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PRATICA JURIDICA III - PENAL

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PRÁTICA JURÍDICA III - PENAL
_____________________________________________________________________________
PRÁTICA JURÍDICA III - PENAL
Prof. Carlos Ricardo Fracasso
30/01/2012
Avaliação:
05 peças por bimestre valendo 01 ponto cada.
01 prova bimestral valendo 05 pontos.
Bibliografia básica
NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de processo penal e execução penal. 7ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2011. 
CAPEZ, Fernando. Curso de processo penal. 18ª ed. São Paulo: Saraiva. 2011. 
BONFIM, Edilson Moungenot. Curso de processo penal. 6ª ed. São Paulo: Saraiva. 2011.
GRECO, Rogério. Curso de direito penal. 13ª ed. 1º vol. Rio de Janeiro: Impetus, 2011.
HILDEBRANDO, 
NUCCI, Guilherme de Souza. Prática Forense Penal. 2011.
Quando há o crime (acontece a lide penal), onde o direito penal sai do plano abstrato e o Estado pretende responsabilizar o criminoso. 
Lide penal: direito de punir X direito de liberdade. 
Sendo que o processo penal (instrumento) é meio do qual o Estado utiliza para resolver o conflito.
A partir daí ocorrerá a persecução criminal (vai do Inquérito até a Ação proposta em Juízo) que é todo caminho para o Estado punir o criminoso, onde se tem a fase investigativa (Inquérito) até chegar a ação penal em juízo. 
FASES: 1ª pré-processual (inquérito policial); 2ª processual (ação penal); 3ª fase recursal; 4ª fase trânsito em julgado/execução penal. Cabe Habeas Corpus em qualquer dessas fases. 
06/02/2012
1) Polícia Judiciária: responsável pela apuração das infrações penais. Esta se divide em: 
	- Federal / Civil: tanto uma como outra irá apurar as infrações penais. A atribuição da Polícia Federal são as infrações penais praticadas contra bens e interesses/serviços da União e ainda nos casos de tráfico internacional de drogas. Enquanto que a Polícia Civil incumbe-se dos crimes que não serão apurados pela Polícia Civil (por exclusão).
2) 	Inquérito Policial (art. 4º a 29 CPP): utilizado para penas superiores a 02 anos, seguindo o princípio da formalidade.
Termo circunstanciado de ocorrência (art. 69 da Lei 9.099/95): será usado quando for infração de menor potencial ofensivo cuja pena máxima seja igual ou inferior a 02 anos; e ainda todas as contravenções penais (art. 61 da Lei 9.099/95). O TCO é de acordo com o princípio da informalidade (rápido; simples). 
	- Finalidade: dupla finalidade – apurar a materialidade e a autoria do crime. Ex.: no crime de homicídio, a materialidade seria o exame necroscópico. 
- Sigiloso: ambos são sigilosos, para garantir o êxito da investigação e para preservar a pessoa investigada. 
	- Sigilo do inquérito policial e o advogado: é direito do advogado segundo art. 14º, XIV da Lei 8.906/1994 - examinar em qualquer repartição policial, mesmo sem procuração, autos de flagrante e de inquérito, findos ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar apontamentos.
	Caso mesmo assim não seja liberada vista para o advogado, a medida judicial será o mandado de segurança, uma vez que há violação a direito líquido e certo. 
SÚMULA VINCULANTE 14 - É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa. 
IMPORTANTE PROVA: Com base no Estatuto da OAB, em seu art. 7, XIV o advogado tem direito líquido e certo, caso contrário, caberá mandado de segurança. Outrossim, o advogado faz jus a uma reclamação perante o STF com base na súmula vinculante 14. 
	- Inquisitivo: é presidido pelo delegado de polícia e ele que define as diligências que devem ser feitas, assim, diz ser inquisitivo, uma vez que não nele não há contraditório e amplo defesa. 
	- Indisponibilidade: o delegado de ofício não poderá arquivar um TCO nem IP, haja vista que são indisponíveis. 
3) Ação penal (classificação):
	- Ação penal pública:
		- Ação penal pública incondicionada: a regra é que o crime será de ação penal pública incondicionada, salvo quando previsto de forma contrária pelo legislador – art. 100 do CP. Nos crimes de ação penal pública incondicionada o delegado deve instaurar o inquérito policial.
		- Ação penal pública condicionada: é a condicionada à representação ou requisição do Ministro da Justiça. Ex.: art. 147 CP. 
	- Ação penal privada: ex.: crimes contra a honra, art. 145 CP. Depende do interesse do ofendido para a apuração do crime. 
13/02/2012
4) Formas de instauração do Inquérito Policial / Termo Circunstanciado (art. 5º CPP)
Crimes de ação penal pública incondicionada: esta deve ser proposta obrigatoriamente. 
	I – de ofício: delegado de polícia. O delegado inicia o IP por meio de uma Portaria. 
	II –	Por requisição do juiz (por meio de ofício). 
Pelo Ministério Público também pode requisitar a instauração do IP. 
Pelo requerimento do ofendido (por meio de seu advogado). 
Art. 5º, § 1o  O requerimento a que se refere o no II conterá sempre que possível:
a) a narração do fato, com todas as circunstâncias;
b) a individualização do indiciado ou seus sinais característicos e as razões de convicção ou de presunção de ser ele o autor da infração, ou os motivos de impossibilidade de o fazer;
c) a nomeação das testemunhas, com indicação de sua profissão e residência.
Crimes de ação penal pública condicionada: art. 5º, § 4o  O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, não poderá sem ela ser iniciado.
	- Representação: pedido/autorização do ofendido. Sendo que esta autorização deve ser feita por meio de representação para que se possa instaurar o IP. Exemplo: art. 147 CP. 
Crimes de ação penal privada: art. 5º, § 5o  Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder a inquérito a requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la.
	Nos crimes de ação privada, a peça a ser elaborada será o requerimento. A ação penal privada inicia-se com a queixa e deve ser encaminhada para o juízo para pleitear a instauração do IP ou TCO. 
	
5) Diligências/Autoridade policial – art. 6º CPP
	Indiciamento: quando a pessoa é chamada à delegacia para ser indiciado, ou seja, a pessoa é autora do crime. Ou seja, indiciar é atribuir a alguém a prática de um crime.
	Identificação criminal (impressão digital): Lei 12.037/2009. A pessoa só poderá ser identificada criminalmente nas hipóteses trazidas pelo art. 21 desta Lei. 
6) Incomunicabilidade
	Art. 21 CPP / art. 136, §3º IV CF.
 Art. 21.  A incomunicabilidade do indiciado dependerá sempre de despacho nos autos e somente será permitida quando o interesse da sociedade ou a conveniência da investigação o exigir. 
Art. 136. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza.
§ 3º - Na vigência do estado de defesa:
IV - é vedada a incomunicabilidade do preso.
7) Prazo conclusão Inquérito Policial – art. 10 CPP
	    Art. 10. CPP. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela.
Lei 11.343/2006: réu preso 30 dias; réu solto 90 dias.
Polícia Federal: 15 dias para conclusão seja réu preso ou solto. 
8) Inquérito Policial x Termo Circunstanciado
Atenção: art. 41 da Lei 11.340/2006 (Lei Maria da Penha). 
Art. 41.  Aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher, independentemente da pena prevista, não se aplica a Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995.
	Ou seja, é uma exceção, uma vez que nos casosde crime que configure violência ou grave ameaça contra a mulher, sempre deverá ser instaurado inquérito policial independentemente da aplicação da pena. 
QUESTÕES
CASO 01 – PEÇA 01/2012 – REQUERIMENTO PARA INSTAURAÇÃO DE INQUÉRITO POLICIAL
Crime/Ação penal/Momento: Crime de Peculato (art. 312 CP). Ver art. 327 (para fundamentar que José é funcionário público). Se não for funcionário público cometeu apropriação indébita (art. 168 CP). 
	Ação penal: ação penal pública incondicionada tanto no peculato quanto na apropriação indébita.
	Momento: pré-processual.
Peça cabível: requerimento de instauração de Inquérito Policial (art. 5º, II CPP). 
Endereçamento: para ilustríssimo senhor doutor delegado de polícia da cidade de Marília. 
Pedido: instauração de inquérito policial para apurar o fato com todas as circunstâncias. 
SUPLICADO: autor do crime
SUPLICANTE: cliente.
CASO 02 – PEÇA 02/2012 – REPRESENTAÇÃO PARA INSTAURAÇÃO DE INQUÉRITO POLICIAL
Crime: Crime de ameaça (art. 147 CP). Combinado com art. 7º, II da Lei 11.340/2006 (Maria da Penha). 
	Ação penal: Ação penal pública condicionada (à representação). 
	Momento: Pré-processual.
Peça cabível: Representação (art. 5º, §4º CPP).
Endereçamento: para o delegado de polícia. 
Pedido: instauração de inquérito policial em razão da aplicação da lei 11.340/2006.
CASO 03 – PEÇA 03/2012 - 
Crime/Ação penal/Momento:
Peça cabível:
Endereçamento:
Pedido:
ENTREGAR DIA 27 PEÇA 01 E 02.
20/02/2012 – RECESSO CARNAVAL
27/02/2012
PRISÃO EM FLAGRANTE – arts. 301 a 309 do CPP / Art. 5º LXI a LXIV CF/88.
	O inquérito policial iniciará com a lavratura do auto de prisão em flagrante delito quando o crime for de ação penal pública incondicionada. Sendo de ação penal pública condicionada, o delegado não poderá fazer flagrante delito sem a representação da vítima. Nos casos de crimes de ação penal privada, o inquérito só poderá ser iniciado com a manifestação da vítima. 
	O flagrante deve-se ser analisado em dois momentos: deve-se verificar se o agente está ou não em situação de flagrante delito (art. 302 CPP). A outra fase diz respeito às formalidades do flagrante (art. 304 CPP).
1. Sujeitos (art. 301 CPP)
	Ativo: é aquele que efetua a prisão do flagrante delito. Qualquer do povo pode prender outra em flagrante (facultativo). As autoridades por sua vez deverão prender em flagrante delito (obrigatório). 
	Passivo: é aquele que pode ser preso em flagrante delito. Sendo que qualquer pessoa poderá ser preso em flagrante delito, salvo os menores de 18 anos (comete ato infracional); os membros do Congresso Nacional nos crimes afiançáveis; o Presidente da República; o autor de um menor potencial ofensivo que assumiu o compromisso de comparecer ao Juizado Especial Criminal (art. 69, parágrafo único Lei 9099/95).
EXCEÇÃO: Art. 301. Não pode ser preso em flagrante delito. 
“Ao condutor de veículo, nos casos de acidentes de trânsito de que resulte vítima, não se imporá a prisão em flagrante, nem se exigirá fiança, se prestar pronto e integral socorro àquela”.
2. Espécies de flagrante delito – art. 302 CPP
	
