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METABOLISMO MICROBIANO 1 Profa. Patrícia Gomes Cardoso Metabolismo Diversidade Metabólica Microbiana É a soma de todos as reações químicas dentro de um organismo vivo Metabolismo primário e secundário 2 Reações químicas: 2 tipos Liberam energia- Reações catabólicas ou degradativas Consomem energia – Reações anabólicas ou biossintéticas Para alguns organismos a fonte de energia é a luz 3 4 Proteínas, ácidos nucléicos, polissacarídeos, componentes celulares. Requerimentos de energia 5 Quimiotróficos Maioria dos microrganismos a energia é retirada de moléculas químicas (reações de oxirredução) (nutrientes)- Fototróficos Para outros a energia é proveniente da luz– 6 Fontes de energia Fototróficos Quimiorganotróficos Quimiolitotróficos Compostos orgânicos reduzidos Compostos orgânicos oxidados Compostos inorgânicos reduzidos Compostos inorgânicos oxidados Energia química Uso pela célula 7 Reações de oxidação-redução A B A oxidada B reduzida As oxidações e reduções podem envolver : Somente elétrons Um elétron mais um próton Adição de elétrons a uma substância Remoção de elétrons de uma substância São reações onde elétrons se movem de um doador, o agente redutor, para um receptor de elétrons, o agente oxidante. 8 As reações de oxirredução podem contar com compostos intermediários para transferência de elétrons – carreadores (coenzimas) que atuam removendo elétrons do substrato e os doando a outras moléculas em reações subsequentes. Coenzimas – livres na célula-Tranportam elétrons e protons (H+) simultaneamente Nicotinamida Adenina Dinucleotídeo NAD+ Nicotinamida Adenina Dinucleotídeo Fosfato NADP+ Flavina Mononucleotídeo FMN Flavina Adenina Nucleotídeo FAD Reações biológicas de oxirredução A coenzima reduzida, NADH, contém mais energia que NAD+. Essa energia pode ser usada para gerar ATP em reações posteriores Reação de oxidação-redução, envolvendo as formas oxidadas e reduzidas de NAD+ e NADH 9 Para estas reações ocorrem é preciso quantidade de energia suficiente para levar todas as moléculas a um estado reativo – energia de ativação. Isso é feito por enzimas que dminuem essa energia de ativação, aumentando a velocidade das reações – catalisadores biológicos POTENCIAL DE OXIRREDUÇÃO Par Redox E’0 (volts) H+/H2 -0,42 CO2/CH4 -0,35 NAD+/NADH -0,32 SO4 2-/S2- -0,22 Acetaldeído/etanol 0,20 Citocromo c oxidado/reduzido 0,25 NO3 -/NO2 - 0,42 Fe3+/Fe2+ 0,77 O2/H2O 0,82 > E’0 = tendência de receber elétrons (ser reduzido) < E’0 = tendência de doar elétrons (ser oxidado) >E’0 > energia liberada na reação de oxirredução 10 11 12 13 Composto que armazena energia - ATP Geração de ATP 1) Fosforilação em nível de substrato 2) Fosforilação oxidativa 3) Fotofosforilação – Ocorre somente em células fotossintéticas Ex2) 1,3 di-P-glicerato 3-P glicerato Ex1) 2-P-glicerato PEP piruvato Estoca energia derivada de reações catabólicas e a libera mais tarde para dirigir reações anabólicas e outras trabalhos celulares ATP ADP + Pi + energia ADP + Pi + energia ATP 1. Fosforilação em nível de substrato 15 Glicólise Produção de ATP O grupo fosfato é transferido de um composto fosforilado diretamente ao ADP. 2) Fosforilação oxidativa - Envolve uma cadeia de transporte de elétrons ligados a membrana e a força próton motiva Ocorre na membrana das mitocôndrias – Eucariotos Membrana Plasmática - Procaritos 17 Cadeia de transporte de elétrons NADH + H+ NAD+ (3 ATPs) FADH2 FAD + (2 ATPs) 3.Fotofosforilação A energia da luz é utilizada para a síntese de ATP 18 Catabolismo das Moléculas Orgânicas 19 20 Para produzir energia a partir da glicose, os microrganismos utilizam dois processos Membrana Interna das mitocôndrias Respiração Citoplasma Matriz mitocondrial EUCARIOTOSPROCARIOTOS Citoplasma Citoplasma Membrana Plasmática Glicólise ou via Embden-Meyerhorf-Parnas Objetivo: Oxidação de carboidratos (principalmente glicose) à piruvato. 