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DO SOCIALISMO UTÓPICO AO CIENTÍFICO

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS
DISCIPLINA DE EVOLUÇÃO DAS IDEIAS SOCIAIS
DOCENTE: LUCIANA RAILZA
“DO SOCIALISMO UTÓPICO AO SOCIALISMO CIENTÍFICO”
FRIEDRICH ENGELS
São Luís – MA
2017
JOSÉ DIVAL FERREIRA ARAGÃO 2017045164
ELISEU LOPES DOS SANTOS 2017065784
ESTER FERREIRA DE SOUZA 2017045084
ISMAEL DE ALMEIDA CARDOSO 2017061730
LEILANE RAQUEL SILVA NUNES 2017061758
MARINA DOS SANTOS ARAUJO 2017056373
THIAGO FERREIRA NUNES 2017056391
WALDNEY LEMOS RIBEIRO DA SILVA 2017061800
ZENEIDE PEREIRA CORDEIRO 2017052712
DO SOCIALISMO UTÓPICO AO SOCIALISMO CIENTÍFICO
Trabalho apresentado à disciplina de Evolução das Ideais Sociais, ministrado pela professora Ma. Luciana Railza, para a obtenção de 2º nota. 
São Luís – MA 
2017
INTRODUÇÃO
O socialismo utópico – como é conhecido a primeira fase do socialismo – desenvolvido no período entre guerras, por volta do meio do século XIX, e teve como principais desenvolvedores os Conde de Saint-Simon, François-Charles Fourier e Robert Owen, sendo o último o mais proeminente dos pensadores. 
Com a expansão das indústrias e a consolidação do sistema capitalista houve a ascensão da burguesia da época. A partir disso, os pensadores da época começaram a discutir e problematizar a desigualdade latente entre burgueses e proletariado – divisão recém criada, tentando entender a desigualdade e a miséria que se faziam presentes. O pensamento socialista utópico está diretamente ligado ao pensamento iluminista, pois assim como este, propagava que, somente através da razão seria alcançado a felicidade; o homem estava livre de dogmas religiosos, não havia mais a necessidade do intermédio da igreja para explicar os porquês, pois a ciência já o fazia de modo que se pudesse comprovar.
Para Engles, os socialistas utópicos criaram modelos ideais que não poderia ser seguido. Por exemplo: Saint-Saimon tinha como o ideal a empresa livre, onde, os burgueses, embora continuavam a obter lucro, deveriam assumir também responsabilidades sociais oferecendo aos seus empregados, uma melhor condição de trabalho. Charles Fourier, acreditava que a criação de associações se melhoraria a vida dos proletariados; defendia também a libertação sexual e feminina. Por último, Robert Owen, que, por ser proprietário de uma grande fábrica têxtil, saiu somente do campo das ideias, em sua empresa, ele: reduziu a carga horária para dez horas diárias e aumentou o salário de seus funcionários; além disso. Owen também construiu escolas para os filhos dos operários e construiu casas para o proletariado. 
Todavia, o socialismo utópico foi a primeira forma de contestação ao individualismo e ao capitalismo em sua forma selvagem.
O socialismo científico, também conhecido como marxismo, foi desenvolvido por Engles e Marx, e possuía como principais áreas de pesquisa, o materialismo histórico (onde a acumulação de material é utilizado para exemplificar o histórico social), materialismo dialético (relação entre material e dialética, que também se associa com o psicossocial), mais-valia (diferença entre o lucro que o proletário produz e aquilo que ele recebe como salário), a luta de casses (definido como a separação entre burgueses e proletários).
O socialismo cientifico idealiza que o trabalhador deve despertar de sua condição de alienado – trabalhador sem vontade própria que segue somente ao que lhe é determinado sem questionar a nada nem a ninguém – e de explorado. A teoria almeja a superação do sistema de capital e a criação de um sistema de uma só classe, de um sistema igualitário, o que só seria possível somente através de uma revolução socialista, o que se iniciaria através da revolução do proletariado e por fim, levaria ao comunismo. 
