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Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 3 - Centro de Massa - 10ª Edição - 2008 Cap. 3 37 Parte 1 ESTÁTICA 900 N/m 1m 10m 15 m A y x z B C G 5 m 0,7 m 1,6 m 15º E A B y x z O G x y z A B C )kN(j8F C rr −= )kN(k15F B rr = )kN(k12F A rr = )kN(i7F 1J rr = )kN(i7F 2J rr = x y z 1C 3C 4C 5C 6C 2C Cap. 3 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 3 - Centro de Massa - 1ª Edição - 2008 38 3.1 – Centro de Massa Neste capítulo iremos estudar como realizar a redução de certas distribuições de massas a Centros, ou posições, ou pontos, que reuniriam várias características da distribuição. Consideraremos as seguintes principais distribuições: (a) Centro de Massas (m) (= CM); (b) Centro de Formato ou Centro da Geometria do Corpo ou Centróide: Centro Geométrico de Volume ou Centróide de Volume (V) (= CV), Centróide de Área (A) (= CA) e Centróide de Linha (L) (= CL); (c) Centro de Pesos (P) ou Centro de Gravidade ou Baricentro (= CG ). Das massas distribuídas iremos localizar o Centro de Massa da distribuição em posições distindas das massas em torno do corpo. Da geometria do corpo e seus formatos iremos calcular o Centro representante dessas distribuições de formas variadas em torno das figuras, localizando o Centro de Volume de sua geometria (V) (CV), ou o Centro de Área (A) (CA), ou o Centro de Linha (L) (CL). Dos Pesos paralelos imersos em um campo gravitacional constante (P=mg), iremos reduzir o conjunto de forças peso verticais e paralelos a um Centro único chamado Centro de Gravidade (CG) ou Baricentro(G). (d) Podemos definir a variável Distribuição de Massa de um corpo rígido como sendo: CMrmD rr = (kg.m) Mostraremos também a capacidade deste Centro de Massa dos corpos de reduzir um conjunto de vetores sejam, posição, velocidade, momentum, aceleração e força, a um ponto primordial que estaria no valor médio de todas as distribuições de vetores e que estes vetor central, representaria todos os outros distribuídos a sua volta, e no qual este ponto especial é coincidente com o Centro de Massa do corpo. 3.1.1 - Distribuições de Massa Definição: As distribuições de massa, de forma genérica, no nosso espaço tridimensional caracterizam-se por serem (a) uma distribuição volumétrica à priori: todo corpo a princípio por menores que sejam suas dimensões tem uma estrutura no espaço, tendo portanto à priori uma distribuição volumétrica de massa, ou seja, em três dimensões. Como sejam, uma esfera, um paralelepípido, um cone, um cilindro, uma placa, uma fita, etc. No entanto, em sua distribuição volumétrica no espaço tridimensional, dependendo das dimensões consideradas do espaço e o tipo de formato do corpo, podemos fazer, à título de cálculo, o reducionismo do corpo ou das suas partes a outros tipos de distribuição, casos particulares deste. (b) Um reducionismo que podemos considerar é o da distribuição de massa feita ao longo de uma superfície ou uma distribuição superficial de massa, que ocorre quando: umas das dimensões do corpo, das três consideradas, pode ser considerada desprezível em comparação com as dimensões do corpo contínuo, ou então, esta dimensão se mantém constante ao longo de todo o corpo. Podemos citar como exemplo, uma folha de papel, uma placa plana, uma superfície variada com profundidade constante. (c) Um outro tipo de reducionismo da distribuição volumétrica de massa seria o de uma distribuição linear de massa: o caso em que se pode desprezar duas dimensões do corpo por serem desprezíveis em comparação com as dimensões do corpo ou por ter sua área da secção transversal da fita linear, como sejam espessura e profundidade, ao longo de todo o corpo, constante. Podemos citar como exemplo, um cano longo, um fio elétrico, uma corda de violão, etc. (d) Um outro tipo de reducionismo seria o de uma Distribuição discreta ou descontínua de massa, ou seja cada massa pode ser reduzida a um ponto material ou partícula: este seria o caso em que as dimensões do espaço considerado são muito maiores do que as dimensões do corpo ou dos ___________________________________________________________ Capítulo 3 Centro de Massa ___________________________________________________________ Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 3 - Centro de Massa - 10ª Edição - 2008 Cap. 3 39 corpos em questão e podemos desprezar as três dimensões do(s) corpo(s) mas não desprezando suas massas. Teriamos assim um Sistema de Partículas ou um Sistema de pontos materiais. a) Distribuição Volumétrica de massa Seja uma massa total m distribuída de modo arbitrário ao longo de um volume V. Def.: Denomina-se densidade volumétrica (ρ) (rô) de massa: ⎟⎟⎠ ⎞⎜⎜⎝ ⎛=ρ 3m kg Vd md Se ρ é constante então m = ρ V mas se ρ depende das coordenadas do espaço ρ = ρ (x,y,z) então Vddm ρ= ∫ ∫ ρ= Vdmd )kg(Vdm ∫ ρ= Obs.: Ver Exercício 3.3* resolvido. b) Distribuição Superficial de massa Seja uma massa total m distribuída sobre uma superfície S: Def.: Denomina-se densidade superficial de massa ( σ ) (sigma): ⎟⎟⎠ ⎞⎜⎜⎝ ⎛=σ 2m kg Sd md Se σ é constante então m = σ S mas se σ depende das coordenadas do espaço σ = σ (x,y,z) então Sddm σ= ∫ ∫ σ= Sdmd )kg(Sdm ∫ σ= Obs.: Ver Exercício 3.2* resolvido. c) Distribuição Linear de massa Seja uma massa total m distribuída ao longo de uma linha curva Γ . Def.: Denomina-se densidade linear de massa (λ) (lâmbida): ⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛=λ m kg d md l Se λ é constante então m = λ l mas se λ depende das coordenadas do espaço λ = λ (x,y,z) então lddm λ= ∫ ∫ λ= ldmd )kg(dm ∫ λ= l Obs.: Ver Exercício 3.1* resolvido. d) Distribuição puntual de massas ou Distribuição discreta ou descontínua de partículas Seja um conjunto de massas puntiformes ou partículas em uma região do espaço. Seus pontos são adimensionais, portanto, não cabe aqui a definição de uma densidade puntual de massas, já que o ponto não tem dimensão. Mas nesta distribuição puntual de massas, podemos localizar cada ponto e associar a ele uma massa. dm S dS Γ d l dm dm V dV Cap. 3 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 3 - Centro de Massa - 1ª Edição - 2008 40 m = massa total da região m = m1 + m2 + m3 + ... + mn ∑ = = n 1i imm ∑= )kg(mm i 3.1.2 - Reducionismos do Centro de Massa Se observarmos um mergulhador pulando de um trampolim, ou uma bailarina dançando, ou um ginasta realizando movimentos em um tablado ou aparelho, poderemos observar que o movimento analisado do ponto de vista do Centro de Massa deste corpo, simplifica-lhe muito o estudo desses movimentos centralizando as massas de todos os movimentos. O Centro de Massa de um Sistema, é o ponto que se pode estudar, como se nele estivessem concentrados toda