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0 ASSOCIAÇÃO EDUCACIONAL DOM BOSCO FACULDADE DE ENGENHARIA DE RESENDE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO AUTOMOTIVA GUILHERME E. R. BRANCO HUGO P. D. PAZZINI RODRIGO M. QUINTANA MELHORIA DA QUALIDADE DO ASPECTO DE VEÍCULOS EM UMA MONTADORA PELO USO DA FERRAMENTA A3 PDCA RESENDE 2014 1 GUILHERME E. R. BRANCO HUGO P. D. PAZZINI RODRIGO M. QUINTANA MELHORIA DA QUALIDADE DO ASPECTO DE VEÍCULOS EM UMA MONTADORA PELO USO DA FERRAMENTA A3 PDCA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Associação Educacional Dom Bosco, Faculdade de Engenharia de Resende, Curso de Engenharia de Produção como requisito parcial para a obtenção do Grau de Bacharel em Engenharia de Produção. Orientador: Anderson F. de Barros RESENDE 2014 2 GUILHERME E. R. BRANCO HUGO P. D. PAZZINI RODRIGO M. QUINTANA MELHORIA DA QUALIDADE DO ASPECTO DE VEÍCULOS EM UMA MONTADORA PELO USO DA FERRAMENTA A3 PDCA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Associação Educacional Dom Bosco, Faculdade de Engenharia de Resende, Curso de Engenharia de Produção como requisito parcial para a obtenção do Grau de Bacharel em Engenharia de Produção. BANCA EXAMINADORA Prof.: ___________________________________________________________ Anderson F. de Barros Prof.: ___________________________________________________________ Leonardo de Carvalho Vidal Prof.: ___________________________________________________________ Nilson Rodrigues da Silva Resende, ___ de _____________ de 2014 3 AGRADECIMENTOS A esta universidade, sеυ corpo docente, direção е administração qυе oportunizaram а janela qυе hoje vislumbro υm horizonte superior, eivado pеlа acendrada confiança nо mérito е ética aqui presentes. Ao nosso orientador Anderson F. de Barros pelo suporte nо pouco tempo qυе lhe coube, pelas suas correções е incentivos. Nossos agradecimentos аоs amigos de classe, companheiros dе trabalhos е irmãos nа amizade qυе fizeram parte dа nossa formação е qυе vão continuar presentes еm nossas vidas cоm certeza. E a todos qυе direta оυ indiretamente fizeram parte dа minha formação, о mеυ muito obrigado. 4 RESUMO O objetivo desse Trabalho de Conclusão de Curso é apresentar a ferramenta A3 PDCA criada pelo modelo Toyota de produção, assim como identificar os problemas mais representativos, os quais puderam ser mensurados e estratificados. Foram propostos planos de melhorias para redução de despesas com retrabalho devido à falta de qualidade na aparência dos veículos, especificamente no setor de montagem, em um caso real na empresa do ramo automobilístico. Para realizar esse trabalho foi necessário entender a metodologia de estudo de caso bem como as diversas etapas da ferramenta. Através dos conhecimentos obtidos durante o curso de engenharia de produção, os alunos colocaram em prática o aprendizado teórico. Desta forma, obtiveram como resultado a estabilidade nos indicadores que tenderiam a decrescer devido a alguns fatores imprevistos que impactaram negativamente na qualidade relacionada ao aspecto dos carros. Portanto, a aplicação do A3 foi de grande importância, não só como aprendizado dos alunos, mas também para a empresa que manteve a qualidade de seus veículos. Palavras-chave: Ferramenta A3; Método PDCA; Lean Manufacturing; Ferramentas de Qualidade. 5 ABSTRACT The goal of this final paper is to present the tool A3PDCA created by the Toyota production model, as well as identifying the most representative issues that can be measured and stratified. Improvement plans have been proposed to reduce the expenses with reworks due to lack of quality on the visual aspects of the vehicles, especially on the assembly line sector, based on a real case of the auto industry company, PSA Peugeot Citroën. In order to execute this service it was necessary to understand the methodology of case studies as well as various stages of the tool. Through the knowledge acquired during the program course for Production Engineering, the students have placed in the theoretical learning. That way, they have obtained as a result the stability of indicators that tend to decrease due to some unforeseen factors that impacted negatively on quality-related aspect of the cars. Therefore, the application of A3 was of great importance, not only as student learning, but also for the company that maintained the quality of its vehicles. Keywords: A3 tool; PDCA Method; Lean Manufacturing; Quality Tools. 6 LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Fluxograma de tipos de pesquisa...........................................................13 Figura 2 – Diagrama de 5 Porquês..........................................................................23 Figura 3 – Diagrama de Ishikawa – Acidente de trabalho num setor.......................24 Figura 4 – Gráficos de Pareto..................................................................................25 Figura 5 – Clarificação do problema.........................................................................26 Figura 6 – BD ACOM L1...........................................................................................27 Figura 7 – Comparativo de valor crítico....................................................................28 Figura 8 – Tendência BD ACOM x BD ACOM ASPECTO.......................................28 Figura 9 – BD ACOM ASPECTO.............................................................................29 Figura 10 – Ações de proteção ao cliente..................................................................29 Figura 11 – Decomposição do problema....................................................................30 Figura 12 – DVX Aspecto por carro............................................................................31 Figura 13 – DVX Aspecto por braço...........................................................................31 Figura 14 – Layout linha 1..........................................................................................33 Figura 15 – DVX Aspecto por equipe.........................................................................34 Figura 16 – Impacto Aspecto......................................................................................35 Figura 17 – Grelha de fatores impactantes................................................................36 Figura 18 – Incidência nos braços de linha................................................................38 Figura 19 – Ações de contenção do modo de falha...................................................39 Figura 20 – Fixação dos objetivos..............................................................................40 Figura 21 – Análise de causas raízes........................................................................41 Figura 22 – Pirâmide hierárquica...............................................................................43 Figura 23 – Ações Corretivas e Preventivas (com piloto e prazo).............................43 Figura 24 – Verificação de Eficácia do Plano de Ação e Medição dos Resultados...44 Figura 25 – Ações de padronização e transversalização...........................................46 7 