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QUESTIONÁRIO DE DIREITO CIVIL AV2

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ESTUDO DIRIGIDO DE DIREITO CIVIL – TEORIA GERAL DOS CONTRATOS
CITE UM CONCEITO DE CONTRATO. 
Contrato é o acordo de duas ou mais vontades, na conformidade da ordem jurídica, destinado a estabelecer uma regulamentação de interesses entre as partes, com o escopo de adquirir, resguardar, modificar ou extinguir relações jurídicas de natureza patrimonial.
QUAIS OS ENFOQUES DA FUNÇÃO SOCIAL DO CONTRATO.
É possível afirmar que o atendimento à função social pode ser enfocado sob dois aspectos: 
Individual: relativo aos contratantes, que se valem do contrato para satisfazer seus interesses próprios.
Público: que é interesse da coletividade sobre o contrato.
Nessa medida, a função social do contrato somente será cumprida quando a sua finalidade - distribuição de riquezas - for atingida de forma justa, ou seja, quando o contrato representar uma fonte de equilíbrio social.
O QUE SÃO CLÁUSULAS GERAIS? CITE DOIS EXEMPLOS.
Cláusulas gerais são normas orientadoras sob forma de diretrizes, dirigidas precipuamente ao juiz, vinculando-o, ao mesmo tempo em que lhe dão liberdade para decidir. São formulações contidas na lei, de caráter significativamente genérico e abstrato, cujos valores devem ser preenchidos pelo juiz, autorizado para assim agir em decorrência da formulação legal da própria cláusula geral. 
Exemplos: Arts. 50 e 422 do código civil/2002
QUAIS SÃO OS REQUISITOS DE VALIDADE DOS CONTRATOS? 
1. De ordem geral: (Art. 104)
a) Capacidade do agente;
b) Objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
c) forma prescrita ou não defesa em lei.
2. De ordem especial: consentimentos recíprocos (acordo de vontades)
São divididos em três grupos:
Requisito subjetivo - Partes do contrato:
Manifestação de duas ou mais vontades e na capacidade genérica dos contraentes.
Na aptidão específica para contratar; e
No consentimento.
Requisitos objetivos - Objeto:
Licitude de seu objeto
Possibilidade física ou jurídica do objeto
Determinação do objeto
Requisitos formais - Forma
 Deve ser a prescrita ou não defesa em lei.
Sistema universal
O consensualismo, da liberdade de forma (regra); e 
Formalismo ou da forma obrigatória (exceção). 
 Espécies de forma = Livre, solene ou contratual.
CITE E EXPLIQUE OS PRINCÍPIOS CONTRATUAIS.
Autonomia da vontade: Significa ampla liberdade de contratar. Têm as partes a faculdade de celebrar ou não contrato, sem qualquer interferência do Estado (CC arts. 421 e 425).
Supremacia da ordem pública: Limita o princípio da autonomia da vontade, dando prevalência ao interesse público.
Consensualismo: Basta o acordo de vontades, independentemente da entrega da coisa, para o aperfeiçoamento do contrato. Os contratos são, em regra, consensuais. Alguns poucos, no entanto, são reais, porque somente se aperfeiçoam com a entrega do objeto, subsequente ao acordo de vontades (depósito ou comodato, p. ex).
Relatividade dos contratos: Funda-se na ideia de que os efeitos dos contratos só se produzem em relação às partes, não afetando terceiros, salvo algumas exceções consignadas na lei (estipulação em favor de terceiros).
Obrigatoriedade dos contratos: Decorre da convicção de que o acordo de vontades faz lei entre as partes (pacta sunt servanda), não podendo ser alterado nem pelo juiz.
Revisão dos contratos: Também denominado "princípio da onerosidade excessiva", opõe-se ao da obrigatoriedade, pois permite aos contratantes recorrerem ao judiciário para obter alteração da convenção e condição mais humanas caso a prestação se torne excessivamente onerosa em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis (arts. 478 e 480). Constitui aplicação da antiga cláusula rebus sic stantibus e da teoria da improvisão.
