Buscar

Resumos dos romances de Jorge Amado fonte maior

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Capitães de Areia (1937)
O livro começa com uma série de cartas escritas à redação do Jornal da Tarde, onde há várias histórias sobre os capitães da areia e do reformatório da cidade.
O Trapiche - Este capítulo conta como Pedro Bala se tornou o chefe dos capitães da areia, descrevendo o lugar onde o grupo se esconde da polícia e das pessoas que tentam levá-los à polícia.
Descreve também um pouco das condições de vida dos garotos, que por sinal é muito ruim, uma vez que passam fome e não tem roupas, apenas farrapos, sujos e rasgados.
Noite dos capitães da areia - Neste capítulo ocorre a descrição de alguns personagens, e também é descrita uma espécie de plano do grupo para um novo roubo.
Ponto das Pitangueiras - Alguns integrantes do grupo se encontram com um homem que lhes solicita um trabalho, onde os garotos devem entrar numa casa e trocar um embrulho que já está na casa com o que esse homem entrega aos meninos. No final o objetivo dos meninos é alcançado, eles conseguem trocar os embrulhos e recebem pelo serviço.
As luzes do carrossel - Um homem chega a cidade com um velho carrossel, já desbotado pelo tempo, mais que chama muita atenção das crianças e de todos que passam por ele.
Volta-seca e sem-pernas são convidados pelo homem para trabalhar com ele, colocando o carrossel para funcionar, enquanto um colocava a música o outro ligava o motor, e quando quisessem podiam trocar de lugar.
Os dois garotos conseguem com que todo o bando vá andar um pouco no carrossel, sem precisar pagar nada, apenas a gasolina do motor.
Docas - Boa-vida e Pedro Bala vão até as docas, onde tem seu amigo João de Adão, ficam conversando, e João de Adão começa a falar do pai de Pedro Bala, que ele nem chegou a conhecer, nem se lembrava há quanto tempo estava no grupo dos capitães da areia.
Pedro Bala acaba descobrindo que seu pai trabalhou nas docas, foi um homem respeitado e que lutava pelos direitos de todos que ali trabalhavam, organizando greves para reivindicar melhores condições de vida aos trabalhadores.
Após a conversa Pedro Bala vê em seu pai um herói, em que ele quer se inspirar e se tornar como ele, defender as pessoas e lutar pelos direitos delas.
Aventura de Ogum - Nesse capítulo, a mãe de santo Don’Aninha pede aos garotos que resgatem a imagem de seu santo, Ogum que havia sido levado pelos guardas para a delegacia.
Pedro Bala pensa em um plano e combina com os outros garotos. Disfarçado de menino abandonado pelo pai, tenta passar a noite na delegacia, mais o guarda não deixa e ele tenta roubar uma carteira na frente de um guarda para ser preso, o plano da certo e ele consegue entrar na delegacia, sendo solto na manhã seguinte e levando o santo escondido.
Deus sorri como um negrinho - Esse capitulo conta a história de mais um dos meninos do grupo, Pirulito que sonha em ser padre, e que tem em sua mente o que o padre José Pedro diz, que eles roubam por necessidade, por não ter quem interfira por eles para dar comida e abrigo. Com isso Pirulito rouba apenas para o sustento e faz orações todos os dias antes de dormir, também conversa muito com o padre José Pedro.
Família - Sem-Pernas finge ser um bom menino abandonado para entrar na casa de dona Ester, onde é acolhido e recebe amor e carinho. Inventa um nome qualquer que por acaso era o nome do filho de dona Ester que havia morrido, e ela via em Sem-Pernas o seu filho morto, por isso lhe dava todo o amor e carinho sem nem imaginar que o menino estava lá para localizar os objetos de valor para que os outros garotos do bando fosse roubá-los. Mas o carinho que dona Ester dava a Sem-pernas fazia ele sentir remorso, mais mesmo assim fez o que estava combinado, localizou os objetos e o bando entrou na casa e levou tudo o que podiam.
Manhã como um quadro - Participam desse capitulo Pedro Bala e Professor. Professor é o único do grupo que sabe ler, além de desenhar muito bem, o que faz de vez em quando para ganhar uns trocados. Os dois andam pelas ruas Bahia, param num ponto e Professor começa fazer desenhos das pessoas que passam pela rua para ganhar dinheiro para o almoço, até que um homem vê seus desenhos e lhe dá um cartão, dizendo que ele tem o dom de desenhar, que ele pode ganhar muito dinheiro com isso.
