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Direito Tributário Damasio

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Direito Tributário – Damásio
Competência Tributária
Competência x Capacidade Tributária Ativa
	Competência
	Capacidade Tributária Ativa
	É outorga / fundamento constitucional
Tem natureza política e é CLÁSULA PÉTREA
	É a delegação que ocorre de um ente federado para que os atos de arrecadação e fiscalização de tributos sejam realizados por uma pessoa diferente daquela que possui competência.
	É a determinação da CF para que a U, E, M, DF instituam tributo.
Apenas os entes federados possuem competência para instituir o tributo, mas a arrecadação, fiscalização e administração pode ser realizada por outro pessoa.
	Ex. [1]: União delegou a Receita Federal a capacidade tributária ativa, ou seja, a fiscalização, arrecadação e a administração do tributo.
Tem natureza administrativa. É precária, a qualquer tempo pode ser suprimida por ato unilateral do ente competente.
	
	Ex. [2]: A União pode a qualquer tempo suprimir ou revogar a capacidade ativa da Receita Federal.
Características da Competência
Indelegável: Uma vez outorgada pela CF88 o ente federado competente não poderá transferir a outrem o poder de INSTITUIR TRIBUTO.
Intransferível: Ainda que o ente não arrecade o tributo, não poderá transferir a outro a INSTITUIÇÃO do mesmo.
Incaducidade/Incadubilidade: Ainda que o ente federado não exija o pagamento do tributo, porque não desejou instituí-lo, a qualquer momento, respeitado os princípios constitucionais, poderá fazê-lo.
Atributos da Competência
Privativa: quando apenas um ente político pode exigir o pagamento do tributo.
Comum: mais de um ente, observados seus atributos, pode instituir o tributo. (Somente as taxas e contribuições de melhorias são de competência comum).
Taxas: Fato gerador: Serviço público específico e divisível ou Exercício regular do poder de polícia.
Contribuição de melhoria: Fato gerador: é a obra pública que resulte em valorização mobiliária no imóvel do contribuinte. O ente que executou a obra tem direito de cobrar.
Residual (art. 154, I da CF): A União, por meio de Lei Complementar, pode exigir outros impostos além dos já previstos, desde que tenham base de cálculo e fato gerador diversos dos já existentes e não sejam cumulativos.
Ex. [1]: Imposto sobre propriedade de bicicletas – veículo não motorizado de duas rodas.
I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição;
Competência Extraordinária (Art. 154, II da CF): A União, diante de guerra externa (iminente ou declarada) pode exigir impostos extraordinários de guerra, utilizando-se de fato gerador de tributos de sua ou de outra competência.
II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.
Bis in Idem: Dupla tributação/exigência = O MESMO ENTE COMPETENTE EXIGE, DUPLAMENTE, O TRIBUTO.
EX.: UNIÃO – IPI + IEG (EXTRAORDINÁRIO)
Bitributação: Dois entes políticos diferentes exigindo O MESMO FATO GERADOR ou a cobrança do TRIBUTO.
Ex.: Estado - IPVA + IEG (União tributa).
ATENÇÃO: NAS SITUAÇÕES DE NECESSIDADE DE INSTITUIÇÃO DE IEG, A UNIÃO PODE (NÃO É VEDADO) UTILIZAR-SE DO “BIS IN IDEM” OU BITRIBUTAÇÃO.
CUIDADO: O CONTRIBUINTE NÃO PODE RECEBER DUAS COBRANÇAS DO MESMO TRIBUTO, EXCETO SE ESTIVER EM ESTADO DE GUERRA.
Competência de Territórios Federais (Art. 147 da CF): Após 1.988, os territórios federais foram extintos. Mas, caso o território federal não esteja dividido em Municípios ou Estados, a UNIÃO, pode exigir os tributos estaduais e municipais. Competência cumulativa.
Sujeitos da Obrigação Tributária
Ativos (art. 119 CTN)
É o ente federado/competente para instituir tributo.
SOMENTE União, Estados, DF e Municípios.
Passivo (Art. 121 CTN)
É o contribuinte que realiza fato gerador e tem relação pessoal e direta com a hipótese de incidência.
É o proprietário de imóvel urbano (IPTU).
Responsável: nunca/não pratica o fato gerador, mas é, expressamente, indicado por lei a pagar o tributo. O Responsável não se torna contribuinte, mas apenas sujeito passivo da obrigação de recolher o tributo ou pagar multa (penaliddade).
Ex. [1]: Os pais são responsáveis pelos tributos devidos/deixados pelos filhos menores. (Art. 134, I, CTN - Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis:
I - os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores;
II - os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados;
III - os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes;
IV - o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio;
V - o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo concordatário;
VI - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre os atos praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício;
VII - os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.
Parágrafo único. O disposto neste artigo só se aplica, em matéria de penalidades, às de caráter moratório).
Atenção: Entre o responsável e o contribuinte haverá uma relação jurídica pré-estabelecida de responsabilidade, indicando que, no caso do não pagamento do tributo, o responsável toma o lugar do pagante ou deverá cumprir com as obrigações principais ou acessórias.
Limitações ao poder de tributar
