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1 2 AULA 5: GESTÃO DE PROGRAMAS 3 INTRODUÇÃO 3 CONTEÚDO 4 GESTÃO DE PROGRAMAS 4 DEFINIÇÕES 4 PROGRAMA 4 GERENCIAMENTO DE PROGRAMAS 5 EXEMPLOS DE PROGRAMAS 5 PROGRAMA DE DESPOLUIÇÃO DA BAÍA DE GUANABARA 6 PROGRAMAS 6 RELACIONANDO GERENCIAMENTO DE PROJETOS COM GERENCIAMENTO DE PROGRAMAS 9 OS BENEFÍCIOS COMO RESULTADOS DO GERENCIAMENTO DE PROGRAMAS 10 PAPÉIS E RESPONSABILIDADES NO GERENCIAMENTO DE BENEFÍCIOS DO PROGRAMA 13 ORIENTAÇÕES PARA GERENCIAMENTO DE PROGRAMAS 14 GERENTE DE PROGRAMA 15 REFERÊNCIAS 16 3 Introdução Um Programa pode ser conceituado como Projetos que se relacionam de alguma forma e que, se tratados em modelo de Programa, tendem a trazer benefícios globais. Caso fossem gerenciados de forma individual, não obteriam tais benefícios. As organizações precisam buscar constantemente a geração e implantação de práticas, processos, estruturas ou técnicas gerenciais novas, e visam melhorar o desempenho. A governança da organização precisa ter suas iniciativas baseadas na inovação e promover a gestão profissional de seu portfólio, programas e projetos de forma organizada e coordenada. Todas estas práticas estão se tornando uma ferramenta de valor no mundo dos negócios – quando as empresas sabem como utilizá-los. Objetivos: 1. Preparar os participantes para implementar a Gestão de Programas, visando permitir o processo de tomada de decisões empresariais e suas estratégias; 2. Entender os fatores chaves da Gestão de Programas, sua gestão e complexidades; 3. Descrever os principais obstáculos que devem ser superados para implementar a Gestão de Programas. 4 Conteúdo Gestão de programas Definições Programa Um grupo de projetos relacionados gerenciados de forma coordenada para obter benefícios e controle não disponíveis a partir de seu gerenciamento de forma individual 5 Gerenciamento de Programas Gerenciamento centralizado e coordenado de um programa de forma a obter os objetivos e benefícios estratégicos definidos para o programa. Exemplos de Programas O Programa de Aceleração de Crescimento (PAC), lançado em 28 de janeiro de 2007, é um programa do Governo Federal brasileiro que engloba um conjunto de Políticas econômicas, planejadas para os próximos quatro anos, e que tem como objetivo acelerar o crescimento econômico do Brasil, prevendo investimentos totais de 503 bilhões de reais, sendo uma de suas prioridades a infraestrutura, como portos e rodovias. O PAC se compõe de cinco blocos. O principal bloco engloba as medidas de infraestrutura, incluindo a infraestrutura social, como habitação, saneamento e transportes de massa. Os demais blocos incluem: medidas para estimular crédito e financiamento, melhoria do marco regulatório na área ambiental, desoneração tributária e medidas fiscais de longo prazo. Essas ações deverão ser implementadas, gradativamente, ao longo do quatriênio 2007-2010. 6 Programa de Despoluição da Baía de Guanabara O governo do estado anunciou recentemente investimento bilionário para despoluir a Baía de Guanabara, mas o PDBG (Programa de Despoluição da Baía de Guanabara) já era negociado no ano da Rio-92, como mostra reportagem do RJTV. Na época, 17 mil litros por segundo de esgoto eram despejados na baía, o que equivale a um Maracanã cheio de detritos no fim do dia. Para viabilizar as obras, iniciadas em 1994, foram feitos empréstimos de quase US$ 800 milhões com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e com o governo japonês. O objetivo era tratar 60% do volume de esgoto. O programa previa a instalação de estações de tratamento em todo o entorno da baía e de uma grande rede coletora, além da despoluição dos rios que desembocam em suas águas. Até um programa ambiental, com replantio da vegetação do mangue original da região, fazia parte do projeto. Programas Os programas são compostos por vários projetos individuais, cada um com um gerente e uma equipe que é responsável pela entrega de um produto seguindo os padrões de gerenciamento de projetos. Os projetos são agrupados em um programa porque uma organização percebe que cada um dos projetos existe para alcançar o mesmo objetivo estratégico em benefícios organizacionais no geral. Todos e quaisquer projetos que fazem parte de um programa podem ser muito bem-sucedidos individualmente e dentro do programa. No entanto, o programa, como um todo, pode falhar. O motivo mais recorrente para essa falha é não ver o programa como um projeto em si e não construir um forte processo de integração de cada um dos subprojetos dentro do programa. 