Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Doenças Isquêmicas DAC e Aterosclerose Germana Magalhães 2 • Objetivos da Aula ❖Conhecer: • estrutura e função dos tecidos especializados da parede arterial • as bases fisiopatológicas da doença aterosclerótica • mecanismos fisiopatológicos para os fatores de risco da DAC • manifestações Clínicas da DAC • Síndromes isquêmicas coronárias SÍNDROMES ISQUÊMICAS CORONÁRIAS ❑ANATOMIA CORONARIANA Anatomia Coronariana Coronárias – artérias que irrigam o coração 5 6 7 Anatomia do Vaso Camada íntima (células endoteliais) Camada média (células musculares lisas e fibras elásticas) Camada adventícia (tecido conjuntivo) Anatomia do Vaso 10 Fisiopatologia: Infarto Agudo do Miocárdio ◼Doença inflamatória da parede vascular ◼Formação de placa ◼Presença de células inflamatórias ◼Remodelação vascular ◼Envolve múltiplos mecanismos ◼Liberação de citocinas, de fatores quimiotáticos e fatores de crescimento Fatores de Risco Cardíaco Vaso Sanguíneo Contração Músculo Liso relaxamento Óxido Nítrico Prostaciclina (PGI2) Cel. Musc. lisa em repouso Prostaglandina H2(PGH2) Tromboxano A2 Angiotensina II endotélio ◼ CÉLULAS ENDOTELIAIS FUNÇÕES: ◼ PROPRIEDADES ANTITROMBÓTICAS E ANTICOAGULANTES ◼ FUNCIONA COMO UMA BARRREIRA Prostaciclina Antitrombina II Heparina Plasminogênio e outras substâncias trombóticas CÉLULA ENDOTELIAL ANTITROMBÓTICOS TROMBÓTICASS FUNCIONA COMO TECIDO METABÓLICO • FATORES DE CRESCIMENTO estimuladores e inibidores do crescimento da musculatura lisa • AGENTES QUIMIOTÁCTICOS recrutamento de leucócitos para a área de lesão vascular • METABOLISMO LIPÍDICO interagem com quilomicrons e lipoproteinas (metabolismo energético) 18 1. Quilomícron 2. VLDL 3. LDL 4. HDL Lesão aterosclerótica Tipos: I, II, III, IV (ateroma), V e VI Tipos de lipoproteínas Apoproteínas, colesterol, triglicerídeos e fosfoglicerídeos ✓PARTÍCULAS DE LDL OXIDADA ✓Citotóxica, atrai monócitos circulantes e causam dano endotelial direto ✓EFEITO TÓXICO DE PRODUTOS (CIGARRO) ✓DIABETES 20 Os monócitos são um grupo de células que tem a função de defender o organismo de corpos estranhos. Eles podem ser identificados através do leucograma e passam a ser chamados de macrófagos quando saem do sangue e penetram em algum tecido, a fim de o defender de algum invasor. ◼FUNÇÕES TONO VASCULAR METABOLISMOS DOS LIPÍDEOS INTEGRIDADE ESTRUTURAL ATEROSCLEROSE Athero - grego ( papa ou mingau de aveia ) Sclerosis - endurecimento Processo inflamatório dos vasos Principal fator: aumento do LDL/ HDL Gerando lesão do endotélio (proteção) Acúmulo de LDL na túnica intima do vaso Lesão aterosclerótica Tipos: I, II, III, IV (ateroma), V e VI c TIPO I TIPO II TIPO III TIPO IV - ATEROMA TIPO V TIPO VI 25 26 27 Função • Regulação da pressão e fluxo sanguíneo, através da contínua modulação do tônus vascular • Depende de fatores locais e sistêmicos - equilíbrio de substancias vasodilatadoras e vasoconstritoras ( Prostaciclina - PGHI2 e Óxido nítrico - NO) Endotélio 28 Fator relaxante derivado do endotélio Função • Regulação do tônus arterial basal pela ação vasodilatadora • Inibição da agregação plaquetária • Controle da adesão dos leucócitos à parece vascular Óxido nítrico 29 • Efeitos deletério na PA • Adesão de leucócitos e de plaquetas na parede vascular Obs: estas alterações estão associadas à patogênese vascular em geral e da atereosclerose em particular Falta na síntese de NO 30 • Potente agente antiagregante plaquetário não só previnindo a formação de novos agregados como também dispersando aqueles existentes • Evitam ou atenuam a formação adicional de trombos intraluminais Prostaciclina (PGI2) Células endoteliais Funções: • Propriedades antitrombóticas e anticoagulantes • Funciona como uma barrreira - permeabilidade seletiva Células endoteliais • Fatores de crescimento: Estimuladores e inibidores do crescimento da musculatura lisa • Agentes quimiotácticos: Recrutamento de leucócitos para a área de lesão vascular ➢ MONÓCITOS ➢ LINFÓCITOS ➢ PLAQUETAS ➢ ENDOTELIAIS ➢ MUSCULARES LISAS FARMACOLÓGICO: TROMBOLÍTICOS (DISSOLVEM, PROVOCAM LISE DO TROMBO) ANTI AGREGANTE PLAQUETÁRIO MECÂNICO: ANGIOPLASTIA STENT ( ENDOPRÓTESE ) CIRURGICO REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO Lesão endotelial ateroesclerótica 1. Disfunção endotelial causada por fatores de risco; 2. Perde a capacidade de ser barreira seletiva e permite a infiltração de LDL para a camada íntima; 