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Ciências Politicas – Caso Concreto 3 Nome: Jarbas Feix Junior Caso 3- Na visão de Locke e Rousseau os homens são completamente livres conforme a sua natureza, pelo que são criaturas marcadas pela bondade. Sendo certo que com o surgimento da propriedade e o homem abandona a sua condição natural, pode-se afirmar que a propriedade surge da mesma forma e tem os mesmos efeitos na formação do Estado para ambos os autores? O homem natural de Rousseau vivia bem, a natureza reinava soberana, pois a condição humana desempenhava apenas as suas funções vitais, a terra era de todos e por tanto para sua produção para consumo, mas com o surgimento da propriedade, com a passagem desse homem natural para um homem civil, ocorre um desengate entre o homem e o mundo, sua “desnaturalização”, o homem sendo corrompido pela sociedade, o homem passou a admirar as terras como prova de poder, de reconhecimento entre os homens e assim abrindo espaço para a dominação pela força, gerando a desigualdade. Rousseau diz que os sinais representativos da riqueza consistiam em propriedades e animais e quando não se tinha mais espaço as terras do lado, uns queriam as terras dos outros e prosperar a custas dos outros. Quando isso aconteceu, houve então a vontade humana de querer-se dominar uns sobre os outros. John Locke (1632-1704) concebia a propriedade privada como um conceito central. Para ele, o fundamento da propriedade estava no próprio homem, em sua capacidade de transformar a natureza pelo trabalho. O cerne do conceito de propriedade em Locke é que ela é um direito natural, ou seja, já existia no estado de natureza, assim como o direito à vida e à liberdade. Esta ideia tem fundamento lógico, pois sendo o indivíduo senhor de seu corpo, ele é igualmente proprietário dos frutos de seu trabalho. Na filosofia política de Locke a propriedade é a principal razão para a construção da sociedade civil, para a instituição do governo civil, o fim principal da união dos homens em comunidades.
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