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ANÁLISE TEXTUAL

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ANÁLISE TEXTUAL
Aula 1: Língua, linguagem e variação linguística
Nesta aula, vamos trabalhar os conceitos língua, linguagem e seus contextos de uso. Vamos identificar também os aspectos da comunicação formal e informal, já que, todos os dias, vivenciamos situações que são enquadradas na formalidade ou na informalidade.
		Neste ponto, vamos analisar as atividades de linguagem e a necessidade de adquirirmos uma fala mais elaborada, muito útil na nossa vida acadêmica e profissional, que exigem tipos específicos de comportamento e de linguagem.
Muitos momentos de nossas vidas envolvem situações em que estamos ora com pessoas muito íntimas, ora pessoas com quem temos pouca intimidade ou até com pessoas desconhecidas, não é mesmo? 
A convivência com pessoas desconhecidas exige de nós postura diferente da que temos com familiares, concorda? Isso, consequentemente, gera uma forma de falar diferenciada. 
Enfim, as situações comunicativas são enquadradas na formalidade ou na informalidade. Então, a necessidade de adquirirmos uma linguagem mais elaborada, utilizando a norma culta, se dá porque às vezes precisamos usar uma linguagem mais formal.
Entretanto, isso não quer dizer que há perda dos aspectos informais da língua, ou seja, continuaremos sempre a falar com pessoas de nossa intimidade da mesma forma. Adquirir outros modos de falar, apenas “alarga nossa capacidade de comunicação”.
Por que nos comunicamos?
Já parou para pensar que tudo para nós, seres humanos, tem de ter uma explicação? 
Isso chama a atenção para uma coisa que fazemos constantemente, mas não nos damos conta: procuramos sempre dar um sentido aos fatos, interpretar situações, interpretar o mundo e a vida.
Mesmo quando buscamos dar sentido aos fatos, ponderamos a nossa maneira de falar, com base nas situações em que somos colocados(as). Clique nas caixas e veja os exemplos:
A língua é um produto social e cultural constituído por signos linguísticos, caracterizado por um código, e a linguagem é o veículo de expressão. 
Como vimos anteriormente, a língua também varia de acordo com o contexto de comunicação, já que não falamos sempre do mesmo modo. Sendo necessário, portanto, distinguir informalidade da linguagem vulgar ou popular.
Assista ao vídeo, para reforçar o seu entendimento sobre a fala formal e a informal.
O  Português é a língua oficial de Brasil, Portugal, Moçambique, Angola e outros países. Porém, possui algumas variações, de acordo com a região em que é falado, formando o que chamamos de dialetos regionais ou geográficos.
Assim como a dança, a música, as imagens, os gráficos e os gestos, as línguas são diferentes formas de expressão ou linguagens. Uma vez que o texto é um produto social, existe uma relação intrínseca entre ele, a cultura, o momento histórico e a ideologia em que é formado.
A interpretação dos fatos e o significado que precisamos atribuir às coisas estão relacionados à capacidade humana, exclusivamente humana, que nos permite comunicar o que estamos pensando, os nossos anseios, desejos etc. 
Os animais se comportam sempre da mesma forma em determinadas situações, não criam coisa alguma. Já os seres humanos, dotados de linguagem, sempre podem criar uma comunicação diferente.
Reconhecida por Lei, a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) não se resume simplesmente à transposição da Língua Portuguesa em gestos, pois, assim como diversas línguas, a LIBRAS conta com diversos níveis linguísticos e itens lexicais conhecidos por sinais. 
Isso quer dizer que para se comunicar em LIBRAS não basta apenas conhecer sinais, é necessário conhecer também a gramática para combinar frases e estabelecer comunicação, que neste caso se dará através das combinações de configurações de mão, movimentos e de pontos de articulação. 
Por isso, a LIBRAS se apresenta como um sistema linguístico de transmissão de ideias e pertencente à comunidade surda brasileira, levando em consideração também as diferenças regionais como em todas as línguas.
Mas afinal qual é a diferença entre linguagem e língua?
Podemos dizer que linguagem é uma faculdade (capacidade) que permite exercitar a comunicação, latente ou em ação. 
Já a língua refere-se a um conjunto de palavras e expressões usado por um povo, por uma nação, munido de regras próprias (sua gramática).
Aqui chegamos a um ponto essencial: a língua é uma construção social e corresponde à cultura, história e sociedade de um determinado povo, de uma determinada nação. 
Se a linguagem é uma capacidade humana, por que todos nós não falamos a mesma língua? 
Tente responder à seguinte questão: por que uma criança de família chinesa, que nasce na França, por exemplo, fala francês e também chinês?
Aqui chegamos a um ponto essencial: a língua é uma construção social e corresponde à cultura, história e sociedade de um determinado povo, de uma determinada nação.
No caso das crianças chinesas, ela fala as duas línguas porque tem contato com as duas culturas. Em casa, por exemplo, a criança fala chinês com os familiares, já na rua e nos demais meios sociais, principalmente na escola, ela fala o idioma francês.
A atividade de comunicação que fazemos todos os dias, aparentemente sem muito esforço, não é tão simples assim. Antes da fala sair de sua boca, você pensa, elabora o que quer comunicar, depois procura palavras e construções adequadas na língua para que essa fala possa ser entendida pelos outros.
A linguagem é uma capacidade humana e a língua uma espécie de “contrato” entre as pessoas em uma sociedade e é por ser uma capacidade humana que os analfabetos conseguem se comunicar, mesmo sem saber ler e escrever.
Isso quer dizer que, para haver comunicação, basta o indivíduo “acionar” a capacidade mental (linguagem) e articular o código social (língua).

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