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 5S – Seiri (utilização), Seiton (arrumação), Seiso (limpeza), Seiketsu (normalizar) e Shitsuke (disciplina) DUR – Diretor de Unidade Regional DVM – Defeito de Veículos MontadosDVT – Defeito de Veículos Terminados HC – Habitáculo do Chicote MV – Montagem do Veículo PDCA – Plan (planejar), Do (executar), Check (checar) e Act (agir) POM – Preparação de Órgãos dos Motores PP – Preparação de Portas RF – Responsável de Fabricação RG – Responsável Geral RU – Responsável Unidade SIQ - Sistemas de Informação para Qualidade SMART - Spécifique (Específico), Mesurable (Mensurável), Ambicieux (Ambicioso), Réaliste (Realista), Timé (Limitado no Tempo) TCC – Trabalho de Conclusão de Curso VRS – Verificação de Realização do Standard 8 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO..................................................................................................10 1.1 TEMA E DELIMITAÇÃO....................................................................................10 1.2 PROBLEMA.......................................................................................................11 1.3 JUSTIFICATIVA................................................................................................11 1.4 SEÇÕES DE DESENVOLVIMENTO.................................................................11 2 METODOLOGIA...............................................................................................12 2.1 TIPOS DE PESQUISA......................................................................................13 2.1.1 Pesquisa Exploratória.....................................................................................13 2.1.2 Pesquisa Descritiva.........................................................................................14 2.1.3 Pesquisa Explicativa.......................................................................................14 2.2 DELINEAMENTO – COLETA DE DADOS........................................................15 2.3 ESTUDO DE CASO..........................................................................................16 2.4 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA QUANTO À FORMA...................................17 2.5 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA QUANTO AO TEMPO................................17 2.6 ANÁLISE DE DADOS........................................................................................18 3 RELATÓRIO A3 PDCA.....................................................................................19 4 MÉTODOS APLICADOS NA ELABORAÇÃO DO A3 PDCA..........................22 4.1 QQOQQC..........................................................................................................22 4.2 5 PORQUÊS......................................................................................................22 4.3 DIAGRAMA DE ISHIKAWA..............................................................................24 4.4 PARETO............................................................................................................25 5 APLICAÇÃO DO A3 PDCA..............................................................................26 5.1 CLARIFICAÇÃO DO PROBLEMA.....................................................................26 5.2 AÇÕES DE PROTEÇÃO AO CLIENTE............................................................29 5.3 DECOMPOSIÇÃO DO PROBLEMA.................................................................30 5.4 FIXAÇÃO DOS OBJETIVOS.............................................................................40 5.5 ANÁLISE DE CAUSAS RAÍZES........................................................................41 5.6 AÇÕES CORRETIVAS E PREVENTIVAS........................................................43 5.7 VERIFICAÇÃO DE EFICÁCIA DO PLANO DE AÇÃO E MEDIÇÃO DOS RESULTADOS...........................................................................................................44 5.8 AÇÕES DE PADRONIZAÇÃO E TRANSVERSALIZAÇÃO..............................46 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................47 9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................48 ANEXO.......................................................................................................................50 10 1 INTRODUÇÃO De acordo com Feigenbaum (1994), o mercado mundial tem presenciado nos últimos anos uma demanda cada vez mais variada e exigente. O estilo de vida dos consumidores e a eficiência das empresas dependem do desempenho, confiável e consistente, de produtos e serviços, sem a tolerância para perda de tempo e custos de falhas. A qualidade tornou-se estratégia básica para a competitividade atual. A procura do aperfeiçoamento da qualidade vem demonstrando progressos desde o fim da Segunda Guerra Mundial, evidenciado pelos japoneses na década de 70. Com a proposta dos modelos de Gestão da Qualidade, surgiu a Toyota, empresa pioneira e destaque no ramo. Atualmente, mantém em sua imagem o conceito de qualidade, a qual foi erguida em paralelo ao sistema Lean de produção, que visa principalmente à busca incessante pela melhoria contínua. A maioria das organizações modernas luta para melhorar seu desempenho. No nível fundamental, a melhoria contínua exige solução efetiva de problemas. Infelizmente, descobrimos que a maioria das organizações não tem sucesso consistente na solução dos problemas que encontra em suas rotinas. Sim, é verdade que muitas são excelentes no processo de “apagar incêndios”, mas habilidade de resolver problemas organizacionais a ponto de a probabilidade de sua recorrência ser quase nula continua rara (SOBEK; SMALLEY, 2010). Visando erradicar a deficiência dessas organizações, a respeito da reincidência de problemas, foi criada, segundo o modelo Toyota de produção, uma ferramenta conhecida como relatório A3 PDCA (Plan, Do, Check e Act), esta consiste no estudo das causas do problema pelo colaborador, que busca informações e organiza-as, com objetivo de facilitar a compreensão mais profunda do problema ou da oportunidade de melhoria pela gerência e ajudar a gerar possíveis soluções e ideias para atacar o problema. 1.1 Tema e delimitação Para a elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso foi feito um estudo de caso, no setor da montagem, referente à qualidade dos veículos montados. Este estudo de caso serviu como base para obter informações e auxiliar na elaboração de uma ferramenta, conhecida como A3 PDCA. Capaz de explorar e entender, de uma forma específica, os problemas que afetam a qualidade dos veículos. 11 1.2 Problema O tema desenvolvido no A3 tem sua importância, devido ao custo inerente as falhas de processo e aos retrabalhos necessários para manter o nível da qualidade do produto para o cliente. Visto que gastos referentes a esses retrabalhos representam uma margem representativa no lucro e competitividade no mercado das empresas automotivas. 