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Síntese: Introdução à história da filosofia (Marilena Chauí) Relações Internacionais UFU (1º período) Ciências Práticas > Ciências Produtivas. CIÊNCIAS PRÁTICAS: É a relação do homem com ele mesmo. Ex: Política e ética. CIÊNCIAS PRODUTIVAS: Tudo aquilo que é relacionado à natureza. É a relação que o homem possui com um objeto para produzir outro objeto. Ex: Economia e arte. Política > Ética, pois é ela que a orienta. POLÍTICA: ciência cujo fim é “o bem propriamente humano”, ou seja, o bem comum. Virtudes: amizade, prudência, justiça, clemência, liberdade. “Por que Aristóteles considera a política uma ciência prática arquitetônica?” Porque ela é a ciência que estrutura as ações e as produções humanas. Princípios da vida e da prática política para Aristóteles: O homem é um animal político por natureza (é de sua natureza buscar a vida em comunidade). Hierarquia das formas comunitárias: família > aldeia > comunidade política. A comunidade política é o fim das outras comunidades, sendo ela lógica e ontologicamente anterior a elas. É a maior das comunidades. A comunidade política (pólis; a Cidade; o Estado) ≠ família e aldeia pelo tipo de poder ou autoridade prória de cada uma delas. A política não é uma continuidade da família e da reunião de famílias. “Qual a diferença entre a FAMÍLIA e a CIDADE?” Na família, a autoridade é exercida pelo chefe da família ou pai segundo sua vontade pessoal e arbitrária; sua autoridade é privada. Na pólis, pelo contrário, a autoridade é pública realizada por meio de instituições públicas aceitas por todos os cidadãos; a vontade do governante não é superior às leis, mas exprime-se por via delas. Quando um regime político se torna tirânico (governante atende aos seus próprios interesses pessoais e privados) a política desaparece. As Cidades ou Estados se distinguem pelo tipo de Constituição, isto é, pelo tipo de autoridade e de governo. Monarquia – governo de um só; aristocracia – governo de alguns, baseado na excelência ou virtude; república – governo de todos, baseado na liberdade e igualdade. Cada Constituição alcança o fim da vida política, ou seja, a vida justa e o bem comum. O Estado está submetido ao perecimento e à corrupção. Logo, cada regime político tem sua forma contrária: tirania *governo de um só*(para monarquia); oligarquia *governo dos ricos* (para aristocracia); democracia *governo dos pobres*(para república). A vida ética (o bem viver) só se realiza plenamente na Cidade, pois ali cabe as virtudes individuais e coletivas. O Estado nasce da ação deliberada e voluntária dos homens, por isso a política não é uma ciência natural teorética, mas sim prática. “Quem são os CIDADÃOS?” Homens adultos livres nascidos no território do Estado. Excluídos: mulheres, crianças, idosos, estrangeiros e escravos. A Natureza faz alguns homens fisicamente robustos, predispostos para o trabalho braçal e com pequena capacidade intelectual e moral (ESCRAVOS POR NATUREZA), e outros menos robustos, mais aptos para os estudos, para o comando, para a vida política (LIVRES POR NATUREZA). Há escravos por conquista, mas isto é visto por Aristóteles como injusto. “O que é um escravo?” Aristóteles: É um instrumento dotado de voz; um humano cuja alma não vai além da imaginação, sendo incapaz do uso pleno da razão; deve ser dirigido e comandado. Condições para a escravatura, de acordo com Aristóteles: Nem todo filho de um escravo natural será escravo natural. A escravatura por conquista não é natural e não é justa. O senhor deve reconhecer que o escravo possui uma alma. Deve ser dado ao escravo a esperança de emancipação. Ser cidadão é participar diretamente do governo e votar diretamente nos assuntos públicos em deliberação. Um Estado assume sua forma a partir do número de cidadãos e pela excelência específica que é valorizada nos governantes. JUSTIÇA: É a igualdade entre os iguais e a desigualdade entre os desiguais. Busca igualar os desiguais, criando os iguais. Justiça distributiva – modo como a Cidade faz a partilha dos bens entre os cidadãos (riquezas, honrarias, cargos, fama, glória. Deve-se dar a cada um uma quantidade de acordo com suas necessidades. Ela deve IMPEDIR o crescimento das desigualdades. Justiça fundante – define a regra da proporcionalidade entre os cidadãos, corrigindo os erros da justiça distributiva e das relações entre cidadãos. É a aplicação das regras definidas pela justiça distributiva. O poder é indivisível e todos os cidadãos (governantes) possuem o mesmo. Justiça política – cidadãos / Justiça distributiva e comutativa – não-cidadãos. Condições para a Cidade justa: -Todos os cidadãos possuem mesmo poder -Pratica a justiça distributiva e comutativa ESTADO IDEAL: População não pode ser muito numerosa, território vasto, funções de classes sociais totalmente preenchidas. O ideal seria um regime misto entre REPÚBLICA (liberdade e igualdade/conhecimento pelos cidadãos) e ARISTOCRACIA (virtudes e excelências dos governantes/dedicação aos assuntos políticos).
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