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Resumo de Constitucional 4º Semestre.
Direitos Fundamentais.
Limitações impostas pela soberania popular aos poderes constituído do Estado que dela defendem. Compreendem, os direitos e garantias individuais ( art.5º da CF), os direitos sociais (art.12) e os partidos políticos (art.17).
Características
Historicidade: refletem o cenário socioeconômico e cultural da sociedade em determinado momento histórico 
Universalidade : são direitos que pertencem a todos. Aplicam-se a brasileiros natos ou naturalizados e a estrangeiros. Embora o "caput" do art.5º faça menção apenas a estrangeiros residentes no pais, entende-se que também são aplicados aos estrangeiros turistas.
Cumulabilidade/ Concorrência: podem ser exercido cumulativamente ( combinados entre si)
Imprescritibilidade: são direitos que não prescrevem porque são personalíssimos
Irrenunciabilidade: pode-se não exerce-los, mas não é possível renunciar a eles 
Inalienabilidade: não são transferíveis nem negociáveis porque são indisponíveis ( não tem valor econômico.)
Limitabilidade: nenhum dos direitos fundamentais é absoluto, ilimitado. Pelo principio da convivência das liberdades públicas, algumas restrições aos direitos fundamentais são admitidas. Em face da particularidade da situação, pode haver tratamento desigual a direitos que se encontram na mesma categoria, desde que a finalidade de tal discriminação seja licita. Exemplo: estabelecimento de idade para ingresso em cargo publico de salva-vidas. Neste caso, a discriminação que, em tese, violaria a igualdade é admitida porque pela particularidade da situação a restrição é válida.
Enumeração Exemplificativa: a norma do art.5º, § 2º admite a existência de outras direitos que não expressos na Constituição. 
Ainda que IMPLICÍTOS alguns direitos são considerados FUNDAMENTAIS. Ex: principio do duplo grau de jurisdição.
Também é possível afirma-se que alguns direitos fundamentais são (ou serão) parte de nosso ordenamento jurídico mesmo sendo provenientes de TRATADOS INTERNACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS. 
COM QUE FORÇA UMA NORMA PROVENIENTE DE TRATADO INTERNACIONAL SOBRE
DIREITOS HUMANOS INGRESSA NO NOSSO ORDENAMENTO?
APÓS EC 45/04:
Se forem tratados de Direitos Humanos aprovados nos moldes do § 3º do art. 5º da CF,
adquirem ‘status’ de norma constitucional.
Se não aprovados da mesma forma exigida para aprovação das Emendas à Constituição,
ingressam no ordenamento com força de norma supralegal (não revogam a CF, mas sim as
normas infraconstitucionais).
Assim, um tratado sobre Direitos Humanos ratificado pelo Brasil anteriormente à EC 45 pode,
se submetido ao Congresso Nacional para aprovação em sessão bicameral por 2/3 dos
membros de cada Casa, adquirir força de norma constitucional. Se acaso não for, será norma
supralegal (acima das leis ordinárias, mas não tendo força de norma constitucional).
OBS. : o STF entende, ainda, que mesmo expressos, há outros direitos fundamentais esparsos
pela Lei Maior, não pertencentes ao rol do art. 5º ao 17. Ex.: princípio da anterioridade
tributária (arts. 150, III, b) e maioridade penal (art. 228, CF).
BENEFICIARIOS DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS: todos os brasileiros natos ou naturalizados e o estrangeiro residente no Brasil ou em transito. 
A pessoa jurídica pode ser beneficiada dos direitos individuais? DEPENDE: havendo compatibilidade com sua condição, podem. Ex: honra objetiva, sigilo bancário.
Conforme a evolução histórica, os direitos fundamentais foram divididos em:
DIREITOS FUNDAMENTAIS DE PRIMEIRA GERAÇÃO: 
São provenientes do jusnaturalismo e foram codificados pela primeira vez ao surgir o Estado Democrático de Direito. Referem-se á pessoa humana e politica. São os direitos constantes do art.5º ( direitos individuais) e do art.14 ( direitos politicos). Garantem a liberdade.