1.3 Justificativa A proposta do uso desta ferramenta é salientar a tendência e a influência que os defeitos relacionados ao aspecto do veículo exercem sobre a qualidade do carro montado. Com base nisso, o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) mostra como funciona a metodologia do A3 PDCA, detalhando seu modo de utilização com um estudo de caso de uma empresa do ramo automobilístico. Além de ser útil na real aplicação do conteúdo e métodos aprendidos durante o curso de Engenharia de Produção. 1.4 Seções de Desenvolvimento O presente TCC, está dividido em seções. A primeira apresenta a metodologia de um estudo de caso, onde expõe o caminho tomado para realizar o mesmo. A segunda seção explica o relatório A3 PDCA, detalhasuas etapas e seus métodos de resolução. A próxima etapa explica os métodos aplicados na elaboração do A3 PDCA. Por fim a ferramenta é aplicada em um caso real na montadora de veículos. Esta última seção tem a finalidade de entender melhor a situação, saber quais são os pontos que mais impactam; determinar um cenário final favorável; analisar as causas e encontrar as raízes do problema; gerar ações que as resolvam; acompanhar o progresso posterior às ações tomadas, padronizá-las e transversalizar para que o problema não ocorra em outros setores. 12 2 METODOLOGIA Esta proposta metodológica surgiu da necessidade de estudar a fundo a ferramenta de qualidade A3 PDCA pelos estudantes do 5º ano de Engenharia de Produção Automotiva da Associação Educacional Dom Bosco. Para tanto, explora a ferramenta A3 e metodologia de estudo de caso em sua utilização real numa montadora de veículos localizada na cidade de Porto Real, RJ. Segundo Silva; Menezes (2005) a importância da adoção de uma metodologia científica se faz necessária para traçar o “caminho das pedras” pelo qual o pesquisador irá percorrer durante seu estudo. Este caminho irá ajuda-lo a refletir e abrir seus olhos para o inesperado. Porém, este caminho nem sempre é controlável e estará sujeito a mudanças de curso ou alterações. Logo, é necessária a utilização da criatividade e imaginação para contornar os obstáculos inerentes de qualquer estudo. “A essência de um estudo de caso é tentar esclarecer uma decisão ou um conjunto de decisões: um motivo pelo qual foram tomadas, como foram implementadas e com quais resultados”. (SCHRAMM, 1971). Desta forma, Yin, (2001) apresenta um tipo de estudo de caso que se adequa a este trabalho. Sendo ele, Projetos de casos múltiplos holísticos – unidade única de análise, empresa em questão, e múltiplos casos, vários problemas e oportunidades que serão analisadas. Na Figura 1 foi elaborado um fluxograma com o intuito de demonstrar a metodologia de pesquisa utilizada para o estudo desse caso. 13 Figura 1 – Fluxograma de tipos de pesquisa Fonte: Elaborado pelos autores (2014) 2.1 Tipos de pesquisa Ao iniciar qualquer pesquisa, deve-se primeiro saber qual é o objetivo desta pesquisa. De acordo com esse objetivo, é possível ter uma pesquisa exploratória, ou uma pesquisa descritiva ou uma explicativa. 2.1.1 Pesquisa Exploratória As pesquisas exploratórias se fazem necessária quando o assunto ainda é pouco conhecido, pouco explorado. Ao final de uma pesquisa exploratória, você conhecerá mais sobre aquele assunto, e estará apto a construir hipóteses. Como qualquer exploração, a pesquisa exploratória depende da intuição do explorador 14 (neste caso, da intuição do pesquisador). Portanto, ela tem como objetivo estudar, explorar o problema a fim de torná-lo explícito e possibilitar a criação de hipóteses. Na maioria dos casos, estas pesquisas envolvem levantamento bibliográfico; entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema estudado; e a análise de exemplos ou modelos que estimulem a compreensão e a discussão. (SELLTIZ, et al., 1967 apud GIL, 2002,p.41). 2.1.2 Pesquisa Descritiva As pesquisas descritivas descrevem uma experiência, uma situação, um fenômeno, relação entre variáveis de pesquisa ou processo nos mínimos detalhes. Sua grande contribuição é proporcionar novas visões sobre uma realidade já conhecida. De acordo com Gil (2008), as pesquisas descritivas possuem como objetivo a descrição das características de uma população, fenômeno ou de uma experiência. Ao final de uma pesquisa descritiva, você terá reunido e analisado muitas informações sobre o assunto pesquisado. A diferença em relação à pesquisa exploratória é que o assunto pesquisado já é conhecido. 2.1.3 Pesquisa Explicativa Segundo Gil (2008), a pesquisa explicativa tem como objetivo primordial identificar fatores que determinam ou que contribuem para a ocorrência de fenômenos. Este tipo de pesquisa é a que mais aprofunda o conhecimento da realidade e, por isso mesmo, está fortemente calcada em métodos experimentais. É uma pesquisa muita sujeita a erros (porque dependem de interpretação, o que acarreta subjetividade), mas de grande utilidade, pois geralmente possui aplicação prática. Tais características se encaixam nesse Trabalho de Conclusão de Curso, visto que buscará o aprofundamento do conhecimento da realidade, ou seja, entender o porquê do acontecimento de determinados fenômenos e situações. Desta forma classificando, analisando e interpretando o objeto de estudo. 15 2.2 Delineamento – Coleta de Dados A próxima fase fornece o planejamento da pesquisa, ou seja, como ela vai acontecer. Representando a fase mais importante em seu decorrer, vem a coleta de dados. Neste ponto existe a classificação da pesquisa quanto aos procedimentos técnicos utilizados. Basicamente existem dois grupos para essa fase, o grupo que se vale de informações impressas (provenientes de livros, revistas, documentos impressos ou eletrônicos), e o grupo que utiliza informações obtidas por meio de pessoas ou experimentos. No primeiro grupo destaca-se: Pesquisa bibliográfica Pesquisa documental No segundo grupo, temos: Pesquisa experimental Pesquisa ex-post facto Levantamento Estudo de caso Relato de caso Pesquisa-ação Pesquisa participante. A captação de dados requer habilidades, treinamento e preparação de um roteiro por parte do pesquisador. O estudo de caso utiliza para coleta de dados, principalmente, seis fontes distintas de informação: documentos, registros em arquivos, entrevistas, observação direta, observação participante e artefatos físicos. (DUARTE; BARROS, 2006). O procedimento de coleta de dados utilizado no Trabalho de Conclusão de Curso constitui de informações fornecidas pela empresa, através de softwares onde os colaboradores acrescentam os dados em tempo real. Além de ter captação através de um integrante do grupo e colaborador da própria organização. 16 Além disso, informações puderam ser obtidas através de conversas com pessoas diretamente ligadas ao processo de montagem de veículos, sendo elas profissionais especialistas e colaboradores de chão de fábrica. Tendo como objetivo levantar os fatores críticos que influenciam na qualidade dos veículos produzidos. 