Questionário Ética

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Sobre a sociedade dos advogados, responda:
Diferencie os tipos de sociedade de advogados estabelecidos pelo Estatuto da OAB.
R: A sociedade unipessoal de advocacia pode resultar da concentração por um advogado das quotas de uma sociedade de advogados, independentemente das razões que motivaram tal concentração. Já a sociedade simples, é pessoa jurídica de direito privado, com finalidade lucrativa por meio da prestação de serviços técnicos. No caso da sociedade de advogados, não há registro na Junta Comercial, mas tão somente na Seccional da Ordem dos Advogados (OAB) da respectiva circunscrição.
Que alterações a Lei nº 13.247/2016 trouxe para a sociedade dos advogados?
R: Criação da sociedade unipessoal da advocacia, agora mesmo que o advogado trabalhe sozinho ele poderá constituir uma sociedade unipessoal (de uma só pessoa) para prestar seus serviços de advocacia.
Como as sociedades de advogados adquirem personalidade jurídica?
R: Adquire personalidade jurídica com o registro aprovado dos seus atos constitutivos no Conselho Seccional da OAB em cuja base territorial tiver sede.
Com base no provimento nº169/2015, qual a diferença entre sócio de serviços, sócios patrimonial e o advogado associado?
R: Art. 3º Os sócios patrimoniais e de serviço terão os mesmos direitos e obrigações, exceto no que toca à contribuição pecuniária para a constituição do capital social, que é exclusiva dos sócios patrimoniais, bem como sua contrapartida, que é o direito a receber os respectivos haveres no momento do desligamento da sociedade, e naquilo que de outra forma esteja expresso no contrato social e/ou instrumento próprio.
Art. 5º O advogado associado, na forma do art. 39 do Regulamento Geral do Estatuto da Advocacia e da OAB, poderá participar de uma ou mais sociedades de advogados, mantendo sua autonomia profissional, sem subordinação ou controle de jornada e sem qualquer outro vínculo, inclusive empregatício, firmando para tanto contrato de associação que deverá ser averbado no Registro de Sociedades de Advogados perante o respectivo Conselho Seccional. 
Explique se é possível um advogado integrar mais de uma sociedade de advogados, constituir mais de uma sociedade unipessoal de advocacia, ou integrar simultaneamente uma sociedade de advogados e uma sociedade unipessoal de advocacia, com sede e filial na mesma área territorial do respectivo Conselho Seccional?
R: São vedadas todas as situações citadas, conforme dispõe o art.15, § 4º da Lei nº 8906/94.
Em que situações o registro de sociedade será negada pelo Conselho Seccional?
R: Não é admitido o registro nem podem funcionar todas as espécies de sociedades de advogados que apresentem forma ou características de sociedade empresária, que adotem denominação de fantasia, que realizem atividades estranhas à advocacia, que incluam como sócio ou titular de sociedade unipessoal de advocacia pessoa não inscrita como advogado ou totalmente proibida de advogar.
Exemplifique como deve ser feita a razão social da Sociedade de Advogados e como deve ser a denominação da sociedade unipessoal de advocacia.
R: A denominação social deve ter, obrigatoriamente, o nome de, pelo menos, um advogado responsável pela sociedade, podendo permanecer o de sócio falecido, desde que prevista tal possibilidade no ato constitutivo. Já a denominação da sociedade unipessoal de advocacia deve ser obrigatoriamente formada pelo nome do seu titular, completo ou parcial, com a expressão ‘Sociedade Individual de Advocacia’.
Como é a responsabilidade dos sócios e o titular da sociedade individual pelos danos causados aos clientes no exercício da advocacia?
R: A sociedade, como a pessoa que contrata os serviços com o cliente – embora sejam eles realizados por profissionais, pessoas físicas – é, segundo o art. 17, da Lei 8.906/94, a principal responsável pelos prejuízos causados ao cliente por culpa ou dolo do profissional encarregado de exercer o serviço, cuja responsabilidade é subsidiária e, desta forma, só pode ser acionado, caso o patrimônio social seja insuficiente para fazer face à indenização.
	2- Sobre o advogado empregado, responda:
A subordinação típica das relações de emprego exclui a isenção técnica e independência profissional do advogado?
R: Não, de acordo como art. 18 da Lei 8906/94 : “ A relação de emprego, na qualidade de advogado, não retira a isenção técnica nem reduz a independência profissional inerentes à advocacia”.
Qual o piso salarial do advogado empregado? 