	São espécies de flagrante delito previsto pela legislação:
	a) Flagrante próprio, real ou verdadeiro: previsto nos incisos I e II do art. 302 do CPP. É a certeza de que a pessoa está cometendo ou acaba de cometer o crime. 
	b) Flagrante impróprio ou quase flagrante: inciso III do art. 302 CPP. Ocorre quando aquele que é perseguido (art. 290, §1º CPP), logo após cometer o crime. A expressão ‘logo após’ deve ser entendida como uma variável entre 30 minutos e 1 hora, uma vez que é o tempo em que a polícia leva para tomar ciência do fato e iniciar a perseguição. Esta perseguição deve ser incessante (ininterrupta), independentemente se durar horas ou dias, devendo ser realizada a prisão em qualquer local. 
	c) Flagrante ficto ou presumido: previsto no inciso IV do art. 302 CPP. Ocorre quando o agente é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração. Sendo que o máximo (‘logo depois’) que os tribunais têm admitido para o flagrante presumido é de 7 a 8 horas. 
	d) Flagrante esperado-retardado, diferido: previsto no art. 2º, II da Lei 9.034/1995 (crime praticado por organização criminosa). Consistindo em retardar a interdição policial do que se supõe em ação praticada por organizações criminosas ou a ela vinculada, desde que mantida sob observação e acompanhamento para que a medida legal se concretize no momento mais eficaz do ponto de vista da formação de provas e fornecimento de informações.
Neste caso, portanto, o agente detém discricionariedade para deixar de efetuar a prisão em flagrante no momento em que presencia a prática da infração penal, podendo aguardar um momento mais importante do ponto de vista da investigação criminal ou da colheita de prova.
3. Modalidade de flagrante delito
	a) Flagrante esperado: é aquele em que a polícia toma as cautelas e prende o autor do delito. É aquele em que a polícia tem o conhecimento prévio de um crime que vai ser praticado e o espera acontecer para fazer o flagrante delito. 
	b) Flagrante forjado: é aquele em que o crime é inventado, criado, forjado. Exemplo: pessoa coloca droga no carro de outra pessoa. Como no flagrante forjado não há crime, logo é um flagrante ilegal. 
	c) Flagrante preparado ou provocado: previsto na Súmula 145 STF: “Não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua consumação”. Como não há crime não será flagrante legal. 
4. Diferenças: flagrante esperado X flagrante preparado/provocado
	A diferença entre o flagrante esperado e o preparado é que no primeiro não há induzimento, enquanto que no provocado/preparado a pessoa é induzida a praticar o crime. 
05/03/2012
Formalidades da prisão em flagrante (art. 304, CPP): “Apresentado o preso à autoridade competente, ouvirá esta o condutor e colherá, desde logo, sua assinatura, entregando a este cópia do termo e recibo de entrega do preso. Em seguida, procederá à oitiva das testemunhas que o acompanharem e ao interrogatório do acusado sobre a imputação que lhe é feita, colhendo, após cada oitiva suas respectivas assinaturas, lavrando, a autoridade, afinal, o auto”.
	Sequência a ser seguida: 
		a) Condutor / Testemunha;
		b) Testemunhas (falta de testemunhas);
		c) Vítima, se possível;
		d) Interrogatório do acusado: (não é obrigado a responder ao delegado). 
		e) Auto de prisão.
Depois que foi feito o auto de prisão em flagrante, deverá ser entregue a nota de culpa documento em que comunica o preso os motivos que levaram a prisão (art. 306, § 2º CPP). Este documento será comunicado imediatamente ao juiz competente, ao MP, e à família do preso. Em até 24 horas será encaminhado ao juiz competente o auto de prisão em flagrante, ao advogado e caso não o tenha para a Defensoria Pública. 
Prazo para o delegado lavrar o auto de prisão em flagrante, devendo ser em menos de 24 horas, haja vista, que o prazo máximo para se entregar a nota de culpa é de 24 horas a contar da prisão, sob pena de ilegalidade. 
	Apresentação espontânea X prisão em flagrante: no caso de apresentação espontânea não caberá prisão em flagrante, uma vez que a apresentação espontânea não se enquadra nas hipóteses do art. 302 do CPP e também não é possível formalizar a prisão porque não há o condutor. 
	A cópia do auto de prisão em flagrante deve ser entregue ao juiz, uma vez que o juiz, percebendo a prisão ilegal, deverá de forma fundamentada, relaxar a prisão ilegal (art. 5º, LXV da CF e art. 310, I do CPP). 
TS 03/2012 – RELAXAMENTO DA PRISÃO EM FLAGRANTE 
Crime: art. 155, § 4º, IV do CP c/c art. 14, II do CP.
Ação penal: pública incondicionada.
Momento: pré-processual.
Situação: réu preso.
Prisão ilegal: não está previsto nas hipóteses do art. 302 CPP. 
Tese: a prisão um mês após não está de acordo com as hipóteses do art. 302 CPPe seus incisos, discorrendo sobre as espécies de flagrante e fazendo a correlação com o caso em concreto, explicando que não houve flagrante.
Peça: Relaxamento da prisão em flagrante.
Fundamento: art. 5º, LXV da CF e art. 310, I do CPP. 
I – Dos Fatos: Pedro Paulo: é o requerente. 
II – Do Direito: Fazer introdução que o requerente foi preso em tal data e para comparecer a delegacia um mês depois e foi preso me flagrante, assim, discorrendo que esta é ilegal não se enquadrando no art. 302. 
Outrossim, não há que se falar em prisão haja vista que houve a apresentação espontânea. 
Apontar ilegalidade do art. 226 CPP (forma de reconhecimento), que deveria ser seguido conforme descreve a legislação. 
Competência: juiz de 1ª instância. 
III – Do Pedido: relaxamento da prisão em flagrante e expedição do alvará de soltura. 
Justificativa: deve ser feito o relaxamento da prisão em flagrante uma vez que esta é ilegal. 
ENTREGAR DIA 12/03/2012
12/03/2012
PRISÕES PENAIS
1. Art. 5º, LXI CF: “LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei”. 
	