7 É muito fácil combinar vários projetos em um único cronograma, identificar as dependências cruzadas de projetos, gerenciar esse único cronograma como o cronograma do programa, e ainda falhar. Isso porque um programa não é simplesmente um conjunto de projetos que são combinados para um único objetivo. Um programa é desafiado pelo fato de que cada um dos projetos independentes é geralmente visto e gerenciado com tal individualmente. Este ponto de vista individual dos projetos é um fenômeno natural. Cada gerente de projetos é responsável pela entrega para a qual ele ou ela é atribuído. Geralmente, existe pouco interesse ou tempo gasto na preocupação com outros projetos do programa. Isso acontece não porque cada gerente de projetos não é consiente ou atento a outros projetos. Na maioria dos casos, é simplesmente porque o gerenciamento do programa não foi suficientemente formalizado, documentado e comunicado às equipes de projetos para permitir que cada equipe entendesse como elas se encaixam no programa global. 8 O padrão para Gerenciamento de Programas foi lançado em abril de 2006, no Congresso Global do PMI em Madrid, Espanha, juntamente com o padrão de Gerenciamento de Portfólios com a finalidade de descrever um conjunto de processos que representam boas práticas geralmente reconhecidas na disciplina de gerenciamento de programas. 9 Relacionando gerenciamento de projetos com gerenciamento de programas Os processos do Guia PMBOK foram, historicamente, bem aplicados em projetos. Os programas e as suas respectivas equipes de gerenciamento, por outro lado, geralmente sofrem pela falta dos mesmos processos. As equipes de projetos são frequentemente consideradas como unidades administrativas funcionais, guardiães ou auditores. Estas equipes geralmente não são consideradas como tendo os tipos detalhados de estruturas e processos no lugar, como os projetos têm. Elas são geralmente vistas como gerentes de gestão e não de produção. Nota importante: Projetos geram entregas; Programas geram benefícios e capacidades que a organização pode usar para sustentar, ampliar e alcançar objetivos organizacionais. O Padrão para Gerenciamento de Programas do PMI descreve como essas hipóteses não são o caso anteriormente discutido. Ele explica os programas como tendo três temas – gerenciamento de benefícios, gerenciamento das partes interessadas e governança de programas que são experiências implícitas para o objetivo desse texto. Os dois primeiros temas são geralmente mais fáceis de atingir e frequentemente seguem processos para gerenciamento de benefícios e das partes interessadas de uma forma semelhante à forma como os projetosgerenciam estes processos. A governança de programas, no entanto, geralmente torna-se um desafio, devido à tendência dos projetos separados preferirem governarem a si mesmos. Eles tornam-se particularmente mais difíceis de serem gerenciados quando se trata dos processos de conhecimento nas áreas de Gerenciamento 10 dos Recursos Humanos, Gerenciamento da Qualidade, Gerenciamento das Comunicações e Gerenciamento de Riscos. Muitas vezes organizações dividem um grande projeto em subprojetos menores, de forma a facilitar o seu gerenciamento. Neste tipo de situação, não há um gerenciamento explícito dos benefícios esperados, este tipo de gerenciamento permanece como sendo projetos, coberto, portanto, pelo Guia