a estática e dinâmica de translação do movimento. Grandezas que estão uniformemente distribuídas em torno do ponto denominado de Centro de Massa: (a) Massa (m) pode ser toda ela concentrada na posição doCentro de Massa do corpo (b) Posição (rCM) do Centro de Massa representa a posição média do corpo (c) Distribuição de massa (m rCM) do Centro de Massa, representa a centralização da massa do corpo a um único ponto, o centro de massa de todo o corpo (d) Velocidade (vCM) do Centro de Massa, representa a velocidade de todo o corpo (e) Momentum ou Momento linear resultante é dado pelo produto entre m total e vCM ; pR =pCM = m vCM (f) Aceleração, (aCM) do Centro de Massa, representa a aceleração de todo o corpo (g) Força Resultante (FR = maCM) é dada pelo produto entre m total e aCM ; FR =FCM = m aCM (h) Impulso linear resultante : I = FR ∆t No entanto, as grandezas rotacionais, tem variáveis que servem para todos os pontos do corpo, e não necessariamente apenas para o Centro de Massa: velocidade angular (ω) aceleração angular (α) momento angular (L) para um eixo definido e Impulso angular (Iθ ) momento de Inércia (I) para um eixo definido Torque (τ). Vejamos o movimento de um disco que lançado e estando em estado de rotação, tem cada ponto com uma velocidade para uma direção diferente, no entanto, o movimento de seu Centro de Massa permanece realizando um movimento parabólico simples, como se toda sua massa estivesse centrada em seu ponto, realizando um movimento de projétil ao ser lançado no campo gravitacional ambiente. Podemos observar, portanto, que neste movimento, cada ponto do corpo tem posições, velocidades, acelerações, das mais variadas, e portanto, para a translação estaremos nos concentrando os valores no centro de massa do corpo. No entanto, sob o ponto de vista de suas grandezas angulares, elas irão valer, e ter leis mais simples, para todos os pontos do corpo. Figura 3.1 - O movimento de um corpo em forma de disco, girando. Observa-se que qualquer que seja seu movimento associado às grandezas rotacionais, o movimento de translação de seu Centro de Massa realiza uma trajetória parabólica, como se toda a massa do disco estivesse neste ponto. A localização do Centro de Massa ou Centro de Gravidade, pois coincidem, se caracteriza pelo ponto de apoio que equilibraria o peso do corpo. Na prática sob o aspecto de equilíbrio gravitacional, podemos achar o Centro de Gravidade, pendurando o corpo por dois pontos distintos, estando o seu Centro de Massa (CM) ou Centro de Gravidade (G), no ponto onde as linhas verticais (direção do campo de gravitacional), traçadas dos pontos de apoio, se cruzam. m 1 m 2 m 3 ... m n y x z Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 3 - Centro de Massa - 10ª Edição - 2008 Cap. 3 41 Se pendurarmos uma cadeira ou uma ferradura por dois pontos, o encontro das verticais se encontrarão no Centro de Massa, CM. O CM não necessariamente precisa estar num ponto de matéria do corpo, como por exemplo uma ferradura. 3.1.3 – Centro de Massa de um Sistema de Partículas Consideremos que as partículas de massas: m1, m2, ... mn, estejam nas seguintes posições: r1 , r2 , ... rn , com as velocidade v1 , v2 , ... vn , respectivamente, localizadas segundo um sistema de coordenadas fixo a um sistema referencial inercial. Podemos imaginar um sistema de estrelas com suas massas e posições, ou um sistema de partículas do ar, ou um grupo de átomos se movimentando. m1 está na posição central parcial do Sistema: kz~jy~ix~r ~ 1111 rrrr ++= com velocidade: kv~jv~iv~v ~ 1z1y1x1 rrrr ++= m2 está na posição: kz~jy~ix~r ~ 2222 rrrr ++= com velocidade: kv~jv~iv~v ~ 2z2y2x2 rrrr ++= ... mn está na posição: kz~jy~ix~r ~ nnnn rrrr ++= com velocidade: kv~jv~iv~v ~ znynxnn rrrr ++= O Centro de Massa CM do Sistema com massa total m estará na posição: kzjyixr MC rrrr ++= com velocidade kvjvivv zyxCM rrrr ++= A Posição do Centro de Massa (CM), MCr r no caso do Sistema de Partículas é obtida pela seguinte expressão: nn2211n21C mr ~ ...mr ~ mr ~ )m...mm(r M rrrr +++=+++ considerando a notação ∑∑ =+++= = iinn2211 n 1i ii mr ~ mr ~ ...mr ~ mr ~ mr ~ rrrrr Poderia-se também excetuar o indice de somatório e usar a notação de que termos com índices repetidos se somam até o último valor : ii n 1i ii mrmr ~ rr =∑ = mas não iremos usar esta notação aqui. A massa total seria ∑∑ =++== = in n i i mmmmmm ...21 1 podemos escrever ∑∑ = iiiC mr~mr M rr então, ∑ ∑= i ii C m mr ~ r M r r No espaço tridimensional kzjyixr MC rrr ++= kz~jy~ix~r ~ iiii rrr ++= A equação vetorial se transforma em 3 equações escalares, linearmente independentes e ortogonais: CM CM CM nm 2m nr ~r 2r ~r 1r ~r MCr r nv ~r 2v ~r MCv r 1v ~r m yx z 1m Figura 3.2.1 – Sistema de Partículas Cap. 3 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 3 - Centro de Massa - 1ª Edição - 2008 42 e a velocidade do Centro de Massa será dada pela derivada desta expressão, ou seja, MM CC rdt dv rr = ∑∑ = iiiC mv~mv M rr Assim, ∑ ∑= i ii C m mv ~ v M rr e a aceleração do Centro de Massa será dada pela derivada desta expressão, ou seja, MM CC vdt da rr = ∑∑ = iiiC ma~ma M rr Assim, ∑ ∑= i ii C m ma ~ a M rr e a Força Resultante: MCR amF rr = Portanto, estarão representados todos os pontos de um corpo, por esta posição central, chamado centro de massa, como se nele estivessem concentrados, seja do sistema de partículas ou do corpo rígido, ou de um sistema de corpos rígidos, todos os outros pontos das seguintes grandezas: distribuição de massas do corpo, distribuição de posições das partes do corpo, distribuição de velocidades de cada ponto do corpo, distribuição de acelerações de cada posição, e forças que atuam em cada região. Essas grandezas de translação descreveriam a situação do corpo extenso pelos dados de seu centro de massa de: m, RCCC F,a,v,r MMM rrrr . Mas não descreveriam as grandezas angulares que valem para todos os pontos do corpo e que descreveremos na seqüência deste curso. 