	Nesse sentido, pode-se dizer que há apenas duas prisões que são legais: a prisão em flagrante e prisão por ordem escrita do juiz (ex.: prisão temporária, prisão preventiva, prisão por sentença condenatória etc.). 
“Art. 283 do CPP.  Ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente, em decorrência de sentença condenatória transitada em julgado ou, no curso da investigação ou do processo, em virtude de prisão temporária ou prisão preventiva”.
2. Prisão / Sanção: A prisão é uma sanção em razão do crime por ele praticado, que decorre de uma sentença penal condenatória transitado em julgado (expedido pelo juiz). 
	Prisão sem pena: são aquelas que ocorrem antes do transito em julgado da sentença penal condenatória, ou seja, essa prisão ocorrerá durante o inquérito ou durante o processo, sendo esta uma prisão provisória/cautelar ou prisão processual.
	OBS.: não confundir liberdade provisória com a prisão provisória, prisão preventiva, prisão temporária, uma vez que são institutos antagônicos, ou seja, quando cabe um não caberá o outro. 
3. Prisão Provisória/Presunção da Inocência (art. 282 c/c art. 319 CPP) – último caso
	Deve-se adotar o princípio da não culpabilidade, ou seja, a regra é de presunção de inocência, ninguém é culpado até que se prove o contrário. Assim, como regra, até sentença penal condenatória transitada em julgado, a pessoa deverá responder em liberdade. 
	Excepcionalmente, a pessoa poderá responder o processo presa (medida excepcional – antes da sentença penal condenatória), somente quando for necessária aquela prisão, caso contrário, deverá responder em liberdade. 
	Nesse sentido, o legislador criou as medidas cautelares alternativas à prisão, previstas no art. 282 e 319 do CPP: 
Art. 282.  As medidas cautelares previstas neste Título deverão ser aplicadas observando-se a:  
I - necessidade para aplicação da lei penal, para a investigação ou a instrução criminal e, nos casos expressamente previstos, para evitar a prática de infrações penais;  
II - adequação da medida à gravidade do crime, circunstâncias do fato e condições pessoais do indiciado ou acusado. 
Art. 319.  São medidas cautelares diversas da prisão: 
I - comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas condições fixadas pelo juiz, para informar e justificar atividades;  
II - proibição de acesso ou frequência a determinados lugares quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado permanecer distante desses locais para evitar o risco de novas infrações;  
III - proibição de manter contato com pessoa determinada quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado dela permanecer distante;  
IV - proibição de ausentar-se da Comarca quando a permanência seja conveniente ou necessária para a investigação ou instrução;  
V - recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga quando o investigado ou acusado tenha residência e trabalho fixos; 
VI - suspensão do exercício de função pública ou de atividade de natureza econômica ou financeira quando houver justo receio de sua utilização para a prática de infrações penais;  
VII - internação provisória do acusado nas hipóteses de crimes praticados com violência ou grave ameaça, quando os peritos concluírem ser inimputável ou semi-imputável (art. 26 do Código Penal) e houver risco de reiteração; 
VIII - fiança, nas infrações que a admitem, para assegurar o comparecimento a atos do processo, evitar a obstrução do seu andamento ou em caso de resistência injustificada à ordem judicial;  
IX - monitoração eletrônica. 
	Nesse sentido, pode-se dizer que a regra, é a liberdade, ainda que mediante determinadas condições (art. 319 CPP), devendo ser aplicada a prisão provisória somente em último caso. 
4. Prisões cautelares ou Prisões provisórias (art. 283 CPP)
	a) Prisão em flagrante (art. 301 a 309 CPP)
	b) Prisão preventiva (art. 311 e 316 CPP)
	c) Prisão temporária (Lei 7.960/1989).
PRISÃO PREVENTIVA – art. 311 a 316 do CPP. 
1. Pressupostos: art. 312, 2ª parte CPP: para que a prisão preventiva seja decretada, deverão estar presentes dois pressupostos:
	a) Prova da materialidade: existência do crime (ex.: corpo da vítima). 
	b) Indícios de autoria: não significa prova plena, sendo uma prova que indique que a pessoa praticou o crime. 
	Fumus Boni Iuris: ‘fumaça do bom direito’, ou seja, deve-se ter a prova da materialidade e indício de autoria.
2. Fundamentos: art. 312, 1ª parte: a prisão preventiva deverá ser decretada com algum dos seguintes fundamentos:
	a) Garantia da ordem pública: impedir que a pessoa cometa novos delitos. 
	b) Garantia da ordem econômica: impedir práticas de novos crimes contra o sistema financeiro, contra o erário, crime contra a administração. 
	c) Por conveniência da instrução criminal: impedir a destruição de provas, impedindo que o réu ameace testemunhas, promotores etc. 
	d) Para assegurar a aplicação da lei penal: impedir que o réu deixe o local/cidade do crime. 
	e) Quando do descumprimento das medidas cautelares alternativas previstas no art. 319 CPP: ou seja, quando a princípio o juiz não decrete a prisão preventiva e sim medidas alternativas e o réu descumpra tais medidas, o juiz poderá aplicar prisão preventiva. 
	Periculum in mora: ‘perigo da demora’, ou seja, se demorar a prisão, o réu vai praticar novos crimes, vai destruir as provas, vai fugir. 
3. Condições de admissibilidade da prisão preventiva: previsto no art. 313 do CPP. A prisão preventiva pode ser decretada em todo e qualquer crime? Não, uma vez que segundo o art. 313, a prisão preventiva só caberá:
Art. 313.  Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da prisão preventiva:  
I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos;  
II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado, ressalvado o disposto no inciso I do caput do art. 64 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal (reincidência);  
III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência; 
 