PMBOK. O gerenciamento de múltiplos projetos como um programa permite otimização e/ou integração de custo, esforço e cronogramas, entregas integradas ou dependentes entre os projetos do programa, geração de benefícios incrementais e otimização das equipes envolvidas no contexto das necessidades gerais do programa. Os benefícios como resultados do gerenciamento de programas Trata-se da definição e formalização dos benefícios esperados de um programa, incluindo benefícios tangíveis e intangíveis, bem como o planejamento modelagem e acompanhamento de resultados intermediários e finais durante o ciclo de vida do programa. O gerenciamento de benefícios se 11 inicia logo no começo do ciclo de vida do programa, a partir da elaboração de um Plano de Benefícios. O foco principal de um Programa é a obtenção de Benefícios que precisam ser aderentes aos objetivos estratégicos e corporativos. A Gestão de Programas deve abranger as três dimensões (Themes em inglês), que são: 1. Gerenciamento de Benefícios Consiste em definir um plano formalizado no qual a organização estabelece quais os benefícios são esperados como resultados da implementação da Gestão de Programas. Neste plano, aspectos além da própria visão dos benefícios e resultados esperados, também devem ser estabelecidos métricas e procedimentos para acompanhamento das metas, definição de regras e responsabilidades, planos de comunicações e de transição das fases de Programas para operação. 2. Gerenciamento de Stakeholders (partes interessadas) 12 Esta gestão é focada diretamente em organizações, empresas e indivíduos em que os resultados e interesses podem ser afetados pelos Programas. Como sabemos, o conceito básico de Programas é que o mesmo é constituído de múltiplos Projetos e até mesmo por operações, portanto, a quantidade de interessados e seus vários tipos e níveis de stakeholders podem ser muito diversificados. Possuir um bom modelo de gestão capaz de envolver, comunicar e até mesmo influenciar os stakeholders, visando alcançar as metas do Programa, é de suma importância para alcançar o sucesso do Programa. Lembrando (mais uma vez) que a principal dimensão a ser atendida na Gestão focada em Programas são os benefícios a serem obtidos pela organização, em que diversos stakeholders podem e devem ter suas atenções voltadas ao Programa. Portanto, gerenciar de forma efetiva este Theme é de vital importância para o sucesso do Programa como um todo. 3. Governança de Programas A terceira dimensão na Gerência de Programas, e não menos importante que as anteriores, consiste em estabelecer uma metodologia de Gestão de Programas (Governança), que envolva políticas, processos, procedimentos, modelos, estrutura organizacional, gestão de riscos, custos e etc. Um modelo totalmente semelhante à Gestão de Projetos, mas com características específicas para o contexto de Programas. Com um modelo de Governança estabelecido, as equipes e envolvidos no Programa se utilizarão deste framework como guias para a gestão, visando a uma grande probabilidade de sucesso em busca dos objetivos traçados pela Organização, permitindo executar, monitorar e controlar todas as fases de um Programa, acompanhando os investimentos, progressos, desvios, ações e principalmente os benefícios, quando estes começarem a se evidenciar. É comum empresas que estejam estruturadas com modelos de Governança de Programas possuírem Comitês de Programas (Program Board), que representam os interesses da organização e demais stakeholders junto aos 13 Gestores de Programas, podendo ou não possuir poderes de decisão dentro da gestão do Programa. Empresas com estes modelos tendem a obter um bom caminho de maturidade organizacional em projetos (OPM3). Papéis e Responsabilidades no Gerenciamento de Benefícios do Programa No momento da definição Ao final do Projeto Cliente Identifica os benefícios do Portfólio, conforme visão e objetivo da companhia. Informa os resultados percebidos. Avalia os