São os limites fixados na CF a fim de impedir qualquer exagero por parte do fisco.
Esses limites servem como ferramenta de proteção ao contribuinte.
As formas de limitação são os PRINCÍPIOS e as IMUNIDADES.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
Princípios
Legalidade – Art. 150, I CF
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
Somente pode criar/aumentar tributo por meio de lei (por intermédio do Poder Legislativo).
Via de regra, cria/majora tributo por meio de Lei Ordinária.
Exceção: Criar/Majorar por meio de LEI COMPLEMENTAR (CEGI) – Só a UNIÃO pode:
Contribuição Social Residual
Empréstimo Compulsório
Imposto sobre Grande Fortuna
Imposto Residual
Exceção ao princípio da legalidade
Poderá o poder executivo mediante Decreto/Portaria majorar as alíquotas dos tributos extrafiscais. (tributo extrafiscal serve para regular o mercado – II, IE, IOF e IPI).
Poderá o poder executivo mediante Decreto/Portaria reduzir ou restabelecer as alíquotas de CIDE e ICMS de combustível.
Poderá o poder executivo mediante MEDIDA PROVISÓRIA CRIAR ou MAJORAR TRIBUTO, dois requisitos:
O Tributo pode ser criado por lei ordinária.
Que seja convertido em lei no mesmo exercício de sua edição.
Poderá o poder executivo mediante Decreto/Portaria atualizar/recompor (não significa onerar ou atualizar fora dos parâmetros inflacionários) base de cálculo de imposto. (Súmula 160 STJ).
Poderá o poder executivo mediante Decreto/Portaria modificar prazo para pagamento de tributo.
Anterioridade
Quando pode ser exigido/cobrado o tributo.
Em via de regra, OS TRIBUTOS RESPEITAM AS DUAS ANTERIORIDADES.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
III - cobrar tributos:
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b;
Exceções
Existem tributos que poderão ser exigidos de imediato: II, IE, IOF, Imposto Extraordinário de Guerra e EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO DE GUERRA OU CALAMIDADE.
Existem tributos que poderão ser exigidos após 90 dias não sendo obrigatório aguardaro próximo exercício: IPI, ICMS COMBUSTÍVEL, CIDE COMBUSTÍVEL E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL.
Existem tributos que poderão ser exigidos após o exercício seguinte não sendo obrigatório aguardar 90 dias: IR (TUDO), BASE DE CÁLCULO MAJORADA DE IPVA E IPTU.
Súmula Vinculante 50: Norma legal que altera o prazo de recolhimento de obrigação tributária não se sujeita ao princípio da anterioridade. (Não respeita a anterioridade a alteração de prazo para pagamento).
Reduzir ou extinguir benefício fiscal respeita a anterioridade.
Irretroatividade
Somente vou aplicar a norma tributária a fatos geradores ocorridos durante a vigência da norma.
A norma tributária não retroage.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
III - cobrar tributos:
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado;
Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito:
I - em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados;
II - tratando-se de ato não definitivamente julgado:
a) quando deixe de defini-lo como infração;
b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento de tributo;
c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prática.
Princípio da Isonomia
Art. 150 - II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;
Princípio do Não Confisco
Art. 150 - IV - utilizar tributo com efeito de confisco;
O tributo não poderá ter valor suficiente para me impedir o direito de propriedade.
Este princípio aplica-se também para multa.
A multa não superior ao tributo.
A multa moratória não poderá ter percentual superior a 20%.
Princípio da Liberdade de Tráfego
Art. 150 - V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público;
Nenhum tributo poderá impedir o exercício do direito de ir e vir, de pessoas ou de bens, salvo pedágio.
Súmula 70 - É inadmissível a interdição de estabelecimento como meio coercitivo para cobrança de tributo.
Súmula 323 - É inadmissível a apreensão de mercadorias como meio coercitivo para pagamento de tributos.
Princípio da Uniformidade Geográfica
Só serve para a União.
Art. 151. É vedado à União:
I - instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do País;
A União não poderá conceder tratamento diferenciado tributário entre os demais entes, ou seja, a união não pode tributar de forma diversa.
Salvo, para suplementar, realizar, ajudar no desenvolvimento econômico, social de determinada região. (Zona franca de Manaus).
II - tributar a renda das obrigações da dívida pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como a remuneração e os proventos dos respectivos agentes públicos, em níveis superiores aos que fixar para suas obrigações e para seus agentes;
A União não poderá tributar de forma diversa seus servidores.
Princípio da Vedação da Isenção Heterônoma
Só serve para a União.
III - instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios.
A União não poderá isentar tributos que não são de sua competência, exceto:
Serviço destinado ao exterior (ISS) é isento.
Produto comercializado para o exterior (ICMS) é isento
Tratado internacional, ratificado pelo Presidente da República, poderá isentar tributos Estaduais, Distritais e Municipais.

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