3.1.4 - Centro de Massa de um Corpo Rígido No caso de um Corpo Rígido, os pontos se mantém coesos e contínuos e assim o sinais de somatório se transformam em integrais ou somas contínuas e os índices i’s se transformam nas grandezas infinitesimais (d de diferencial) de massa dm : ∫∫ = dmr~dmr MC rr Sendo ∫= dmm dminitesimalinfmassadeelementonoMassadeCentrodoposiçãor ~=r Temos: ∫ ∫= dm dmr ~ r MC rr De forma tridimensional kzjyixr MC rrr ++= kz~jy~ix~r ~ rrrr ++= o vetor posição se transforma em 3 equações escalares, linearmente independente e ortogonais: Onde o centro )z~;y~;x~(C ≡ representa a posição do centro de massa do elemento infinitesimal de massa escolhido para integração. A velocidade do Centro de Massa será dada pela derivada desta expressão, ou seja, MM CC rdt dv rr = ∫∫ = dmv~dmv MC rr Assim, ∫ ∫= dm dmv ~ v MC rr O momentum do Centro de Massa será dado por: z y x r r CM dm M Cr r Fig. 3.2.2 – Centro de Massa de um Corpo Rígido ∑ ∑= i ii m mx~ x∑ ∑= i ii C m mr ~ r M r r ∑ ∑= i ii m my~ y ∑ ∑= i ii m mz~ z ∫ ∫= dm dmx~ x ∫ ∫= dm dmr ~ r MC r r ∫ ∫= dm dmy~ y ∫ ∫= dm dmz~ z Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 3 - Centro de Massa - 10ª Edição - 2008 Cap. 3 43 MCCMiiR vmpv ~ mp rrrr ∑ === Assim, MCR vmp = r e a aceleração do Centro de Massa será dada pela derivada desta expressão, ou seja, MM CC vdt da rr = ∫∫ = dma~dma MC rr Assim, ∫ ∫= dm dma ~ a MC rr e a Força Resultante: MCR amF rr = Derivam do conceito de Centro de Massa CM os conceitos de: (a) Centro Geométrico C ou Centróide; (b) Centro de Gravidade CG ou Baricentro;e (c) Centro de Forças Paralelas CF. 3.1.5 – Centróide ou Centro Geométrico (CV, CA, CL) Se subdivide em Centróide de Volume (CV), Centróide de Área (CA) e Centróide de Linha (CL) Centro Geométrico ou Centróide de um corpo, corresponde à localização Central da distribuição de volumes, ou de áreas, ou de linhas, através das partes desse corpo. Expressões análogas às anteriores se aplicam trocando m por V , A ou L. a) Centróide de Volume (CV) Se o corpo for homogêneo, ou seja, possui mesma densidade volumétrica de massa: ρ = m / V = constante Então o Centro de Massa CM , coincide com o Centróide de Volume CV , pois, m = ρ . V = cte . V então VM Ci ii i ii i ii C rV Vr ~ V.cte V.cte.r ~ m mr ~ r r rrr r ==== ∑ ∑ ∑ ∑ ∑ ∑ ⇒ CM ≡ CV ou GM CC rr rr = E valem as expressões análogas abaixo relacionadas: Corpos discretos: Corpos contínuos: Valem as expressões para corpos discretos quando consideramos o caso de um sistema de corpos rígidos ou então um corpo rígido, na qual se pode separá-lo em partes de corpos rígidos de geometrias mais simples, em que se conhece o Centróide de cada parte. Sendo homogêneo, ou seja, tem densidade volumétrica de massa constante, pode-se aplicar de cada uma delas a expressão volumétrica discreta para determinar-lhe a posição central do conjunto. Ainda podemos reduzir uma dimensão da estrutura tridimensional do Centróide de Volume CV caindo na estrutura de área. Sendo constante ou desprezível uma das dimensões da peça pode-se calcular o Centróide de Área CA , e dele determinar o centróide de volume CV e de massa CM que em duas de suas dimensões coincidem e a outra dimensão de define pelo meio da quantidade de espessura constante (e/2). b) Centróide de Área (CA) O Centro de Massa CM coincide com o Centróide de Área CA em duas dimensões quando o corpo for homogêneo (mesma densidade: ρ = const1) e ainda tenha uma das dimensões, e, por exemplo, espessura, seja ela desprezível ou então constante. Assim sendo, como ρ =m/V ⇒ m = ρ.V = ρ.(e.A) = (ρ.e) A = cte.A Portanto, AM Ci ii i ii i ii C rA Ar ~ A.cte A.cte.r ~ m mr ~ r r rrr r ==== ∑ ∑ ∑ ∑ ∑ ∑ ⇒ CM ≡ CA ∫ ∫= dV dVx~ x ∫ ∫= dV dVr ~ r VC r r ∫ ∫= dV dVy~ y ∫ ∫= dV dVz~ z ∑ ∑= i ii V Vx~ x ∑ ∑= i ii C V Vr ~ r V r r ∑ ∑= i ii V Vy~ y ∑ ∑= i ii V Vz~ z Cap. 3 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 3 - Centro de Massa - 1ª Edição - 2008 44 ou AM CC rr rr = Então CM ≡ CA em duas dimensões, a terceira dimensão será no centro da peça (em ± e/2) de espessura e constante. Sendo a área encurvada pelo espaço, acabamos por ter para o ponto central da área três coordenadas. Assim as expressões válidas para o Centro de Áreas será: Corpos discretos: Corpos contínuos: Portanto, );;( zyxr MC = r = );;( zyxr AC = r se .constespessuraee.const ===ρ c) Centróide de Linha (CL) Sendo a distribuição de massa do corpo feito ao longo de uma linha, podendo por isso desprezar duas dimensões da peça ou considerar sua secção transversal constante, podemos definir o Centróide de Linha CL. Para o caso de uma linha contínua podemos obter as coordenadas de seu centro de massa pelas expressões: Corpos discretos: Corpos contínuos: O Centro de Massa CM coincide com o Centróide de Linha CL quando a área da seção transversal da linha for desprezível ou constante. ρ =m/V ⇒ m = ρ.V = ρ.(A.L) = (ρ.A) L = cte.L Portanto, LM Ci ii i ii i ii C rL Lr ~ L.cte L.cte.r ~ m mr ~ r r rrr r ==== ∑ ∑ ∑ ∑ ∑ ∑ ⇒ CM ≡ CL ou LM CC rr rr = No caso de espessura e largura desprezíveis a coincidência é perfeita, mas no caso de valores constantes não desprezíveis, a coincidência se faz em uma dimensão e nas outras duas dimensões serão no centro de massa da secção tranversal da área. Portanto, );;( zyxr MC = r = )z;y;x(r LC = r se .consttransveralçãosecdaáreaAe.const ===ρ l e L Redução de Volume V com secção transversal constante para a linha L CL L A C C V Redução de Volume com espessura constante para área ∫ ∫= dL dLx~ x ∫ ∫= dL dLr ~ r VC r r ∫ ∫= dL dLy~ y ∫ ∫= dL dLz~ z ∑ ∑= i ii L Lx~ x ∑ ∑= i ii VC L Lr ~ r r r ∑ ∑= i ii L Ly~ y ∑ ∑= i ii L Lz~ z ∫ ∫= dA dAx~ x ∫ ∫= dA dAr ~ r VC r r ∫ ∫= dA dAy~ y ∫ ∫= dA dAz~ z ∑ ∑= i ii A Ax~ x ∑ ∑= i ii VC A Ar ~ r r r ∑ ∑= i ii A Ay~ y ∑ ∑= i ii A Az~ z Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 3 - Centro de Massa - 10ª Edição - 2008 Cap. 3 45 3.1.6 - Baricentro ou Centro de Gravidade (CG) Centro de Gravidade ou Baricentro de um corpo: corresponde ao ponto de equilíbrio de um corpo em relação à distribuição dos pesos (forças paralelas) através das partes desse corpo. As equações são semelhantes às do Centro de Massa, trocando-se a variável massa, m, pela variável peso, P, do corpo que inclui o produto pela aceleração gravitacional local. O Centro de Gravidade ou Baricentro se caracteriza por ser um caso particular de Centro de Massa, apesar de serem coincidentes, uma vez que é uma grandeza mais usada nos países de línguainglesa, dado que o conceito de massa no Sistema de Unidades Inglês é um conceito derivado do conceito de força peso, em libras, sendo o slug, unidade de massa, não muito utilizado na prática por ser muito grande uma vez que sendo g = 32 ft/s2 , então, 1 slug = 32,2 libras/32,2 ft/s2 = 14,5938 kg, ficando uma unidade extremamente incomoda pela sua origem. Nesse caso o conceito de massa é utilizado apenas em caso de passagem de cálculos intermediários. O conceito de massa é mais fundamental na física e no Sistema Internacional de Unidades, sendo o Conceito de massa e Centro de Massa, mais importante do que o conceito de peso e Centro de Gravidade, pois vale para qualquer corpo em qualquer lugar do Universo. Centro de Gravidade vale e se iguala ao Centro de Massa em locais em que apareça o campo gravitacional. Definimos Centro de Gravidade ou Baricentro: As expressões: Corpos discretos: Corpos contínuos: O Centro de Gravidade ou Baricentro CG coincide com o Centro de