2.3 Estudo de Caso É caracterizado pelo estudo profundo de um ou de poucos objetos, de maneira que permita o seu amplo e detalhado conhecimento. Surgiu no ensino jurídico, difundiu-se na prática psicoterapêutica, caracterizada pela reconstrução da história do individuo. O estudo de caso é recomendável nas fases iniciais de uma investigação sobre temas complexos, para a construção de hipóteses ou reformulação do problema. Também se aplica nas situações em que o objeto de estudo já é suficientemente conhecido a ponto de ser enquadrado em determinado tipo ideal. Podem ser diferenciados em três tipos: Os estudos de caso descritivos procuram apenas apresentar um quadro detalhado de um fenômeno para facilitar a sua compreensão, pois não há tentativa de testar ou construir modelos teóricos, mas práticos que se adequem àquela situação. São à base de dados para pesquisas comparativas subsequentes e construção de teorias. O estudo de caso avaliativo envolve tanto a descrição quanto a interpretação, mas o objetivo principal é usar os dados para avaliar o mérito de alguma prática, programa,sistema ou evento. Os estudos de caso interpretativos enfocam principalmente em interpretar os dados num esforço para classificar e contextualizar a informação e talvez teorizar sobre o fenômeno. Nesse último tipo de estudo de caso é possível conhecer a realidade tal como ela é vista pelos participantes que nela intervêm diretamente. Desta forma, existem maneiras diferentes de interpretar os fenômenos ocorridos. Os investigadores precisam compreender o pensamento subjetivo dos participantes nos seus estudos. 17 2.4 Classificação da pesquisa quanto à forma A pesquisa qualitativa é direcionada ao longo de seu desenvolvimento e não busca enumerar ou medir eventos. Geralmente não emprega instrumental estatístico para análise dos dados. Nesse tipo de pesquisa se prioriza as percepções de atitude e aspectos subjetivos dos objetos de pesquisa interagindo em seu grupo. As informações obtidas não são quantificadas. Existe outro tipo de pesquisa, a quantitativa. Nela se mensura e quantifica as informações. Seu forte é a estatística e probabilidade, pois a partir de uma pequena amostra é possível fazer projeções matemáticas para um determinado caso. Desta forma, a pesquisa em questão apresenta um estudo estatístico, cujo objetivo é descrever as características de situações ocorridas na linha de montagem de uma empresa do ramo automobilístico, medindo numericamente as hipóteses levantadas a respeito de problemas em pesquisa. 2.5 Classificação da pesquisa quanto ao tempo A estrutura de um estudo transversal é semelhante à de um estudo de coorte, no entanto, nos estudos transversais todas as medições são feitas num único "momento", não existindo, portanto, período de seguimento dos indivíduos. A maior vantagem dos estudos transversais sobre os estudos de coorte prende-se com a prontidão com que se podem tirar conclusões e com a não existência de um período de seguimento. Estas questões tornam os estudos transversais mais rápidos, mais baratos, mais fáceis em termos logísticos e não sensíveis a problemas como as perdas de seguimento e outros, característicos dos estudos longitudinais. No estudo longitudinal o pesquisador coleta os dados do experimento em dois ou mais momentos, havendo um acompanhamento ao longo do tempo do fenômeno em estudo. Nele os pesquisadores estão interessados na trajetória dos fenômenos ocorridos na amostra, o que permite uma compreensão mais profunda sobre as relações entre as variáveis observadas. A pesquisa trata, portanto, de um estudo longitudinal retrospectivo onde estuda o fenômeno já ocorrido, conhecido seu efeito e busca sua causa. 18 2.6 Análise de dados Segundo Yin (2001), a análise de dados consiste em examinar, categorizar, classificar em tabelas, testar ou, do contrário, recombinar as evidências quantitativas e qualitativas para tratar as proposições iniciais de um estudo. Com relação aos métodos de condução da análise do estudo, o que mais se adequa é a construção da explanação. Que tem por objetivo analisar os dados do estudo caso, construindo uma explanação sobre o caso. “De difícil aplicação, ocorre geralmente em forma narrativa, por meio da qual o investigador procura explicar um fenômeno, estipulando um conjunto de elos causais em relação a ele.” (YIN, 2001). A análise de dados baseou-se no pensamento citado, onde os dados foram abertos até a causa raiz e foi feita uma análise para criar uma solução visando erradicar as causas da queda de qualidade do veículo. 19 3 RELATÓRIO A3 PDCA Segundo Shook (2008), o A3 é o tamanho padrão de papel, reconhecido internacionalmente, nas proporções 297 x 420 mm. Por meio dele é feita a comunicação principalmente entre subordinado (autor) e supervisor (orientador) em relação à proposta de um produto ou projeto, status, informações adicionais, soluções de problemas, etc. Normalmente o A3 para solução de problemas é dividido em dois lados: o esquerdo que contém a definição do problema e o direito que possui uma ou mais soluções junto às contramedidas necessárias. Seu preenchimento inicia-se da esquerda para direita, de cima para baixo e o modo como é desenvolvido baseia-se no modelo científico PDCA – Planejar, Fazer, Verificar e Agir (Plan-Do-Check-Act). Utilizando esse método o subordinado é obrigado a filtrar e refinar os pensamentos, de maneira que caibam em uma única folha de papel, facilitando a leitura da gerência. Uma de suas características é deixar claro qual o problema a ser resolvido, pois muitas vezes as pessoas tendem a encontrar uma solução imediata, focando nos sintomas e não na causa raiz, ou seja, esquecendo-se de entender o problema como um todo para posteriormente solucioná-lo definitivamente. Conforme Campos (1992),o Ciclo PDCA é dado por: Planejamento (Plan) Estabelecer metas. Estabelecer o método para alcançar as metas propostas. Execução (Do) Executar as tarefas exatamente como foi previsto na etapa de planejamento e coletar dados que serão utilizados na próxima etapa de verificação do processo. É importante ter sempre em mente que existem dados que somente podem ser coletados durante a realização das ações. Na etapa de execução são essenciais a educação e o treinamento no trabalho. Geralmente ou quase sempre a primeira sub-etapa é desprezada em detrimento da segunda. Em outras palavras, buscando ganhar tempo e dinheiro, não houve treino 20 e, por isso, foi mal realizado, perdendo o tempo e dinheiro pretendido ganhar. É importante destacar que para treinar é necessário educar o colaborador para que o mesmo esteja apto a receber o treinamento. Verificação (Check) A partir dos dados coletados na execução, comparar o resultado alcançado com a meta planejada. Atuação Corretiva (Act) Esta etapa consiste em atuar no processo em função dos resultados obtidos. Existem duas formas de atuação possíveis: Adotar como padrão o plano proposto, caso a meta tenha sido alcançada. Agir sobre as causas do não atingimento da meta, caso o plano não tenha sido efetivo. Ao final da quarta etapa (Act), o PDCA retorna à primeira etapa (Plan) e assim continuamente até o final do projeto. Desta forma, a melhoria contínua é um fundamento do Ciclo PDCA, e intensifica-se na medida em que o ciclo é repetido. O processo submetido ao ciclo aprimora-se e amadurece, propiciando aumento gradual de produtividade e redução de custos, agregando valor ao processo e garantindo a satisfação dos clientes. De acordo com Lima (2006), a conexão entre a última e a primeira fase (Agir - Planejar) é denominada circularidade do Ciclo PDCA. Esse ciclomantém-se em movimento ascendente em uma rampa que representa o processo de melhoria contínua. A aplicação do A3 deve-se iniciar com duas pessoas interagindo nas funções de autor e orientador. De forma clara e resumida, o autor deve inicialmente escrever o lado esquerdo e depois de vários diálogos com o orientador, chegar à causa raiz do problema. Encontrada a causa, o lado direito passa a ser consequência e deve ser preenchido com as possíveis soluções (contramedidas), cronogramas de implementação e seus respectivos planos de ação. Esse processo pode levar alguns dias dependendo da experiência dos participantes e do tipo de problema o qual se deseja resolver (SHOOK, 2008). 