Após o homem ir embora Professor rasga o cartão e joga fora, dizendo a Pedro Bala que sabe que nenhum deles vai conseguir fazer algo para mudar seu futuro.
Alastrim - Uma grave doença se alastrava pela Bahia, atingindo somente os pobres, pois os ricos haviam tomado a vacina contra a doença. As pessoas que eram encontradas com a doença eram levadas para o lazareto, onde muitos acabavam morrendo. No grupo dos capitães da areia o primeiro a pegar a doença foi Almiro.
As pessoas também eram obrigadas a entregar os parentes afetados, caso não fizesse eram presas.
Destino- Pedro Bala e uns poucos meninos do grupo vão para um bar, onde são desrespeitados, Gato diz que dessa vez vão consumir, para conseguirem o respeito, mais o que leva as pessoas a os respeitarem é o fato de João de Adão dizer que Pedro Bala é filho Loiro, assim que conheciam o pai de Pedro Bala, que lutou pelo povo.
Filha de bexiguento - Dora e Zé Fuinha ficam sozinhos, pois sua mãe morreu há poucos dias de alastrim, seu pai já havia morrido antes, com isso Dora vai junto com Zé Fuinha, para procurar emprego, mais ninguém quer dar emprego para alguém cujos pais morreram por causa do alastrim, uma mulher até da um dinheiro para Dora por pena da menina.
Acaba que Dora é encontrada pelos João Grande e Professor, que levam a menina pra o trapiche, ao chegarem arma-se uma enorme confusão, pois no grupo só tem meninos e a chegada de Dora causa muita confusão, mais depois de uma longa conversa acabam aceitando ela no grupo.  
Dora, mãe - Com o passar do tempo Dora foi bem aceita pelo grupo. Agora todos viam na jovem menina uma mãe, onde ela cuidava dos outros meninos e dava amor e carinho de mãe a todos eles, que passaram a respeitá-la e a dar carinho também.
Dora, irmã e noiva - Dora decide que vai junto com o grupo roubar as coisas, pois não acha justo que eles a alimentem, e está decidida, nada vai mudar a sua decisão.
Pedro Bala arruma briga com os meninos do grupo de Ezequiel, um grupo de meninos rivais aos capitães da areia, que dão uma surra em Pedro Bala, o que leva ele a voltar para o trapiche, onde estava apenas Dora, assustada com os ferimentos cuida dele e acaba o beijando nos lábios feridos.
Os dois deitaram-se na areia e Dora diz a Pedro Bala que ele é noivo dela, mesmo sem saber o que é amar os dois se sentem apaixonados.
Pedro Bala junto do grupo combinou de dar uma lição no grupo de Ezequiel, e fizeram, foram atrás dos garotos e deram uma surra neles para se vingar do que tinham feito com Pedro Bala.
Reformatório - Em uma tentativa de assalto alguns meninos do grupo são presos, entre os presos está Pedro Bala, Dora, João Grande, Sem-pernas e Gato. Mais no momento de uma foto João Grande, Sem-pernas e Gato conseguem fugir dos policiais e da delegacia, ficando apenas Pedro Bala e Dora.
Dora é levada para o orfanato e Pedro Bala para o reformatório, onde ficou dias em uma cafua com pouca água e quase nada de comida, até que pode ir para um quarto, onde vários outros meninos dormiam também.
Pedro Bala consegue contato com os meninos de seu grupo, que arrumam corda para que ele possa fugir, o que ele faz durante uma noite. A notícia sai nos jornais, o chefe dos capitães da areia fugiu do reformatório.
Orfanato - Ao fugir do reformatório Pedro Bala vai atrás de Dora no orfanato, os meninos invadem o local com facilidade e levam Dora, que mesmo estando ardente em febre diz que vai embora do local com o grupo.
Noite de grande paz - Durante a noite a mãe de santo Don’Aninha vai até o trapiche para tentar curar Dora da febre, enquanto ela tenta espantar a febre da menina uma grande paz reina no trapiche.
Dora, esposa - A mãe de santo Don’Aninha vai embora, a febre de Dora não passa, ela chama Pedro Bala para perto dela, diz que já não é mais menina, agora já é moça,e pede a ele que a faça sua mulher, colocando a mão do menino sobre seu peito. Ele tentou se recusar, mais cedeu aos desejos dele e da menina, após se entregarem aos seus desejos foram dormir.