Massa CM quando a aceleração da gravidade g r é constante em todas as regiões que fazem parte do corpo, assim P =mg ⇒ m = P/g = (1/g) P = cte.P Portanto, GM Ci ii i ii i ii C rP Pr ~ P.cte P.cte.r ~ m mr ~ r r rrr r ==== ∑ ∑ ∑ ∑ ∑ ∑ ⇒ CM ≡ CG ou GM CC rr rr = Quando o Baricentro não coincide com o Centro de Massa ? Quando a aceleração gravitacional não é a mesma em todos os pontos do corpo, o que é raro. Assim sendo o Centro de Massa e o Baricentro não coincidem, como no exemplo abaixo. Suponha um poste muito alto de tal forma que a gravidade na extremidade de baixo não coincide com a extremidade de cima, neste caso os pontos de massas mais próximas da Terra terão maior peso, sendo que os pontos de massa na extremidade mais longe da Terra terão peso menor. Assim sendo o Centro de Gravidade ficará abaixo do Centro de Massa: CM ≠ CG. No entanto para corpos em que a gravidade é a mesma em todos os pontos do corpo o Centro de Massa coincide com o Centro de Gravidade CM = CG. Sendo: G=constante universal de Gravitação = 6,67 x 10-11 (SI); MT = massa da Terra= 5,98 x 1024 kg; r = distância do centro da Terra até um ponto qualquer; RT= raio médio da Terra= 6,37 x 106 m; gsuperfície da Terra = P GCG dP P GCr r r r ∫ ∫= dP dPx~ x ∫ ∫= dP dPr ~ r GC r r ∫ ∫= dP dPy~ y ∫ ∫= dP dPz~ z ∑ ∑= i ii P Px~ x ∑ ∑= i ii GC P Pr ~ r r r ∑ ∑= i ii P Py~ y ∑ ∑= i ii P Pz~ z Cap. 3 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 3 - Centro de Massa - 1ª Edição - 2008 46 Em um ponto qualquer à distância r do Centro da Terra : )ˆ(' 2 r T e r MGg −=r Na Superfície da Terra: ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛−=−= 2rr2 T T s meˆ8,9)eˆ( R M Gg r 3.1.7 - Centróides de Figuras Simétricas e Homogêneas a) Centróides de Linhas 1) Reta 2) Arco de quarto de circunferência e semicircunferência 3) Segmento de Arco de circunferência b) Centróide de Superfícies 4) Retângulo 5) Triângulo 6) Quarto de círculo e semi-círculo: 7) Quarto de Elipse e semi-elípse: 8) Semiparábola e parábola interna 9) Semi-parábola externa 10) Polinômio de grau n y x y π= 3 r4 x CM CM 0x = A = π r2 / 4 A = π r2 / 2 π= 3 r4 yπ= 3 r4 y CM a h 2n4 h)1n(y + += 2n a)1n(x + += y = k xn A = a h / (n+1) CM a h 10 h3 y = 4 a3x = A = a h / 3 y = k x2 5 h3 y= 8 a3 x = a h CM C A=2a h / 3 A=4a h / 3 CC a π= 3 a4x CM CM b a y x A = π a b / 4 A = π a b / 2y π= 3 b4 y CM h h CM 3 h 3/b 3 h a b b (a + b ) / 3 3 h2 3/b2 CM 2/h 2 b A = b.h θ θ r θ θ= senrx CM x y L = 2 θ r r π= /r2x π= r2y CCM L = π r / 2 L = π π= r2y l/2 l CM P= m g r CM CG P’ = m 'g r < P Terra rr2 T T eˆs/m8,9)eˆ( R M Gg 2−≅−=r )ˆ(' 2 r T e r MGg −=r radialversoreˆ r = Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 3 - Centro de Massa - 10ª Edição - 2008 Cap. 3 47 11) Arco de círculo c) Centro de Massa de Volumes 12) Semi-esfera 13) Cone 3.2 - Centro de Massa para um Sistema de Corpos Rígidos 3.2.1- Distribuição de Corpos em Volumes Dado um corpo composto, de várias partes mais simples, com seus centróides conhecidos (formulário), podemos determinar o seu Centro de Massa, reduzindo o centro de cada parte no Sistema de Referência à característica a ela atribuída, seja massa, volume, área, linha ou peso e aplicar a expressão do somatório médio discreto, calculando-lhe o centro. Vamos dar o exemplo de corpos rígidos que podem ser homogêneos (Centróide de Volume, Área, Linha, Peso) ou não-homogêneos (Centro de Massa). Os exemplos abaixo relacionam volumes homogêneos no primeiro caso e áreas no segundo caso, e mistura de volumes, áreas e linhas e em cada um dos casos, com densidades específicas, podendo terem densidades iguais no primeiro e segundo caso ou diferentes e no terceiro caso, mas de qualquer maneira deve-se calcular a massa pois mistura-se os tipos de densidades dimensionais. Em todos os casos determina-se as respectivas posições parciais dos centros de massas de cada parte Ci ≡ )z~;y~;x~( iii e as massas associadas de cada parte m i , para i variando de 1 a n, no caso dos exemplos Aplica-se a equação do Centróide dos Volumes, no caso da Figura abaixo, caso cada parte dos corpos rígidos abaixo, tenham a sua característica de densidade constante ao longo de suas partes, mas diferentes para cada parte: Posições parciais dos Centróides Volumes Massas-densidades diferentes )z~;y~;x~(C 1111 = )z~;y~;x~(C 2222 = )z~;y~;x~(C 3333 = )z~;y~;x~(C 4444 = )z~;y~;x~(C 5555 = )z~;y~;x~(C 6666 = 1V 2V− 3V 4V 5V 6V 111 Vm ρ= 212 Vm ρ=− 333 Vm ρ= 444 Vm ρ= 555 Vm ρ= 666 Vm ρ= No caso das densidades das partes serem todas iguais, basta as informações das duas primeiras colunas, ou seja, dos centros das partes e os volumes, e para as coordenadas do centro de volume que coincide com o centro de massa, utiliza-se as expressões: No caso em que os corpos rígidos tenham densidades diferentes temos que configurar o Centro de Massa calculando a massa para cada parte, a terceira coluna, multiplicando as densidades pelos volumes respectivos, e daí y x z CM h / 4 h V=(1/3)π r2 h y x z CM 3 r / 8 V = 2 π r3 / 3 CM r θ θ θ θ= 3 senr2x 2rA θ= x y z 1C3C 4C 5C 6C 2C Fig. 3.2.3 – Centro de Massa de um Sistema de Corpos Rígidos em Volumes parciais de densidades diferentes ∑ ∑= i ii V Vx x ~ ∑ ∑= i ii C V Vr ~ r V rr ∑ ∑= i ii V Vy y ~∑ ∑= i ii V Vz z ~ Cap. 3 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 3 - Centro de Massa - 1ª Edição - 2008 48 calcular o Centro de Massa do Sistema de Corpos Rígidos, pelas expressões: Aqui o til (~) sobre a coordenada, estabelece que cada componente denota a coordenada do centróide parcial de cada corpo rígido em separado. 3.2.2- Distribuição de Corpos em Áreas No caso da Figura de áreas abaixo, figura plana, aplica-se a expressão para o Centróide de áreas, caso as densidades das placas sejam as mesmas a fim de determinar-se o Centróide de Área que neste caso coincide com Centro de Massa do Sistema de Corpos Rígidos, nas coordenadas x e y , e sendo a espessura e constante teríamos para a coordenada 2ez /−= . Do contrário, se as densidades das partes não são as mesmas, mas feitas de materiais diferentes, σ1 ≠ σ2 ≠ σ3 ≠ ... ≠ σ6 , faz-se como no caso acima para cada parte calcula-se a massa de cada placa (Área x Densidade Superficial) e calcula-se os Centros de Massa parciais a fim de determinar-se o Centro de Massa do Sistema de Corpos Rígidos nas coordenadas x e y , e sendo a espessura e constante teríamos para a coordenada 2ez /−= . Posições parciais dos Centróides Área Massas Densidades Diferentes )z~;y~;x~(C 1111 = )z~;y~;x~(C 2222 = )z~;y~;x~(C 3333 = )z~;y~;x~(C 4444 = )z~;y~;x~(C 5555 = )z~;y~;x~(C 6666 = 1A 2A− 3A 4A 5A 6A 111 Am σ= 222 Am σ−=− 333 Am σ= 444 Am σ= 555 Am σ= 666 Am σ= 3.2.3- Distribuição de Corpos em Volumes, Áreas