DO SOCIALISMO UTÓPICO AO SOCIALISMO CIENTÍFICO
A obra D’O socialismo utópico ao socialismo científico trata sobre as importantes contribuições da corrente de socialistas utópicos, assim como as conjunturas sociais que foram desencadeadas devido às influências dessa corrente. Engels faz uma diferenciação de cunho filosófico que vai determinar todas as conclusões posteriores, diz ele “o socialismo moderno (científico) é, em primeiro lugar, fruto do reflexo na inteligência…”. E de que reflexo está tratando Engels? É o reflexo da matéria na inteligência humana, no “ser”. Para Engels a matéria é anterior ao ser. Nós somos reflexos da matéria e com ela nos relacionamos transformando, numa relação dialética, a nós mesmos como ser e a própria matéria.
Dentro do estudo desenvolvido no Socialismo Científico, três nomes principais são listados: Charles Fourier, Saint Simon e Robert Owen.
Charles Fourier: Fourier (1772 – 1837) socialista francês famoso pelo projeto dos falanstérios, colônias regidas por regras libertárias, que foram inclusive aplicadas no Brasil, no século XIX, resultando em completo fracasso. Segundo o autor, a história da humanidade se divide em quatro etapas (ou quatro fases, mais ou menos como Comte explicava): o selvagismo, a barbárie, o patriarcado e a civilização. Esta última, obviamente, correspondia à época burguesa desde o século XVI. Para Fourier, a civilização se move como num círculo vicioso, sempre sem sair de seu lugar, sem conseguir superar suas contradições, por isso consegue afirmar que “na civilização, a pobreza brota da própria abundância”. Ele também foi um dos primeiros a se atentar à exploração das mulheres pelos homens, e considerava que a medida para o grau de desenvolvimento de uma sociedade é a liberdade da mulher. Foi um mestre da dialética, mas não conseguia entender que um bom projeto de sociedade não era o suficiente para analisar a realidade e propor mudanças reais.
Saint Simon: Saint Simon (1760 – 1825) foi um economista e filósofo francês. Suas boas ideias incluem a noção de que a política é a ciência da produção, segundo Engels, predizendo a redução da esfera política ao modo de produção, Se aqui não faz senão aparecer em germe a ideia de que a situação econômica é a base das instituições políticas, proclama já claramente a transformação do governo político sobre os homens numa administração das coisas e na direção dos processos da produção, que não é senão a ideia da “abolição do Estado”, que tanto alarde levanta ultimamente. Saint Simon também revisou toda a Revolução Francesa e enxergou nela uma expressão da luta de classes entre o proletariado nascente, a burguesia e a nobreza. Mas ele imaginava que para sair da crise que a sociedade francesa estava no início do século XIX era necessário atuação dos atores sociais amparada na ciência e na indústria. Qual o problema? A ciência era encabeçada pelos acadêmicos liberais da economia e a indústria, a burguesia ativa, os fabricantes, banqueiros e comerciantes.
Robert Owen: Robert Owen (1771 – 1858) era galês, foi gerente e sócio de uma indústria de algodão em New Lanark, na Escócia. Dentre suas façanhas está a criação dos jardins de infância, cooperativas de consumo e a redução da jornada de trabalho dos empregados de sua fábrica para 10 horas e meia (sendo que o normal para a época era de 13 a 14 horas diárias). Owen transformou a vila de New Lanark num colônia modelo, mas pretendia ir além. Ele sabia que o produto do trabalho dos operários deveria ser deles próprios. Este foi o ponto de inflexão em sua vida: deixou de receber o apoio da burguesia – que o considerava um filantropo – e passou a receber hostilidade. Suas colônias na América também fracassaram e ele teve que reduzir sua luta à institucionalidade quando voltou ao Reino Unido.