21 O A3 PDCA promove benefícios como: padronização de uma metodologia para resolução de problemas; desenvolvimento do aprendizado organizacional com a investigação dos fatos que geram desperdícios; e formação de solucionadores de problemas. Tendo em vista as característicasapresentadas, algumas empresas automobilísticas adotaram o A3 PDCA como ferramenta para aumento da qualidade e produção, redução de custos e aumento da competência em todos os níveis. 22 4 MÉTODOS APLICADOS NA ELABORAÇÃO DO A3 PDCA Para se aplicar essa ferramenta complexa, se faz necessário conhecer, entender e utilizar métodos que irão auxiliar na construção do A3, de forma a torna- lo mais eficaz e eficiente. Dentre os diversos métodos de auxilio, o QQOQQC, 5 Porquês, Diagrama de Ishikawa e Pareto são os mais explorados no desenvolvimento de um A3. 4.1 QQOQQC Método que permite demarcar bem todos os aspectos de um problema a resolver, definir bem uma acção a efectuar ou fazer o seu balanço e na generalidade enquadrar bem um assunto. Questionar tudo para definir de maneira exaustiva o assunto, o problema, a ação a efetuar: Quê problema é? Quem viu o problema? Onde está o problema? Quando aparece o problema? Quantas vezes aparece o problema? Como aparece o problema? 4.2 5 Porquês A etapa de análise é o momento em que a causa deve ser descoberta e para isso poderão ser utilizadas várias técnicas, dentre elas a dos cinco porquês. É uma técnica simples na qual se pergunta “Por quê” quantas vezes for necessário até chegar na causa raiz do problema. Segundo Belohlavek (2006) as definições dos porquês: O porquê de “como funciona” algo - o primeiro “porquê” tem como objetivo descrever o seu funcionamento, permitindo resolver os problemas do ponto de vista operacional; 23 O porquê da “lógica intrínseca” de algo - este “porquê” refere-se, de um ponto de vista mais lógico, aonde as partes deste algo permite resolver problemas sem que haja o desajuste funcional entre essas partes; O porquê da “análise causal” de algo - o terceiro “porquê” explica o problema visto como um sistema, o que permite analisar além das fronteiras do problema e analisar os limites do mesmo; O porquê da “análise conceitual” de algo - O quarto “porquê” analisa o problema a partir da sua natureza, das suas essências e do contexto no qual esta inserido; Os 5 porquês, como demonstra a Figura 2, é um método simples de resolução de problemas que tem como objetivo principal encontrar a causa raiz dos problemas. Combinado com outros métodos, como Ishikawa, se obtém um resultado mais refinado, impedindo que exista um custo desnecessário com soluções superficiais e diminuindo também tempo gasto com sintomas ao invés de atacar a origem do problema, conforme o diagrama. Figura 2 – Diagrama de 5 Porquês Fonte: Pinto, 2009 24 4.3 Diagrama de Ishikawa É uma ferramenta de representação gráfica que consiste em visualizar sobre um mesmo diagrama as causas possíveis de um problema classificadas por famílias. Permite classificar as causas prováveis por famílias. É uma ferramenta de síntese visual que permite verificar que fatores foram estudados no caso de resolução de problema, como no exemplo demonstrado na Figura 3. Figura 3 – Diagrama de Ishikawa – Acidente de trabalho num setor Fonte: Empresa do ramo automobilístico, 2014 25 4.4 Pareto “Baseando-se no princípio de Pareto, um estudioso italiano, o Gráfico de Pareto serve para apontar quantitativamente as causas mais significativas, em sua ordem decrescente, identificadas apartir da estratificação”.(SILVA, 1995). A Figura 4 apresenta um modelo do Gráfico de Pareto baseado num problema imaginário de um alto índice de peças danificadas numa linha de produção. Figura 4 – Gráficos de Pareto Fonte:Silva, 1995 26 5 APLICAÇÃO DO A3 PDCA Para a construção do A3 é necessário entender o problema. Para isso existe a primeira etapa que é a “clarificação do problema”, esta fase tem por objetivo determinar a situação ideal e comparar com a situação atual, de forma a tornar visível o desvio entre a situação visada e a atual. 5.1 CLARIFICAÇÃO DO PROBLEMA Figura 5 – Clarificação do problema Fonte: Elaborado pelos autores, 2014. Computam-se semana a semana os dados através do SIQ (sistema que informa os dados relacionados à qualidade do veículo), ilustrado na Figura 5, para obter valores quantitativos, em porcentagem, com o propósito de comparar com o objetivo planejado mensalmente até determinado período. Ao analisar a semana 4 à 16, uma linha de tendência é obtida seguindo a função (y = - 0,0043x + 0,617, sendo x = 16-4, y = 56,11%), a qual não atinge o objetivo do BD ACOM¹ desse mês (abril), 62,4%. Portanto, um valor de ECART, que nada mais é a diferença entre o objetivo e o realizado, no caso, é de 6,29%. __________ ¹BD ACOM – Bom Direto ACOM é um indicador que representa os carros que saem sem defeitos da montagem. BD ACOM L1 61,6% 59,3% 59,3% 60,7% 61,4% 55,9% 56,9% 63,9% 60,0% 56,0% 59,7% 55,7% 52,9% y = -0,0043x + 0,617 30,0% 35,0% 40,0% 45,0% 50,0% 55,0% 60,0% 65,0% 70,0% 75,0% S4 S5 S6 S7 S8 S9 S10 S11 S12 S13 S14 S15 S16 BD ACOM L1BD ACOM Obj. ACOM Linear (BD ACOM) Ecart atual = 6,29% 39% 68% 30% 35% 40% 45% 50% 55% 60% 65% 70% 75% Pespectiva Fim do Ano BD ACOM Obj. ACOM Ecart = 29% COMPARATIVO DE VALOR CRÍTICO Gráfico II 83,8% 88,1% 94,4% 97,2% 93,5% 98,2% 98,6% 97,6% 55,0% 60,0% 65,0% 70,0% 75,0% 80,0% 85,0% 90,0% 95,0% 100,0% BD AC OM AS PE CT O BD AC OM M ON TA BIL IDA DE BD AC OM GE OM ET RIA BD AC OM RU IDO BD AC OM EL ETR ON ICA / E LET RIC A BD AC OM ES TA NQ UE IDA DE BD AC OM AB AS TE CIM EN TO BD AC OM AP ER TO S TENDÊNCIA BD ACOM X BD ACOM ASPECTO Gráfico I 61,6% 59,3%59,3% 60,7%61,4% 55,9%56,9% 63,9% 60,0% 56,0% 59,7% 55,7% 52,9% 84,6% 82,5%82,4% 85,8%85,4% 83,9%83,1% 87,8% 85,9% 80,4% 85,6% 81,1% 80,9% 50,0% 55,0% 60,0% 65,0% 70,0% 75,0% 80,0% 85,0% 90,0% 95,0% 100,0% S4 S5 S6 S7 S8 S9 S10 S11 S12 S13 S14 S15 S16 S17 S18 BD ACOM BD ACOM ASPECTO BD ACOM ASPECTO 84,6% 82,5% 82,4% 85,8% 85,4% 83,9% 83,1% 87,8% 85,9% 80,4% 85,6% 81,1% 80,9% y = -0,0015x + 0,8487 70,0% 75,0% 80,0% 85,0% 90,0% 95,0% 100,0% S4 S5 S6 S7 S8 S9 S10 S11 S12 S13 S14 S15 S16 BD ACOM ASPECTOBD ACOM ASPECTO Obj. ACOM ASPECTO Linear (BD ACOM ASPECTO) Ecart atual = 5,58% 77% 93% 70% 75% 80% 85% 90% 95% Pespectiva Fim do Ano BD ACOM ASPECTO Obj. ACOM ASPECTO Ecart = 16% 27 Seguindo a linha de tendência e o objetivo até o final do ano tem-se um ECART, exibido na Figura 6, de 29%, com isso se torna evidente a necessidade de encontrar