e Linhas misturados: No caso da Figura abaixo, mistura-se volumes, áreas e linhas, com materiais e densidades distintas, assim é necessário aplicar-se os produtos das geometrias pelas densidades respectivas e calculos das massas e suas posições Centrais parciais. Aplica-se então as expressões dos centros de massa: Neste caso em que há misturas de linhas, áreas e volumes, somente resta, a partir das respectivas densidades de linha, densidades de áreas e densidades de volume, calcular as massas de cada parte calculando em seguida a posição do Centro de Massa do Conjunto. Posições parciais dos Centróides Geometri as Variadas Massas Densidades diferentes m mx~ x ii∑ ∑= m mr ~ r iiCM ∑ ∑= rr m my~ y ii∑ ∑= m mz~ z ii∑ ∑= ∑ ∑= i ii A Ax x ~ ∑ ∑= i ii C A Ar ~ r A rr ∑ ∑= i ii A Ay y ~ ∑ ∑= i ii A Az z ~ C1 C2 C3 C4 C5 C6 x y Fig. 3.2.4 – Centro de Massa de um Sistema de Corpos Rígidos em Área x y z 1 C 3C 4C 6C 2C 5C Fig. 3.2.4 – Centro de Massa de um Sistema de Corpos Rígidos em Volumes, Áreas e Linhas i ii m mx~ x ∑ ∑= i ii C m mr ~ r M ∑ ∑= rr i ii m my~ y ∑ ∑= i ii m mz~ z ∑ ∑= Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 3 - Centro de Massa - 10ª Edição - 2008 Cap. 3 49 )z~;y~;x~(C 1111 = )z~;y~;x~(C 2222 = )z~;y~;x~(C 3333 = )z~;y~;x~(C 4444 = )z~;y~;x~(C 5555 = )z~;y~;x~(C 6666 = 1L 2L 3V 4A 5A− 6L 111 Lm λ= 222 Lm λ= 333 Vm ρ= 444 Am σ= 555 Am σ−=− 666 Lm λ= Localiza-se as coordenadas dos Centróides de cada parte e associa-se as características de volume ou de área ou de linha a cada parte. Calcula-se a massa pelas densidades respectivas e aplicamos a equação de Centro do Massa por somatória para determinação do Centro de Massa da figura toda. 3.3 - Teorema de Pappus Pappus no século III (d.C.) descobre usando centróides como gerar por revolução áreas e volumes quaisquer. 3.3.1 - Superfície Gerada por uma Linha de Revolução Gera-se uma superfície de área A, quando se gira uma linha de comprimento L de um ângulo θ ( 0<θ≤ 2π) em torno de um eixo fixo. 3.3.2 - Volume Gerado por uma Superfície ( de área A) de Revolução Gera-se um volume V, quando se gira uma superfície de área A, de um ângulo θ ( 0<θ≤ 2π) em torno de um eixo fixo. 3.8 – Resumo do Capítulo 3 1.Distribuições de Massa a) Distribuição Volumétrica de massa b) Distribuição Superficial de massa c) Distribuição Linear de massa d) Distribuição Puntual de massa 2.Centro de Massa ; Centróide de Volume de Área de Linha; Baricentro ; Massa ; Volume ; Área ; Linha ; Peso )z~;y~;x~(C iiii ≡ ⇒ iiiii P;L;A;V;m 3. Sistema de Corpos Rígidos: (a) Corpo Composto de Volumes (b) Corpo Composto de Áreas: transforma‐se tudo em área: (c) Corpo Composto de Volumes, Áreas, Linhas e massas: C C C3 C C C x y x y z 1C3C 4C 5C 6C 2C CM ≡ CG ⇒ Se .constg =r CM ≡ CV ⇒ Se .const=ρ CM ≡ CA ⇒ Se .const=σ e = espessura = cte CM ≡ CL ⇒ Se .const=λ , A = área da secção transveral da linha = cte Sistema de Partículas ou de Corpos Rígidos Corpo Rígido ∑ ∑ φ φ=φ i ii C r ~ r rr ∫ ∫ φ φ=φ d dr ~ r C rr φ pode representar : ∑ ∑ φ φ= i iix ~ x ∑ ∑ φ φ= i iiy ~ y φ φ= ∑ iiz ~ z ∫ ∫ φ φ= d dx~ x ∫ ∫ φ φ= d dy~ y ∫ ∫ φ φ= d dz~ z m ( massa ) P ( Peso ) F (Força) V (Volume) A ( Área ) L ( Linha ) i ii m mx~ x ∑ ∑= i ii C m mr ~ r M ∑ ∑= rr i ii m my~ y ∑ ∑= i ii m mz~ z ∑ ∑= “ O Volume V formado ao gira-se uma superfície de revolução A em torno de um eixo fixo é diretamente proporcional (a) ao ângulo θ ( 0<θ≤ 2π) de giro da superfície, (b) à distância r entre o centróide da superfície e o eixo de giro e (c) à área A da superfície de giro.” ArV θ= “ A área A, formada ao girar-se um linha de revolução L em torno de um eixo fixo, é diretamente proporcional (a) ao ângulo θ ( 0<θ≤ 2π) de giro da linha (b) à distância r entre o centróide da linha e o eixo de giro e (c) ao comprimento L da linha.” LrA θ= ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛=σ 2m kg Ad md ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛=ρ 3m kg Vd md ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛=λ m kg Ld md ∑ ∑= i ii C V Vr ~ r V rr ∑ ∑= i ii V Vx~ x ∑ ∑= i ii V Vy~ y ∑ ∑= i ii V Vz~ z ∑ ∑= i ii C A Ar ~ r A rr Cap. 3 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 3 - Centro de Massa - 1ª Edição - 2008 50 3.4 - Exercícios Resolvidos a) Distribuições de Massa 3.1*) Dada a barra AB da figura, de comprimento total s, onde é feita uma distribuição de massa, com densidade linear de massa variando com a distância l ao início dabarra, de acordo com a expressão, λ = a l + b (kg / m) , onde l ∈ AB. (a) Determine a massa total da barra em função de a, b e L; (b) Determine a massa considerando que L = 5m ; a = 4 e b = 6 .(c) determine o Centro de Massa da barra. Obs.: A densidade da barra não é constante, portanto, ela aumenta a medida que aumenta x, ou seja, em x = 0 a densidade é de 6 kg/m em x = 5 m a densidade vale 26 Kg/m. Solução: ld md=λ ⇒ lddm λ= ⇒ ∫ ∫ λ= ldmd ⇒ ∫ λ= ldm ⇒ dxdx == ll ; ∫ += L 0 dx)bxa(m L.bL)2/a(mxb 2 xa 2L0 2 +=⇒+ ⇒ (b) m = (4/2) 52 + 6 x 5 = 80 kg (c) =+=λ== ∫∫∫ 6 0 dx)6x4(xdxxdmxmx ∫ =+=+= 5 0 5 0 3 2 67,196x6 3 x4 dx)x5x4(mx ⇒=+= 67,196 2 5x6 3 5x4 mx 23 ⇒=+= 67,196 2 5x6 3 5x4 mx 23 x = 2,4583kg 3.2*) Dado que a superfície da figura, em forma de um disco circular de raio máximo a, recebe distribuição de massa, cuja densidade superficial de massa varia com o raio r ( 0 ≤ r ≤ a ) do circulo, a partir de seu centro de acordo com a expressão: σ = γ / ( r2 + 1 ) , onde γ = const. > 0. (a) Determinar a massa total, a partir das variáveis do problema genérico; (b) Achar a massa total considerando os dados das constantes: γ = 5 (SI) ; a = 2 m. Solução: Sd md=σ ( 2m kg ) ⇒ Sddm σ= ⇒ ∫ ∫ σ= Sdmd ⇒ ∫ σ= Sdm ⇒ dS = (2 π r ) dr ; d ( r2 + 1 ) = 2 r d r ∫ + +γπ= a 0 2 2 1r )1r(dm =+γπ a02 )1r(ln 1ln)1a(ln 2 −+γπ m = π γ ln ( a2 + 1) ⇒ (b) m = 25,3 kg 3.3*) Em uma casca esférica de raios interno a e externo b é distribuída uma massa que obedece a seguinte distribuição de densidades volumétricas 34 1 rπ=ρ onde r está: a < r < b. Qual é a massa total m ? (b) Determine a massa considerando que as constantes da figura sejam: a= 2m e b= 7m. Solução: Vd md=ρ ( 3m kg ) ⇒ Vddm ρ= ⇒ ∫ ∫ ρ= Vdmd ⇒ ∫ ρ= Vdm ⇒ Vesfera = (4/3) π r3 ⇒ dV = 4 π r2 dr ⇒ x y z 1C 3C 4C 6C 2C 5C Teorema de Pappus: Área de Revolução: LrA θ= Volume de Revolução: ArV θ= S a b S r a 2 π r d r dS = 2 π r dr 0 5 y z l =x d l = dx 0 BA x (m) )z~;y~;x~(C; 11111 =λ 111 Lm λ= )z~;y~;x~(C; 22222 =λ 222 Lm λ= )z~;y~;x~(C; 33333 =ρ 333 Vm ρ= )z~;y~;x~(C; 44444 =σ 444 Am σ= )z~;y~;x~(C; 55555 =σ 545 Am σ−=− )z~;y~;x~(C; 66666 =λ 666 Lm λ= ∑ ∑= i ii C m mr ~ r M r r Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 3 - Centro de Massa - 10ª Edição - 2008 Cap. 3 51 ∫ =ππ= b a 2 3 )drr4( r4 1m a blnalnblnrln r dr b a b a =−==∫ ⇒ m = ln (b/a) ⇒ (b) m = 1,25 kg b) Cálculo direto do Centróide 3.4*) Determine o Centro de Massa do arco de arco de circunferência de angulo 30° da figura abaixo. Resp. : CM = ( 2R/π ; 2R/π ) Solução: Definição de radiano: r L R s raio arco)rad( ===θ dL = R dθ )dR()cosR( )12/R2( 1dLx L 1x 6/ 0 ∫∫ π =θ θθπ== 6/ 0 6/ 0 ]sen[R6dcosR6 ππ θπ=θθπ= ∫ π=− π π= R3)0sen 6 sen(R6x )dR()senR( )12/R2( 1dLy L 1y 6/ 0 ∫∫ π =θ θθπ== 6/ 0 6/ 0 ]cos[R6dsenR6 ππ θ−π=θθπ= ∫ )32(R3)0cos 6 cos(R6x −π=+ π−π= C ≡ ( )32(R3;R3 −ππ ) 3.5*) Determinar as coordenadas C ≡ ( y;x ) do Centróide de Área de um triângulo: Solução: Área total: A = b.h / 2 ; Centróide de Área )y;x( : ∫= b 0 dAx~ A 1x = ∫ b 0 )dxy(x b.h 2 = ∫ +− b 0 dx)hx b h(x b.h 2 = =⎥⎥⎦ ⎤ ⎢⎢⎣ ⎡ +− b 0 23 2 xh 3 x b h b.h 2 =⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡ +− 2 b 3 b2 3 b 6 b.3b.2 2x =⎟⎟⎠ ⎞⎜⎜⎝ ⎛ +−= )dxy( 2 y b.h 2dAy~ A 1y 0 h h 0 h ∫∫ ⎟⎟⎠ ⎞⎜⎜⎝ ⎛== =⎥⎥⎦ ⎤ ⎢⎢⎣ ⎡−=⎟⎟⎠ ⎞⎜⎜⎝ ⎛−⎟⎟⎠ ⎞⎜⎜⎝ ⎛= ∫ 0 h 3 2 0 h 3 y h 1dy h by 2 y b.h 2y = 3 h 3 h h 1 3 2 =⎥⎥⎦ ⎤ ⎢⎢⎣ ⎡−− ⇒ C ≡ ( b / 3 ; h / 3 ) 3.6*) Determinar o centróide de um quarto de círculo: Solução: )ddrr(cosr r 4 dAx A 1 x 2/ 0 r 0r 2 ∫∫∫ π =θ= θθ π == 2/ 0 r 0 3 2 2/ 0 r 0 2 2 ]sen[ 3 r r 4 dcosdrr r 4 ππ θ π =θθ π = ∫∫ π=− π π = 3 r4 )0sen 2 sen( 3 r r 4 x 3 3 Por simetria do quarto de circulo: π= 3 r4 y , então θ s r Definição de radiano: θ (rad) = rs r s raio arco θ=⇒= h b x dA = y dx dx y ( ) hxb/hy +−= Equação da reta x y ∫= b 0 dAx A 1x C ) 2 y ;x()y~;x~(C ~ CdA ≡≡= C ~ y y x x C ds θ dA = dr ds = dr (r dθ) r dr dθ θ= cosrx R R y x 0 dL=R.dθ dθ Cap. 3 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 3 - Centro de Massa - 1ª Edição - 2008 52 C ≡ ( ππ 3 r4; 3 r4 ) c) Centro de Massa de Corpos Compostos 3.7*) Determine as coordenadas do CM ≡ ),,( zyx do Centro de Massa da chapa de metal sombreada da figura, feita de 3 metais diferentes. Considere que a densidade do Cobre é ρCu = 8960 kg / m3 , a densidade da Prata é ρAg = 10500 kg / m3 e a densidade do Chumbo é ρPb = 11300 kg / m3. Solução: Por simetria: m25,0z −= m1 = m Cu = ρCu x VCu = 8960 x ( 6 x 4,5 x 0,5 ) = 120.960 kg ; C1 = ( 3 ; 2,25 ) m m2 = mAg = ρAg x VAg = 10.500 ( 6 x 4,5 x 0,5 / 2) = 70.875 kg ; C2 = ( 2 ; 6 ) m m3 = mPb = ρPb x VPb = 11.300 x ( 6 x 4,5 x 0,5 / 2) = 76.275 kg ; C3 = ( 4 ; 7,5 ) m =∑ im 268.110 kg 110.268 4x275.762x875.703x960.120 m x.mx i ii ++== ∑ ∑ = m02,3 110.268 730.809 = =++== ∑ ∑ 110.268 5,7x275.766x875.7025,2x960.120 m y.my i ii = m73,4 110.268 5,472.269.1 = CM ≡ ( 3,02 ; 4,73 ; - 0,25 ) m 3.8*) Determine o Centro de Massa CM ≡ ( )z,y,x do corpo na figura abaixo, sabendo que a densidade superficial de massa é 2m/kg20=σ e a densidade linear de massa é m/kg4=λ . d) Aplicação do Teorema de Pappus 3.9*) Determine a área externa do tambor de uma superfície cilíndrica sem as tampas, usando o Teorema de Pappus. 3.10*) Determine pelo teorema de Pappus o volume gerado a partir do giro completo de um retângulo em torno de uma das arestas de altura h e base r . Solução: por simetria : 0x = Fig. y~ (m) z~ (m) A (ou L) (m2 ) m = σ . A ou λ .L) (Kg) Circulo 0 0 1,13 22,6 Arco 0,318 0,5 L= 1,57 m 6,28 Retângulo 0 1 1,8 36 ∑∑= i ii m mz~ z = m603,0 88,64 36x128,6x5,0 =+ m0308,0 88,64 28,6x318,0 m my~ y i ii === ∑ ∑ CM ≡ (0 ; 0,0308 ; 0,603 ) m y x 0,5 m 1,2 m 1,5 m 0,6 m z x 6 m 9 m 4,5 m Cu Ag Pb y 0,5 m 2 3 4 2,25 6 7,5 (1) (2) (3) L r C A Solução: A = θ r L = (2 π)(r)(h) = 2 π r h h r Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 3 - Centro de Massa - 10ª Edição - 2008 Cap. 3 53 3.10 - Exercícios Propostos a) Centro de Massa de Partículas, Linhas, Áreas e Volumes a1) Centro de Massa de Partículas 3.12) Dê as coordenadas do Centro de Massa das partículas que se encontram no plano Ozx da Figura.Resp.: rCM ≡( 8,92; 0; 14,8)m 3.13) Dê as coordenadas do Centro de Massa das partículas que se encontram no plano Ozx da Figura. Resp.: rCM ≡ ( 23,4; 0; -9,21) m 3.14) A molécula de amônia tem um Nitrogênio e três Hidrogênios, NH3 . Os três hidrogênios estão interligados e equidistantes formando a base triangular equilátera de um pirâmide de lado d = 9,4 x 10-11 m. A distância de cada Hidrogênio ao Nitrogênio no topo da pirâmide é D = 10,14 x 10 -11 m. Determine a coordenada de altura z do Centro de Massa e a distância r de um átomo de Hidrogênio até o Centro de Massa da molécula, sabendo que a massa do Nitrogênio é 13,9 vezes maior que a do Hidrogênio. Resp.: ;m10x04,7z 11−= r = 8,89 x 10-11 m a2) Centro de Massa de Linhas 3.15) Determine o Centro de Massa do quarto de arco de circunferência da figura abaixo. Resp. : CM = ( 2R/π ; 2R/π ) 3.16) Determine o Centro de Massa do arco de arco de circunferência da figura. Resp. : CM = θ θ= senrx a3) Centro de Massa de Áreas 3.17) Determine pela definição, o Centróide de Área da placa a seguir e determine a posição do ponto B para pendurar a placa sem que a base deixe de ficar na horizontal. Resp.: C ≡(6;2) m; B≡(6;4) m R R y x 0 8 12 100 Kg 4 4 8 16 x (m) z (m) 10 Kg 20 Kg 12 16 A V C 2/rr = θ r h Solução: V = θ . r . A = ( 2 π ) ( r / 2 )( h r) = π r2 h H H H N CM z x y θ θ R CM x y x x 9 y 6 O B 16 24 100 Kg 8 32 x (m) z (m) 10 Kg 20 Kg 20 30 10 8-8 -16 -10 -20 -30 50 Kg 200 Kg Cap. 3 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 3 - Centro de Massa - 1ª Edição - 2008 54 3.18) Determine a localização das coordenadas do centróide );( yx , da área sombreada da figura abaixo, por integração direta da definição. Resp.:C≡ (1,60 ; 9,14) cm 3.19) Determine a localização das coordenadas do centróide );( yx , da área sombreada da figura abaixo, por integração direta da definição. Resp.:C ≡ ( 0,8; 27,4) cm 3.20) Determine o Centro de Massa do arco de círculo da figura abaixo, onde a=3 e b =6. Resp.: (0; 2,29) m 3.21) Determine o Centro de Massa do arco de círculo da figura. Resp. : CM = θ θ= 3 2 senRx a4) Centro de Massa de Volumes 3.22) Determine o Centro de Massa z da semi- esfera da figura abaixo. Obs.: Verifique o volume elementar em coordenadas esféricas no capítulo 1 de Vetores. Resp. : Rz )8/3(= 3.23) Determine o Centro de Massa z do cone da figura. Obs.: Verifique o volume elementar em coordenadas cilindricas no capítulo 1 de Vetores. Resp. : 4/Hz = b) Centro de Massa de Figuras Compostas b1) Figuras Compostas de Linhas 3.24) Determine a posição C = ( z;y;x ) do Centróide ou Centro de Massa da Armação metálica de 4 hastes da figura. O centróide de um quarto de circunferência fica a uma distância de ( 2r / π ), de cada um de seus raios laterais. A densidade linear das hastes é λ = 2 kg / m. Resp.: C=(1,48;2,56;3,35) m 8 m y z x 6 m b x a -a -b O y y z O z θ ϕ x R CM R θ θ x 2RA θ= y x z CM z