3. São liberados mediadores inflamatórias, monócitos, macrófagos que causam injúria e rompem o endotélio; 4. São atraídos fatores de agregação plaquetária e proliferação de células musculares lisas que formam uma capa sobre os lipídeos 5. Formação do ateroma 36 Células musculares Proteoglicanos Colágeno Matriz extracelular Limitante elástica interna 37 Resultado: formação do trombo ! Fatores de Risco Ativação das células endoteliais Recrutamento das células musculares lisas Proliferação e síntese da matriz Formação da capa fibrosa Ruptura da placa Agregação das plaquetas Trombose Migração das células inflamatórias Aumento da permeabilidade Acúmulo de lipídeos LDL no endotélio Fatores de Risco para Lesão endotelial • Hipertensão arterial – degeneração arterial (agressão ao endotélio), ajuda na hipertrofia das celulas musculares lisas, • Fatores genéticos – sexo, idade, história familiar Fatores de Risco para Lesão endotelial Tabagismo ➢Nicotina causa agressão direta a célula endotelial ➢Aumenta a reatividade plaquetária ➢Aumenta níveis de fibrinogênio ➢Reduz a concentração de HDL Fatores de Risco para Lesão endotelial Hipercolesterolemia: · aumenta LDL oxidada Diabetes: · Anormalidades lipídicas · Aumenta a reatividade plaquetária Consequências da Aterosclerose Doença Arterial Coronária (DAC) • Angina de peito • Insuficiência Cardíaca • Arritmias • Infarto agudo do miocárdio (IAM) Acidente Vascular Cerebral (AVC) Doença Vascular Periférica Angina Pectus Angina (sufocar) Pectus (peito) • Síndromes coronarianas – dor no peito causada por redução do fluxo sanguíneo – Angina estável – Angina instável – Infarto do miocárdio Sintoma mais comum •Dor torácica subesternal Caráter constritivo, podendo irradiar-se para mandíbula, braço pode estar associada a náusea, vômito e sudorese. Angina Estável • Desencadeada por redução do fluxo sanguíneo decorrente esforço ou estresse emocional • Aliviada com o repouso ou nitroglicerina sublingual Angina Instável • Ocorre em repouso ou aos mínimos esforços e dura mais de 10 minutos – Redução do calibre da coronária pela presença de trombo não oclusivo – Obstrução dinâmica – espasmo – angina de prinzmetal – Aterosclerose progressiva, ou ainda re-estenose secundário à angioplastia Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) • É um processo de necrose (morte do tecido) de parte do músculo cardíaco por falta de aporte adequado de nutrientes e oxigênio • Causado pela redução do fluxo coronariano de magnitude e duração suficiente para não ser compensado pelas reservas orgânicas. ➢Alterações bioquímicas: aumento do ácido lático, diminuição dos fosfatos de alta energia, aumento do potássio extracelular ➢Alteraçõeshistológicas: edema e necrose celular ➢Alterações funcionais: perda da contratilidade Células Miocárdicas perdem a capacidade contrátil. Consequências da isquemia miocárdica Miocárdio integro Infarto recente Infarto antigo ECG normal Elevação de ST Onda Q import Inversão de onda T ISQUEMIA LESÃO NECROSE ALTERAÇÕES ELETROCARDIOGRÁFICAS NO IAM Diagnóstico História clínica ECG Bioquímica ( enzimas e proteínas – CPK/CKMB) TRATAMENTO Farmacológico: Trombolíticos (dissolvem, provocam lise do trombo) Anti agregante plaquetário Mecânico: Angioplastia Stent ( endoprótese ) Cirurgico Revascularização do miocárdiO ANGIOPLASTIA STENT REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO OBJETIVO DO TRATAMENTO: REESTABELECER O FLUXO SANGUÍNEO PARA A ÁREA ISQUÊMICA Protocolo adaptado ATIVIDAES LOCAL GASTO CALÓRICO -METS PACIENTE DEITADO Exercícios respiratórios Exercícios Ativos de extremidades Exercícios ativos-assistidos de cintura cotovelo e joelhos UCO 1-2 PACIENTE SENTADO Exercícios respiratórios associados aos MMSS Exercícios ativos de quadril/joelho (deitado) UCO 1-2 PACIENTE EM PË Conduta anterior + exercícios ativos de mmss Iniciar deambulação de 2 a 3 minutos UCO 2-3 ▪ KILLIP 1: sem sinais de insuficiência Cardíaca ( SEM CONGESTÃO ) ▪ KILLIP 2 : com estertores crepitantes nos pulmões ▪ KILLIP 3: com franco edema Agudo de Pulmão ▪ KILLIP 4 : em choque cardiogênico ou hipotensão (medida como pressão arterial sistólica < 90mmHg) CLASSIFICAÇÃO DO INFARTO AGUDO Circulação do Sangue •Circulação Pulmonar •Circulação Sistêmica Tratamento não farmacológico Programas de prevenção primária Programas de prevenção secundária FISIOTERAPIA • Fase intra – hospitalar • Fase tardia REABIITAÇÃO PRECOCE DO INFARTADO
Compartilhar