soluções para reduzir os defeitos de qualidade dos veículos montados na montadora, a fim de atingir o objetivo final de qualidade evitando assim gastos desnecessários com retrabalho, mão-de-obra e materiais. Figura 6 – BD ACOM L1 Fonte: Software SIQ, 2014 Na figura 7 analisam-se os diferentes tipos de indicadores que influenciam o indicador geral, BD ACOM. Neste comparativo se torna claro que o BD ACOM ASPECTO é o mais crítico, possuindo o menor valor entre os demais, 83,8%. Portanto o A3 irá explorar as causas dos defeitos que impactam neste indicador. Possibilitando também buscar melhorias para o processo de fabricação dos veículos. BDACOM L1 61,6% 59,3% 59,3% 60,7% 61,4% 55,9% 56,9% 63,9% 60,0% 56,0% 59,7% 55,7% 52,9% y = -0,0043x + 0,617 30,0% 35,0% 40,0% 45,0% 50,0% 55,0% 60,0% 65,0% 70,0% 75,0% S4 S5 S6 S7 S8 S9 S10 S11 S12 S13 S14 S15 S16 BD ACOM L1BD ACOM Obj. ACOM Linear (BD ACOM) Ecart atual = 6,29% 39% 68% 30% 35% 40% 45% 50% 55% 60% 65% 70% 75% Pespectiva Fim do Ano BD ACOM Obj. ACOM Ecart = 29% 28 Figura 7 – Comparativo de valor crítico Fonte: Software SIQ, 2014 A Figura 8 demonstra que o BD ACOM tende a acompanhar o BD ACOM ASPECTO. Logo, ao se trabalhar nas causas que contribuem para o decréscimo do indicador, será obtido melhor resultado para o BD ACOM. Figura 8 - Tendência BD ACOM x BD ACOM ASPECTO Fonte: Software SIQ, 2014 COMPARATIVO DE VALOR CRÍTICO 83,8% 88,1% 94,4% 97,2% 93,5% 98,2% 98,6% 97,6% 55,0% 60,0% 65,0% 70,0% 75,0% 80,0% 85,0% 90,0% 95,0% 100,0% B D A C O M A SP EC TO B D A C O M M O N TA BI LI D A D E B D A C O M G EO M E TR IA B D A C O M R U ID O B D A C O M E LE TR O N IC A / E LE T RI C A B D A C O M E ST A N Q U EI D A D E B D A C O M A B A ST E CI M EN TO B D A C O M A P ER TO S TENDÊNCIA BD ACOM X BD ACOM ASPECTO 61,6% 59,3%59,3% 60,7%61,4% 55,9%56,9% 63,9% 60,0% 56,0% 59,7% 55,7% 52,9% 84,6% 82,5%82,4% 85,8%85,4% 83,9%83,1% 87,8% 85,9% 80,4% 85,6% 81,1% 80,9% 50,0% 55,0% 60,0% 65,0% 70,0% 75,0% 80,0% 85,0% 90,0% 95,0% 100,0% S4 S5 S6 S7 S8 S9 S10 S11 S12 S13 S14 S15 S16 BD ACOM BD ACOM ASPECTO 29 Na figura 9, onde é exposto o indicador BD ACOM ASPECTO, é seguido o mesmo raciocínio da figura 1, BD ACOM L1. Com ECART de 5,58% entre semanas 4 e 16 e perspectiva de ECART de 16% para o final do ano. Figura 9 – BD ACOM ASPECTO Fonte: Software SIQ, 2014 5.2 Ações de proteção ao cliente Figura 10 – Ações de proteção ao cliente Fonte: Empresa do ramo automobilístico, 2014 Esta etapa, seguindo a Figura 10, não se aplica ao presente A3 devido ao tema não possuir um cliente específico, logo não há ações de proteção ao cliente a serem tomadas. 30 5.3 Decomposição do Problema Após entendido, o problema é analisado, essa análise ocorre na etapa “decomposição do problema”. Nesta fase, Figura 11, são levantados dados e avaliados de modo a chegar às causas mais impactantes. E também onde são identificados os acontecimentos desencadeadores através da reconstituição das auditorias do processo, que leva ao problema. Busca-se o ponto de ruptura na lógica do processo, o local que gerou concretamente o problema. Figura 11 – Decomposição do problema Fonte: Elaborado pelos autores, 2014 Foi levantada a quantidade de defeitos relacionados a aspecto (DVX Aspecto) por cada modelo de veículo: Ai58 Código referente ao modelo de carro 1 Ai51 Código referente ao modelo de carro 2 Ai91 Código referente ao modelo de carro 3 __________ ¹DVX – Somatório dos defeitos dos veículos, DVX = (DVM + DVT) / número de veículos montados. < 3 - Decomposição do Problema > 31 Figura 12 – DVX Aspecto por carro Fonte: Elaborado pelos autores, 2014 Nota-se que o Ai58 é o que mais impacta no indicador, de acordo com a Figura 12, com 44,8% de defeitos relacionados a aspecto, seguido do Ai51 com 28,7% de defeitos e Ai91 com 26,5%. Neste A3 serão tratados os defeitos dos três modelos de veículos devido ao volume de produção dos mesmos. Para considerar as falhas de maior relevância, foi realizado um levantamento de dados com objetivo de estudar os setores críticos que mais afetam o DVX. Figura 13 – DVX Aspecto por braço Fonte: Elaborado pelos autores, 2014 Os setores (braço de linha) da montagem são denominados da seguinte forma: HC1; HC2; MV2; PP3; MV3. Conforme exibido na Figura 13, os setores que DVX Aspecto por carro 44,8% 28,7% 26,5% Ai58 Ai51 Ai91 DVX Aspecto por BRAÇO 24,62% 15,35% 4,06% 8,77% 47,20% HC1 HC2 MV2 MV3 PP3 32 mais impactam no DVX são PP3 com 47,20%, HC1 com 24,62% e HC2 com 15,35%, logo estes serão os alvos de melhoria. A Figura 14 mostra o layout do setor de montagem dos veículos, onde os mesmos seguem a ordem de montagem indicada pelas setas na imagem. Após a pintura da carroceria, inicia-se a montagem no braço de linha HC1, onde em determinado momento a porta é retirada e segue para PP3. O carro continua, sem a porta, para o HC2, em sequência para o MV2. Os motores passam pelo POM, onde são anexados aos chassis, e ao chegar no MV2 ocorre o acoplamento do chassi com a carroceria. Finalmente, no último braço de linha da montagem MV3, a porta finalizada é recolocada no veículo, o qual passará pelas últimas etapas do processo de montagem. Como os braços de linha são interligados, são necessários estoques de segurança entre eles, denominados pulmões. Com o objetivo de abastecer a próxima linha, temporariamente, durante uma eventual parada de produção. Após concluir todas as etapas do processo, o veículo terminado é submetido à uma série de testes e controles de qualidade no SMOM (porta informática que analisa os defeitos computados durante a montagem). 33 figura 14 – Layout linha 1 Fonte: Empresa do ramo automobilístico, 2014 Nestes gráficos (Figura 15), é feito um comparativo entre os dois turnos de trabalho (Equipe Amarela e Equipe Verde), com o intuito de analisar se alguma equipe tem maior responsabilidade no DVX. Após a análise é observado que a equipe amarela teve um impacto maior, porém ela produz um maior volume de veículos, sendo assim, os defeitos gerados são comuns para as duas equipes e não se faz necessário atribuir responsabilidade para uma equipe. 34 Figura 15 – DVX Aspecto por equipe Fonte: Elaborado pelos autores, 2014 Nesta etapa foi feito um comparativo entre método de trabalho, meios e equipamentos e comportamento para analisar quais desses fatores impactam mais nos defeitos de aspecto dos veículos. Observa-se, na Figura 16, que o comportamento é o mais crítico com 60,2% de influência nestes defeitos, seguido dos meios e equipamentos com 38,1% e com apenas 1,7% dos casos, método de trabalho. DVX Aspecto HC1 por equipe DVX Aspecto HC2 por equipe 56,7% 43,3% Amarela Verde 51,0% 49,0% Amarela Verde DVX Aspecto PP3 por equipe 61,1% 38,9% Amarela Verde 35 Figura 16 – Impacto Aspecto Fonte: Elaborado pelos autores, 2014 Este gráfico foi construído a partir de auditorias diárias feitas observando cada posto da montagem, onde o colaborador, responsável pela auditoria, preenchia um documento modelo (Figura 17), relacionando as ações com os fatores impactantes, a qual o mesmo identificava as ações que possivelmente poderiam influenciar o aspecto do veículo. 