H V=(1/3)π R2 h R X (cm) y (cm) 3x6y = 2 48 X (cm) y (cm) 3x4y = 2 32 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 3 - Centro de Massa - 10ª Edição - 2008 Cap. 3 55 3.25) Determine a posição C = ( z;y;x ) do Centróide da Armação metálica de 5 hastes da figura. O centróide de um quarto de circunferência fica a uma distância de 2r / π de cada um de seus raios laterais. A densidade linear das hastes é λ = 4 kg / m. Resp.: C=(0,838; 1,46; 1,12) m b2) Figuras Compostas de Áreas 3.26) Determine o Centro de Massa );;( zyx da viga de material homogêneo, cuja secção transversal é dada na figura, e cuja profundidade ou espessura é igual a 6 m em direção à z negativo. Resp.: CM ≡ ( 1,06 ; 2,02 ; -3 ) m 3.27) Dada o Sistema de Referência com a respectiva área hachurada e suas dimensões, determinar as coordenadas do Centróide da figura. Sabe-se que a posição do centróide da semicircunferência fica à (4 r / 3 π ) do diâmetro e na linha central. Resp.: C ≡ ( 4,43 ; 1,5 ) m 3.28) Dado o Sistema de Referência com a respectiva área hachurada e suas dimensões, determinar as coordenadas do Centróide da figura. Resp.: C ≡ ( 4,86 ; 1,29 ) m 3.29) Dada o Sistema de Referência com a respectiva área hachurada e suas dimensões, determinar as coordenadas do Centróide da figura. Resp.: C ≡ ( 5,60 ; 1,20 ) m 3.30) Dado o Sistema de Referência com a respectiva área hachurada e suas dimensões, determinar as coordenadas do Centróide da figura. Resp.: C ≡ ( 4,61 ; 1,39 ) m 3.31) Dada a placa plana da figura e suas dimensões na figura, constituída por uma parte retangular, outra triangular e uma fenda (buraco na placa) circular de raio r, determinar as coordenadas do Centro de Massa da placa, CM. Resp.: (a) m)46,2;688,0(CM ≡ 3 m 4 m 3 m y x C 2 m 3 m 3 m y x 3 m 3 m 6 m 9 m x 6 m y 2 m 4 y z x 3 (1) (2) (3) (4) (5) 3 m 3 m 1 m 3 m y x 0 x y 3,0 m 0,5 m 0,8 m 1,0 m 2,0 m Cap. 3 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 3 - Centro de Massa - 1ª Edição - 2008 56 3.32) Dado o Sistema de Referência com a respectiva área hachurada e suas dimensões, determinar as coordenadas do Centróide da figura. Resp.: C ≡ ( 4 ; 0,902 ) m 3.33) Determine as coordenadas do centro de massa da placa hachurada da figura de espessura e = 0,5 m, para z negativo. Resp.: CM ≡ ( - 0,305 ; - 0,609 ; - 0,25 ) m 3.34) Determine as coordenadas do centro de massa da placa hachurada da figura de espessura e = 0,5 m, para z negativo. Resp.: CM ≡ ( 2,72 ; 4,11 ; -0,25 ) m 3.35) Dada a placa da figura abaixo, de espessura 1 cm, em direção à z negativo, com duas vazantes, um triângulo e um círculo, determine a posição do Centro de Massa CM ≡ (x ; y ; z) da placa. Resp.: CM ≡ ( 5,63 ; 4,41 ; - 0,005 ) m 3.36) Dada a placa da figura abaixo, de espessura 1 cm, em direção à z negativo, com duas vazantes, um triângulo e um quarto de círculo, determine a posição do Centro de Massa CM ≡ (x ; y ; z) da placa. Resp.:CM ≡ ( 8,45 ; 5,01 ; -0,005 ) m x y 0 3 -3 3 x 6 6 9 y 2 m 3 3 0 2 m 4 m 6 m x 4 m y 1,2 m y (m) x (m) 0 -1 6 3 6 2 5 2 6 3 9 r Figura A i x i yi A i x i A i y i Σ x r =0,5 m -4 -2 6 y 9 m 0 3m Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 3 - Centro de Massa - 10ª Edição - 2008 Cap. 3 57 3.37) Determine a localização das coordenadas do centróide )z;y;x( , da medalha, cujo formato de sua placa está na área sombreada da figura abaixo. Sabe-se que a espessura da placa é constante e mede 1 mm em direção ao eixo negativode z, e o arco superior da figura é feito de ouro que tem densidade volumétrica de massa ρou = 0,0193 g/mm3 e o retângulo e o triângulo são feitos de prata e tem densidade volumétrica ρAg = 0,0105 g/mm3 . Despreze a massa da tinta das letras e do desenho impresso na placa e considere que o centróide de um semicírculo está a uma distância 4r/3π do seu centro. Resp.: C ≡ ( 6 ; -3,42 ; -0,5 ) mm b3) Figuras Compostas de Volumes 3.38) A Figura mostra um paralelepípido de 1 m de profundidade, 8 x 8 m de face e um recorte de 3 m no seu primeiro quadrante. Determine a posição do Centro de Massa (xCM, yCM, zCM) do paralelepípido. Resp.: rCM ≡ ( - 0,5 ; - 0,41 ; - 0,25) m 3.39) Duas placas de semimetais de dimensões iguais, interligadas, e de materiais diferentes, possuem as dimensões dadas na Figura. Determine a posição do Centro de Massa da placa, sendo que a densidade ou massa específica do Germânio é 5,32 g/cm3 e do Silício é 2,33 g/cm3. Resp.: CM ≡ ( 3 ; 24,1; 7,5 ) cm 3.40) Com uma placa de metal, construiu-se uma caixa em forma de cubo, sem tampa, de aresta de 60 cm de lado e espessura da placa desprezível. Determine a posição do Centro de Massa da caixa. Resp.:CM≡( 30 ; 24 ; 30 ) cm z 3 m 3 m 8 m 8 m 3 m 1 m y x Silício x z y Germânio Silício y x 15 cm 6 cm 60 cm 30 cm 30 cm X (mm) y (mm) 3 -10 -16 6 12 0 A Serenidade e a firmeza de propósitos éticos, a favor de toda a humanidade, fazem da Ciência e da busca cada vez mais cheia de discernimentos da verdade relativa de ponta, o caminho da compreensão e da linguagem Uuniversal do Ser Humano na Terra. y (m) x (m) 0 -1 6 2 2 5 3 10 r Figura A i x i yi A i x i A i y i Σ 6 5 20 z Cap. 3 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 3 - Centro de Massa - 1ª Edição - 2008 58 3.41) Determine as massas dos blocos abaixo, a fim de obter o Centro de Massa ( x ; y ; z ) da placa de 4 materiais diferentes, Germânio (ρGe = 5,32 g/cm3), Silício (ρSi = 2,33 g/cm3), Cobre (ρCu = 8,96 g/cm3) e Estanho (ρSn = 7,26 g/cm3), dispostos como na figura. Resp.: CM ≡ ( 4,75 ; 2,57 ; - 0,25 ) cm 3.42) Dada a peça de aço produzida por um torno, determine a posição );;( zyx de seu Centro de Massa ou Centróide. Considere que a peça tenha o furo circular de raio 3 cm como mostra a figura. Resp.: CM ≡ ( -2,5; 7,62; 4,43 ) cm . 