Para os pensadores utópicos era possível e necessário construir um modelo de sociedade racional, que parte apenas da razão humana, visto que a sociedade é defeituosa e de que dela não podemos depreender nada. Para Engels esta forma de pensar não levaria a lugar algum, pois, não é a realidade que deve ser encaixada nos modelos pré-concebidos pela mente humana, mas, é o pensamentoque deve se adaptar à realidade e desta realidade fazer surgir uma nova sociedade. Trocando em miúdos, não se pode partir de questões morais para resolver contradições materiais, é na estrutura econômica que encontraremos “propriedades que explicam, em última análise, toda a superestrutura integrada pelas instituições jurídicas e políticas, filosófica, etc…”
Por tanto, era necessário investigar a estrutura econômica de uma sociedade para compreender a divisão social do trabalho e a superestrutura ou a maneira sob a qual se organiza um determinado Estado, com suas leis e instituições reguladoras.
Os socialistas utópicos não percebem o verdadeiro papel da burguesia, e com ela, ou a partir dela, tentam construir um modelo de sociedade economicamente igualitário. Mas, o autor faz justiça aos utópicos ressaltando que muitos elementos do modo de produção capitalista ainda não estavam dados naquele atual estágio de desenvolvimento e, por tanto, o papel da burguesia como classe dominante e antagônica ao proletariado não se apresentava em toda sua forma. A burguesia de que falam os pensadores utópicos franceses é, na verdade, uma classe média nascente nas cidades e que tinham, de fato, uma pauta semelhante em alguns aspectos com o futuro proletariado que também nascia nas cidades. Esta pauta era primordialmente a liberdade de fazer comércio e de concorrer “livremente”.
Na passagem do feudalismo para o capitalismo a indústria manufatureira absorveu os artesãos, que deixaram de ser proprietários dos seus meios de produção e passaram a trabalhar para o burguês. Essa é primeira etapa da divisão social do trabalho do modo de produção capitalista, alienando o artesão do seu meio de produção. A segunda alienação é a alienação do próprio produto do trabalho que iniciaria na Inglaterra com a revolução industrial. Se antes o trabalhador não detinha mais o meio de produção, ao menos detinha o que produzia e com isso negociava a melhor forma de vender seu produto para o burguês, agora, com o advento das máquinas a vapor, o trabalhador foi alienado do produto do seu trabalho, lhes restando apenas sua força de trabalho para ser vendida ao capitalista.
O que não percebiam, e nem tinham condições de perceber, é que ao se aliarem a burguesia revolucionária nas casas e indústrias manufatureiras, os pequenos artesãos estavam sendo alienados do produto do seu trabalho, e esta alienação é que permitirá uma nova divisão social do trabalho, consolidando o poder da burguesia no novo modo de produção.
É desta força de trabalho que o capitalista retirará a mais-valia, que é a parte do trabalho em que o trabalhador não o faz para si, mas, para o capitalista. Esta mais-valia, fruto da alienação do trabalho humano, é o centro da dominação capitalista e, por tanto, o centro da crítica de Engels aos socialistas utópicos. Para Engels não é possível libertar o proletariado, como queriam os socialistas utópicos, sem substituir o modo de produção capitalista, pois, não existe burguesia e capitalismo sem mais-valia, e não existe libertação do proletariado sem o fim da mais-valia e do modo de produção capitalista.
Em contraposição aos socialistas utópicos surge o socialismo científico, que tem toda sua base teórica e metodológica na luta de classes, ou seja, no materialismo dialético, partindo do pressuposto de que a mudança social é oriunda da compreensão e atuação dos indivíduos no processo de reconhecimento de classe e na compreensão de sua atuação dentro da esfera social para ser capaz de concretizar a derrocada da burguesia. Diante das concepções utópicas, Engels faz sua crítica considerando que a sociedade por muito tempo as ouviu e venerou como sendo algo de extremo prestígio, pois nesse socialismo se encontra a “verdade absoluta, da razão e da justiça […] e, como verdade absoluta, não está sujeita a condições de espaço e tempo nem ao desenvolvimento histórico da humanidade, só o acaso pode decidir quando e onde essa descoberta se revelará”[…]

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