Parágrafo único.  Também será admitida a prisão preventiva quando houver dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer elementos suficientes para esclarecê-la, devendo o preso ser colocado imediatamente em liberdade após a identificação, salvo se outra hipótese recomendar a manutenção da medida.
4. Hipóteses que não cabe a prisão preventiva: quando não enquadrado no art. 313 e ainda segundo o art. 314: 
Art. 314.  Aprisão preventiva em nenhum caso será decretada se o juiz verificar pelas provas constantes dos autos ter o agente praticado o fato nas condições previstas nos incisos I, II e III do caput do art. 23 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal (legítima defesa, estado de necessidade, estrito cumprimento do dever legal e no exercício regular de direito).
19/03/2012
5. Momento para decretação da prisão preventiva: a prisão preventiva caberá em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal conforme art. 311 do CPP. Quando o delegado representa pela prisão preventiva, terá como requisitos a prova da materialidade e indícios de autoria. Sendo que o promotor oferecerá a denúncia com base nos mesmos requisitos. Ressalta-se que na prática a prisão preventiva é decretada somente na fase processual. 
6. Quem pode pleitear a decretação da prisão preventiva: requerimento do MP, do querelante ou do assistente de acusação, ou por representação da autoridade policial. O juiz pode decretá-la de ofício apenas durante o processo (art. 311 CPP).
7. É possível prisão preventiva quando da apresentação espontânea? A apresentação do acusado espontaneamente não impede a sua decretação, desde que preenchidos seus fundamentos legais do art. 312 CPP. 
8. A prisão preventiva pode ser revogada? Sim, desde que o juiz, no correr do processo verificar a falta de motivo para que subsista (decisão ‘rebus sic standibus’), e ainda, poderá decretá-la novamente se sobrevierem razões que a justifiquem (art. 316 CPP). 
LIBERDADE PROVISÓRIA
1. Introdução: para que se possa falar em liberdade provisória deve-se ter uma prisão em flagrante legal. 
OBS.: não confundir liberdade provisória com a prisão preventiva, uma vez que são institutos antagônicos, ou seja, quando cabe um não caberá o outro.
Art. 321.  Ausentes os requisitos que autorizam a decretação da prisão preventiva, o juiz deverá conceder liberdade provisória, impondo, se for o caso, as medidas cautelares previstas no art. 319 deste Código e observados os critérios constantes do art. 282 deste Código. 
2. Fundamento (art. 5º, LVII CF): “LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”. É o princípio da inocência, onde ninguém pode ser responsabilizado antes de se ter a certeza que foi ele o autor do crime. 
3. Princípio constitucional relativo a liberdade provisória (art. 5º, LXVI CF): “LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança”. 
4. Espécies de liberdade provisória
	a) Obrigatória: a pessoa é surpreendida cometendo o delito e esta vai responder o processo em liberdade. Ocorre nas hipóteses dos crimes de menor potencial ofensivo previsto no art. 69, parágrafo único da Lei 9.099/1995. 
	b) Proibida/Vedada: nestes a pessoa foi surpreendida cometendo o crime, mas a lei proíbe a liberdade provisória. São esses os casos: 
		Lei 11.343/2006 – art. 44 – tráfico de drogas;
		Lei 9.613/1998 – art. 3º - crime de lavagem de dinheiro;
		Lei 9.034/1995 – art. 7º - crimes praticados por organizações criminosas;
		Crimes de racismo;
		Ações de grupos armados contra o Estado Democráticos. 
	c) Permitida/com e sem fiança
		- Art. 310, III e parágrafo único CPP. Art. 310.  Ao receber o auto de prisão em flagrante, o juiz deverá fundamentadamente:  III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança. Parágrafo único.  Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que o agente praticou o fato nas condições constantes dos incisos I a III do caput do art. 23 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, poderá, fundamentadamente, conceder ao acusado liberdade provisória, mediante termo de comparecimento a todos os atos processuais, sob pena de revogação. 
		- Art. 321 CPP: Art. 321.  Ausentes os requisitos que autorizam a decretação da prisão preventiva, o juiz deverá conceder liberdade provisória, impondo, se for o caso, as medidas cautelares previstas no art. 319 deste Código e observados os critérios constantes do art. 282 deste Código. 
5. Crimes afiançáveis e crimes inafiançáveis (art. 323 CPP)
Art. 323.  Não será concedida fiança:
I - nos crimes de racismo;
II - nos crimes de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, terrorismo e nos definidos como crimes hediondos;
III - nos crimes cometidos por grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático;
6. Quem concede a fiança (art. 322 CPP)
Art. 322.  A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos de infração cuja pena privativa de liberdade máxima não seja superior a 4 (quatro) anos.  
Parágrafo único.  Nos demais casos, a fiança será requerida ao juiz, que decidirá em 48 (quarenta e oito) horas.
	- Pena máxima igual ou menor a 4 anos – delegado de polícia
	- Pena máxima acima de 4 anos – juiz. 
TS 03 – LIBERDADE PROVISÓRIA 
ENTREGAR DIA 26/03/2012
PEÇA: liberdade provisória sem fiança.
(crime de furto qualificado - afiançável)
TESE: art. 5º, LVII e art. 5º, LXVI CF; art. 310, III e 321 do CPP.
	Art. 312 que são os requisitos da prisão preventiva.
	Réu é primário e trabalhador na mesma cidade – não apresenta risco para a aplicação da lei penal.
	Ausência dos requisitos: 	
a) Garantia da ordem pública: impedir que a pessoa cometa novos delitos. 
	b) Garantia da ordem econômica: impedir práticas de novos crimes contra o sistema financeiro, contra o erário, crime contra a administração. 
	c) Por conveniência da instrução criminal: impedir a destruição de provas, impedindo que o réu ameace testemunhas, promotores etc. 
	d) Para assegurar a aplicação da lei penal: impedir que o réu deixe o local/cidade do crime. 
	e) Quando do descumprimento das medidas cautelares alternativas previstas no art. 319 CPP: ou seja, quando a princípio o juiz não decrete a prisão preventiva e sim medidas alternativas e o réu descumpra tais medidas, o juiz poderá aplicar prisão preventiva. 
ENDEREÇAMENTO: juiz da 2ª vara criminal da comarca de Marília/SP.
PEDIDO: liberdade provisória e o alvará de soltura. 
26/03/2012
Questão 01
Peça: revogação da prisão preventiva
Endereçamento: juiz federal da vara criminal de Marília/SP. 
Tese: art. 289 CP; ausência dos requisitos do art. 312 CPP. Art. 5º, LVII da CF. Art. 316 CPP. 
Pedido: revogação da prisão preventiva e alvará de soltura. 
	Para Guilherme Souza Nucci: “se o juiz decretar a prisão preventiva o caminho da defesa é pedir a revogação. Não tem o menor sentido solicitar a concessão de liberdade provisória, pois esta somente é cabível quando há prisão em flagrante”. Para a prisão temporária deve-se ter o mesmo raciocínio. 
Questão 02 
Peça: revogação da prisão temporária.
Endereçamento: 
Tese: art. 1º, I da Lei 7.960. Crime não está previsto no inciso III do art. 1º da Lei 7.960/89. 
Pedido: revogação da liberdade temporária e alvará de soltura. 	
PRISÃO TEMPORÁRIA
- Momento: o momento para sua decretação é somente durante o inquérito policial. 
- Requisitos: previstos no art. 1º da Lei nº 7.960/89. 
Art. 1° Caberá prisão temporária:
I - quando imprescindível para as investigações do inquérito policial;
II - quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade;
III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria ou participação do indiciado nos seguintes crimes:
a) homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2°);
b) sequestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e seus §§ 1° e 2°);
c) roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°);
d) extorsão (art. 158, caput, e seus §§ 1° e 2°);
e) extorsão mediante sequestro (art. 159, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°);
f) estupro (art. 213, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único);
g) atentado violento ao pudor (art. 214, caput, e sua combinação como art. 223, caput, e parágrafo único);
h) rapto violento (art. 219, e sua combinação com o art. 223 caput, e parágrafo único);
i) epidemia com resultado de morte (art. 267, § 1°);
j) envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal qualificado pela morte (art. 270, caput, combinado com art. 285);
l) quadrilha ou bando (art. 288), todos do Código Penal;
m) genocídio (arts. 1°, 2° e 3° da Lei n° 2.889, de 1° de outubro de 1956), em qualquer de sua formas típicas;
n) tráfico de drogas (art. 12 da Lei n° 6.368, de 21 de outubro de 1976);
o) crimes contra o sistema financeiro (Lei n° 7.492, de 16 de junho de 1986).
OBS.: Segundo corrente majoritária, tem que ter no mínimo o requisito do inciso I e III ou inciso II e III. Somente caberá prisão temporária se previstos estes. 
- Prazo: 05 dias sendo prorrogável por mais 05 dias, em caso de extrema e comprovada necessidade.
	Crimes Hediondos: prazo de 30 dias, podendo ser prorrogado por mais 30 dias. (art. 2º, §4º da Lei 8.072/90).
TS 05 – REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIA
ENTREGAR DIA 03/04/2012
02/04/2012
MATÉRIA PARA PROVA
1. Inquérito Policial (art. 1º a 19 do CPP)
2. Lei nº 9.099/95 – arts. 61 a 69
3. Lei nº 11.340/2006 – arts. 7º e 41
4. Prisões e liberdade provisória (arts. 282 a 350 do CPP)
5. Lei 9.034/95 – art. 2º
6. Lei 7.960/89 – Prisão temporária
7. Artigo 5º da Constituição Federal
8. Estatuto da OAB – prerrogativas do advogado
09/04/2012 – PROVA
16/04/2012 – PROVA
23/04/2012 – PROVA
30/04/2012 – RECESSO
07/05/2012
HABEAS CORPUS
	Originalmente, habeas corpus, significaria ‘tome o corpo’, onde o tribunal vai deliberar se a prisão é legal ou não, ou seja, se o acusado vai ser solto ou não. 
Fundamentos	
- Art. 5º, LXVIII CF: Art. 5º, LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
- Arts. 647 a 667 CPP
Finalidade: tutelar a liberdade de locomoção da pessoa. 
Natureza Jurídica 
	Ação ou recurso? Segundo posição doutrinária, embora o habeas corpus esteja previsto entre os recursos descritos pelo CPP, o habeas corpus tem natureza de ação constitucional que busca tutelar o direito de locomoção. 
Características
	Impetrado / qualquer pessoa: o próprio preso, o advogado, promotor etc. Logo, não se precisa de procuração para impetração. 
	Advogado: quando impetrado por advogado constituído, o paciente deverá concordar com a impetração sob pena de não ser julgado pelo Tribunal. 
Espécies 
	a) Habeas Corpus Liberatório ou Repressivo: já existe uma coação ilegal à liberdade do direito de locomoção do sujeito (já está preso). 
	b) Habeas Corpus Preventivo: há uma ameaça à liberdade de locomoção que ainda não se concretizou. Esta ameaça pode ser uma ameaça futura. (“Trottoir”). Nesse caso, é expedido um salvo-conduto, que é um documento que visa garantir a livre locomoção ao seu portador. 
Endereçamento = autoridade jurisdicional imediatamente superior
	Em regra, competirá conhecer o pedido de habeas corpus a autoridade judiciária imediatamente superior à que pratica ou está em vias de praticar o ato ilegal.
a. Juiz de Direito
Compete aos Juízes de Direito estaduais sempre que a coação for exercida por particulares ou pelas autoridades policiais estaduais.
b. Tribunais de Justiça ou de Alçada
Já os Tribunais de Justiça ou de Alçada serão competentes originariamente, sempre que a autoridade coatora for Juiz de Direito estadual ou secretário de estado (Código de Processo penal, art. 650, II).
c. Juiz Federal
Compete ao Juiz Federal, quando o crime atribuído ao paciente tiver sido praticado pela Polícia Federal. Caso seja o próprio Juiz Federal a autoridade coatora, competirá ao Tribunal Regional Federal a que estiver ele subordinado.
d. Superior Tribunal de Justiça
Competirá ao Superior Tribunal de Justiça, quando o coator ou o paciente for Governador de estado ou do Destrito federal; órgão monocrático dos Tribunais Estaduais ou dos Tribunais Regionais Federais, membros dos Tribunais de Contas dos Estados ou do Destrito Federal; dos Tribunais Regionais Eleitorais, dos Tribunais Regionais dos Trabalho; dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e do Ministério Público da União que oficiem perante Tribunais ou quando o Coator for Ministro de Estado.
e. Supremo Tribunal Federal
Será competente se o paciente for o Presidente da República, o Vice-Presidente, os membros do Congresso Nacional, os seus próprios Ministros, o Procurador-Geral da República, os Ministros de Estado, os Membros dos Tribunais Superiores, os dos Tribunais de Contas da União e os Chefes de Missão Diplomáticas.
Partes
	- Paciente: é o que está sofrendo a coação ilegal ao seu direito de locomoção.
	- Autoridade coatora: aquela que provocou a coação ilegal (autor da coação). 
	- Impetrante: é a que pede a ordem do HC. (=advogado).
	- Impetrada: é a quem se pede a ordem do HC. 
Hipóteses de cabimento (art. 648 CPP):
Art. 648.  A coação considerar-se-á ilegal:
        I - quando não houver justa causa;
        II - quando alguém estiver preso por mais tempo do que determina a lei;
        III - quando quem ordenar a coação não tiver competência para fazê-lo;
        IV - quando houver cessado o motivo que autorizou a coação;
        V - quando não for alguém admitido a prestar fiança, nos casos em que a lei a autoriza;
        VI - quando o processo for manifestamente nulo;
        VII - quando extinta a punibilidade.
IMPORTANTE PROVA: Falta de justa causa: o mínimo necessário para o delegado instaurar o inquérito policial é a notícia de um crime, de um fato criminoso, passando posteriormente a procurar o seu autor. Sendo que o delegado não pode instaurar o inquérito policial contra alguém por fato que não é crime. Nesse caso, caberia habeas corpus com fundamentos no art. 648, I do CPP, uma vez que o delegado está agindo com falta de justa causa. Assim, justa causa para o oferecimento de uma denúncia é indício de autoria e prova da materialidade. 
	Nesse sentido, falta de justa causa é a inexistência dos elementos mínimos, fáticos e jurídicos, autorizadores da instauração do inquérito policial (que o fato seja crime), da ação penal (prova da materialidade e indício da autoria) e para a decretação da prisão (exemplo: garantia da ordem pública). 
Habeas Corpus contra ato de particular: a CF diz que cabe Habeas Corpus de coação de liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder. Nesse caso, se uma empresa privada, por exemplo, praticar coação a liberdade de locomoção de alguém, caberá habeas corpus contra particular. Exemplo: 
ATIVIDADE PARA 14/05/2012
EXERCÍCIO 01 - SÚMULA 246 STF
Momento/Situação:
Peça:
Competência:
Tese:
Pedido:
EXERCÍCIO 02 - SÚMULA 497 STF
Momento/Situação:
Peça:
Competência:
Tese: Art. 5º, LXVIII CF
	Art. 112, I CP
	Art. 119 CP
	Súmula 497 STF
	Art. 115 CP
	Art. 107, IV CP
	Art. 648, VII CPP
Pedido:
14/05/2012
Ação penal (classificação e titularidade):
	- Ação penal pública:
		- Ação penal pública incondicionada: a regra é que o crime será de ação penal pública incondicionada, salvo quando previsto de forma contrária pelo legislador – art. 100 do CP. Nos crimes de ação penal pública incondicionada o delegado deve instaurar o inquérito policial.
		- Ação penal pública condicionada: é a condicionada à representação ou requisição do Ministro da Justiça. Ex.: art. 147 CP. A representação tem prazo de 6 meses sob pena de decadência. 
	A denúncia do MP deve seguir o Princípio da Obrigatoriedade concomitantemente com art. 76 da Lei 9.099/95 e ainda com o Princípio da Indivisibilidade.
	- Ação penal privada: ex.: crimes contra a honra, art. 145 CP. Depende do interesse do ofendido para a apuração do crime. 
	Na ação penal privada vigora o Princípio da Oportunidade/Conveniência, ou seja, ele propõe deacordo com a sua vontade, assim, caso não queira oferecer, basta deixar o prazo de 6 meses transcorrer para que ocorra a decadência (art. 38 CPP).
	Ainda, vigora o Princípio da Disponibilidade, assim, se a vitima quiser dispor poderá.
	IMPORTANTE PROVA: Também vigora o Princípio da Indivisibilidade, exemplo, se “A” e “B” pratica crime contra “C”, assim a vítima deverá processar os dois ou nenhum, uma vez que ação penal privada não pode ser dividida. Assim, se ela processar apenas um agente, ocorrerá a renúncia que atingirá ambos os autores do crime (art. 48 e 49 do CPP).
A ação penal privada poderá ser:
	- Propriamente dita: proposta pelo ofendido ou por seu representante legal. No caso de morte do ofendido, poderá o processo seguir com seus herdeiros. 
	- Personalíssima: só pode ser proposta pelo ofendido. Caso o ofendido morrer durante o processo, ocorrerá a extinção do processo. Exemplo: art. 236 CP. 
	- Subsidiária da pública: Inquérito Policial vai para Juiz, abre-se vistas para o MP. Se estiver presente a prova da materialidade e indícios de autoria, o MP deve oferecer a denúncia. Se não houve prova da materialidade ou não teve indício de autoria, o MP pode pedir o arquivamento. O MP pode ainda pedir diligências.
	Se o réu estiver preso, o MP tem 5 dias para oferecer a denúncia. Se o réu estiver solto, o MP tem 15 dias. 
Assim, se o MP recebe o crime num crime de ação penal pública, não oferece a denúncia, não pede o arquivamento e não pede diligência. Ou seja, o MP fica inerte. Nesse caso, a vítima poderá subsidiariamente ingressar com queixa-crime em razão da subsidiariedade. 
QUEIXA-CRIME
Requisitos: art. 41 do CPP.  
Art. 41.  A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das testemunhas.
Art. 395.  A denúncia ou queixa será rejeitada quando:
        I - for manifestamente inepta;  
        II - faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal; ou 
        III - faltar justa causa para o exercício da ação penal. 
EXERCÍCIO 01
	- Crime / Ação Penal: art. 157 (Roubo) / Ação Penal Pública Incondicionada
	- Peça processual adequada: Queixa-crime
	- Tese: art. 41 a 44 do CPP. Art. 5º, LIX CF / Art. 100, §3º CP / Art. 29 CPP / Art. 157, §2º, I CP. 
Quando? / Onde? / Quem? / O quê? / Como? / Por quê?
DA AÇÃO PENAL PRIVADA SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA
	Art. 5º, LIX CF / Art. 29 CPP / Art. 100, §3º CP / Art. 46 CPP
EXERCÍCIO 02
	Crime / Ação Penal:
	Pela processual adequada:
	Tese:
21/05/2012
- DOS PROCEDIMENTOS -
(Identificação do rito)
1) PROCEDIMENTO COMUM OU ESPECIAL (art. 394, CPP)
	a) comuns (art. 394, § 1º, I a III)
		- ordinário (arts. 395/495) – pena máxima igual ou superior a 04 anos.
		- sumário (arts. 531/538) – pena inferior a 04 anos.
- sumaríssimo (Lei nº 9.099/95 – arts. 61 e ss.) – infrações penais de menor potencial ofensivo. (pena máxima não superior a 02 anos).
	b) especiais
		- júri – crimes dolosos contra a vida (arts. 406/497, CPP).
- dos crimes falimentares (arts. 503/512, CPP) – ver Lei nº 11.101/2005 – revogado.
		- dos crimes contra a honra (arts. 519/523, CPP).
		- dos crimes praticados por funcionários públicos (arts. 513/518, CPP).
		- dos crimes contra a propriedade imaterial (arts. 524 a 530-I, CPP).
		 
