. Decorre do direito ao processo que a Constituição assegura, impondo, em contrapartida, ao Estado a obrigação de exercer a jurisdição.
*PROCESSO: que é o instrumento técnico e público utilizado para veicular o direito de ação através do qual o interessado pede ao Estado que atue, concretamente, dizendo o direito aplicável ao caso, e o faz valer entre as partes.
DIREITO PROCESSUAL: como ciência, é o ramo do direito público que prescreve, analisa e sistematiza as normas processuais aptas e necessárias a garantir o exercício do direito de ação, de defesa e do exercício da função jurisdicional, quando o direito material for violado ou ameaçado delesão e houver provocação formal do titular do direito de ação. O Direito Processual cuida das relações dos sujeitos processuais, da posição de cada um deles no processo, da competência para se realizar os atos processuais e do modo de fazê-lo, enquanto que o direito material regula o interesse primário sobre o qual aquele incide.
 SUBDIVISÕES:
- DIREITO PROCESSUAL CONSTITUCIONAL: compreende as normas de caráter processual que estão inseridas na própria constituição, que vão desde as normas de tutela dos princípios fundamentais as de estrutura da organização judiciária, contemplando, especificamente (a) os órgãos jurisdicional, sua composição e competência, bem como as garantias e vedações de seus membros; (b) as funções essenciais à justiça; (c) os princípios e que se alicerçam as normas jurídicas.
- DIREITO PROCESSUAL PENAL: no especifico âmbito dos conflitos intersubjetivos decorrentes de violação legal, temos que, quando o conteúdo das normas jurídicas é a tutela da pretensão punitiva predominantemente do Estado, atua o Dir. Processual Penal, que é aplicável as situações fáticas de violação do direito material penal. Subdivide-se em Direito Processual Penal Comum, com o Código de Processo Penal e Direito Processual Penal Militar, com o Código de Processo Penal Militar.
- DIREITO PROCESSUAL CIVIL: visa tutelar as pretensões que não envolvem questões penais, que abrange o Direito Processual Civil, propriamente dito, e pelo critério de subsidiariedade, ou seja, em decorrência da aplicação subsidiária das normas destes aos demais processos, engloba o Direito Processual Civil comum, com o Código de Processo Civil; o Direito Processual do Trabalho, com a consolidação das Leis Trabalhistas e o Direito Civil Eleitoral, com o Código Eleitoral.
DIREITO PROCESSUAL
CONSTITUCIONAL PENAL CIVIL 
 
 Comum Militar Comum Trabalhista Eleitoral
LEI PROCESSUAL NO ESPAÇO E NO TEMPO: quando a lei processual é publicada, entra em vigor, em todo o território nacional, e, a partir da vigência, aplica-se a todos os processos que se encontrem em andamento.
- NO TEMPO: a regra geral é que a lei processual tenha efeito imediato e geral, entrando em vigor a 45 dias da sua publicação no órgão oficial. Todavia, como o processo é diferido no tempo, algumas teorias justificam a aplicação imediata da norma aos processos que se encontram em andamento:
TEORIA DA UNIDADE PROCESSUAL: considera o processo como uma unidade e, por isso, sujeito ao mesmo regramento legal, do princípio ao fim. Entretanto, como o processo é diferido no tempo, resulta evidente que esta teoria é totalmente inaplicável, pois não se concebe que um processo iniciado sob a vigência da lei velha tenha que prosseguir no trilho da norma já revogada, quando outra já se encontra em vigor, disciplinando, de forma diversa.
TEORIA DAS FASES PROCESSUAIS: subdivide o processo em fases distintas- fase postulatória, probatória, decisória e recursal e concebe a aplicação da mesma lei para cada fase, trata-se, também, de teoria inaplicável, porque, na prática as fases processuais identificadas na teoria não são estanques, tal como se propõe.
TEORIA DO ISOLAMENTO DOS ATOS PROCESSUAIS: considera o processo como uma sequência ordenada de atos processuais, de forma que, entrando em vigor uma lei nova, ela se aplica prontamente, ao ato processual seguinte, respeitando-se a validade dos atos processuais já praticados sob a égide da lei processual anterior. ESTA TEORIA É APLICÁVEL.
- NO ESPAÇO: a regra de aplicação da lei processual no espaço é a lei do lugar. A norma jurídica em vigor tem aplicação em todo o território nacional, bem assim nas extensões territoriais por ficção jurídica, as aeronaves e embarcações. O Brasil é um país signatário, confere imunidade aos embaixadores, cônsules e respectivas famílias, cujos membros residam na Embaixada ou no Consulado, e funcionários do corpo diplomático.
PRINCÍPIOS PROCESSUAIS: 
REGRAS: 
I- Estabelecem condutas;
II- Descrevem uma situação jurídica, vinculando fatos específicos que, se preenchidos os pressupostos por ela descritos, exigem, proíbem, permitem algo em termos definitivos;
III- São dirigidas a quem deve obedecê-las;
IV- Compreendem as leis, em seu sentido amplo.
PRINCÍPIOS:
I- Não estabelecem condutas, logo não são regras;
II- Expressam um valor, uma diretriz, sem descrever uma situação jurídica, sem se referir a um fato particularizado, exigindo, tão somente, a realização de algo, e da melhor maneira possível.
III- São dirigidas ao legislador e ao aplicador da regra.
CARACTERÍSTICAS (princípios):
I- É uma norma, que pode estar implícita ou explícita na ordem jurídica.
II- Semelhanças e distinções entre regras e princípios:
(a) os princípios situam-se no mesmo nível que as regras; (b) os princípios e as regras implicam-se reciprocamente; aqueles de modo complementar; estas, de modo decisivo; (c) as regras descrevem comportamentos; os princípios instituem meios para a promoção de fins almejados pela regra; (d) os princípios e as regras são normas objeto de aplicação; (e) os princípios e as regras têm como destinatário o Poder Público e os Jurisdicionados.
* SÃO PRINCÍPIOS DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL:
- PRINCÍPIO DA IGUALDADE: ok
-PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA:ok
- PRINCÍPIO DO JUIZ NATURAL:ok
- PRINCÍPIO DA MOTIVAÇÃO DAS DECISÕES JUDICIAIS:ok
- PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE:ok
- PRINCÍPIO DO DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO:ok
-PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL:ok
- PRINCÍPIO DA COISA JULGADA:ok
* SÃO PRINCÍPIOS DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL:
- PRINCÍPIO DA AÇÃO:ok
- PRINCÍPIO DA DISPONIBILIDADE E INDISPONIBILIDADE:ok

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