resultados finais do projeto. Responsável pelo Programa Registra as informações da avaliação do benefício no início e durante o projeto. Comunica aos interessados todas as informações referentes aos benefícios. Auxilia o cliente com informações para avaliação do benefício no final do projeto. Responsável pelo Planejamento Financeiro Auxilia no cálculo financeiro do benefício (VPL, TIR, ROI, etc). Auxilia no cálculo financeiro do benefício (VPL, TIR, ROI, etc). Escritório de Gerenciamento de Projetos Auxilia o responsável pelo Programa no preparo das informações para avaliação no início do projeto. Auxilia o responsável pelo Programa no preparo das informações para avaliação no início do projeto. 14 VPL => Valor Presente Líquido TIR => Taxa Interna de Retorno ROI => Retorno do Investimento Abaixo alguns exemplos de benefícios: - Segmento – Sucesso do Negócio * * Melhoria na gestão das atividades ** Integração das áreas ** Agilidade nos processos de negócio ** Redução/otimização de recursos humanos Orientações para Gerenciamento de Programas 1) Os programas contêm projetos ou iniciativas/ações (não projetos) que entregam benefícios; foco nos benefícios; 2) Existem fases para o programa "correr" que geram entregáveis de gestão importantes (Program Charter, Plano de Gerenciamento do Programa, etc) - base Standard PMI, neste momento; 3) Atividades de projeto são preocupação do respectivo GP; o programa deseja entregas atreladas aos benefícios; Mantenha lógica simples: entrega -> marco representativo desta - > benefício; 4) É preciso acordar uma estrutura de governança que funcione entre as partes envolvidas (Boards, etc). Alinhe também na operação custos, PEPs, NTICs, etc.; 5) Estabeleça reuniões periódicas de acompanhamento do programa (ver apresentação de status); Gerente do Programa com Gerentes de Projeto e PMO. Fazemos quinzenais; 15 6) Estabeleça reuniões periódicas de acompanhamento do programa pelo Board/ Comitê .... whatever; fazemos quinzenais; 7) Os indicadores de projeto nascem de RAPs - pode montar um "quadrão" - ver apresentação de status; não existem indicadores "novos"; 8) Ache as interdependências - mostre, explore, monitore, etc; Estamos trabalhando nisto ... difícil pela segmentação excessiva de equipes, mas factível; 9) Você precisa achar um ritmo seu para entrada nas equipes, troca de informações no dia a dia, preparação para as reuniões, etc. O GP (Programa) faz isso com o Board no nosso caso; 10) Relacionado ao ponto 9: formal apenas nos TAPs, PGPs, RAPs etc; fazemosa torre de controle. Gerente de programa Interação com os Gerentes de Projeto: instruções, suporte, provê visão “macro” do Programa e alinhamento estratégico; Garante que estrutura e processos de Gerenciamento do Programa suportem as entregas no nível do projeto; Garante que projetos são corretamente desenvolvidos e objetivos cumpridos de maneira apropriada; 16 Possuem um conjunto de competências que equilibram técnicas de gerenciamento de projetos e programas, liderança, gestão de pessoas, comunicação e negociação. Gerenciamento de Stakeholders e garantem que o programa permanece alinhado estrategicamente durante seu ciclo de vida. Material complementar Visite o site: Gestão Estratégica, Planejamento e Triatlon e conheça mais sobre o tema da aula. Endereço: <http://gestaonotriathlon.blogspot.com.br/2014/02/planejando- tudo-o-que-envolve-sua-prova.html>. Referências PMBOK. Um Guia do Conjunto de Conhecimentos em Gerenciamento de Projetos (Guia PMBOK). 5. ed. Project Management Institute. Four Campus Boulevard, Newton Square, EUA, 2012. PMI. The Standard for Portfólio Management. 3. ed. Project Management Institute. Four Campus Boulevard, Newton Square, EUA, 2012. KERZNER, H. Gestão de projetos. Porto Alegre: Bookman, 2002. VALERIANO, D. L. Gerenciamento estratégico e administração de projetos. São Paulo: Makron Books, 2001. 17 Atualizado em: 07 jul. 2014
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