Boa fé: Exige que as partes se comportem de forma correta não só durante as tratativas como também durante a formação e o cumprimento do contrato (art. 422). Guarda relação com o princípio segundo o qual ninguém pode beneficiar-se da própria torpeza. A boa-fé se biparte em subjetiva (psicológica) e objetiva (cláusula geral que impõe norma de conduta).
QUAIS SÃO OS PRINCÍPIOS BÁSICOS DE INTERPRETAÇÃO CONTRATUAL?
Boa-fé: deve o intérprete presumir que os contratantes procedem com lealdade, pois a boa-fé se presume; má-fé, ao contrário, deve ser provada (CC, arts. 113 e 422).
Conservação do contrato: Se uma cláusula contratual permitir duas interpretações diferentes, prevalecerá a que possa produzir algum efeito.
QUAIS SÃO AS FASES DA FORMAÇÃO DOS CONTRATOS? EXPLIQUE CADA UMA DELAS.
Fase das negociações preliminares ou da puntuação - Na maior parte dos casos, a oferta é antecedida de uma fase, às vezes, prolongada, de negociações preliminares caracterizadas por sondagens, conversações, estudos e debates. Nesta, como as partes ainda não manifestaram a sua vontade, não há nenhuma vinculação ao negócio. Embora não se vincula, elas fazem surgir, entretanto, deveres jurídicos, incidentes do princípio da boa fé.
Fase da proposta, também denominada oferta, policitação ou oblação - É uma declaração receptícia de vontade, dirigida por uma pessoa a outra, por força da qual a primeira manifesta sua intenção de se considerar vinculada, se a outra parte aceitar. Ela vincula o policitante/proponente. A oferta é um NJ receptício, pois sua eficácia depende da declaração do oblato.
Fase da aceitação ou da conclusão do negócio - É a concordância com os termos da proposta.
QUAL LUGAR DA CELEBRAÇÃO DO CONTRATO?
Onde a proposta foi feita. Dispõe o art. 435 do CC. "Reputar-se-á celebrado o contrato no lugar em que foi proposto”.
O QUE É PROMESSA DE FATO DE TERCEIRO?
Configura-se quando uma pessoa se compromete com outra a obter prestação de fato de um terceiro. Responderá aquela por perdas e danos, quando este o não executar. Isso porque ninguém pode vincular terceiro a uma obrigação. As obrigações têm como fonte somente a própria manifestação de vontade do devedor, a lei ou eventual ato ilícito por ele praticado.
O QUE SÃO VÍCIOS REDIBITÓRIOS?
Vícios redibitórios são defeitos ocultos em coisa recebida em virtude de contrato comutativo, que tornam imprópria ao uso a que se destina ou lhe diminuem o eu valor.
A coisa defeituosa pode ser enjeitada pelo adquirente, mediante devolução do preço, e, se o alienante conhecia o defeito, com satisfação de perdas e danos.
QUAIS OS REQUISITOS DOS VÍCIOS REDIBITÓRIOS?
que a coisa tenha sido recebida em virtude de comutativo, ou de doação onerosa ou remuneratória;
que os defeitos sejam ocultos;
que existam no momento da celebração do contrato e perdurem até a ocasião da reclamação;
que sejam desconhecidos do adquirente; e
que sejam graves.
QUAIS AS AÇÕES PODEM SER MANEJADAS PARA DISCUTIR SOBRE OS VÍCIOS REDIBITÓRIOS?
As ações cabíveis para se discutir os vícios redibitórios são:
a) Ação redibitória, para rejeitar a coisa, rescindindo o contrato e pleiteando a devolução do preço pago; ou
b) Ação quanti minoris ou estimatória, para conservar a coisa, malgrado o defeito, reclamando, porém, abatimento no preço.
As referidas ações recebem a denominação de edilícias.
A escolha da ação é irrevogável.
QUAIS OS TERMOS INICIAIS PARA A CONTAGEM DOS PRAZOS REDIBITÓRIOS?
Os prazos para ajuizamento das ações edilícias são decadenciais.
=>30 dias, se relativa à bem móvel; e
=>1 ano, se relativa à imóvel.
Nos dois casos, os prazos são contados da tradição. Se o adquirente já estava na posse do bem, o prazo conta-se da alienação reduzido à metade.