3.43) A placa homogênea e sombreada da figura, tem espessura e = 8 mm, e massa m = 5 kg. Determine: (a) as coordenadas do centro de massa. Resp.: CM≡ ( 34,4 ; 29,7 ; 0,4 ) cm 3.44) Dada a peça de aço produzida por um torno, determine a posição );;( zyx de seu Centro de Massa ou Centróide. Observação: O centróide de área de um semicírculo está a uma distância vertical de (4 r / 3 π) de seu centro. Resp.: C ≡ ( - 2,5 ; 8 ; 3,6 ) cm 3.45) (a) Determine no caso dos livros empilhados e iguais da figura, qual a posição do centro de massa );( yx do conjunto e (b) diga se eles cairão ou não estando nesta posição e porque. Considere na aproximação os livros homogêneos e uniformes. Resp.: (a) CM ≡ ( 25,5 ; 16,0 ) cm ; (b) não caem pois o centro de massa em x é menor que a base e está acima da base de 30 cm 3.46) Determine a posição do Centro de Massa CM ≡ ( )z,y,x do corpo da figura, sabendo-se que o arco tem densidade linear de massa de cmg5 /=λ , e o retângulo e triângulo tem densidade superficial de massa 2cmg12 /=σ . A espessura da peça é constante e igual a 1 cm. Resp.: CM ≡ ( 30 ; 4,43 ; 0,5 ) cm 3.47) Dada a placa homogênea ABCDE e retorcida, com uma parte, retangular, no plano xy e a outra parte, triangular, no plano xz, sendo que ela está Ge Si 5 cm 0,5 cm 3 cm 3 cm 3 cm x z y Cu Sn 1 cm 2 cm 2 cm 12 cm 3 cm 9 cm 3 cm 4 cm 4 cm y x z O 5 cm 15 cm 4,5 cm y x z O 4 cm 3 cm 5 cm 6 cm 50 cm 70 cm 20 cm r = 12 cm y x 10 cm 50 cm x y 30 cm 30 cm 36 cm 28 cm 30 cm 30 cm 5 cm 8 cm 11 cm x y 8 cm Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 3 - Centro de Massa - 10ª Edição - 2008 Cap. 3 59 em equilíbrio nesta posição, garantido pelo bastão no lado AC da peça, coincidente com o eixo x, e pelo cabo DH na ponta D, como mostra a figura, determine: (a) o centróide )z;y;x(C ≡ para a posição de equilíbrio da figura; (b) Após cortar-se o cabo DH e a peça oscilar e parar adquirindo uma nova posição de equilíbrio, apoiada pelo bastão AC, em que posição irá parar o centro de massa e qual o ângulo θ que o lado AE da placa fará com o eixo y negativo, para esta nova posição. Resp.: (a) C ≡ ( -3,43 ; -2,86 ; -2,14 ); (b) O centro de massa irá parar abaixo do eixo x: θ = 53,2° 3.48) Tendo a densidade dos materiais e seus volumes tirados da figura abaixo, pode-se determinar a massa de cada bloco da figura, e também os centros de massa de cada bloco parcial )z~;y~;x~( iii (tabela). As placas de 3 materiais diferentes, tem suas densidades dadas em miligramas por milímetro cúbico como seguem: Germânio: ρGe = 5,32 mg/mm3 ; Silício: ρSi = 2,33 mg/mm3 ; e Cobre: ρCu = 8,96 mg/mm3 ,dispostas suas dimensões como dadas na figura. (a) Determinar o Centro de Massa )z;y;x(C ≡ do Sistema. Resp.: CM ≡ ( 9,88 ; -1,45 ; 0 ) mm 3.49) Considere a mesa da figura, composta por 4 placas homogêneas ABCD, BCQR, CDO e ABN de densidade superficial de massa σ = 32 kg/m2, e dois pés de metal DE e AH que possuem densidade linear de massa λ = 5 kg/m. Determine: (a) a posição )z;y;x(C ≡ do Centro de Massa da mesa; e (b) o ângulo limite entre a linha pontilhada NH da mesa e o piso horizontal para que a mesa quando inclinada sobre os pés N e O esteja no limite de tombar e cair para o outro lado ao ser abandonada. Resp.: (a) C ≡ ( 0,625 ; 1,5 ; 0,963 ) m ; (b) θlimite = 33,0° 3.50) É dado o Sistema da figura, um luminoso a ser pendurado por um cabo, composto por um paralelepípido e uma placa de espessura desprezível. determine o centro de massa do Sistema uma vez que o paralelepípedo tem densidade volumétrica de massa igual à ρ = 1000 kg/m3 e a placa tem espessura desprezível e densidade superficial de cargas σ = 40 kg/m2 Em que posição (x,y,z) do topo do paralelepípido se poderia soldar, para se pendurar, a extremidade de um cabo no corpo rígido, de modo que a placa permaneça com a base na horizontal, a lateral na vertical e o sistema em equilíbrio. Resp.: P≡(0; 0,9; - 0,15)m y x z 3 m A B C D H 1,8 m E N O Q R 1,0 m 1,2 m Relações Silício Germânio Cobre 1 Cobre 2 ix ~ (mm) Vi (mm3 ) mi (mg) Σmi= iy ~ (mm) iz ~ (mm) y x z 6 mm 8 mm 8 mm 7 mm 2 mm 3 mm 2 mm 2 mm 3 mm Silício Gemânio Cobre 1 Cobre 2 18 mm y -15 m - 6 m x z -10 m A B C D E H 2 m 0,5 m0,5 m 0,3 m 0,4 m x y z A imaginação é mais importante do que o conhecimento. Albert Einstein Universidade da Criatividade Cap. 3 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 3 - Centro de Massa - 1ª Edição - 2008 60 3.51) Dada a peça da figura feita de um mesmo material, determine a posição do seu centro de massa CM≡( z;y;x ). Resp.: CM ≡( 26,8 ; 55,9 ; -5,98 ) mm 3.52) Dada a barra de madeira AB na qual é introduzido de forma justa um anel de um certo material com as dimensões e distâncias dadas na figura. Considerando que a densidade da madeira é ρ1 = 2,36 g/cm3 determinar a densidade ρ2 do outro material uma vez que o centro de massa do sistema está à 13,5 cm do ponto A. O raio da barra de madeira é de 2 cm e o raio externo da peça do outro material é de 5 cm. Resp.: 32 cm/g08,2=ρ 3.53) Dada a peça da figura feita de materiais diferentes, determine: (a) a posição do seu centro de massa CM≡( z;y;x ). Resp.: m)79,5;84,5;41,1(CM = 3.54) Na placa da figura sombreada determinar o centro de massa, sabendo-se que o centróide de área de um semicírculo está a uma distância 4R/3π do seu centro. Resp.:(a)CM ≡(0,00;0,00) m c) Teorema de Papus: 3.55) Calcule a Volume de um cone de raio da base r e altura h, utilizando-se do teorema de Pappus e um triângulo retângulo de base r e altura h. Resp.: V= (1/3)π r2 h y x 6 m 3 m 3 m 6 m z y x r = 15 130 mm 40 20 8 26 48 16 18 18 Relações 1- ret.ABCD 2) ret.BCQR 3) triân.CDO 4) triân.ABN 5) pé DE 6) pé AH x (m) y (m) z (m) A(m2 )ou L(m) m (kg) Σmi= r h g 15 cm B A 6 cm 9 cm x z y x 15 m 1,5 m 2 m 2 m 1 m 12 m 4 m Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 3 - Centro de Massa - 10ª Edição - 2008 Cap. 3 61 3.56) Calcule o Volume de um cone de raio da base r e altura h, fazendo girar um triângulo retângulo de base r e altura h, girando em torno da aresta da altura. Resp.: V = (1/3) π R2 H 3.57) Calcule o Volume de uma esfera se utilizando da área de um semicírculo girando em torno do seu diâmetro. Resp.: V = (4/3) π r3 3.58) Determine o Volume de um toróide (formato da câmara de ar de um pneu cheio), a partir da rotação de um cículo de raio r, fazendo- o girar uma volta tendo um raio interno (vazio) R; Resp.: V = 2 π2 r2 (R + r) 3.59) A Área da Superfície de uma esfera, fazendo girar a linha de uma semicircunferência de raio r dado, de torno de seu diâmetro, sabendo-se que o centróide da linha de uma semicircunferência fica a uma distância de ( 2 r / π ) de seu centro. Resp.: A = 4 π r2 3.60) Determine o volume em cm3 e a massa de ouro em gramas que serão necessárias para fazer um anel da figura abaixo, uma vez que o material do anel tem secção transversal de um semi-círculo de raio 1,5 mm e o raio interno da aliança é de 1,25 cm. A densidade volumétrica do ouro é ρ = 19,3 g / cm3 e o centróide de um semi-círculo fica a ( 4 r / 3 π ) do seu centro. Resp.: V = 0,292 cm3 ; m = 5,63 g r r r h r Vista total de cima Secção transversal do anel Corte lateral de lado Diâmetro = 2,5 cm r = 0,15 cm R = 1,25 cm R r Cap. 3 Mecânica do Corpo Rígido - Samuel de Souza - Capítulo 3 - Centro de Massa - 1ª Edição - 2008 62 3.61) Calcule pelo teorema de Pappus, o volume de uma coroa de ouro, para se colocar em uma cabeça com 22 cm de diâmetro e cuja secção transversal da coroa é dada na figura abaixo. Considere que a base do retângulo mede 1,5 cm, o raio de cada círculo é 0,25 cm e a base de cada triângulo equilátero de 0,5 cm cada . R r
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