DIREITOS FUNDAMENTAIS DE SEGUNDA GERAÇÃO:
Surgem após a revolução industrial e são codificados pela primeira vez na Constituição de Weimar ( Alemanha) em 1919. Referem-se á pessoa social e garantem a igualdade. São os direitos sociais dos arts.6º e 7º da CF/88
OBS: Principio da reserva do possível.
Conforme o STF, a concretização dos direitos sociais, econômicos e culturais é progressiva, gradual e depende, salvo quanto ao mínimo existencial, de disponibilidade financeira e orçamentária do Estado.
DIREITOS FUNDAMENTAIS DE TERCEIRA GERAÇÃO: 
Referem-se aos direitos difusos, aos direitos dos povos que a todos se aplicam. Compõem-se do direito ao meio ambiente, do direito do consumidor, do direito á paz, ao progresso, dentro outros. Garantem a fraternidade ou solidariedade.
DIREITOS FUNDAMENTAIS DE QUARTA GERAÇÃO:
Há duas concepções para tais direitos: 
A) Noberto Bobbio: são os direitos decorrentes dos avanços da engenheira genética.
B) Paulo Bonavides: são o direito á democracia, á informação, ao pluralismo.
DIREITOS INDIVIDUAIS – ART.º DA CF
Direitos: bens da vida tutelados; são enunciados e principais; são declarações que imprimem existência legal aos direitos reconhecidos.
Garantias: são elementos constitucionais assecuratórios dos direitos; instrumentos que atuam na proteção dos direitos. 
Remédios: espécies de garantias, mas que são utilizados apenas se aquelas falharem; servem ao restabelecimento dos direitos constitucionais.
IMPORTANTES PRINCIPIOS (DIREITOS) EXPLÍCITOS NO ART.5º DA CF
Igualdade ou isonomia
Legalidade
Objeção ou escusa de consciência 
Sigilo de correspondência e comunicações
Inovabilidade de domicilio
"nemo tenetur se detegere": ninguém o obrigado a fazer a prova contra si mesmo 
IGUALDADE OU ISONOMIA- ART5º 'CAPUT'
 
 É dar tratamento igual os iguais e desigual aos desiguais, na medida de sua desigualdade e com a finalidade de reduzi-la.
Em virtude deste princípio, pode-se dar tratamento desigual para aqueles que se encontram
em situações de desigualdade. Isto, inclusive devido ao princípio da convivência das liberdades
públicas. Desta forma, está-se respeitando a isonomia.
O STF aceita como válidas certas discriminações ao princípio da igualdade. São os casos de
limite de idade em concursos públicos onde há razão para tanto (concurso para motorista,
guarda municipal, salva-vidas, etc). No entanto, não é válida a discriminação de idade em
concursos onde não há razão para tanto, como em concursos para a Magistratura, para o
Ministério Público, dentre outros.
Também é válida a determinação do foro do domicílio da mulher para propositura de ações de
separação, anulação de casamento, conversão em divórcio. Isto em virtude das discriminações
que a mulher sempre sofreu ao longo da história.
LEGALIDADE – art. 5º, inc. II
A imposição de comportamentos só pode provir de uma das espécies normativas elaboradas
conforme processo legislativo. Isto porque a lei é a manifestação da vontade da maioria do
povo.
O princípio da legalidade diferencia-se do princípio da reserva legal. Este é a cláusula que
indica que determinada matéria deverá ser tratada pela espécie normativa que vem
especificada no artigo. Exemplo: quando a constituição especifica que determinada matéria só
poderá ser tratada por lei complementar, como no caso das regras gerais em direito tributário
(art. 146, inc. III, CF)
OBJEÇÃO OU ESCUSA DE CONSCIÊNCIA - art. 5º, inc. VIII
É a invocação da crença (convicção religiosa) ou da consciência (convicção política ou
filosófica) para não cumprir obrigação constitucional a todos imposta como, por exemplo, o
serviço militar, o alistamento eleitoral, o dever de voto, o dever de servir no tribunal do júri.