36 M O N TA G EM 37 Figura 17 – Fatores impactantes Fonte: Empresa do ramo automobilístico, 2014 Segue o levantamento das auditorias feitas nos principais braços de linha (HC1, PP3, HC2)que afetaram o DVX para os meses de julho e agosto. Como demonstrado na Figura 18, nos braços HC1 e HC2 obteve maior incidência comportamental, já no PP3 os meios e equipamentos que mais incidiram. 38 Figura 18 – Incidência nos braços de linha Fonte: Elaborado pelos autores, 2014 Após análise da decomposição do problema, concluem-se os modos de falha: O Ai58 é o que mais impacta no DVX Aspecto devido a fato de obter maior número de gamas impactando no tempo de operações. O comportamental dos colaboradores é o principal fator que influência os defeitos dos veículos relacionados ao Aspecto. Os braços de linha PP3, HC1 e HC2 são os que mais afetam o indicador pelo fato de terem a grande parte das operações que necessitam de proteções e ferramentas de Aspecto. Posteriormente a conclusão dos modos de falha, foram definidas ações de contenção para os mesmos, conhecido como “apagar incêndios”, essas ações são fundamentais para agir de forma imediata sobre o problema, ganhando tempo para encontrar a causa raiz e evitando custos. Foram tomadas algumas ações de contenção do modo de falha para a melhoria do BD ACOM aspecto, conforme Figura 19: Semana BD ACOM Foram definidas duas semanas (S32 e S33) para enfatizar e acompanhar tudo que influencia e todos os defeitos 39 gerados, relacionados ao aspecto do veículo, envolvendo o maior número de pessoas possível, dedicadas a melhoria do indicador. Proteções paliativas Para cada defeito encontrado foram criadas proteções que evitariam novas ocorrências destes defeitos. Rotina diária de controle de aspecto Controle por meio de auditorias diárias específicas para verificar as possíveis causas das falhas. Reatividade Verificação em tempo real dos postos de trabalho que apresentam quebra de qualidade. Após a ocorrência do defeito o auditor comunica e verifica o mesmo diretamente com o operador. Acompanhamento e análise da evolução do BD ACOM Aspecto Levantamento e estudo de dados, com intuito de verificar o andamento do indicador. Figura 19 – Ações de contenção do modo de falha Fonte: Elaborado pelos autores, 2014 < 3.1 - Ações de contenção do Modo de Falha > Piloto Prazo Data Fechamento Maximiniano C. S33 S34 Maximiniano C. S32 S32 Ricardo S32 S33 Ricardo S33 S33 Guilherme B. S33 S35 Rotina diária de controle de aspecto Reatividade Acompanhamento e análise da evolução do BD ACOM Aspecto Ação Semana BD ACOM S32 a S33 Proteções paliativas 40 5.4 Fixação dos Objetivos Na etapa de fixação dos objetivos (Figura 20) segue o pensamento SMART: Spécifique (Específico), Mesurable (Mensurável), Ambicieux (Ambicioso), Réaliste (Realista), Timé (limitado no tempo). Desta forma projeta-se o comportamental de 60,2% para 37,8% e meios e equipamentos de 38,1% para 18,9%, assim, tendo uma melhoria de 41,61% no impacto desses fatores no BD ACOM Aspecto. Figura 20 – Fixação dos objetivos Fonte: Elaborado pelos autores, 2014 < 4- Fixação dos Objetivos > Trabalhando no comportamental + Meios equipamentos no HC1, HC2 e PP3, será alcançada a meta de 93%, no final do ano de 2014, do BD ACOM Aspecto. 41 5.5 Análise de Causas Raízes Figura 21 – Análise de causas raízes Fonte: Elaborado pelos autores, 2014 Modo de falha 1º Por quê? 2º Por quê? 3º Por quê? Falta VRS RU/Monitor Gama não orienta a desembalagem Falta formação Falta VRS RU/Monitor Falta ponto chave na gama RU não trabalha a cultura do 5s na linha Operador/Monitor não preenche check list 5s Falta VRS RG's sobre o tema Não faz verificação solicitada no check list corretamente Operador não utiliza sempre a mesma versão do check list (atual) Falta organização da equipe quanto ao tema Operador não aciona o monitor em caso de degradação Falta vigor da hierarquia RF/RG/RU/Monitor Falta formação Falta VRS RU/Monitor Falta ponto chave na gama RU não incentiva a cultura da utilização RU não incentiva a cultura da utilização Falta vigor da hierarquia RF/RG/RU/Monitor MEIOS E EQUIPAMENTOS Faltam proteções Falta de investimento Falta sensibilização do operador Falta sensibilização do operador Operador antecipa operação do posto Desconhece o risco de desgaste da proteção da ferramenta e degradação do veículo Operador escolhe não utilizar as proteções (mesmo conhecendo os riscos) Operador desconhece risco da não utilização das proteções Desvio na utilização da proteção de posto Desvio na utilização da proteção da ferramenta Desvio na desembalagem da peça Desvio na utilização dos suportes das ferramentas Desvio de 5s C o m p o rt a m e n ta l A B C D E F 42 Na etapa de análise das causas raízes, exibido na Figura 21, encontram-se os cinco principais modos de falha referentes ao comportamental e o principal referente aos meios e equipamentos. O primeiro modo de falha comportamental é referente ao desvio da desembalagem da peça, onde o colaborador para adiantar a sua operação retira as embalagens de diversas peças fora do tempo, causando, possivelmente, a degradação das mesmas. Isso ocorre por quatro fatores: falta verificação da realização do standard por parte do RU e monitor e a gama não orienta esse processo. Nos dois próximos modos de falha ocorre o desvio na utilização dos suportes das ferramentas e desvio de 5S, ambos por falta de sensibilidade do operador. Porém, no primeiro, o operador desconhece o risco de desgaste da proteção da ferramenta e degradação do veículo. Os fatores que explicam esse fato são: a falta de formação do operador, falta verificação da realização do standard por parte dos RU´s e monitores e ponto chave na gama, ou seja, uma observação destacando essa operação na gama. Já no segundo, falta o RU trabalhar mais a cultura do 5S na linha, preenchimento dos checklists de 5S pelos operadores e monitores e falta os RG´s fazerem a VRS sobre o tema. O quarto modo de falha cita o desvio na utilização da proteção da ferramenta. Essa ocorrência pode ser explicada pelo não preenchimento correto do checklist ou existe versões diferentes, mostrando uma falta de organização da equipe. Além disso, o operador não aciona o monitor quando a ferramenta está degradada e falta vigor da hierarquia (RF, RG, RU e monitor) na fiscalização e cobrança. O último modo de falha é o desvio na utilização da proteção de posto, nele o operador desconhece o risco da não utilização das proteções. Isso normalmente acontece porque o operador não teve formação para a operação, a gama não orienta esse processo, falta verificação da realização do standard por parte do RU e monitor e falta vigor da hierarquia (RF, RG, RU e monitor) na fiscalização e cobrança. Desta vez o modo de falha é por meios e equipamentos sem proteção devido à falta de investimento. Uma vez que não atribuem a devida importância aos danos que podem ser causados sem as respectivas proteções. 