	b.1) especiais (legislação especial)
		- Lei de drogas (Lei nº 11.343/2006).
		- Lei no. 11.340/2006 (Violência doméstica) – atenção – Lei no. 9.099/95.
OBS.: Havendo procedimento especial ele prevalece sobre o comum, desde que não seja crime de menor potencial ofensivo, uma vez que neste caso será o sumaríssimo.
Se for violência doméstica, ainda que a pena não seja inferior a 4 anos, o procedimento adotado deverá ser o previsto pela lei Maria da Penha. 
2) PROCEDIMENTO COMUM ORDINÁRIO – RITO (arts. 395/495)
	- Oferecimento da denúncia ou queixa-crime (art. 396, CPP) – rol testemunhas – 8 (art. 401, CPP)
	- Rejeição liminar da denúncia ou queixa (art. 395, CPP)
	 
 - Hipóteses
 
	a) for manifestamente inepta (art. 41, CPP)
	
	b) faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação
	
	c) faltar justa causa para o exercício da ação penal
	- Recebimento da denúncia ou queixa (art. 396, CPP) [1: Existe discussão quanto ao momento em que a denúncia é recebida – antes ou depois da resposta do réu – doutrina e pratica - STJ]
	- Citação do réu – resposta 10 dias – (art. 396, CPP). Não apresentada a defesa, nomeia Defensor.
	- Resposta à acusação / Defesa escrita / inicial (art. 396, CPP) [2: A doutrina tem utilizado o termo defesa escrita/inicial para não confundir com a defesa preliminar]
	
	a) oferecer documentos e justificações
	
	b) especificar as provas
	
	c) arrolar testemunhas – 8 – (art. 401, CPP)
	- Absolvição sumária (art. 397, I a IV, CPP)[3: O legislador estabeleceu uma espécie de julgamento antecipado da lide]
	 
 - Hipóteses
	a) existência manifesta de causa excludente da ilicitude
	
	b) existência manifesta de causa excludente da culpabilidade (salvo inimputabilidade)
	
	c) que o fato narrado evidentemente não constitui crime
	
	d) quando extinta a punibilidade do agente
	- Designação de dia e hora para a audiência de instrução e julgamento (art. 399, CPP)
	
(atenção!!! o prazo para a realização da audiência concentrada é de 60 dias – estando o réu preso ou solto)
	- oitiva da vítima (ofendido), se possível
	
	- inquirição das testemunhas de acusação
	
	- inquirição das testemunhas de defesa
	
	- esclarecimentos dos peritos, requerimento prévio
	
	- acareações – reconhecimento de pessoas e coisas
	
	- interrogatório do réu (juiz abre para a acusação e defesa fazerem perguntas sob pena de nulidade – art. 188 e 564 CPP).
	
	- diligências – fatos ou circunstancias originadas na instrução (art. 402, CPP)
	
	- sem diligências ou indeferidas – alegações finais orais (art. 403, CPP) – 20 min – prorrogáveis por mais 10 - pedir absolvição com base no art. 386 do CPP. [4: Nos termos do art. 403, § 3º, o juiz poderá, considerando a complexidade do caso ou o número de acusados, substituir as alegações finais orais pela apresentação de memoriais, no prazo de 5 dias sucessivamente. Nesse caso, o juiz proferirá a sentença em 10 dias.Vale destacar também que na hipótese de ter sido deferida a diligência requerida pela parte, depois de realizada, as partes apresentarão no prazo de 5 dias, suas alegações finais, por memorial, e, no prazo de 10 dias o juiz proferirá a sentença. ]
	
	- sentença 
OBS.: vide nulidades previstas no art. 564 CPP. 
2) PROCEDIMENTO COMUM SUMÁRIO – RITO (arts. 531/538)
	- Oferecimento da denúncia ou queixa-crime (art. 396, CPP) – rol testemunhas – 5 (art. 532, CPP)
	- Rejeição liminar da denúncia ou queixa (art. 395, CPP)[5: Conforme art. 394, § 4º, as disposições dos art. 395 a 398 aplicam-se a todos os procedimentos penais de primeiro grau.]
	 