2 estágios: Estágio 1- sem reação de óxido-redução. Consumo de 2 ATPs Estágio 2- Reação de óxido-redução e produção de 4 ATPs Rendimento energético líquido: 2ATPs + 2 Alguns compostos intermediários são usados na via biossintética NADH + H+ 22 Glicólise 23 1-Via Entner-Doudoroff Provavelmente esta via evoluiu mais precocemente e envolve menos etapas de fosforilação (uma etapa) e menor produção de ATP. Bacterias que apresentam as enzimas para esta via podem metabolizar a glicose sem a glicolise ou a via da pentose fostato. Ex: Pseudomonas (identificação em laboratórios), Agrobacterium, Rhizobium. Rendimento líquido: 1ATP + 1NADH + NADPH 24 Alternativas à glicolise 2-Via Pentose Fosfato (PPS) Gera mais intermediários para as vias biossintéticas que a EMP e ED. Há uma descarboxilação que gera CO2. Simultanea a via glicolise. Assimilação de pentoses- produção de ribulose 5P. A via produz pentoses intermediárias essenciais utilizadas na síntese de ácidos nucleicos, glicose a partir de CO2 na fotossintese e certos aminoáciods. Importante produtora da coenzima NADPH (2) e rendimento líquido de 1ATP para cada molecula de glicose oxidada. Ex: Bacillus subtilis, E. coli, Leuconostoc mesenteroides e Enterococcus faecalis. 25 Respiração Ciclo do ácido cítrico - TCA Para cada molécula de ácido pirúvico 3 moléculas de CO2 são formadas. Formação de compostos intermediários- via anabólica Ex: Acetil coA- síntese de ácidos graxos cetoglutarato e oxalacetato- síntese de aa succinil coA- anel porfirina de citocromos oxalacetato- síntese de fosfoenolpiruvato para formação de glicose- gliconeogênese Rendimento líquido: 3 NADH + 1 FADH2 + 1 ATP (cada ciclo) 26 Ciclo do ácido cítrico ou Ciclo de Krebs Ácido pirúvico (Glicólise) Descarboxilação Acetil CoA Acetil CoA Reações: Descarboxilação Oxidação/Redução Rendimento: 3 CO2 4 NADH 1FADH2 1 ATP Síntese de aminoácidos Síntese de aminoácidos Ácidos graxos Formação de compostos intermediários - via anabólica Reações Anapleróticas Via do Glioxilato É uma via alternativa de metabolismo de acetil-CoA, encontrada nos vegetais e em algumas bactérias, que permite a síntese de glicose e a produção de intermediários do ciclo de Krebs a partir do acetil-CoA. Piruvato + CO2 + ATP ác. oxalacético + ADP + Pi Reposição de intermediários do ciclo do ácido cítrico. Fosfoenolpiruvato + CO2 + ADP ác. oxalacético + ATP Vias anfibólicas Vias metabólicas que funcionam em ambos catabolismo e anabolismo Ex: Reações no ciclo de Krebs não somente participam na oxidação da glicose, mas também produzem intermediários que podem ser convertidos em aminoácidos. 29 Cadeia transportadora de e- -Carreadores associados à membrana. -As reações de transporte de e- faz-se com que a membrana fique energizado gerando a força próton motiva que gerará ATP. -Sequencia dos carreadores- diferente para cada microrganismo -Sequencia dos carreadores estão arranjados em ordem crescente de potencial redutor mais positivos -Alternância dos carreadores que transportam somente e- e os que transportam somente átomos de H+ -Geração de uma força próton motiva, resultante da separação de cargas ao longo da membrana tornando o ambiente extracelular ácido e intracelular alcalino. 