R: Embora ainda não haja definição do governo para a questão, muitas OABs tomam a iniciativa de definir o que chamam de “valor mínimo ético” – um piso de referência – sugerido, mas não oficial. No Acre o piso sugerido pela OAB/AC é de 1.920,00.
Qual a jornada de trabalho? 
R: A jornada de trabalho do advogado empregado, no exercício da profissão, não poderá exceder a duração diária de 4 horas contínuas e de 20 horas semanais, salvo acordo ou convenção coletiva ou caso de dedicação exclusiva.
O que se considera período de trabalho?
R: Considera-se como período de trabalho o tempo em que o advogado estiver à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, no seu escritório ou em atividades externas, sendo-lhe reembolsadas as despesas feitas com transporte, hospedagem e alimentação. (art. 20, EOAB)
Existe adicional noturno para advogado?
R: As horas trabalhadas no período das vinte horas de um dia até as cinco horas do dia seguinte são remuneradas como noturnas, acrescidas do adicional de vinte e cinco por cento (25%). (art. 20 § 3º, EOAB).
O advogado empregado tem direito aos honorários de sucumbência?
R: Nas causas em que for parte o empregador, ou pessoa por esse representada, os honorários de sucumbência são devidos aos advogados empregados. (art. 21, EOAB) Parágrafo único: Os honorários de sucumbência, percebidos por advogado empregado de sociedade de advogado são partilhados entre ele e a empregadora, na forma estabelecida em acordo.
	3- Sobre o processo disciplinar e as sanções, responda:
O que é censura e em que situações tal modalidade de sanção será aplicada?
R: É uma sanção que representa a censura oficial da conduta do advogado, a qual será analisada e julgada. A pena de censura não pode ser divulgada ou ser assunto de publicidade. São consideradas infrações disciplinares puníveis com censura: 1- a captação de novos clientes por meio de publicidade; 2- advogar contra literal disposição, ou seja, advogado que pleitear contra orientação pacífica dos tribunais sobre determinado assunto, sem informar ao seu cliente sobre o insucesso da causa, recebendo os honorários; 3- quebra de sigilo profissional sem justa causa para tanto; 4- abandono de causa sem justa causa ou sem o prazo de dez dias da comunicação de abandono.
Descreva as situações em que a suspensão será aplicada ao advogado? 
R: I- Infrações definidas nos incisos XVII a XXV; (XVII- prestar concurso a clientes ou a terceiros para realização de ato contrário à lei ou destinado a fraudá-la; XXV- manter conduta incompatível com a advocacia) e II- reincidência em infração disciplinar. (art. 37, EOAB).
Quando o advogado será passível de exclusão da OAB?
R: I- Aplicação, por três vezes, de suspensão; II- Infrações definidas nos incisos XXVI a XXVII do art. 34. (XXVI - fazer falsa prova de qualquer dos requisitos para inscrição na OAB; XXVII - tornar-se moralmente inidôneo para o exercício da advocacia; XXVIII - praticar crime infamante;). (art. 38, EOAB).
Na aplicação das sanções disciplinares, o que é considerado para fins de atenuação?
R: I - falta cometida na defesa de prerrogativa profissional; II - ausência de punição disciplinar anterior; III - exercício assíduo e proficiente de mandato ou cargo em qualquer órgão da OAB; IV - prestação de relevantes serviços à advocacia ou à causa pública. (art. 40, EOAB).
Como ocorre a reabilitação do advogado após sofrer qualquer sanção disciplinar?
R: O Estatuto da Advocacia prevê que a reabilitação deverá ser apreciada a pedido do interessado, quando apresentar provasde bom comportamento, após um ano do cumprimento efetivo da sanção, inclusive a pena de exclusão. O pedido é personalíssimo, ou seja, feito pelo próprio interessado.
Quais as consequências para o advogado punido com a suspensão?
R: A suspensão acarreta ao infrator a interdição do exercício profissional, em todo o território nacional, pelo prazo de trinta dias a doze meses, de acordo com os critérios de individualização.
E quais são as consequências para o advogado punido com exclusão?
R: Com a exclusão, o inscrito perderá seu número de ordem, que, mediante a reabilitação e provas disso, o inscrito receberá, quando aprovado para tal, outro número diferente do que possuía anteriormente.
A quem compete punir disciplinarmente os inscritos na OAB? 
R: Exclusivamente ao Conselho Seccional em cuja base territorial tenha ocorrido a infração, salvo se a falta for cometida perante o Conselho Federal.
Apresente um fluxograma do procedimento do processo disciplinar na OAB.
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