 - Hipóteses
 
	a) for manifestamente inepta (art. 41, CPP)
	
	b) faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação
	
	c) faltar justa causa para o exercício da ação penal
	- Recebimento da denúncia ou queixa (art. 396, CPP) [6: Existe discussão quanto ao momento em que a denúncia é recebida – antes ou depois da resposta do réu – doutrina e pratica - STJ]
	- Citação do réu – resposta 10 dias – (art. 396, CPP)
	- Defesa escrita / inicial (art. 396, CPP) [7: A doutrina tem utilizado o termo defesa escrita/inicial para não confundir com a defesa preliminar]
	
	a) oferecer documentos e justificações
	
	b) especificar as provas
	
	c) arrolar testemunhas – 5 – (art. 532, CPP)
	- Absolvição sumária (art.397, I a IV, CPP)[8: O legislador estabeleceu uma espécie de julgamento antecipado da lide]
	 
 - Hipóteses
	a) existência manifesta causa excludente da ilicitude
	
	b) existência manifesta de causa excludente da culpabilidade (salvo inimputabilidade)
	
	c) que o fato narrado evidentemente não constitui crime
	
	d) extinta a punibilidade do agente
	- Designação de dia e hora para a audiência de instrução e julgamento (art. 531, CPP)
	
(atenção: o prazo para a realização da audiência concentrada é de 30 dias – estando o réu preso ou solto)
	- oitiva da vítima (ofendido), se possível
	
	- inquirição das testemunhas de acusação
	
	- inquirição das testemunhas de defesa
	
	- esclarecimentos dos peritos, requerimento prévio
	
	- acareações – reconhecimento de pessoas e coisas
	
	- interrogatório do réu
	
	- debates – 20 min – prorrogáveis + 10
	
	- sentença
3) PROCEDIMENTO ESPECIAL LEI DE DROGAS (LEI Nº 11.343/2006)
	- Oferecimento da denúncia (art. 54) – rol testemunhas – 5 
	- Notificação do acusado para apresentação de defesa preliminar – prazo 10 dias
	- Defesa Preliminar (Pedir que a denúncia seja rejeitada com base no art. 395 do CPP) – rol de testemunhas (5) – art. 55 e § 1º 
	- Recebimento ou rejeição da denúncia (art. 56)
	- Citação - Designação de audiência de instrução e julgamento – citação do acusado (art. 56)
	 
 - Na audiência 
 (art. 57)
	- interrogatório do acusado
	
	- inquirição das testemunhas de acusação
	
	- inquirição das testemunhas de defesa
	
	- debates orais (memoriais) – 20 min – prorrogáveis por + 10 (memoriais)
	
	- sentença (ou conclusão para sentença em 10 dias)
28/05/2012
4) PROCEDIMENTO ESPECIAL DO JÚRI
PROCEDIMENTO ESPECIAL DO JÚRI – RITO (arts. 406/497) – crimes dolosos contra a vida (arts. 121/127,CP)
1ª. FASE – DA INSTRUÇÃO PRELIMINAR – JUÍZO DE FORMAÇÃO DA CULPA (judicium accusationis)
	- Oferecimento da denúncia ou queixa-crime – rol testemunhas – ( 8 art. 406, § 2º, CPP)
	- Recebimento da denúncia ou queixa (art. 406, CPP)
	- Citação do réu – resposta 10 dias – (art. 406, CPP)
	- Defesa inicial / prévia (art. 406, § 3º, CPP) - tudo de interesse da defesa – rol testemunhas – 8[9: A doutrina tem utilizado o termo defesa inicial/prévia para não confundir com a defesa preliminar]
	- Oitiva do Ministério Público ou querelante – 5 dias – sobre as preliminares e documentos – apresentados pela defesa
	- Designação de dia e hora para a audiência de instrução e julgamento (art. 411, CPP)
	
(atenção: toda a primeira fase deve estar concluída em 90 dias – art. 412, CPP).
	- oitiva da vítima (ofendido), se possível
	
	- inquirição das testemunhas de acusação
	
	- inquirição das testemunhas de defesa
	
	- esclarecimentos dos peritos, requerimento prévio
	
	- acareações – reconhecimento de pessoas e coisas
	
	- interrogatório do réu
	
	- debates orais – acusação e defesa – 20 min – prorrogáveis por mais 10 min – assistente de acusação – 10 min – depois do MP – se isso ocorrer defesa terá mais 10 min (art. 411, §§ 4º. a 6º., CPP)
	
	
- SENTENÇA na audiência ou no prazo de 10 dias (411, § 9º, CPP)	
	a) art. 413, CPP - PRONUNCIA – prova da materialidade do fato e existência de indícios suficientes da autoria ou participação (remetendo o caso à apreciação do Tribunal do Júri).
	
	
	b) art. 414, CPP – IMPRONÚNCIA – não provada a materialidade do fato ou não existindo indícios suficientes da autoria ou participação (extinguindo o processo e não permitindo que o acusado seja julgado pelo Tribunal do Júri).
	
	
	c) art. 415, CPP – ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA (julga improcedente a acusação absolvendo o réu) – quando:
	
	
	provada a inexistência do fato
provado não ser ele autor ou partícipe do fato
o fato não constituir infração penal
demonstrada causa de isenção de pena ou de exclusão de crime
	
	
	d) art. 419, CPP – DESCLASSIFICAÇÃO – existência de crime diverso do descrito pela acusação de competência do juiz singular.
2ª. FASE – JUÍZO DA CAUSA (judicium causae)
	- Pronúncia (após o trânsito em julgado) – INTIMAÇÃO do MP ou querelante e do defensor para oferecimento do rol de testemunhas – máximo de 5 – podendo juntar documentos e requerer diligências (art. 422, CPP)
	- Deliberação do juiz sobre os requerimentos de provas a produzir ou a serem exibidas em plenário. Ordena as diligências necessárias (art. 423, caput, e inc. I).
	- Elaboração do relatório do processo para inclusão na pauta de julgamento 
	- Designação da data para julgamento (art. 421 e parágrafo único, CPP) 
	- Instalação da sessão de julgamento do Tribunal do Júri – composta por um juiz togado, seu presidente, e 25 jurados. Presença mínima para início da sessão – 15 jurados (art. 447 c/c 463, caput)
	- Verificação do comparecimento das partes (arts. 455 a 457)
	- Testemunhas de acusação e defesa em salas próprias, permanecendo incomunicáveis (art. 460, CPP)
	- Advertência aos jurados presentes a respeito das causas de impedimentos e suspeição. Alerta também sobre o dever de incomunicabilidade, uma vez sorteados (art. 466, CPP)
	- Formação do Conselho de Sentença, por sorteio, composto por 7 jurados. As partes podem apresentar até 3 recusas imotivadas cada uma (arts. 467 e 468, CPP)
	- Juramento solene (art. 472, CPP)
	