30 Transporte de elétrons e geração Quimiosmótica de ATP 31 32 Cadeia transportadora de e- Balanço energético cadeia de transporte de elétrons 10 NADH = 30 ATP2 FADH2 = 4 ATP 34 ATP Balanço energético respiração ATP em nivel de substrato 2 (glicolise) + 2 (Ciclo do ácido cítrico)+ 34 ATP= 38 33 Rendimento total da respiração para microrganismos C6H12O6 + 6O2 + 38ADP + 38P 6CO2 + 6H2O + 38ATP 34 35 C6H12O6 + 6O2 + 38ADP + 38P 6CO2 + 6H2O + 38ATP (procariotos) 38 ATP (procariotos) 36 ATP (eucariotos) Balanço energético da respiração aeróbica Respiração Anaeróbica O aceptor final de elétrons é uma substância oxidada diferente do oxigênio (O2) como NO3-, SO4-, CO32-, fumarato Uma implicação é o rendimento energético inferior ao da respiração aerobica: nenhum aceptor alternativo apresenta potencial tão oxidante quanto O2. Desnitrificação: NO3 - NO2 - NO N2O N2 36 Ciclo do nitrogênio 37 Potencial de Redução 38 Fermentação Conceito bioquímico: Obtenção de energia a partir da oxidação parcial de carboidratos. Fosforilação em nível de substrato Baixo rendimento energético: -Oxidação parcial dos compostos orgânicos -Pouca diferença do E’o do doador e do receptor. 39 Fermentação Alcoólica e Lática 40 41 42 43 44 Recuperação de Coenzimas Oxidadas 45 46 47 Autotróficos Fotossíntese Cianobactérias H2O + CO2 + Luz PR + ATP (CHO)n + O2 + H2O clorofila a Púrpuras H2S + CO2 + Luz PR + ATP (CHO)n + H2O + S Bacterioclorofila 48 Fotossíntese oxigênica Transformação de energia luminosa em energia química para que o carbono do dióxido de carbono (CO2) seja convertido em compostos orgânicos e seja produzindo oxigênio gasoso (O2). Presente nas cianobactérias e nos cloroplastos dos eucariontes Doador de elétrons é H2O: sua oxidação gera o O2. Dois fotossistemas: PSI e PSII (fase Clara) Fixação do carbono Ciclo de Calvin (fase escura) 6CO2 + 12H2O + Luz -------C6H12O6 + 6O2 + 6H2O Cianobactérias, algas e plantas 49 50 O NADPH e o ATP é utilizado para reduzir o CO2 no processo de fixação do carbono (Fase Escura) 51 Fotossíntese anoxigênica Doadores de elétrons variam: H2S ou So nas bactérias verdes e púrpuras sulfurosas H2 ou compostos orgânicos em bactérias verdes e púrpuras não sulfurosas Bacterias verdes apenas um fotossistema semelhante ao PSI Bactérias púrpuras um fotossistema semelhante ao PSII Principal função é produzir ATP via fotofosforilação e NADPH Catabolismo dos lipídeos Os triglicerídeos são hidrolisados em glicerol e ácidos graxos. O glicerol é quebrado via Glicólise. Os ácidos graxos são quebrados em unidades de dois carbonos e entram no ciclo de Krebs, onde são metabolizados para produzir energia adicional. 52 Catabolismo das proteínas Os peptídeos são hidrolisados a aminoácidos. Os aminoácidos são desaminados, e as moléculas resultantes entram em vias que levam ao ciclo de Krebs. 53 Biossíntese 1) Formação de monômeros a partir dos 12 precursores das VMC 2) Energização dos monômeros 3) Polimerização dos monômeros energizados Exemplos: 54 Biossíntese dos aminoácidos 55 Biossíntese dos ácidos nucléicos 56 Biossíntese dos lipídeos 57 58
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