Experimentação de máquinas - conta-se do seu perfeito funcionamento e efetiva utilização.
Animais - conta-se da manifestação dos sintomas da doença até o prazo máximo de 180 dias
O QUE É EVICÇÃO?
É a perda da coisa em virtude de sentença judicial que a atribui a outrem por causa jurídica preexistente ao contrato.
O QUE É E COMO OPERA A CLÁUSULA DE EXCLUSÃO DE RESPONSABILIDADE?
Em regra, o adquirente (evicto) tem o direito de voltar-se contra o alienante, para ser ressarcido do prejuízo.
O evicto não tendo ciência da reivindicatória em andamento,tem direito a recobrar o preço que pagou pela coisa evicta, bem como as verbas descritas no art. 450 do CC.
Só se excluirá a responsabilidade do alienante se houver cláusula expressa, não admitindo cláusula tácita de não garantia. Podem as partes, por essa forma, reforça, ou diminuir a garantia, e até mesmo excluí-la.
A cláusula de irresponsabilidade, por si só, isto é, desacompanhada da ciência da existência de reivindicatória em andamento, exclui apenas a obrigação do alienante de indenizar todas as demais verbas, mencionadas ou não no art. 450 do CC, mas não a de restituir o preço recebido. (se o adquirente, toda via, não é informado da reivindicatória e ocorre a evicção, assiste-lhe o direito de recobrar o preço que havia pago com aquisição da coisa evicta.
No entanto, para que o alienante fique exonerado das demais verbas, é necessário, além da cláusula de irresponsabilidade, que o evicto tenha sido informado do risco da evicção e o assumindo, renunciando a garantia. (se o evicto tem ciência da reivindicatória e assume o risco, este perde o direito tanto de receber o que já pagou, quanto as demais verbas. Perde integralmente)
Se o evicto, posto que informado, não assume expressamente o risco da evicção, pode ele, perdida a coisa, reaver do alienante o que por esta havia pago.
QUAIS AS VERBAS DEVIDAS NA EVICÇÃO? 
Salvo estipulação em contrário, tem direito o evicto, além da restituição integral do preço ou das quantias que pagou. (art. 450)
 a) a indenização dos frutos que o adquirente tiver sido obrigado a restituir;
 b) a das despesas dos contratos e dos prejuízos que resultarem diretamente da evicção;
 c) as custas e os honorários de advogado.
O QUE É EVICÇÃO PARCIAL?
Evicção parcial é quando o evicto perde apenas parte ou fração da coisa adquirida em virtude de contrato oneroso. Pode caracterizá-la, ainda, obstáculo oposto ao gozo, pelo adquirente, de uma faculdade que lhe fora transferida pelo contrato, como a utilização de uma servidão ativa do imóvel comprado; o fato de ter de suportar um ônus, como o de uma hipoteca incidente sobre o imóvel vendido como livre e desembaraçado; e a sucumbência em ação confessória de servidão em favor de outro prédio.
Ser for considerável
1° Rescisão do contrato
2° Restituição da parte do preço correspondente ao desfalque sofrido.
QUAIS OS REQUISITOS CARACTERIZADORES DA EVICÇÃO?
Perda total ou parcial da propriedade, posse ou uso da coisa alienada;
Onerosidade da aquisição;
Ignorância, pelo adquirente, da litigiosidade da coisa (art. 457);
Anterioridade do direito do evictor;
Denunciação da lide ao alienante (art. 456).
CITE E EXPLIQUE AS HIPÓTESES DE CONTRATO ALEATÓRIO.
Contrato aleatório é o bilateral e oneroso em que pelo menos um dos contratantes não pode antever a vantagem que receberá em troca da prestação fornecida.
Espécies: Dividem-se em:
 ■ aleatórios por natureza; e
 ■ acidentalmente aleatórios, que são de duas espécies:
a)	Venda de coisas futuras
à própria existência da coisa
Art. 458 - Se há risco da coisa não vir a existir, e um dos contratantes assumir o risco, terá o outro o direito de receber integralmente o que lhe foi prometido, desde que de sua parte não tenha dolo ou culpa, ainda que nada avençado venha a existir.