Pedro Bala acordou no meio da noite, viu que Dora estava gelada, não tinha mais pulsação, então deu um grito que atravessou todo o trapiche, aos poucos os outros meninos foram acordando e viram que Dora estava morta.
Querido-de-Deus leva o corpo de Dora para o mar, onde será jogado.
Como uma estrela de loira cabeleira - Sem se conformar com a morte de Dora, Pedro Bala vai atrás da pequena embarcação de Querido-de-Deus, que o salva quando já está voltando. Pedro Bala pensa em Dora como uma estrela, e a procura pelo céu.
Vocações - Esse capítulo começa a contar um pouco do fim de cada um dos capitães da areia, pouco tempo depois da morte de Dora, conta o que alguns dos meninos começam a fazer para mudar de vida e ganhar dinheiro, alguns saem do grupo e vão para outros lugares.
Canção de amor da vitalina - Este é um dos últimos roubos que alguns integrantes do grupo vão realizar na história, onde entram na casa de uma solteirona que tem muito dinheiro por ser a ultima herdeira de uma família rica.
Na rabada de um trem - Gato e Volta-seca são mais dois que saem do grupo. Gato vai para Ilhéus com Dalva, tentar ganhar a vida por lá, passando a perna nos grandes fazendeiros de cacau. Volta-seca vai o cangaço, se juntar com seu padrinho Lampião, onde consegue chegar e se juntar ao grupo de cangaceiros.
Como um trapezista de circo - Sem-pernas tenta entrar numa casa para roubar, mais dali havia muitos guardas que vão atrás dele, mais por conta de seu problema na perna não consegue correr muito, até que sobe em um muro e se joga, caindo no chão, esse foi seu fim.
Notícias de jornal - Uma série de noticias de jornal faz referência aos meninos que deixaram o bando, como Gato, Volta-seca e de Professor, que ficou famoso no Rio de Janeiro por uma exposição de seus quadros.
Companheiros - Um grupo quer fazer uma greve e chama os capitães da areia para ajudarem, impedindo de haver furos na greve. Os meninos conseguem fazer com que a greve aconteça.
Os atabaques ressoam como clarins de guerra - Depois da greve, o estudando que pediu a ajuda dos meninos continuou a ir visitá-los no trapiche. Com o tempo Pedro Bala percebe que algo o chama, algo maior do que furtar objetos para sobreviver, então deixa o grupo e vai em busca de sua missão, ser igual ao seu pai.
...Uma pátria e uma família - Pedro Bala vira um militante proletário. Com isso sua vida não mudou muito pois continuou a fugir da policia, a diferença era que agora ele defendia as pessoas que precisavam de alguém que falasse por elas, e Pedro Bala era essa pessoa.
Gabriela Cravo e Canela ( 1958)
Gabriela Cravo e Canela é dividido em duas partes, que são em si divididas em outras duas. A história começa em 1925, na cidade de Ilhéus. A primeira parte é Um Brasileiro das Arábias e sua primeira divisão é O langor de Ofenísia. Vai centrando-se a história nesta parte em dois personagens: Mundinho Falcão e Nacib.
Mundinho é um jovem carioca que emigrou para Ilhéus e lá enriqueceu como exportador e planeja acelerar o desenvolvimento da cidade, melhorar os portos e derrubar Bastos, o inepto governante.
Nacib é um sírio (“turco é a mãe!”) dono do bar Vesúvio, que se vê em meio a uma grande tragédia pessoal: a cozinheira de seu partiu para ir morar com o filho e ele precisa entregar um jantar para 30 pessoas em comemoração a inauguração de uma linha automotiva regular para a cidade de Itabuna. Ele encomenda com um par de gêmeas careiras, mas passa toda a parte procurando por uma nova cozinheira.
No final desta pequena parte aparece Gabriela, uma retirante que planeja estabelecer-se em Ilhéus como cozinheira ou doméstica, apesar dos pedidos do amante que planeja ganhar dinheiro plantando cacau.
Gabriela Cravo e Canela: a segunda parte desta primeira parte é A solidão de Glória e passa-se apenas em um dia. O dia começa com o amanhecer de dois corpos na praia, frutos de um crime passional (todo mundo dá razão ao marido traído/assassino), segue com as preparações do jantar e a contratação de Gabriela por Nacib.