A Constituição permite a invocação de crença e de consciência para que não se cumpra
obrigação a todos imposta, mas impõe uma prestação alternativa para aquele que invoca a
escusa. Quando tal prestação é determinada em lei e a pessoa, além de recusar a obrigação
constitucional, também a recusa, perde seus direitos políticos. É o caso da Lei 8.239/91 que
determina as prestações alternativas para quem apresentar escusa para o serviço militar
obrigatório.Se, além de recusar o serviço, o indivíduo recusar também uma das prestações
alternativas fixadas em lei, perderá seus direitos políticos.
No caso do serviço de jurado prestado no tribunal do júri a recusa também implicaria no
oferecimento de prestações alternativas. No entanto, neste caso, ainda não há lei que as
estabeleça. Dessa forma, a recusa ao serviço do júri não acarreta a perda dos direitos políticos.
SIGILO DE CORRESPONDENCIA E DE COMUNICAÇÃO- 5º, XII, CF
São sigilosos:
A correspondência 
As comunicações telegráficas 
As comunicações de dados 
As comunicações telefônicas
Exceção: possível a quebra das COMUNICAÇÕES TELEFÔNICAS seguidas as regras constitucionais e legais. 
Corrente 1: a exceção constitucional ( que admite a quebra) só se aplica para as comunicações telefônicas.
Corrente 2º: ( parece ser a Majoritária, é a de Moraes): não existe direito individual absoluto; logo, nos demais casos também se admite a quebra pois o sigilo não pode ser salvaguarda de praticas ilícitas. 
INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA
CONCEITO: captação e gravação de conversa telefônica, no mesmo momento em que ela se realiza, por TERCEIRA pessoa SEM O CONHECIMENTO DE QUALQUER dos interlocutores.
Poder ser quebrada:
Por ordem judicial : (juiz competente para a ação principal, em regra, embora se decretada por incompetente, conforme vem se entendendo, não se considera ilícita) 
Para fins de investigação criminal ou instrução processual penal: ( não pode ser a autorizada em processos civis, administrativos, disciplinares, extradicionais ou políticos- administrativos) 
CONTUDO: sendo realizada no criminal, poderá depois ser utilizada nesses outros processos como PROVA EMPRESTADA. 
Nas hipóteses e formas que a lei estabelecer. 
Observações:
Antes da edição da lei, o STF entendia impossível a decretação da quebra ( pois o inciso XII exigia o diploma e por ele ainda não existir, mesmo com a autorização judicial, faltavam os requisitos)
Não é necessário haver IP para se pedir a interceptação em juízo ( o IP é peça dispensável )
REQUISITOS DA LEI 9296/96
A interceptação corre em segredo de justiça
A lei também é aplicada para fluxos de comunicação telemática e de informática (cf. STF)
Devem haver indícios razoáveis de autoria ou participação na infração 
A prova não pode ser obtida por outros meios disponíveis 
Somente se o crime a ser apurado for apenado com RECLUSÃO 
CRIME ACHADO: infração penal desconhecida e que não era investigada até aquele momento, se descoberta durante a interceptação, ainda que apenada com detenção, sendo conexa com o crime que deu ensejo á quebra, sua prova poderá ser levada em consideração. 
QUEM DETERMINA: Juiz de OFICIO ou por requerimento de MP/DP 
QUEM SOLICITA: MP: na investigação ou instrução criminal
DP: só na investigação
Pedido feito: juiz tem 24h para decidir indicando a forma diligência que não poderá exceder o prazo de 15 dias 
É cabível a renovação do pedido ( interceptou uma vez, pode renovar?): Moraes: entende que sim desde que cada renovação o juiz analise detalhadamente a presença dos requisitos de razoabilidade da manutenção.
Diligencia é conduzida pelo DP que pode requisitar auxilio de serviços especializados de concessionarias, sempre com prévia ciência do MP .
O investigado não tem conhecimento prévio ( CONTRADITORIO É DIFERIDO): para não inviabilizar a interceptação.
Impossível a interceptação da comunicação telefônica de acusado e seu defensor ( sigilo profissional do advogado é garantido); salvo se ele estiver envolvido no crime. 
GRAVAÇÃO CLANDESTINA
CONCEITO: é a em que a captação da gravação da conversa PESSOAL, AMBIENTAL ou
TELEFÔNICA se dá no mesmo momento em que a conversa se realiza, e é feita por UM DOS
INTERLOCUTORES ou por TERCEIRA PESSOA com SEU CONSENTIMENTO SEM QUE HAJA
CONHECIMENTO DOS DEMAIS interlocutores.
