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1 Material 1 Criatividade Material 1 Unidade 1: Introdução a criatividade 2 Profª Ana Luísa Vieira de Azevedo 2 Sumário da Aula: a) Conceito de criatividade e suas abordagens teóricas. 3 a) Conceito de criatividade e suas abordagens teóricas 4 3 5 O que vem a sua mente quando você pensa o que é criatividade? 6 Criatividade é o processo de geração de algo novo. É a capacidade de olhar para as mesmas coisas, as mesmas necessidades ou problemas que outras pessoas, mas de uma forma diferente, de um ângulo diverso. Criatividade representa a geração de uma nova ideia, enquanto a inovação pode ser definida como a transformação de uma nova ideia em uma nova empresa, produto, serviço, processo, ou em um novo método de produção. Conceito de Criatividade 4 7 Você se acha criativo? 8 A criatividade é a soma de vários fatores: curiosidade, capacidade de ver as coisas sob um ângulo inusitado, perseverança, autoconfiança, humildade para perceber os próprios limites e pedir ajuda e capacidade de perceber que uma ideia nova pode ser útil. Conceito de Criatividade 5 9 A criatividade é algo sempre inato? 10 As características que definem a criatividade podem ser treinadas. Em outras palavras, criatividade é algo que pode ser aprendido. Segundo Predebon (2013, p.8), a capacidade criativa de cada um “é utilizada e desenvolvida em função do meio, de seus estímulos, das limitações que apresenta e dos bloqueios que impõe”. Para Predebon o comportamento criativo pode ser fruto de vários fatores: por determinação para obtenção de algo, como produto das circunstâncias ou em alguns casos, como algo inato ao indivíduo. Conceito de Criatividade 6 11 Vamos agora conhecer algumas abordagens teóricas sobre o conceito de criatividade? 12 De acordo com o modelo de Wallas, a criação de uma nova ideia é um processo de quatro etapas: 1. preparação: coleta das informações necessárias sobre o problema em questão. 2. incubação: período de “descanso” mental, em que a pessoa se afasta temporariamente do problema. 3. iluminação: momento em que a pessoa tem um “clique” e, finalmente, chega à solução criativa. 4. verificação: ajuste e implementação da solução. Em 1926, Graham Walllas, desenvolveu um modelo de pensamento criativo que é a base para a maioria dos programas de treinamento. Abordagens Teóricas 7 13 Outro aspecto que chama a atenção no modelo pioneiro de Wallas é a ênfase no indivíduo. Como se percebe, no modelo de Wallas, a geração da ideia criativa depende de um “clique”. É, portanto, um processo subconsciente, incontrolável. Além disso, o “clique” pode acontecer ou não. Abordagens Teóricas Com o passar do tempo, outras teorias foram desenvolvidas a partir de uma abordagem sistêmica, atribuindo às soluções criativas não a uma pessoa ou a um processo isolado, mas a uma série de fatores inter-relacionados. 14 Pioneiro das teorias sistêmicas, o psicólogo Mel Rhodes estabeleceu que criatividade é um fenômeno em que uma pessoa comunica um novo conceito — o produto. A pessoa chega até esse produto por meio de um processo mental. Como nenhum ser humano vive ou opera num vácuo, precisamos considerar também o ambiente. Abordagens Teóricas Surgia assim, em 1961, o modelo das quatro dimensões da criatividade: pessoa, produto, processo e ambiente (pressão). De acordo com este autor, a criatividade só ocorreria se todos estes fatores fossem estudados e compreendidos conjuntamente. 8 15 Também merece ser ressalta a contribuição do psicólogo norte- americano Joy Paul Guilford para o estudo da criatividade. Abordagens Teóricas No seu estudo sobre a inteligência humana ele considera a distinção entre pensamento convergente e divergente. Pensamento convergente é aquele que, por meio de um raciocínio analítico, leva a uma única solução lógica para determinado problema. Pensamento divergente é aquele que apresenta várias alternativas de solução para o mesmo problema. 16 É importante lembrar que o pensamento divergente não é “melhor” do que o convergente. Os dois são importantes e se retroalimentam. Abordagens Teóricas Além disso, os dois se complementam porque o pensamento convergente está ligado à estabilidade, enquanto o divergente está ligado à ruptura. Para haver ruptura, é preciso que antes haja estabilidade. 9 17 O neurologista norte-americano Roger Sperry percebeu que cada hemisfério cerebral especializava-se em tarefas distintas: o esquerdo era responsável pelas tarefas verbais, lógicas e analíticas e o direito lidava com elementos não verbais, como expressões faciais, melodias e imagens, além de cuidar da percepção espacial. Abordagens Teóricas Metáforas, abstrações, fantasia, intuição e criatividade são a especialidade do lado direito do cérebro. Mas, se todos temos um hemisfério cerebral direito, por que só alguns de nós se destacam como criativos? Segundo os especialistas, o problema está na maneira como somos educados e na nossa percepção das coisas. 18 Nesse sentido, podemos falar em dois tipos de pensamento: pensamento vertical e pensamento lateral. Abordagens Teóricas Pensamento vertical é o pensamento lógico, matemático e seletivo que caminha numa única direção predefinida. Está relacionado ao lado esquerdo do cérebro. Pensamento lateral é aquele que não se move de modo previsível; ele busca novas possibilidades e pode até dar “saltos”. Está relacionado ao lado direito do cérebro. 10 19 Sternberg e Lubart formularam a teoria do investimento em criatividade, segundo a qual pessoas criativas são aquelas que estão dispostas “a comprar barato e vender caro”. Abordagens Teóricas Comprar barato significa investir numa ideia desconhecida, mas que pareça promissora. E vender caro significa trabalhar nessa ideia e repassá-la apenas quando já estiver desenvolvida ou até concretizada. Dentro da teoria de Sternberg e Lubart, o comportamento criativo resulta da junção de seis elementos: inteligência, estilos intelectuais, conhecimento, personalidade, motivação e contexto ambiental.
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