No jantar acirram-se as diferenças políticas e, na prática, declara-se a guerra pelo poder em Ilhéus entre Mundinho Falcão (oposição) e os Bastos (governo). Quando o jantar acaba (em paz), Nacib volta para casa e, quando ia deixar um presente para Gabriela silenciosa, mas não inocentemente, tem com ela a primeira noite de amor/luxúria.
A segunda parte chama-se propriamente Gabriela Cravo e Canela e sua primeira parte, o capítulo terceiro, chama-se O segredo de Malvina, terceiro capítulo, passa-se cerca de três meses após o fim do outro capítulo, e três problemas existem: o caso Malvina-Josué-Glória-Rômulo, as complicações políticas e o ciúmes de Nacib.
Vamos pela ordem. Josué era admirador de Malvina, filha de um coronel com espírito livre. Esta começa a namorar Rômulo, um engenheiro chamado por Mundinho Falcão para estudar o caso da barra (que impedia que navios grandes atracassem no porto de Ilhéus). Josué se desaponta e se interessa por Glória, amante de outro coronel.
Rômulo foge após um escândalo feito pelo machista (tão machista quanto o resto da sociedade ilheense) pai de Malvina, Malvina faz planos de se libertar e Josué começa um caso em segredo com Glória.
Na política, acirra-se a disputa por votos ao ponto do coronel Bastos mandar queimar toda uma tiragem do jornal de Mundinho. Mas Mundinho ganha terreno com a chegada do engenheiro.
E perde quando esse foge covarde. E ganha com a promessa da chegada de dragas a Ilhéus. Nacib enquanto isso desenvolveu um caso com Gabriela. Mas está sendo atacado pelo ciúmes (todos querem Gabriela, perfume de cravo, cor de canela).
Aos poucos ele percebe que é amor e acaba propondo casamento a Gabriela após a última investida do juiz (alarme falso, ele já havia desistido). Mas foi a tempo, já que até roças do poderoso cacau de Ilhéus já haviam sido oferecidas a Gabriela.
Gabriela Cravo e Canela: o capítulo acaba durante a festa de casamento de Nacib e Gabriela (no civil, já que Nacib é muçulmano não praticante), quando chegam às dragas no porto de Ilhéus.
Nessa segunda parte aparece uma outra parte intitulada O luar de Gabriela. Aqui, enfim, resolvem-se todos os casos. Pela ordem: Josué e Glória oficializam a relação e Glória é expulsa de sua casa por seu coronel.
Na parte da política, após o coronel Ramiro Bastos perder o apoio de Itabuna (e mandar matar, sem sucesso, seu ex-aliado; o quase assassino foge com a ajuda de Gabriela, que o conhecia), ele morre placidamente em seu sono, seus aliados reconhecem que estavam errados (a lealdade era com o homem, não suas ideias) e a guerra política acaba com Mundinho e seus candidatos vencedores.
Quanto a Nacib e Gabriela… Gabriela não se adapta de jeito nenhum à vida de “senhora Saad”, para desespero de Nacib. Nacib acaba anulando o casamento ao pegá-la na cama com Tonico Bastos, seu padrinho de casamento.
Mas ninguém ri de Nacib; pelo contrário, Tonico é humilhado e sai da cidade, o casamento é anulado sem complicações (os papéis de Gabriela eram falsos) e Gabriela sai de casa.
Gabriela Cravo e Canela: Nacib fica amargurado e vai se recuperando. As obras na barra se completam com sucesso e Nacib e Mundinho abrem um restaurante juntos. O cozinheiro chamado pelos dois é… Convidado a se retirar da cidade por admiradores de Gabriela, que acaba sendo recontratada por Nacib.
Semanas depois, Nacib e ela reiniciam seu caso, tão ardente como era no começo e deixara e ser após o casamento. Num epílogo, o coronel, assassino dos dois amantes da primeira parte, é condenado à prisão.
Cheio de uma crítica à sociedade ilheense, a própria linguagem do autor muda quando foca-se a atenção em Gabriela. Torna-se mais cantada, mais típica da região (como é a fala de todos), deixando a leitura cada vez mais saborosa.
Dona Flor e Seus Dois Maridos (1966)
Dona Flor e Seus DoisMaridos foi dividido em cinco partes. Flor é professora de culinária, e por isso todas as partes começam com uma lição de culinária – com exceção da quarta parte, que começa com um programa para um concerto e um intervalo. 