- Oitiva da vítima (ofendido), se possível (art. 473, CPP)
	- Inquirição das testemunhas de acusação (art. 473, CPP)
	- Inquirição das testemunhas de defesa (art. 473, § 1º, CPP)
	- Acareações, reconhecimentos de pessoas e coisas e esclarecimentos dos peritos, se requeridos pelas partes ou pelos jurados
	- Leitura de peças – exclusivamente referentes às provas colhidas por carta precatória e às provas cautelares, antecipadas ou não repetíveis. Podem requerer a leitura as partes e os jurados (art. 473, § 3º, CPP)
	- Interrogatório do réu, se estiver presente, nos termos do art. 186 e ss. CPP. As partes podem fazer perguntas diretas ao acusado e o jurados por meio do juiz presidente (art. 474, CPP).
	- Palavra à acusação para manifestação – 1 hora e meia (se forem dois ou mais réus – 2 horas e meia) – art. 477
	- Palavra à defesa para manifestação – 1 hora e meia (se forem dois ou mais réus – 2 horas e meia) – art. 477
	- Réplica – faculdade concedida à acusação para nova manifestação: 1 hora (2 horas se houver dois ou mais réus) – art. 477
	- Tréplica – possibilidade para a defesa contra-argumentar a manifestação feita pela acusação na replica: 1 hora (2 horas se houver dois ou mais réus) – art. 477
	- Concluídos os debates: juiz indaga se os jurados estão habilitados a julgar (art. 480, § 1º, CPP)
	- Prestados eventuais esclarecimentos solicitados pelos jurados, passa-se à leitura dos quesitos, em plenário, explicando-os. Indaga-se se as partes têm algum requerimento ou reclamação a fazer (art. 480, § 2º, c/c 484, CPP)
	- Sala especial (secreta): reúnem-se o juiz, o Ministério Público, o defensor, os jurados, o assistente de acusação, se houver, o querelante, se houver. Serão acompanhados pelo escrivão e pelo oficial de justiça (art. 485, CPP).
	- Votação e decisão: por maioria de votos, sem divulgação completa da apuração. Cessa a votação ao atingir o quarto voto favorável à tese de julgamento (art. 486 e ss.)
	- Sentença do juiz a ser lida e publicada em plenário (art. 492, CPP)
	- Elaboração da ata (art. 495, CPP)
EXERCÍCIO 01 – RESPOSTA À ACUSAÇÃO / DEFESA PRÉVIA
Crime/Momento: art. 171, §2º, VI. Pena de 1 a 5 anos – Proc. Comum Ordinário. Fase Processual.
Peça: Resposta à acusação ou também chamada de Defesa Prévia
Competência: Vara Criminal da Comarca de.
Tese:	a) Não teve finalidade de fraude, não foi de forma dolosa, constituindo fato atípico,uma vez que não houve a fraude e esta é elementar do crime em questão. (Súmula 246 do STF). Ver jurisprudências (ementas). 
b) E c) E a prescrição é uma causa extintiva da punibilidade (art. 107, IV CP).
Pedido: absolvição sumária, conforme art. 397, III (não constitui crime) e IV (está extinta a punibilidade). 
	Apresentar o rol de testemunha. 
EXERCÍCIO 02 – DEFESA PRELIMINAR – LEI DE DROGAS
Momento/Situação:
Peça: Defesa Preliminar
Competência:
Tese: Não há indícios de que a droga era da pessoa. Assim, deve-se rejeitar a denúncia (art. 395, III CPP).
Pedido: rejeição da denúncia com base no art. 395, III CPP.
EXERCÍCIO 03 – MEMORIAIS
Momento/Situação: Processual 
Peça: Memoriais
Competência: 1ª Vara Criminal da Comarca de Marília/SP
Tese: Não ocorreu art. 148 do CP com base no art. 386, III CPP. 
Pedido: pedir a absolvição com base no art. 386, III e/ou VII do CPP. 
EXERCÍCIO 04 – MEMORIAIS DO PROC DO JÚRI
Momento/Situação: Processual. 
Peça: Memoriais Proc. Júri
Competência: Vara do Júri
Tese: Praticou o art. 121, mas estava em legítima defesa. 
Pedido: reforma de sentença de primeira instância, absolvendo sumariamente o recorrente com base no art. 415, IV do CPP. 
TS 08 ENTREGAR DIA 04/06/2012
	*** É o Exercício 01 – Resposta à acusação. 
TS 09 E TS 10 ENTREGAR DIA 11/06/2012
	TS 09 é o exercício 03 (Memoriais)
	TS 10 é o exercício 04 (Recorrer em sentido estrito)
JULHO – FÉRIAS
06/08/2012
FASE RECURSAL
RECURSOS – DISPOSIÇÕES GERAIS
1. Introdução 
O recurso na relação processual, portanto, é um direito das partes de não se conformar com as decisões judiciais e contra elas se insurgir, mediante requerimento postulando sua revisão, total ou parcial, ou ainda a sua anulação, em instâncias superiores.	
Segundo a doutrina os recursos possuem 02 fundamentos: 
a) o inconformismo da parte vencida e;
b) o erro do juiz da primeira instância (pode acontecer dele agir equivocadamente).
2. Recurso voluntário/ofício (art. 574 CPP)
	A regra geral é de que os recursos são voluntários, ou seja, aquele que saiu vencido tem a faculdade de entrar com o recurso, salvo algumas exceções (recursos de ofícios), ou seja, quando a há a necessidade do reexame necessário.
Art. 574.  Os recursos serão voluntários, excetuando-se os seguintes casos, em que deverão ser interpostos, de ofício, pelo juiz:
      		I - da sentença que conceder habeas corpus;
       		II - da que absolver desde logo o réu com fundamento na existência de circunstância que exclua o crime ou isente o réu de pena, nos termos do art. 411.
Obs.: Outra hipótese de recurso de ofício é da decisão que concede a reabilitação.
3. Pressupostos recursais: A lei processual contempla os pressupostos de admissibilidade dos recursos, logo, a inobservância de qualquer deles pode inviabilizar o seu recebimento e andamento. Assim , antes da análise do recurso, dever-se-á analisar se estão presentes os pressupostos objetivos e subjetivos. 
3.1. Objetivos
	a) Cabimento: se o recurso está previsto em lei. 
	b) Adequação: não basta estar previsto em lei, sendo que o recurso deve estar adequado para combater a decisão em questão, uma vez que cada decisão tem um único recurso. 
		- Unirrecorribilidade das decisões: ressalta-se que esta regra não é absoluta, uma vez que deve ser observado o princípio da fungibilidade dos recursos.
		- Fungibilidade dos recursos (art. 579 CPP): o juiz poderá receber um recurso por outro desde que não exista má-fé do recorrente. 
	c) Tempestividade: o recurso interposto deve estar dentro do seu prazo correto.
3.2. Subjetivos 
	- Legitimidade (art. 577 CPP): O recurso poderá ser interposto pelo Ministério Público, ou pelo querelante, ou pelo réu, seu procurador ou seu defensor.
	- Interesse jurídico: Para recorrer é necessário ter experimentado alguma espécie de prejuízo. O recorrente deve ter sido vencido ao menos em parte. O pressuposto lógico e fundamental dos recursos será sempre a sucumbência. Assim, não se admitirá, recurso da parte que não tiver interesse na reforma ou modificação da decisão.
	Obs.: Juízo de prelibação: é o momento em que o juiz verifica os pressupostos recursais objetivos e subjetivos 
4. Efeitos 
	a) Devolutivo: quando o recurso não produz efeito imediato. Só produzirá efeito depois de examinado e decidido pela instância ad quem.
	b) Suspensivo: quando a interposição do recurso suspende os efeitos da decisão recorrida.
c) Extensivo: ex.: concurso de pessoas; apenas um recorre e é absolvido, este recurso interposto por um, a todos se aproveita e se estenderá a decisão aos demais.
	d) Regressivo: é o também chamado de ‘juízo de retratação’. É quando a matéria recorrida volta a ser julgada pelo mesmo órgão. Ou seja, é um recurso para a própria instância que proferiu a decisão recorrida.
Reformatio in pejus: significa reformar para pior.
	Dada a sentença, a acusação tem interesse para recorrer e a defesa também tem interesse para recorrer. A reformatio in pejus consiste no agravamento da situação jurídica do réu em face de recurso interposto exclusivamente pela defesa, sendo que nesse caso o Tribunal não poderá aumentar a pena, apenas reduzi-la ou mantê-la. 
Reformatio in mellius: Questão polêmica na doutrina e na jurisprudência diz respeito à possibilidade da reforma da situação do acusado para melhor em recurso exclusivo da acusação, e não tendo a mesma feito pedido nesse sentido. Trata-se da possibilidade da adoção da reformatio in mellius. Assim, não tendo o réu apresentado recurso, e somente o Ministério Público, e não tendo feito o mesmo pedido de melhora da situação do acusado, poderia o Tribunal reformar a decisão de ofício, beneficiando-o?  A questão é controvertida.
A doutrina e a jurisprudência dividem-se em duas correntes. A corrente majoritária, desta fazendo parte o Superior Tribunal de Justiça, entende ser possível a melhora da situação do réu em recurso exclusivo da acusação, fundamentando tal posicionamento no fato de que se o Tribunal verificou erro na condenação ou na dosimetria da pena, não pode estar impedido de corrigi-la em favor do réu, vez que o art. 617 apenas veda a reformatio in pejus, e não a reformatio in mellius.  Fundamenta, ainda, que não seria razoável submeter o interessado a uma revisão criminal, recurso demorado, havendo prejuízo para o indivíduo e para o Estado.
Já o Supremo Tribunal Federal não admite a possibilidade de reforma da situação do acusado para melhor quando somente o Ministério Público tenha recorrido, alegando a violação ao princípio do tantum devolutum quantum apellatum.
	