O tratamento não é o do 5º XII, mas sim o do X (direito à intimidade).
Na gravação lícita: os indivíduos envolvidos têm pleno conhecimento da feitura das gravações;
Na gravação clandestina (sub-reptícia) pelos indivíduos (ou um deles) não ter conhecimento da gravação, a prova é ilícita.
Não vem sendo admitida como prova (prova ilícita). EXCEPCIONALMENTE: o STF reconheceu a repercussão geral da questão e excepcionalmente admitiu a gravação clandestina realizada por um dos interlocutores, estendendo essa permissão, inclusive no tocante a gravações ambientais. 
MORAES: não é muito favorável; a gravação clandestina sem autorização judicial admite manipulações ( alterações, inserções, cortes) e afronta direitos constitucionais.
Gravação CLANDESTINA COM AUTORIZAÇÃO JUDICIAL: excepcionalmente, mesmo ausente lei especifica sobre o caso, observando-se a razoabilidade, é admitida como prova.
 
INVIOLABILIDADE DE DADOS: SIGILIOS BANCÁRIO E FISCAL 
Informações fiscais e bancarias constantes nas instituições financeiras, na Receita Federal ou em organismos congêneres do Poder Publico: constituem parte da VIDA PRIVADA DA PESSOA FISICA OU JURIDICA. 
Quem pode determinar a quebra de SIGILO BANCÁRIO E FISCAL:
JUIZ DE DIREITO: ordem judicial fundamentada;
Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI);
Ministério Público, quando se tratar de envolvimento de dinheiro ou verbas públicas, resguardando o sigilo necessário e para instruir procedimentos administrativos no âmbito de suas atribuições. (é a posição majoritária do STF – no STJ há decisão que não dá essa legitimidade do MP)
*BACEN OU TRIBUNAL DE CONTAS NÃO TÊM legitimidade para pedir quebra de sigilo fiscal e bancário (conforme STF)
CARACTERÍSTICAS BÁSICAS PARA A QUEBRA DOS SIGILOS BANCÁRIOS E FISCAL:
Indispensabilidade dos dados constantes de determinada instituição financeira (caráter absolutamente EXCEPCIONAL);
Individualização do investigado e do objeto da investigação;
Obrigatoriedade de manutenção de sigilo em relação a estranhos ao procedimentos investigatórios;
Observação dos legitimados ativos;
Impossibilidade de compartilhamento com a Receita Federal de informações obtidas por meio de quebra de sigilo bancário/fiscal do investigado.
Não há necessidade de contraditório (oitiva do investigado)
Se a competência é do tribunal(competência originária) não é dado a um Juiz de 1ª instância decretar a quebra
NOVO ENTENDIMENTO DO STF: MS ou HABEAS CORPUS, quando houver a possibilidade da quebra de sigilo fiscal ou bancário resultar em constrangimento à liberdade do investigado, são ações constitucionais adequadas para resguardar direito líquido e certo.
STF: coloca o sigilo bancário e fiscal como direito individual e cláusula pétrea impedindo EC tendente a aboli-lo ou modifica-lo estruturalmente.
* INVIOLABILIDADE DE DOMICÍLIO – ART. 5º, XI 
O conceito de domicílio é o do art. 150 do Código Penal e que abrange residências, locais de trabalho, dependências físicas da casa – quintal, garagem – e quartos de hotel. 
O domicílio, em regra, é inviolável. Mas como todo direito fundamental não é absoluto, exceções são admitidas. 
Durante o dia, a violação ao domicílio abrange: a necessidade de se prestar socorro, os casos de flagrante delito ou de desastre e o cumprimento de ordem judicial (mandado). 
No período noturno, apenas admite-se a violação para prestar socorro, nos casos de desastre e de flagrante delito. Mandado não pode ser cumprido à noite (a não ser que o próprio morador autorize). 
O critério utilizado para que se caracterize período noturno é o critério físico-astronômico, ou seja, é noite quando não mais houver presença de luz. 
