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CURSO DE DIREITO - NÚCLEO DE PRÁTICAS JURÍDICAS
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE NATAL ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
Processo Nº
 Caio, já qualificado nos autos do processo que lhe move o Ministério Público, às fls. __, por seu advogado formalmente constituído que esta subscreve, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, inconformado com a respeitável sentença de ​​​___, conforme fls. __, interpor tempestivamente a presente 
APELAÇÃO
com fundamento no art.593, I, do código de processo penal.
 Requer que, após o recebimento destas, com as razões inclusas, ouvida a parte contaria, sejam os autos encaminhados ao Egrégio Tribunal, onde serão processados e provido o presente recurso.
Termos em que,
Pede deferimento.
Natal, Capital do Rio Grande do Norte, 13 de julho de 2015
Advogado, OAB.
RAZÕES DA APELAÇÃO
RECORRENTE:
RECORRIDO:
PROCESSO NÚMERO:
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
COLENDA CÂMARA
ÍNCLITOS DESEMBARGADORES 
DOS FATOS:
 
 Durante o carnaval Caio nascido em 25 de março de 1994, vizinho de Joana de 19 anos, sabendo que a família de Joana estava viajando e a mesma se encontrava sozinha, entrou sorrateiramente na casa de Joana, obrigando a mesma a praticar com ele mediante grave ameaça, conjunção carnal e outros atos libidinosos.
 Caio, foi denunciado pela prática do crime art. 213 do Código Penal, por duas vezes, na forma do art. 71 do Estatuto Repressivo. No dia 25 de junho de 2015 foi proferida sentença condenando Caio a pena de 10 anos e 6 meses, pelo fato de o acusado ter desrespeitado a liberdade sexual da mulher, restando sanção penal da 1 fase em 7 anos de reclusão, para cada um dos delitos. Não foi reconhecida atenuantes e agravantes, aumentou no concurso de crime1/2, na forma do art. 71, por considerar os crimes graves, por fim o regime inicial fechado, Caio respondeu ao processo em liberdade. 
DO DIREITO:
 A respeitável decisão condenatória merece reforma, posto que condenou o apelante por dois delitos em crime em concurso material, enquanto que o correto seria o reconhecimento de crime único. 
 De acordo com a norma a norma inserta no art. 213 do Código Penal o crime de estupro consiste na prática forçada de conjunção carnal outro ato libidinoso. Trata-se assim, quando praticado conjunção carnal e outro ato libidinoso diverso em um mesmo contexto e contra a mesma vítima, haverá um único crime.
 Sendo assim, existindo apenas um crime, descabimento a aplicação do art. 71 do Código Penal.
 O fato do recorrido ter maus antecedente, não justifica o aumento de pena, devendo a pena ser fixada no mínimo legal.
 Ora, que para mau antecedentes é necessário o trânsito em julgado da condenação, fato esse já pacificado pela súmula 444 do STj.
 Seguindo o dispositivo da súmula acima, o magistrado não poderia utilizar processos em andamentos para aumentar a pena na primeira fase, além de desrespeito para com a súmula é ainda violação ao princípio constitucional da presunção de não culpabilidade.
 Apresentando novo equívoco na dosimetria, agora, porém na segunda fase, verificou-se que o magistrado disse não haver circunstâncias atenuantes e agravantes. Pois bem, o que ficou claro no problema, motivo pelo qual não se trabalhou com pedido de absolvição, foi que o acusado confessou toda a prática criminosa. Dessa forma, não se tem dúvida que por ter confessado tem ele o direito de ter sua pena atenuada segundo disposto no do artigo 65, III, alínea d do CP.
O acusado por ter 21 (vinte e um ano) incompletos na data do fato, devem ser analisados as atenuantes prevista no artigo 65, inciso I, do Código Penal. Pelo fato, de que o réu não possui discernimento completo na data do fato.
 II.         DO PEDIDO
Ante o exposto, requer provimento do recurso e reforma da decisão:
a)    que haja a reforma da respeitável sentença;
b)  que sejam colhidas as atenuantes impostas (artigo 65, inciso I e III, alínea “d”, ambos do Código Penal, e desclassificadas os aumentos de penas imposto na respeitável decisão do MM. Juiz.
Termos em que,
Pede deferimento.
NATAL, CAPITAL DO RIO GRANDE DO NORTE, 13 de julho de 2015. 
ADVOGADO/OAB
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