À sua quantidade
Art. 459 - refere-se à quantidade maior ou menor da coisa esperada.
Deve o adquirente arcar com o risco, mesmo se a quantidade for menor que a esperada
B)	venda de coisas existentes, mas expostas a risco
Sujeitas a perecimento e deterioração - art. 460
Se o adquirente assumir ele deverá pagar o alienante.
O QUE É CONTRATO COM PESSOA A DECLARAR?
Trata-se de modalidade em que um dos contraentes pode reservar-se o direito de indicar outra pessoa para, em seu lugar, adquirir os direitos e assumir as obrigações dele decorrentes (cc art. 467).
QUAIS OS REQUISITOS DE VALIDADE DO CONTRATO PRELIMINAR? 
De acordo com o art. 462 os requisitos devem ser o mesmo do contrato definitivo, exceto pela forma.
Requisito Objetivo - é preciso que o objeto do contrato seja licito, possível, determinado ou determinável.
Requisito subjetivo - Capacidade genérica pra a vida civil - Agente capaz
Requisito formal - A forma de manifestar a vontade é livre. 
QUANDO SE DÁ A EXTINÇÃO NORMAL DOS CONTRATOS? 
A extinção dá-se, em regra, pela execução (cumprimento), seja ela instantânea, diferida ou continuada. Logo, quando há o cumprimento da prestação libera o devedor satisfaz o credor. Este é o meio normal de extinção do contrato.
QUAIS AS FORMAS PELAS QUAIS PODEM EXTINGUIR-SE OS CONTRATOS, SEM CUMPRIMENTO?
Algumas vezes o contrato se extingue sem ter alcançado o seu fim, ou seja, sem que as obrigações tenham sido cumpridas. Várias causas acarretam essa extinção anormal. Alguns são anteriores ou contemporâneas à formação do contrato; outras, supervenientes.
As causas anteriores ou contemporâneas à formação do contrato são: 
a) defeitos decorrentes do não preenchimento de seus requisitos subjetivos (capacidade das partes e livre consentimentos), objetivos (objeto lícito, possível, determinado ou determinável) e formais (forma prescrita em lei), que afetam a sua validade, acarretando a nulidade absoluta ou relativa (anulabilidade); 
b) implemento de cláusula resolutiva, expressa ou tácita; e 
c) exercício do direito de arrependimento convencionado.
As causas supervenientes à formação do contrato são:
a) resolução, como consequência do seu inadimplemento voluntário, involuntário ou por onerosidade excessiva;
b) resilição, pela vontade de um ou de ambos os contratantes; 
c) morte de um dos contratantes, se o contrato for intuitu personae; e 
d) rescisão, modo específico de extinção de certos contratos.
CITE E EXPLIQUE AS HIPÓTESES DE EXTINÇÃO SEM CUMPRIMENTO DO CONTRATO, CUJA ÀS CAUSAS SÃO ANTERIORES OU CONTEMPORÂNEAS A SUA FORMAÇÃO.
 a) nulidade absoluta e relativa: a primeira decorre de transgressão a preceito de ordem pública e impede que o contrato produza efeitos desde a sua formação (ex tunc); já a segunda (anulabilidade) advém da imperfeição da vontade. Não extinguirá o contrato enquanto não se mover ação que a decrete, sendo ex nunc os efeitos da sentença.
 b) cláusula resolutiva: pode ser expressa, quando convencionada para a hipótese de inadimplemento, ou tácita. A primeira opera de pleno direito; a tácita, por sua vez, depende de interpelação judicial e é subentendida em todo contrato bilateral (art. 475).
 c) direito de arrependimento: quando previsto, autoriza qualquer uma das partes a rescindir o ajuste, sujeitando-se à perda do sinal ou à sua devolução em dobro (art. 420).
CITE E EXPLIQUE AS HIPÓTESES DE EXTINÇÃO SEM CUMPRIMENTO DO CONTRATO, CUJA ÀS CAUSAS SÃO SUPERVENIENTES A SUA FORMAÇÃO.
Resolução 
A extinção do contrato por resolução tem como causa a inexecução ou incumprimento por um dos contratantes.
É um remédio concedido à parte para romper o vínculo contratual mediante ação judicial.
