Buscar

A HISTÓRIA E A EVOLUÇÕA DOS MÉTODOS DE CONTRACEPÇÃOAO LONGO DOS ANOS

Prévia do material em texto

A HISTÓRIA E A EVOLUÇÕA DOS MÉTODOS DE CONTRACEPÇÃOAO LONGO DOS ANOS
A anticoncepção tem uma história milenar. Hipócrates já sabia que a semente da cenoura selvagem era capaz de prevenir a gravidez. No mesmo período, Aristóteles mencionou a utilização da Mentha Pulegium como anticoncepcional, no ano 421 A.C. O uso de anticoncepcionais feitos de plantas naturais parece ter sido tão difundido na região do Mediterrâneo, que no século II A.C., Políbio escreveu que as "famílias gregas estavam limitando-se a ter apenas um ou dois filhos.” Os antigos egípcios também utilizavam tampões vaginais ou tampas feitas de excremento de crocodilo, linho e folhas comprimidas.
A anticoncepção masculina também era praticada na antiguidade. No século I A.C. Dioscórides afirmou que tomar extratos de uma planta considerada variação da madressilva (Lonicera periclymenum) durante 36 dias, podia causar a esterilidade masculina.Assim que foi estabelecida a relação do sêmen com a gravidez. O método anticoncepcional masculino mais conhecido era o coito interrompido, método citado na Gênesis relacionando Onân, que provocou a ira de Deus ao derramar suas sementes no chão.
No quarto século antes de Cristo, Aristóteles fez a primeira menção à contracepção, ao recomendar que as mulheres “untassem a parte do ventre em que a semente cai” com azeite de oliva, para prevenir a gravidez. Outras dicas dadas pelo filósofo para evitar a gravidez incluíam óleo de cedro, uma pomada de chumbo ou até mesmo óleos de incenso. Ele afirmava que, se o colo do útero estivesse escorregadio, a concepção seria dificultada. Os gregos da antiguidade também tentavam prevenir a concepção ao deixar a mulher de cócoras e apertando o abdômen, na tentativa de remover o sêmen da vagina. Já na Europa do século XVI, surgiram os primeiros cintos de castidade. Eles foram criados para manter a mulher sexualmente “pura”, já que o objeto impedia completamente a atividade sexual – portanto, evitando a gravidez. Os cintos tinham pequenos orifícios para a urina e as fezes, e geralmente eram feitos em apenas um tamanho, então as mulheres maiores tinham que suportar a pressão do metal. Os cintos de castidade também foram utilizados até a década de 30 para evitar que as mulheres se masturbassem.
 As camisinhas
As primeiras camisinhas foram usadas no século XVII para evitar a transmissão de sífilis. Embora estes sejam os primeiros registros confiáveis, existem relatos que os egípcios utilizavam membranas animais como uma espécie de proto-camisinha. O famoso mulherengo Giacomo Casanova foi um dos primeiros a utilizar a novidade como uma forma de prevenir a gravidez. Na época, as camisinhas eram feitas das vísceras de animais.A biografia de Casanova também explica que ele tentou utilizar a casca de uma metade de um limão como uma forma primitiva de diafragma. Em 1844, o inventor estadunidense Charles Goodyear patenteou a vulcanização da borracha, que permitiu a produção em massa das camisinhas. O processo da vulcanização impedia que a borracha se tornasse grudenta com o uso. Atualmente, a maior parte das camisinhas são produzidas a partir do látex.
As pilulas
As primeiras formulações da pílula contraceptivas foram aprovadas pelo órgão de saúde dos Estados Unidos, o FDA, em 1957, mas na época eram apenas utilizadas contra problemas menstruais e infertilidade. Em 1962, o fabricante as pílulas pediu a liberação para que as pílulas fossem usadas como forma de prevenir a gravidez indesejada. Em 1964, a pílula já era a forma mais popular de controle de natalidade nos Estados Unidos. Em 1976 o FDA aprovou a comercialização dos DIUs, e em 1992 foi colocado no mercado o primeiro hormônio injetável para prevenir a gravidez. As primeiras camisinhas femininas foram colocadas à venda em meados dos anos 90 na Europa, e vêm ficando cada vez mais baratas e confortáveis, mas ainda são uma forma menos popular de método anticoncepcional.
Atualmente, várias inovações estão sendo feitas na área dos contraceptivos. Mulheres já podem usar adesivos que liberam doses diárias de hormônios e anéis vaginais que seguem o mesmo princípio. Injeções mensais de hormônio também são opções fáceis para as mulheres, assim como DIUs que funcionam por quase cinco anos. Uma empresa farmacêutica já até criou uma pílula anticoncepcional que faz com que as mulheres só tenham quatro menstruações anuais.
Outra criação mais recente para as mulheres que evitam ter filhos são as pílulas do dia seguinte, que devem ser tomadas até 72 horas após a relação sexual para prevenir uma gravidez indesejada. Este método libera uma grande quantidade de hormônios de uma vez, por isso só deve ser tomado em casos emergenciais, como quando a camisinha estoura, por exemplo. Apesar de todos os métodos alternativos e cada vez mais fáceis e confortáveis, especialistas lembram que apenas a camisinha (feminina ou masculina) impede a transmissão de doenças sexualmente transmissíveis.

Continue navegando