Primeira parte
A história já começa com a morte de Vadinho, marido de flor, em pleno domingo de carnaval. No funeral aparecem lembranças que todos os presentes têm de Vadinho, desde seus amigos de farra, as suas prováveis amantes, os conhecidos, e principalmente as lembranças de Flor. Ela evoca de sua memória um marido infiel, espertalhão, cheio de lábia, malicioso e que gostava de jogar, porém, ainda assim, uma pessoa extremamente adorável. Há então um intervalo, onde acontece uma discussão a respeito de quem foi que escreveu uma poesia anônima e picante para Vadinho.
Segunda parte
Aqui se dá o luto de flor. A mãe dela, inconsolável com morte de Vadinho, acaba voltando à cidade, fazendo a situação de flor apenas piorar, pois dona Rozilda é chata, exibida, controladora a odiava o genro. Acontece então um flashback mais detalhado sobre a vida de Flor com Vadinho. Dona Rozilda só queria que as filhas se casassem com homens ricos, e Flor conheceu Vadinho em uma festa chique (onde ele entrou de penetra), então inicialmente a mãe deu a benção para que eles namorassem.
Quando dona Rozilda descobriu que na verdade Vadinho não era rico, tentou impedir seu relacionamento com Flor. A menina saiu de casa e casou-se com Vadinho, usando um vestido azul, pois não teve coragem de usar o tradicional branco. Vadinho se mostra um marido ausente que sempre gasta seu dinheiro com jogos e mulheres. Flor era estéril, e por isso certa vez quase adotou um menino que ela acreditava ser filho do seu marido com outra mulher. O capítulo acaba com Flor colocando flores no túmulo de Vadinho, superando a morte dele.
Terceira parte
Alguns meses depois, Flor já está mais alegre, apesar de tentar manter a fachada de viúva. Dona Rozilda vai embora da cidade, e as beatas começam a competir para achar um bom pretendente para ela, e então aparece Eduardo, um homem que engana viúvas para roubar suas economias. Quando Flor descobre a verdade sobre Eduardo, passa a se retrair e ter um sono agitado e cheio de desejos por outros homens.
Teodoro Madureira é um farmacêutico cobiçado que ficou solteiro durante toda a vida para cuidar da mãe que era paralítica. Ela faleceu e ele então propôs um casamento à Dona Flor. Tiveram um noivado muito casto, onde nunca chegaram a ficar sozinhos. O capítulo de encerra com o casamento dos dois,  que dessa vez tem a aprovação da mãe dela.
Quarta Parte
Começa então a lua-de-mel de dona Flor, e ela vai notando como Teodoro é diferente de seu falecido marido em tudo. Inteligente, fiel e muito regular com relação ao sexo, deixando dois dias da semana pré-estabelecidos (quartas e sábados). Teodoro é o marido perfeito, e restaura a paz da vida de flor. Até compõe uma música para ela em seu aniversário de casamento.
Quinta parte
Então ela começa a ver Vadinho nu em cima de sua cama, tentando-a. No início ela recusa, por querer ser fiel a Teodoro, mas depois começa a procurar por Vadinho. Os três começam a viver então no mesmo matrimônio, onde apenas flor consegue enxergar Vadinho, que está sempre presente e sempre nu.
Flor começa a ter a consciência pesada e sente-se dividida entre o atual marido e o fantasma do anterior, mesmo ele dizendo que não havia razão para sentir-se dividida, já que era legalmente casada com os dois. Dona Rozilda volta para a casa da filha com intenções de ficar, mas Vadinho a coloca para fora. Ela encomenda um feitiço para ele, e por isso Flor percebe que ele começa a desaparecer. Há uma batalha de Deuses e Exus, onde um Exu está apoiando Vadinho, e por fim ele consegue vencer o feitiço e ficar de vez perto de Flor.
Ela por fim sucumbe ao desejo e os três passam a viver harmoniosamente uma vida conjugal, sem que Teodoro saiba da presença do outro, sempre pelado. A última cena da obra é Dona Flor andando feliz, segurando a mão de Teodoro de um lado e a de Vadinho do outro.