Reformatio pejus indireta: Ocorre na hipótese em que, anulada a sentença por força de recurso exclusivo da defesa, outra vem a ser exarada, agora impondo pena superior, ou fixando regime mais rigoroso, ou condenando por crime mais grave, ou reconhecendo qualquer circunstância que a torne, de qualquer modo, mais gravosa ao acusado. Exemplo: Imagine-se que o réu, condenado a dez anos de reclusão, recorra invocando nulidade do processo. Considere-se, também, que o Ministério Público não tenha apelado da decisão para aumentar a pena. Se o tribunal, acolhendo o recurso da defesa, der-lhe provimento e determinar a renovação dos atos processuais, não poderá a nova sentença agravar a situação em que já se encontrava o réu por força da sentença (v.g., fixando quinze anos de prisão), sob pena de incorrer em reformatio in pejus indireta.
13/08/2012
TS 11 – RECURSO EM SENTIDO ESTRITO (art. 581 CPP)
1. Cabimento / Adequação (art. 581, IV CPP): O recurso em sentido estrito está previsto no artigo 581, inciso IV do Código de Processo Penal, segundo o qual:
Art. 581.  Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença:
IV – que pronunciar o réu; 
	Art. 581, rol taxativo? Para a doutrina o RESE só cabe no rol dos casos previsto no artigo 581 CPP. Ressalta-se que a jurisprudência tem se flexibilizado no sentido de que casos semelhantes poderão cabertambém o RESE. 
Das decisões que ocorrerem durante a relação processual caberá recurso em sentido estrito. (Artigo 581, I, II, III, IV, V, VII, VIII, IX, X, XIII, XIV, XV, XVI, XVIII).
Das decisões que ocorrerem durante o cumprimento da pena caberá agravo em execução. (art. 581, XI, XII, XVII, XIX, XX, XXI, XXII, XXIII).
Art. 581, XXIV – revogado (vide art. 51 CP). 
	Atenção: hipóteses da lei de execução penal
2. Tempestividade (prazo)
	Interposição (art. 586, CPP) = 5 dias
	Razões / contrarrazões (art. 588, CPP) = 2 dias. 
3. Endereçamento 
	Interposição: a petição de interposição vai para o juiz que proferiu a decisão.
	Razões: estas vão para o Tribunal. 
4. Juízo de retratação (art. 589 CPP): o RESE admite efeito regressivo, ou seja, admite o juízo de retratação. 
Art. 589.  Com a resposta do recorrido ou sem ela, será o recurso concluso ao juiz, que, dentro de dois dias, reformará ou sustentará o seu despacho, mandando instruir o recurso com os traslados que Ihe parecerem necessários. 
5. Importante: decisão que rejeita a denúncia / queixa
	Procedimento ordinário / sumário -> da decisão que rejeita a denúncia ou a queixa cabe RESE. Sendo que contra decisão que recebe a denúncia ou a queixa, não há previsão, assim, da decisão que recebe a denúncia ou a queixa caberá Habeas Corpus. 
	Lei de imprensa -> a Lei nº. 5.250/65 está suspensa pelo STF. 
	Procedimento sumaríssimo -> na Lei nº. 9.099/95 em seu artigo 82, §2º prevê que da decisão de rejeição da denúncia ou queixa e da sentença caberá apelação. Esta tem o prazo de 10 dias. 
E ainda contra a decisão que recebe a denúncia ou a queixa caberá habeas corpus. 
OBS.: Da decisão que não recebe o RESE cabe carta testemunhável. 
	Art. 639 e 640 do CPP. 
	Prazo: 48 horas
20/08/2012
	
Outras leis – rese
Lei 9.099 – apelação 
27/08/2012
RECURSO DE APELAÇÃO (TS 13)
1 – Cabimento
	- Art. 593 CPP
	- Art. 416 CPP
	- Art. 82 da Lei 9.099/95
2 – Adequação
3 – Tempestividade
	Interposição: prazo de 5 dias (art. 593 CPP).
	Razões: prazo de 8 dias (art. 600 CPP)
	Apelação supletiva do assistente: prazo de 15 dias. Art. 598.  Nos crimes de competência do Tribunal do Júri, ou do juiz singular, se da sentença não for interposta apelação pelo Ministério Público no prazo legal, o ofendido ou qualquer das pessoas enumeradas no art. 31, ainda que não se tenha habilitado como assistente, poderá interpor apelação, que não terá, porém, efeito suspensivo. 
	Lei 9.099/95 – prazo de 10 dias para interposição: ressalta que neste caso, a apelação deverá ser interposta no prazo de 10 dias juntamente com as razões. 
4 – Endereçamento
	Interposição (Juízo de prelibação): também chamado de juízo de admissibilidade, ou seja, ver se a apelação tem cabimento, se está adequada e se é tempestiva. Sendo que este Juízo poderá:
a) Receber: se presentes todos os pressupostos ele recebe e notifica a parte para apresentar as razões.
b) Denegar: não estando presentes os pressupostos recursais (ex.: fora do prazo), ele denega o recebimento da apelação. Sendo que dessa decisão (que denega a apelação) caberá recurso em sentido estrito (art. 581, XV do CPP). 
c) Receber / Julgar deserta: não há mais que se falar em julgar deserta a apelação, uma vez que o artigo 595 do CPP foi revogado pela Lei nº. 12.403/2011. 
5 – Apelação – juiz singular
	Na apelação não há que se falar em juiz ode retratação, ou seja, o juiz, não pode se retratar. 
	Razões no tribunal (Art. 600, § 4º): Art. 600, § 4o  Se o apelante declarar, na petição ou no termo, ao interpor a apelação, que deseja arrazoar na superior instância serão os autos remetidos ao tribunal ad quem onde será aberta vista às partes, observados os prazos legais, notificadas as partes pela publicação oficial.
	Como o juízo de 1ª instância não pode se retratar, o recorrente envia as razões para o Tribunal. 
	Apelação sentença absolutória: a absolvição deverá ser pedida pelo recorrente com base no artigo 386 CPP. Sendo que sentença absolutória poderá ser imprópria (absolve, mas aplica medida de segurança) ou própria (modificar o dispositivo legal). 
6 – Apelação – sentenças tribunal do júri 
	Tribunal do Júri: 1 juiz presidente + 7 jurados
	7 jurados = condena
	1 juiz presidente = aplicação a pena
	Decisão soberana - a decisão do Júri é soberana, ninguém pode modifica-la ou reforma-la, a não ser um novo Júri. 
	No que diz respeito a pena, poderá pedir a alteração. 
6.1. Artigo 593, III, “a” – Nulidade posterior – pronúncia – pedido - O Tribunal deverá determinar um novo julgamento. 
6.2. Artigo 593, III, “b” – Sentença – juiz – pedido – O Tribunal poderá fazer a retificação na pena, uma vez que a decisão do juiz não é soberana. 
6.3. Artigo 593, III, “c” – Erro na aplicação pena – O Tribunal poderá fazer a retificação da pena, uma vez que a aplicação da pena não é soberana.
6.4. Artigo 594, III, “d” – Manifestamente contrária – provas nos autos – O Tribunal deverá determinar um novo julgamento. 
TS 13 – RECURSO DE APELAÇÃO
FUNDAMENTO – art. 593, III, “d” do CPP - A decisão dos jurados é manifestamente contrária a prova dos autos.
	Demonstrar para o Tribunal que houve desistência voluntária (art. 14 e 15 do CP) e não houve tentativa de homicídio. 
	O réu deve responder por lesão corporal de natureza grave. 
03/09/2012
TS 14 - Contrarrazões de apelação (FAZEM EM SALA)
	1 – Peça cabível – Contrarrazões de apelação. 
	2 – Do Direito - 
	3 – Do Pedido - 
24/09/2012
Correção da prova
01/10/2012
TS 15 - AGRAVO EM EXECUÇÃO 
Cabimento: art. 197 da Lei de Execução Penal.
Adequação: 
	- Contra decisão proferida na execução penal
	- Art. 66, LEP.
Tempestividade - Prazo: Súmula 700 do STF: “É de cinco dias o prazo para interposição de agravo contra decisão do juiz da execução penal”. 
Processamento: deve ser processado da mesma forma que RESE. 
Interposição: 05 dias.
Razões: 02 dias.
Contrarrazões: 02 dias.
Juízo de retração: em 02 dias.
Competência: do local onde está sendo cumprida a pena do condenado. 
15/10/2012
TRABALHO EM SALA EMBARGOS INFRINGENTES 
Artigo 609, parágrafo único do CPP. 
22/10/2012
EMBARGOS INFRINGENTES E DE NULIDADE
Art. 609. Os recursos, apelações e embargos serão julgados pelos Tribunais de Justiça, câmaras ou turmas criminais, de acordo com a competência estabelecida nas leis de organização judiciária.  (Redação dada pela Lei nº 1.720-B, de 3.11.1952)
Parágrafo único.  Quando não for unânime a decisão de segunda instância, desfavorável ao réu, admitem-se embargos infringentes e de nulidade, que poderão ser opostos dentro de 10 (dez) dias, a contar da publicação de acórdão, na forma do art. 613. Se o desacordo for parcial, os embargos serão restritos à matéria objeto de divergência. 
Acórdão poderá ser:
3x0 para acusação – não cabe
2x1 para acusação – decisão não unânime. Cabe embargos infringentes.
3x0 para defesa – não cabe
2x1 para defesa – não cabe
Na Câmara em que é julgado, esta é composta por 5 desembargadores, sendo que são 3 que votarão, assim, no caso de 3x0 para acusação, a decisão da Câmara passa a ser maioria. Por outro lado, se a decisão for 2x1 para acusação, caberá embargos infringentes, uma vez que há um desembargador, uma decisão não unanime e o embargos vai tentar reverter a situação para 3x2. 
Quando diz respeito ao mérito deverá ser interposto o embargos infringentes. 
Quando diz respeito a matéria processual fala-se em embargos de nulidade.
Previsto os dois tipos de matéria, interpor-se-á embargos infringentes e de nulidade. 
Restrito ao voto vencido: se o voto vencido for com relação somente a aplicação da pena, a defesa usará como base somente a questão quanto ao mérito (aplicação da pena). Os demais assuntos não poderão ser tratados nos embargos, devendo ele ser restrito ao voto vencido. 
29/10/2012
ENTREGAR DIA DA PROVATS 17 – REVISÃO CRIMINAL
TS 18 – RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL

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