SEMANA3

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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA __ VARA DA CIDADE DE NATAL – RIO GRANDE DO NORTE
 
 
 
 
 
 
 
 
 
                            SUZANA, nacionalidade, estado civil, EMPREGADA DOMÉSITICA, com CTPS nº..., série..., nascido em ..., nome da mãe, PIS nº..., inscrito no CPF sob o nº, Ident. , email, residente na rua...., vem por meio de seu advogado, com procuração em anexo, que tem seu endereço comercial na rua..., onde serão recebidas as intimações e citações na forma do Art. 77,V do Código de Processo Civil, propor
 
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
 
                            Pelo rito ordinário, em face de MORAES inscrito no CPF sob o nº, Ident. , email, residente na rua....,., pelos fatos e direitos a seguir expostos e elencados
 
I – DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
 
                                               De acordo com os art. 98 e 99 do Código de Processo Civil, combinado com o art.790,§3 da CLT, o reclamante afirma não ter condições financeiras de arcar com as custas e honorários advocatícios, conforme documentação comprobatória em anexo.
 
II – DA COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA
              
                                               O reclamante não se submeteu a CCP em razão de liminares conferidas nas ADIN 2139 e 2160-5 que suspendeu a eficácia do art.625-D da CLT, fazendo prevalecer o art. 5º, XXXV da CRFB-88, garantindo assim o acesso à justiça.
 
III – DOS FATOS
 
A reclamante trabalhava na residência da Família do reclamado, cujo contrato teve início no dia 15/06/2016 e terminou em 15/09/2016, sendo a demissão ocorrida sem justa causa.
Laborava no horário das 07:00 às 16:00, com 30 min de intervalo para executar a sua refeição.
O reclamado , durante todo o contrato, que inicialmente seria de 30 dias e não foi resolvido ao final do prazo, fazia os descontos de 25% e 10% da alimentação diária e do transporte, respectivamente , do salário da reclamante.
A reclamante ainda, dentro do período do trabalho viajou em serviço, por 4 dias para a cidade de Gramado/RS.
Desta maneira, o pleito da reclamante é que o reclamado seja sentenciado a pagar as seguintes verbas rescisórias:
 
A)     DO CONTRATO POR TEMPO INDETERMINADO
 
O contrato de trabalho , por tempo determinado, que não  se resolve ao final do prazo, automaticamente torna-se indeterminado, ao atingir o prazo determinado pelo art.5º,§2º, da Lei Complementar 150/2015
 
 
B)      DO AVISO PRÉVIO E SEUS REFLEXOS
 
De acordo com os art.23,§1º da LC 150/2015, é devido a reclamante o aviso prévio, férias proporcionais de 13º salário na proporção de 4/12
 
 C)      DA DEVOLUÇÃO DO DESCONTO DE 25% SOBRE A ALIMENTAÇÃO
 
 Pelo art.18º da Lei 150/2015 é vedado o desconto relativo à alimentação, uso de produtos de higiene, do empregado doméstico. O reclamante faz jus ao pagamento de devolução de todos os meses que foi descontado esse valores.
 
D)     DO DESCONTO DO VALE TRANSPORTE
 
O reclamante faz jus ao pagamento de devolução de 4% mensal que foi descontado a mais do seu salário, uma vez que a Lei 7419/85, em seu art.4º, o valor máximo para desconto de vale transporte é de 6% e o reclamado descontava 10%
 
E)      DA SUPRESSÃO DO INTERVALO INTRA JORNADA
 
A Lei Complementar 150/2015, no seu art.13, determina que a jornada de trabalho deverá ter uma pausa para fins de alimentação, de 1(uma) a 2(duas) horas, ou se por meio de acordo das parte, por escrito, seja estabelecido o tempo de 30 min de intervalo. Como não há acordo das partes, o que deverá ser feito é o pagamento da hora inteira , acrescida de 50%, pelo fato da reclamante executar seu intervalo de almoço, por apenas 30 minutos.
 
 
F)      DAS HORAS EXTRAS
 
A reclamante laborava no horário das 07:00 às 16:00, ou seja , num período de 9h diárias. Ocorre que a Lei Complementar 150/2015, em seu art.2º, determina que o horário laboral será de 8h diárias ou 44 horas semanais.
Dessa forma a reclamante após descontada a sua meia hora de almoço, ainda assim trabalhava meia hora a mais do que o previsto em lei. Acarretando a obrigação do pagamento de hora extra.
 
 J)       DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
 
 De acordo com as súmulas 219 e 329, ambas do TST, o reclamante , enquadrando-se nas determinações, fica isento, se assim o Juízo entender, dos honorários , advocatícios, independentemente da sucumbência.
 
 
IV – DO PEDIDO
 
                                               Diante de todo o exposto requer:
1 – que seja concedida a gratuidade;
2-que seja procedente o pedido de mudança de contrato de trabalho por tempo determinado para contrato de trabalho por prazo indeterminado, desconstituindo o contrato de experiência tendo em vista a proprogação expressa na forma do artigo 5º, paragrafo 2º da L.C. 150/15 condenado nas seguintes verbas:
2.1) AVISO PRÉVIO
2.2)reflexo nas férias acrescidas de 1/3 de férias CRFB/88;
2.3)reflexo no 13º salário;
3)Devolução do descento de 20% da alimentação durante todo o pacto laboral;
4)devolução da diferença de 4% relativos ao vale transporte, tendo em vista que foi descontado 10% de todo o pacto laboral;
5)Seja condenado da reclamada ao pagamento de honorários de horas extras de 30 Min., durante todo o pacto laboral, tendo em vista a jornada de trabalho de 8Hs.e30Min., conforme artigo 2º da L.C 150/15
6) Seja condenada a reclamada a uma hora extra pela supressão do intervalo de hora do almoço/descanço, conforme artigo 13 LC150/15 e Súmula 437 TST
7) – Seja condenada a reclamada ao pagamento de acréscimo de 25% por hora trabalhada em viagem, percentuar que deverá iniciar sobre 32 horas conforme o artigo 11,parágrafo 2º L.C150/15
Ante o exposto requer a Vs. EXA seja notificada citatonamente a reclamante, para querendo contestar a presente , sob pena de concessão e ao final seja julgado procedente o pedido, nos termos da petição inicial.
  
V – DAS PROVAS
 
                                               Requer a produção de todos os meios de provas em direito admitidas, em principal as documentais e testemunhais, de acordo com o art. 369/ CPC.
 
VI-  DO VALOR DA CAUSA
 
                                               Dá-se a causa o valor de R$ 40.000,00( Quarenta mil reais)
 
 
Nestes Termos
Pede Deferimento
Rio de Janeiro,   de         de 2017
 
ADV
OAB