Hipóteses de resolução:
Resolução por Inexecução voluntária 
Decorre de comportamento culposo de um dos contraentes, com prejuízo a outro. Produz efeitos ex tunc, extinguindo o que foi executado e obrigando a restituições recíprocas, sujeitando ainda o inadimplente ao pagamento de perdas e danos e da cláusula penal, convencionada para o caso de total inadimplemento da prestação (cláusula penal compensatória), em garantia de alguma cláusula especial ou para evitar o retardamento (cláusula penal moratória), conforme os arts. 475 e 409 e 411 do CC.
*Se for de trato sucessivo o efeito será ex nunc.
Resolução por Inexecução Involuntária 
A resolução pode também decorrer de fato não imputável às partes, como sucede na hipóteses de ação de terceiro ou de acontecimento inevitáveis, alheios a vontade dos contraentes, denominados caso fortuito ou força maior, que impossibilitam o cumprimento da obrigação.
Resolução por Onerosidade excessiva.
Quebra insuportávelda equivalência das prestações.
Resilição 
A resilição não deriva de inadimplemento contratual, mas unicamente da manifestação de vontade, que pode ser unilateral ou bilateral.
A resilição é o meio próprio para dissolver os contratos por tempo indeterminado. Se não fosse assegurado o poder de resilir, seria impossível ao contratante libertar-se do vínculo se o outro não concordasse.
Bilateral 
A resilição bilateral denomina-se distrato, que é o acordo de vontades que tem por fim extinguir um contrato anteriormente celebrado.
Unilateral 
É suscetível de ser exercida:
Nos contratos por tempo indeterminado;
Nos contratos de execução continuada, ou periódica;
Nos contratos em geral, cuja execução não tenha começado;
Nos contratos benéficos; e 
Nos contratos de atividade.
 Ocorre apenas em certos contratos, sob a forma de:
Denúncia: Obrigação duradoura é aquela que não se esgota em uma só prestação, mas supõe um período de tempo mais ou menos extenso, tendo por conteúdo ou uma conduta duradoura (cessão de uso, arrendamento, locação), ou a realização de prestações periódicas (como pagamento dos alugueis e no fornecimento de gás, por prazo indeterminado).
Revogação ou Renúncia: Nos contratos de mandato, comodato e depósito.
Resgate: Na enfiteuse, como liberação de ônus real.
Morte de um dos contratantes 
 Só acarreta a dissolução dos contratos personalíssimos. Subsistem as prestações cumpridas.
Rescisão
 Ocorre com a dissolução de determinados contratos, como aqueles em que ocorreu lesão ou estado de perigo.
SOBRE A EXTINÇÃO POR INEXECUÇÃO VOLUNTÁRIA RESPONDA:
QUAL A CONSEQÜÊNCIA PARA O INADIMPLENTE?
Produz efeitos ex tunc, extinguindo o que foi executado e obrigando a restituição recíprocas, sujeitando ainda o inadimplente ao pagamento de perdas e danos e da cláusula penal, convencionada para o caso de inadimplemento da prestação. 
QUAIS OS EFEITOS NOS CONTRATOS DE TRATO SUCESSIVO?
Se o contrato for de trato sucessivo, a resolução não produz efeito em relação ao passado, não se restituindo as prestações cumpridas. Efeito ex nunc.
QUAIS AS DEFESAS QUE PODEM SER ALEGADAS PELO DEVEDOR?
1° Que o contrato não é bilateral
2° Que cumpriu integralmente o contrato, ou de modo substancial
3° Que não cumpriu o contrato porque o credor deveria ter cumprido a sua parte primeiro e não fez.
4° Que o credor não está legitimado a ajuizar a ação porque houve cessão da posição contratual ou porque houve assunção da divida.
5° Prescrição ou decadência.
O QUE É A “EXCEPTIO NON ADIMPLETI CONTRACTUS”? 
Nada mais que a exceção do contrato não cumprido, ocorre quando o contrato é bilateral, possui prestações simultâneas e é grave. 
É uma defesa para que um dos contratantes se recuse a sua prestação, ao fundamento de que o demandante não cumpriu a que lhe competia. 