*NEMO TENETUR SE DETEGERE – NINGUÉM É OBRIGADO A FAZER PROVA CONTRA SI MESMO ART. 5º, LXIII
Direito que impede que determinada pessoa seja compelida a realizar prova que possa vir a incriminá-la. Embora o inciso faça menção ao preso, o STF estende a validade da norma a qualquer pessoa (presa ou solta.)
DIREITOS POLITICOS.
Cidadania (conceito).
Aptidão para exercer direitos políticos: direito de votar, de ser votado, de impetrar ação popular, deser signatário de projeto de iniciativa popular de lei. Enfim, é pressuposto para exercer certos instrumentos jurídicos de participação ativa da gestão do Estado.
Os direitos políticos podem ser POSITIVOS ou NEGATIVOS.
Positivos:
	
	
 Direito de sufrágio ( CEA+ CEP) 
 CEA abrange Referendo
 Plebiscito
 Voto
 Iniciativa popular de lei
 Ação de impugnação de mandato 
 Ação Popular
 Possiblidade de organizar e participar de partidos políticos
NEGATIVOS 
 Inelegibilidades
 
 Privação dos direitos políticos: suspensão e perda dos direitos políticos 
DIREITOS POLITICOS POSITIVOS 
DIREITO DE SUFRÁGIO
CAPACIDADE ELEITORAL ATIVA
Abrange:
Plebiscito
Consulta popular ANTERIOR a projeto de LEI ou de MEDIDA ADMINISTRATIVA
Somente se o povo autorizar, o parlamento poderá legislar 
Referendo 
Consulta popular POSTERIOR a projeto de lei ou ato administrativo já elaborado
Deve ser convocado em 30 dias da promulgação da lei ou adoção de medida administrativa
Tem de ser sobre matéria de acentuada relevância e de natureza constitucional, legislativo ou administrativa
Somente se o povo autorizar, o parlamento poderá legislar sobre a matéria 
Há quem não diferencia o VOTO do sufrágio ( minoritária )
Há diferença entre VOTO e SUFRÁGIO 
SUFRÁGIO: é o direito politico subjetivo que expressa o exercício da soberania popular ao permitir aos brasileiros que preencham os requisitos legais, de escolherem seus representantes no Poder Legislativo e Executivo e de serem votados.
Direito de exercer a capacidade eleitoral ativa e a capacidade eleitoral passiva.
VOTO: é o instrumento através do qual exerce o direito de sufrágio. É o ato de realização do direito de sufrágio. 
CLASSIFICAÇÃO DE SUFRÁGIO
Sufrágio em sentido irrestrito ( universal): é oque não admite restrições de ordem econômica, cultural em relação aos eleitores; mas não significa que o direito de sufrágio deva ser exercido por todas as pessoas. (ex: no Brasil, os conscritos, estrangeiros e menores de 16 anos não têm direito de sufrágio)
Sufrágio em sentido restrito: é oque admite limitações e determinados tipos de situações. 
EX: sufrágio capacitário: só votam os que tenham certo grau de instrução
Sufrágio censitário: só votam os que tem fortuna 
VALOR DO VOTO 
“ One man, one vote”; o voto é igual para todos; o voto de todos tem o mesmo valor. Não há diferença de valores entre votos de eleitores de certas castas sociais ou econômicas.
Exemplos de votos em que havia diferença de valores:
Voto múltiplo: eleitor vota mais de uma vez só que em mais de uma circunscrição eleitoral;
Voto plural: eleitor vota mais de uma vez só que na mesma circunscrição eleitoral;
Voto familiar: eleitor pai de família tem direito a um determinado numero de votos que correspondiam ao numero de membros da família. 
CARACTERISTICAS DO VOTO
Direto: democracia semidireta. O povo escolhe através do voto seus representantes. Exceção: vacância dos cargos de PR e Vice nos 2 últimos anos do mandato, quando o CN, por ELEIÇÃO indireta ( E NÃO VOTO INDIRETO) , elege os novos ocupantes dos cargos, 30 dias após vacância destes ( art.81, ,§ 1º, CF).
Secreto: deve-se garantir, o sigilo do voto para se evitar fraudes e garantir a liberdade de escolha dos eleitores. O eleitor não pode ser devassado em sua preferência democrática.