43 Para melhor entendimento segue o nível hierárquico, na Figura 22, utilizado na empresa. Figura 22 - Pirâmide hierárquica Fonte: Elaborado pelos autores, 2014 5.6 Ações Corretivas e Preventivas Figura 23 - Ações Corretivas e Preventivas (com piloto e prazo) Fonte: Elaborado pelos autores, 2014 < 6 - Ações Corretivase Preventivas (com piloto e prazo)> Piloto Prazo Data Fechamento C Os RG's devem informar a importância da prática do 5S para os RU's RG's S27 S35 D Os monitores devem cobrar o retorno, quando houver alguma ocorrência, dos operadores Monitores S35 S40 E Os RG's devem cobrar dos RU's e monitores que realizem a VRS RG's S38 S42 RF S37 S40 Estagiários Fab S40 S43 Tamara F. S35 S41 AÇÕES CORRETIVAS Ação Salientar a importância das proteções Letra Porquê Melhores instruções aos operadores Atualizar as gamas com ponto chave para desembalagem AÇÕES PREVENTIVAS F A B 44 Na etapa 6 são tomadas as devidas ações para as causas raízes encontradas pela ferramenta de 5 Por quês. Essas ações têm o objetivo de eliminar as causas de não conformidade a fim de prevenir sua repetição. Podem ser corretivas ou preventivas, de curto ou longo prazo. Nela também são definidas as pessoas responsáveis por cada ação e sua data de fechamento. A Figura 23 prioriza as ações mais importantes a serem tomadas. A ação “A” cita atualizar um ponto chave na gama, esse ponto deve enfatizar a operação de desembalar as peças uma por uma e somente no ato da montagem. A ação “B” supõe melhorar as instruções e formação dos operadores para que eles realizem com melhor qualidade suas operações. Essas ações são tidas como Preventivas. As próximas ações são de caráter corretivo. As ações “C” e “E” citam, respectivamente, que os RG´s devem, informar a importância da prática do 5S aos RU´ e monitores e cobrar aos mesmos que realizem a VRS para haver a proteção de posto. A ação corretiva “D” menciona que os monitores devem cobrar o retorno dos operadores quando houver alguma ocorrência de degradação da ferramenta. A última ação corretiva “F”, referente a meios e equipamentos, expõe a importância das proteções para se justificar o investimento para as mesmas. 5.7 Verificação de Eficácia do Plano de Ação e Medição dos Resultados Figura 24 - Verificação de Eficácia do Plano de Ação e Medição dos Resultados Fonte: Elaborado pelos autores, 2014 < 7 - Verificação de Eficácia do plano de ação e medição dos Resultados> Semana BD ACOM (S32 e S33) *Parada de produção do Ai58 (S32) e volta de produção (S35), devido a falta de peças Novo balanceamento (S36) *As gamas do Ai58 impactam diretamente no tempo de ciclo do operador + quebra do contrante BD ACOM L1 59,0% 56,4% 60,1% 61,2% 60,5% 67,2% 64,1% 63,0% 60,6% 58,7% 55,5% 30,0% 35,0% 40,0% 45,0% 50,0% 55,0% 60,0% 65,0% 70,0% 75,0% mai jun jul S32 S33 S34 S35 S36 S37 S38 S39 BD ACOM Obj. ACOM 1 2 3 1 2 3 BD ACOM ASPECTO 84,2% 82,6% 83,5% 82,0% 86,2% 87,9% 83,1% 83,7% 81,9% 80,1% 81,0% 70,0% 75,0% 80,0% 85,0% 90,0% 95,0% 100,0% mai jun jul S32 S33 S34 S35 S36 S37 S38 S39 BD ACOM ASPECTO Obj. ACOM ASPECTO 45 A figura 24 demonstra a evolução do BD ACOM e BD ACOM Aspecto. Não houve crescimento, pois não atingiu o objetivo vislumbrado devido a alguns fatores inesperados e imprescindíveis, tais como: Parada técnica os operadores perdem a destreza e habilitação dos postos, influenciando negativamente nos indicadores; Management Control para o Aspecto este novo sistema permite uma animação diária sobre o tema e analisar possíveis problemas em tempo real; Semana BD ACOM Aspecto Foram definidas duas semanas (S32 e S33) para enfatizar e acompanhar tudo que influencia e todos os defeitos gerados, relacionados ao aspecto do veículo, envolvendo o maior número de pessoas possível, dedicadas a melhoria do indicador. Supressão da equipe Azul, retomada da equipe verde com a retomada de uma nova equipe, foi necessário formar e habilitar todos os operadores; Parada de produção do Ai58 e volta de produção, devido à falta de peças As gamas do Ai58 impactam diretamente no tempo de ciclo do operador. Ao parar a produção os indicadores melhoraram por ser o veículo mais crítico e ter maior tempo de operação, ao voltar a ser produzido, os indicadores foram reduzidos significativamente; Nova equivalência foi feito um novo balanceamento de linha, onde mudaram as operações de alguns postos. 46 5.8 Ações de padronização e transversalização Figura 25 - Ações de padronização e transversalização Fonte: Elaborado pelos autores, 2014 Na oitava etapa (Figura 25) o A3 é publicado no sistema informático da empresa, onde todos os setores têm acesso. E também é realizada apresentação do A3 finalizado para o DUR (Gerente geral) da montagem, com intuito do mesmo ficar ciente dos problemas existentes e tomar as devidas ações. < 8 - Ações de padronização e transversalização > Piloto Prazo Data Fechamento Guilherme B. S44 S44 Guilherme B. S44 S44 Ação Publicação do A3 no DocInfo Animação do tema juntamente ao DUR 47 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS O Trabalho de Conclusão de Curso evidenciou a importância da utilização do método A3 PDCA, onde os problemas foram organizados e estruturados, de tal forma que as raízes que os geram puderam ser salientadas. Após esta identificação, as origens foram mensuradas e dispostas em camadas. Possibilitando elaborar propostas com a finalidade de melhorar a gestão da qualidade e consequentemente os seus indicadores. Além disso, foram implantadas ações que realmente atuaram no ponto mais crítico, reduzindo as consequências do problema origem. Conforme apresentado durante as análises de resultados, características marcantes do pensamento A3 foram observadas no decorrer do desenvolvimento dos relatórios, dando suporte a utilização desta metodologia no processo de elaboração de propostas. É necessário entender que a solução de problemas está diretamente ligada à causa raiz. Se não for encontrada a verdadeira causa, a solução não será definitiva, levando ao retrabalho, assim, gerando custos desnecessários para a empresa. Com intuito de evitar este retrabalho é utilizado o método A3 PDCA para obter real solução e não, simplesmente, resolve-la superficialmente. Ao aplicar a ferramenta não foi possível atingir os objetivos planejados, devido a fatores independentes ao assunto, que influenciaram negativamente nos resultados. No entanto a aplicação do A3 foi de extrema importância para não ter ocorrido um maior declínio dos indicadores. Neste trabalho de conclusão de curso se tornou aparente, após a aplicação da ferramenta A3 PDCA, que a maior dificuldade é trabalhar no comportamento das pessoas, de modo que se a gestão deixar de lado as diferenças culturais, for qualificada e voltada para atuar no comportamento de seus colaboradores, terá como retorno um grande acréscimo de produção e uma qualidade de processo sempre crescente. 48 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BELOHLAVEK, P. OEE Overall Equipment Effectiveness Suabordaje unicista. Google Livros, 2009. BOGDAN, R.; BIKLEN, S. Características da investigação qualitativa. In: Investigação qualitativa em educação: uma introdução à teoria e aos métodos. Porto, Porto Editora, 1994. CAMPOS, V. F. TQC - Controle da Qualidade Total. FCO/UFMG, 1992. DENZIN, N. K. Interpretive interactionism. Newbury Park, CA: Sage, 1989. DUARTE, J.; BARROS, A. Métodos e técnicas de pesquisa em comunicação. São Paulo: Atlas, 2006. FEIGENBAUM, A. V. Controle da qualidade total. V. 1. 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