SOBRE A EXCEÇÃO DO CONTRATO NÃO CUMPRIDO APRESENTE SUAS PRINCIPAIS CARACTERISTICAS.
1° Bilaterais
2° Prestações simultâneas
3° Grave
O QUE É A EXCEÇÃO DO CONTRATO PARCIALMENTE CUMPRIDO?
Quando um dos contraentes cumpriu apenas parte ou de forma defeituosa a sua obrigação. Se diferente da teoria do adimplemento substancial, já que nesse caso o contrato quase foi totalmente cumprido.
O QUE É CLÁUSULA “SOLVE ET REPETE”?
Importa em renúncia ao direito da exceção do contrato não cumprido.
O QUE É A RESOLUÇÃO POR ONEROSIDADE EXCESSIVA?
Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato.
ACERCA DA RESOLUÇÃO POR ONEROSIDADE EXCESSIVA CITE E EXPLIQUE QUAIS SÃO OS ELEMENTOS EXIGIDOS PARA SUA CARACTERIZAÇÃO.
1° Acontecimento extraordinário
2° Acontecimento imprevisível
3° Excessivamente oneroso para uma das partes
4° E vantajoso para a outra.
Contrato comutativo de execução diferida ou de trato sucessivo
Ocorrência de fato extraordinário e imprevisível
Considerável alteração da situação de fato existente no momento da execução, em confronto com a que existia por ocasião da celebração
Nexo causal entre o evento superveniente e a conseqüente excessiva onerosidade.
RELACIONE ONEROSIDADE EXCESSIVA E CONTRATOS ALEATÓRIOS.
Não se aplica a onerosidade excessiva aos contratos aleatórios, tendo em vista que os mesmos envolvem risco, sendo ínsita a eles a álea e a influência do acaso.
O QUE É A CLÁUSULA REBUS SIC STANTIBUS?
Rebus sic stantibus, cuja tradução seria "estando assim as coisas" ou "permanecendo as coisas como estavam antes"
A cláusula Rebus Sic Stantibus consiste basicamente em presumir, nos contratos comutativos, de trato sucessivo e de execução diferida, a existência implícita (não expressa) de uma cláusula, pela qual a obrigatoriedade de seu cumprimento pressupõe a inalterabilidade da situação de fato, ou seja o contrato deverá ser cumprindo enquanto as coisas continuarem iguais ao momento de celebração.
QUAL A FUNDAMENTAÇÃO DA TEORIA DA IMPREVISÃO?
A Teoria da Imprevisão consiste no reconhecimento de que "a ocorrência de acontecimentos novos, imprevisíveis pelas partes e a elas não-imputáveis, refletindo sobre a economia ou na execução do contrato, autorizam sua revisão, para ajustá-lo às circunstâncias supervenientes.
Portanto, parte-se do pressuposto de que os contratantes tiveram em vista o ambiente econômico do momento da celebração do contrato, não prevendo ou não podendo prever as circunstâncias supervenientes e imprevisíveis que poderiam advir, que não fossem do risco esperado (álea comum) do negócio.
QUAL A DENOMINAÇÃO DO CONTRATO DE COMPRA E VENDA?
Denomina-se compra e venda o contrato bilateral pelo qual uma das partes (vendedor) se obriga a transferir o domínio de uma coisa à outra (comprador), mediante a contraprestação de certo preço em dinheiro.
Qual é a Natureza Jurídica do contrato de Compra e venda?
Sinalagmático ou bilateral perfeito
Consensual, em regra. Exceção contratos reais.
Oneroso
Comutativo, em regra. Exceção acidentalmente aleatórios.
Quais são os elementos da Compra e Venda? Explique cada um deles.
O contrato de compra e venda, pela sua própria natureza, exige, como elementos integrantes, a coisa, o preço e o consentimento (res, pretium et consensus).
a) Consentimento
Pressupõe a capacidade das partes para vender e comprar e deve ser livre e espontâneo, sob pena de anulabilidade, bem como recair sobre os outros elemento: a coisa e o preço. Tem que ter capacidade especifica. Tem que ser dono.
b) O preço
O preço é o segundo elemento essencial da compra e venda. Sem sua fixação, a venda é nula. É determinado, em regra, pelo livre debate entre os contraentes, conforme leis de mercado, sendo por isso convencional. Admite-se ser determinável.