Universal: não são admitidas diferenciações quanto ao valor do voto- todos têm o mesmo valor. 
Periódico: os mandatos não são perpétuos ou vitalícios; a democracia exige periodicidade dos mandatos, alternando-se os representantes conforme escolha do povo.
Obrigatório: a presença no dia da eleição faz-se obrigatória para os maiores de 18 anos e menores de 70 anos, alfabetizados. Esta é a única característica do voto que NÃO é clausula pétrea.
Livre: o eleitor não pode sofrer embaraços no exercício do seu direito ( havendo embaraços: 279 do CE)
Pessoal: deve ser o eleitor quem exercita seu direito; não se admite voto por procuração, por e-mail, etc.
OQUE É VOTO INDIRETO?
É aquele no qual o eleitor vota em outro eleitor que, ao final, fica incumbido do voto final.
No brasil: ocorreu em 81 e nas eleições de Vargas e Deodoro.
PRA QUEM O VOTO É OBRIGATORIO?
Para os maiores de 18 anos e menores de 70 alfabetizados
 QUEM ESTÁ DISPENSADO DE VOTAR?
O enfermo
O que está ausente de sua zona eleitoral
O servidor publico em serviço
OBS: maiores de 70 anos nem precisam justificar sua ausência
 QUEM ESTÁ PROIBIDO DE VOTAR?
Estrangeiro: não pode nem se alistar
Preso: cuja sentença condenatória transitou em julgado
E presos provisórios? Em tese poderia votar. Contudo, devido as dificuldades de se obter o voto de quem está com a liberdade restrita ( não há mesa receptora dos votos deles nem podem comparecer a seção eleitoral) não votam.
Conscritos: durante o período de serviço militar obrigatório.
 INDIO VOTA?
Sim, desde que tenha possiblidade de exprimir-se em língua nacional e seja habilitado pela FUNAI
 
 SURDO- MUDO VOTA?
Sim, se tiver educação adequada, conseguindo se expressar, é plenamente capaz. 
INELEGIBILIDADES 
Conceito: são vedações constitucionais ou legais, ao exercício de direito políticos passivos ( ser candidato) 
É a negação do direito de ser representativo do povo no poder
É obstáculo imposto pela CF ou por LC ao exercício da cidadania passiva de certas pessoas em virtude de sua condição ou por causa de certas circunstancias.
PODEMOS TER:
Inelegibilidade absoluta: não disputa qualquer cargo; são as dos inalistáveis e dos analfabetos.
OBS: n.LC 64/90 tambem existem proibições para que algumas pessoas concorram a quaisquer cargos.
Quem não pode votar, não pode ser votado.
Inalistáveis: menores de 16 anos, estrangeiros ( com exceção dos portugueses), conscritos.
Analfabetos: ( qual seria inelegível: o analfabeto total ou o funcional?) pela interpretação mais favorável, é o analfabeto total. O funcional pode se candidatar ( pois não podemos restringir o direito de 30% da população) 
Prova de alfabetização: qualquer certidão de conclusão do ensino básico ou texto de próprio punho demonstrando domínio da língua. 
Súmula 15 do TSE: o exercício de cargo eletivo não é circunstância suficiente para considerar o candidato alfabetizado.
 
	INELEGIBILIDADE RELATIVA: não disputa algum cargo em especial;
Inelegibilidade não está relacionada apenas à prática de algum ato ilícito. Podem se referir a outros fatores:
Obs.: também na LC64/90 há casos específicos de inelegibilidade para certos cargos (ver incisos II a VII do art. 1º da referida lei)
Inalistáveis (se não podem votar, não podem se candidatar).
Analfabetos
Inelegibilidade funcional (não poder se reeleger novamente e também ter de se desincompatibilizar para se eleger para certo cargo).
Inelegibilidade reflexa (por parentesco ou vida conjugal).
As inelegibilidades estão na CF – INELEGIBILIDADES CONSTITUCIONAIS (casos acima) ou na Lei complementar 64/90(alterada pela Lei dos Ficha Limpa – LC 135/10) – INELEGIBILIDADES LEGAIS – ART. 14, § 9º CF permite que outras inelegibilidades estejam em lei.

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