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Ciclo de Brayton O ciclo de Brayton é um ciclo termodinâmico que foi criado por volta de 1872, também denominado como ciclo de Joule, é o processo teórico (ciclo ideal) dos motores de turbina a gás, descrevendo suas variações de estado (pressão e temperatura) dos gases. O conceito é utilizado como base didática e para análise dos ciclos reais, que se desviam do modelo ideal, devido a limitações tecnológicas e fenômenos de irreversibilidade, como o atrito. O ciclo é constituído por quatro etapas, como demonstrado na figura abaixo. Figura 1- Diagrama Entalpia x Entropia de Ciclo Brayton (ideal) e ciclo real a gás. Ciclo ideal de Brayton: Uma compressão isentrópica dentro de um compressor. Fornecimento de calor isobaricamente. Expansão isentrópica dentro de uma turbina. Perda de calor isobaricamente. Neste ciclo o ar entra no compressor, que representa a primeira etapa, onde o fluido é comprimido realizando uma transformação isentrópica (1 a 2). O ar comprimido se dirige à uma câmara de combustão onde adiciona-se combustível e este é comburido isobaricamente (2 a 3). Após a combustão os gases saem com elevada temperatura e pressão, se expandem, passam pela turbina colidindo com as palhetas, gerando trabalho e reduzindo sua temperatura e pressão (processo isentrópico de 3 a 4). Parte do trabalho gerado é reaproveitado para conduzir o compressor e o restante gera potência mecânica. A última etapa representa a exaustão dos gases para o ambiente, desta forma, mesmo se tratando de um ciclo aberto, parte da energia gerada pela combustão é eliminada na forma de calor pelos gases, fluindo como escape (processo isobárico). Contudo, no ciclo de Brayton real, temos respectivamente para as mesmas etapas: um processo adiabático, isobárico, adiabático e por último isobárico. Ciclo real de Brayton: Processo adiabático – compressão. Processo isobárico – adição de calor. Processo adiabático – expansão. Processo isobárico – rejeição de calor. Figura 2. Esquema básico de Brayton Figura 3. Entre 1 e 2 o ar em condição ambiente passa pelo compressor, onde por compressão adiabática e isotrópica ocorre o aumento de temperatura e consequente aumento de entalpia. Comprimido, o ar é direcionado às câmaras, entre 2 e 3, onde é misturado ao combustível possibilitando sua queima e seu aquecimento tendo sua pressão constante. Ao sair da câmara de combustão, os gases, à alta pressão e temperatura, se expandem conforme passam pela turbina, entre 3 e 4. Na medida em que o fluido fornece o trabalho sobre as palhetas, reduzem-se a pressão e temperatura dos seus gases, gerando-se potência mecânica. A potência extraída através do eixo da turbina é usada para acionar o compressor. A quarta etapa representa a transferência de calor do fluido para o ambiente em que se encontra.Desta forma, mesmo se tratando de um ciclo aberto, parte da energia gerada pela combustão é eliminada por forma de calor nos gases quentes fluindo como escape. A rejeição de calor é um limite físico, intrínseco ao funcionamento de Ciclo termodinâmico, mesmo nos casos ideais, como define a Segunda lei da termodinâmica. Funcionamento de uma turbina a gás As turbinas a gás funcionam admitindo ar em condição ambiente ou refrigerado. O ar entra no compressor, onde ocorre compressão adiabática com aumento de pressão e conseqüentemente também aumento de temperatura. Cada estágio do compressor é formado por uma fileira de palhetas rotativas que impõem movimento ao fluxo de ar (energia cinética) e uma fileira de palhetas estáticas, que converte a energia cinética em aumento de pressão. O ar pressurizado (e aquecido) segue para a câmara de combustão, onde também é alimentado com um combustível que pode ser gasoso ou líquido. Na combustão ocorre um aumento de temperatura a pressão constante, produzindo um aumento de volume do fluxo de gases. Estes gases quentes e pressurizados acionam a turbina de potência, gerando trabalho mecânico. Depois, os gases, ainda quentes, são finalmente liberados ainda em alta temperatura. Nas turbinas a gás, o compressor utilizado geralmente trabalha com fluxo axial, tipicamente com 17 ou 18 estágios de compressão. Cada estágio do compressor é formado por uma fileira de palhetas rotativas que impõem movimento ao fluxo de ar (energia cinética) e uma fileira de palhetas estáticas, que utiliza a energia cinética para compressão. O ar sai do compressor a uma temperatura que pode variar entre 300°C e 450°C. Cerca de metade da potência produzida pela turbina de potência é utilizada no acionamento do compressor e o restante é a potência líquida gerada que movimenta um gerador elétrico. Saindo da câmara de combustão, os gases têm temperatura de até 1250°C. Após passar pela turbina, os gases são liberados ainda com significante disponibilidade energética, tipicamente a temperaturas entre 500 e 650 Celsius. A taxa de compressão é a relação entre a pressão do ar na entrada da turbina e na saída do compressor. Por exemplo, se o ar entra a 1 atm, e deixa o compressor a 15 atm, a taxa de compressão é de 1:15. Ciclo Termodinâmico O ciclo Brayton descreve a operação de turbinas a gás comumente utilizado na produção de energia elétrica e na propulsão de embarcações, locomotivas e aviões. As equações à seguir podem ser obtidas à partir do balanço de massa e energia do volume de controle. Para efeito de simplificação, podemos desconsiderar a variação de energia cinética e potencial do sistema. Onde: Q – Calor adicionado ou rejeitado pelo sistema em J/Kg ou Kj/Kg W - Trabalho realizado ou produzido pelo sistema em J/kg ou kJ/kg C - Calor específico em J/kg.K ou kJ/kg.K h - Entalpia do fluido utilizado em J/kg ou kJ/kg T - Temperatura em K (kelvin) - Eficiência (%) Referencias http://www.ebah.com.br/content/ABAAABiR0AA/dimensionar-turbina-a-gas?part=1 http://www.madeira.ufpr.br/disciplinasalan/AT101-Aula10.pdf https://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_Brayton https://pt.scribd.com/doc/55742266/Trabalho-Sobre-Ciclo-de-Brayton http://www.dem.feis.unesp.br/intranet/capitulo12.pdf
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