Características da fixação do preço:
Convencional
Preço determinado ou determinável mediante índices preestabelecidos
Média do vendedor.
c) A coisa
É o objeto do contrato de compra e venda.
Requisitos:
A coisa tem que existir
A coisa tem que ser individualizada
A coisa tem que está disponível
Quais bens podem ser objetos de contrato de compra e venda?
As coisa atuais e futuras - art. 483
Bens corpóreos e incorpóreos.
d) Quanto ao sujeito: Qual a obrigação de cada um deles?
Ambos os contratantes obtêm proveito, ao qual corresponde um sacrifício (para um, pagamento do preço e recebimento da coisa; para o outro o recebimento do pagamento).
Quais são os efeitos do contrato de compra e venda?
Efeitos primários
a) Gerar obrigações recíproca para os contratantes: para o vendedor, a de transferir o domínio de certa coisa, e para o comprador, a de pagar-lhe certo preço em dinheiro.
b) Acarretar responsabilidade para o vendedor pelos vícios redibitórios e pela evicção.
Efeitos secundários
a) Responsabilidade pelos riscos inerentes a coisa. 
*Art. 492 - Até o momento da tradição dos móveis e o registro de imóveis, a coisa pertence ao vendedor Osriscos da coisa perecer ou se danificar, até esse momento, correm, portanto, por sua conta (res perit domino); e os do preço se perder, por conta do comprador.
*Art.492, $2º quando o comprador estiver em mora de receber coisa adquirida, colocada à sua disposição conforme ajustado, os riscos correrão por sua conta.
*Art. 493 - Na falta de estipulação expressa, a coisa deve ser entregue no local em que se encontrava ao tempo da venda.
*Art. 494 -Se a coisa for expedida "para lugar diverso" de onde se encontrava ao tempo da venda, por ordem do comprador, por sua conta correrão os riscos. 
b) Repartição das despesas
Art. 490. Salvo cláusula em contrário, ficarão as despesas de escrituras e registro a cargo do comprador, e a cargo do vendedor os da tradição.
É uma regra subsidiária, visto que em face do principio da autonomia da vontade pode ser adotado de outro modo.
c) O direito de reter a coisa ou preço
Na compra e venda à vista, as obrigações são recíprocas e simultâneas. Mas cabe o comprador o primeiro passo: pagar o preço. Antes disso, o vendedor não é obrigado a entregar a coisa, podendo retê-la, ou negar-se a assinar a escritura definitiva, até o comprador satisfaça a sua parte.
Quais são as limitações à compra e venda?
Algumas pessoas sofrem limitações, decorrentes da falta de legitimação, em razão de determinadas circunstâncias ou da situação em que se encontram, que não se confundem com incapacidade.
a) Venda de ascendente a descendente
b) Aquisição de bens por pessoa encarregada de zelar pelos interesses do vendedor
c) Venda de parte indivisa em condomínio
d) Venda entre cônjuges
Quais são as Hipóteses de Venda Especiais? Explique-as.
a) Venda mediante amostra
Amostra é o mesmo que paradigma. Constitui reprodução integral da coisa vendida, com suas qualidades e características, apresentada em tamanho normal ou reduzido. Se a coisa não for entregue igual à amostra, caracteriza-se inadimplemento contratual, devendo o comprador protestar imediatamente, sob pena de seu silêncio ser interpretado como aceitação tácita.
b) Venda ad corpus e venda ad mensuram
Venda ad mensuram: Em que o preço é estipulado com base nas dimensões do imóvel.
Caso se verifica em posterior medição que a área não corresponde as dimensões dadas, tem o comprador o direito de exigir a sua complementação. Tão somente não exista área remanescente pertencente ao vendedor, é que se abre a opção do comprador de reclamar a resolução do contrato ou do abatimento proporcional do preço. 
A complementação da área é exigida por ação ex empto ou ex vendito, caso não seja possível abre-se então a alternativa para o comprador: ajuizar ação redibitória o a estimatória.