Questões de vestibulares – Capitães de Areia e Modernismo 2ªfase
1. (ITA) Sobre o romance “Capitães da Areia”, de Jorge Amado, é INCORRETO afirmar que: 
a) se trata de um livro cuja personagem central é coletiva, um grupo de meninos de rua, e isso o aproxima de “O cortiço”, de Aluísio Azevedo. 
b) as principais personagens masculinas são Pedro Bala, Sem Pernas, Volta Seca, Pirulito e Professor, e a figura feminina central é Dora. 
c) há uma certa herança naturalista, visível na precoce e promíscua vida sexual dos adolescentes. 
d) os vestígios românticos aparecem em algumas cenas de jogos e brincadeiras infantis e na caracterização de Dora. 
e) todos os meninos acabam encontrando um bom rumo na vida, apesar das dificuldades.
2. (UFPE) "Irmão ... é uma palavra boa e amiga. Se acostumaram a chamá-la de irmã. Ela também os trata de mano, de irmão. Para os menores é como uma mãezinha. Cuida deles. Para os mais velhos é como uma irmã que brinca inocentemente com eles e com eles passa os perigos da vida aventurosa que levam.
Mas nenhum sabe que para Pedro Bala, ela é a noiva. Nem mesmo o Professor sabe. E dentro do seu coração Professor também a chama de noiva." (Jorge Amado: "Capitães da Areia").
Considerando a obra e o autor do texto, assinale a alternativa INCORRETA.
a) O autor faz parte do romance regional de 30, quando se aprofundaram as radicalizações políticas na realidade brasileira.
b) Jorge Amado representa a Bahia, "descobrindo" mazelas, violências e identificando grupos marginalizados e revolucionários em "Capitães da Areia".
c) Dora, Pedro Bala e Professor são alguns dos personagens da narrativa, que aborda a dramática vida dos camponeses das fazendas de cacau no sul da Bahia.
d) O tom da narrativa aproxima-se do Naturalismo, alternando trechos de lirismo e crueza. O nível de linguagem é coloquial e popular.
e) "Capitães da Areia " pertence à primeira fase da produção de Jorge Amado, quando era notório seu engajamento com a política de esquerda. Daí o esquematismo psicológico: o mundo dividido em heróis (o povo) e bandidos (a burguesia).
3. (FUVEST 2010)  Por caminhos diferentes, tanto Pedro Bala (de Capitães de areia, de Jorge Amado) quanto o operário (do conhecido poema “O operário em construção”, de Vinícius de Moraes) passam por processos de “aquisição de uma consciência política” (expressão do próprio Vinícius). O contexto dessas obras indica também que essa conscientização leva ambos a:
a) exclusão social, que arruína precocemente suas promissoras carreiras profissionais.
b) sublimação intelectual do ímpeto revolucionário, motivada pelo contato com estudantes.
c) condição de meros títeres, manipulados por partidos políticos oportunistas.
d) luta, em associação com seus pares de grupo ou de classe social, contra a ordem vigente.
e) cumplicidade com criminosos comuns, com o fito de atacar as legítimas forças de repressão.
4. Leia o seguinte excerto de Capitães da areia, de Jorge Amado, e responda ao que se pede.
O sertão comove os olhos de Volta Seca. O trem não corre, este vai devagar, cortando as terras do sertão. 
Aqui tudo é lírico, pobre e belo. Só a miséria dos homens é terrível. Mas estes homens são tão fortes que conseguem criar beleza dentro desta miséria. Que não farão quando Lampião libertar toda a caatinga, implantar 
a justiça e a liberdade?
Compare a visão do sertão que aparece no excerto de Capitães da areia com a que está presente no livro Vidas 
secas, de Graciliano Ramos, considerando os seguintes aspectos:
a) a terra (o meio físico);
b) o homem (o sertanejo).
Responda, conforme solicitado, considerando cada um desses aspectos nas duas obras citadas.
5. UFRgs-Rs - Assinale a afirmação correta sobre o romance de 30.
a) Predominou, entre os autores, uma preocupação de renovação estética seguindo os padrões da vanguarda literária europeia.
b) Na obra de Graciliano Ramos, predomina a narrativa curta na recriação domodo de vida dos senhores de engenho.
c) Os autores, em suas obras, tematizaram os problemas sociais com o intuito  de denunciar as agruras das populações menos favorecidas.
d) O caráter regionalista dos romances deste período deve-se à reprodução fiel do linguajar típico de cada região.
e) A obra de Jorge Amado pode ser considerada uma exceção, no conjunto da época, porque seus romances apresentam uma grande inovação na estrutura  narrativa.

Outros materiais