Venda ad corpus: Nesse caso é diferente.Nessa espécie de venda o imóvel é adquirido como um todo, como corpo certo e determinado, caracterizado por suas confrontações, não tendo nenhuma influência na fixação do preço as suas dimensões. Presume-se que o comprador adquiriu a área pelo conjunto que lhe foi mostrado e não em atenção à área declarada.
Quais as Cláusulas Especiais do contrato de compra e venda? Explique-as.
a) Da retrovenda
b) Da venda a contento e da sujeita a prova
c) Da preempção ou preferência
d) Da venda com reserva de domínio
e) Da venda sobre documentos
Explique a natureza jurídica da retrovenda.
A natureza jurídica da retrovenda é a de um pacto acessório, adjeto ao contrato de compra e venda.
É uma condição resolutiva expressa.
Qual o prazo para exercer o direito retrato ou resgate?
O prazo decadencial de 3 anos.
Sobre a venda a contento explique quando ela se aperfeiçoa.
Se dá levando em consideração exclusivamente o gosto do comprador.
Qual a diferença da cláusula de venda a contento e a sujeita a experimentação.
Na venda a contento se leva em consideração o gosto, a vontade subjetiva.
Já na venda sujeita a prova a condição exigida é que a coisa tenha as qualidades asseguradas pelo vendedor e serem inidôneas para o fim a que se destina.
Na clausula de preferência quais as conseqüências para o comprador que não cumpre? 
Se o comprador desrespeitar a avença, não dando ciência ao vendedor do preço e das vantagens que lhe oferecem pela coisa, respondera por perdas e danos desde que este prova efetivo prejuízo. Respondera solidariamente o adquirente se tiver procedido de ma Fe. O direito de preferência convencional é por tanto de natureza pessoal 
A regra res perit domino se aplica aos contratos em que há clausula de reserva de domínio?
Não, já que essa é a exceção da res perit domino 
Cite e explique as principais características da clausula de venda sobre documento 
-só se aplica aos bens moveis 
- é uma venda simbólica
-ocorre geralmente na venda de mercadorias que estão depositadas em armazéns ou em transporte, e -ainda quando dependa de liberação da alfândega.
-O vendedor entrega o comprovante ao comprador o titulo, warrant ou outro documento que permite o recebimento ou levantamento da mercadoria
-indica a presunção de que a coisa conserve suas qualidades, nesse sentido, o comprador não pode alegar que o pagamento só será feito mediante vistoria 
Quais soluções podem ser aventadas em um contrato cuja venda é ad mensuram e que há excesso de área? 
- cabe ao comprador, a sua escolha, completar o valor correspondente ao preço 
-devolver o excesso 
Quais soluções podem ser aventadas em um contrato cuja venda é ad mensuram e que há falta de área? 
Caso estivesse faltando o comprador poderia pedir a complementação, e somente se esta não for possível, por não ter o vendedor área remanescente disponível, é que se abre para aquele a opção de reclamar a resolução do contrato ou abatimento proporcional ao preço. A complementação de área é exigida por meio de ação EX EMPTO ou EX VENDITO. Inexistente a possibilidade de complementação abre-se então a alternativa para o comprador ajuizar a ação redibitória ou estimatória. 
Na venda ad corpus é possível haver complementação de área? Fundamente sua resposta.
Não. Na venda ad corpus a venda é feita como coisa certa e determinada( a venda como um todo), presume-se que o comprador adquiriu a área pelo conjunto que lhe foi mostrado e não em atenção a área declarada.
Qual a razão ou fundamento da proibição da venda entre tutores e tutelados 
A proibição é manter a isenção(imparcialidade) de animo naqueles que por dever de oficio ou por profissão tende zelar por interesses alheios (presunção de interesse desleal da situação)
O juiz e demais serventuários da justiça sempre estarão proibidos de adquirir bens em asta publica?
Não. Embora a restrição relaciona-se apenas com julgamentos decisões processos em razão do lugar onde servirem, ou seja, que estejam incluídos na sua jurisdições e competências. 
A venda de ascendente para descendente é absolutamente proibido?
Não. Desde o cônjuge e os outros descendentes concordem expressamente.