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17 TÓPICOS DE DIREITO DO TRABALHO

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1 
CPAA - Sua Preparação Completa para o Exame de Ordem – 100% Presencial 
OAB 1ª FASE 
 
 
Seu Sucesso é o Nosso Objetivo! 
 
TÓPICOS DE DIREITO DO TRABALHO 
 
 
Profª Renata Tiveron e Profº Douglas Artigas. 
 
Direito do Trabalho: 
- Disciplina as relações de trabalho subordinado e equiparado. 
- Sujeitos da relação de emprego – empregador e empregado 
- Competência para legislar – art. 22, I, CF - Direito Privado. 
- Direito Individual e Coletivo. 
Podemos conceituar o Direito do Trabalho como o ramo da ciência do direito composto pelo conjunto de normas 
que regulam no âmbito individual e coletivo, a relação de trabalho subordinado, que determinam seus sujeitos e 
que estruturam a organização destinadas à proteção do trabalhador. 
 
Regimes de trabalho: 
- Celetista – regido pela CTL, CF e leis esparsas – Direito do Trabalho. 
- Estatutário - regido por estatuto próprio – Direito Administrativo. 
 
 
1. FONTES DO DIREITO DO TRABALHO 
 
1.1 Fontes Materiais – Momento pré-jurídico, inspirador da norma em virtude de fatores sociais econômicos, 
históricos, etc... Portanto, podemos conceituar a fonte material de direito do trabalho como fatos verificados em 
uma sociedade em determinado momento histórico e que contribuirão para a formação e substâncias das normas 
jurídicas trabalhistas. 
 
1.2 Fontes Formais – Momento eminentemente jurídico. É a norma já constituída, e se dividem em: 
 
✓ Fontes Formais Heterônomas – provem do Estado, sem participação imediata dos destinatários 
principais: CF, Leis, Emendas, MP, Decretos. 
 
- Constituição: tem prevalência jurídica, confere validade, fundamento e eficácia das demais regras jurídicas; 
- Lei (medida provisória): CLT - Consolidação das Leis do trabalho contém normas do direito individual do 
trabalho, direito coletivo do trabalho, direito administrativo do trabalho e direito processual do trabalho; há também 
as leis esparsas (Lei do FGTS, do trabalho portuário, descanso remunerado e em feriados etc.; 
- Tratados e Convenções Internacionais; 
- Regulamento normativo (decreto); 
- Portarias, avisos, instruções, circulares; 
- Sentença normativa. 
 
✓ Fontes Formais Autônomas – Participação dos destinatários, sem a interferência do Estado: Convenção 
Coletiva e Acordo Coletivo de Trabalho e Usos e Costumes. 
 
 
 
1.3 Fontes Supletivas – Na ausência de disposição legal ou contratuais, as autoridades administrativas e a 
Justiça do Trabalho, utilizarão: Jurisprudência, Doutrina, Equidade, Analogia, Princípios Gerais do Direito. 
FONTES DO DIREITO DO 
TRABALHO 
FONTES FORMAIS 
Autônomas e heterônomas 
 
- 
FONTES MATERIAIS 
Fatos sociais, políticos, históricos 
2 
CPAA - Sua Preparação Completa para o Exame de Ordem – 100% Presencial 
OAB 1ª FASE 
 
 
Seu Sucesso é o Nosso Objetivo! 
A CLT em seu artigo 8º dispõe: 
Art. 8º - As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais, 
decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por equidade e outros princípios e normas gerais de 
direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, 
mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público. 
§ 1º O direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho. 
 § 2o Súmulas e outros enunciados de jurisprudência editados pelo Tribunal Superior do Trabalho e pelos 
Tribunais Regionais do Trabalho não poderão restringir direitos legalmente previstos nem criar obrigações que não 
estejam previstas em lei. 
§ 3o No exame de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, a Justiça do Trabalho analisará 
exclusivamente a conformidade dos elementos essenciais do negócio jurídico, respeitado o disposto no art. 104 da 
Lei no10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), e balizará sua atuação pelo princípio da intervenção mínima 
na autonomia da vontade coletiva. 
 
O TST e os TRT’s ao editar súmulas e outros enunciados não poderão restringir direitos 
legalmente previstos nem criar obrigações que não estejam previstas em lei. 
No exame de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, a Justiça do Trabalho 
analisará exclusivamente a conformidade dos elementos essenciais do negócio jurídico, respeitado o disposto no 
art. 104 da Lei 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), e balizará sua atuação pelo princípio da 
intervenção mínima na autonomia da vontade coletiva. 
A nova redação quer deixar “evidente a supremacia da lei na aplicação do Direito do Trabalho, 
impedindo-se, dessa forma, a inversão da ordem de aplicação das normas”. O objetivo é não dar margem para 
ações que tenham pedidos em súmulas e outros mecanismos dos tribunais, que não poderão ser sobrepostos à 
lei. (LEI 13.467/17) 
 
2. PRINCÍPIOS DO DIREITO DO TRABALHO 
 
Os princípios são preceitos fundamentais de uma determinada disciplina e como tal servem de 
fundamentos para seus institutos e para sua evolução. Os princípios do Direito do Trabalho constituem diretrizes 
que inspiram a as normas que regulam as relações de trabalho. São eles: 
 
• Da Proteção (Foi alterado com a reforma trabalhista – lei 13.467/17, pois a proteção dada ao 
hipossuficiente foi afetada, visto a ampliação da autonomia individual do trabalhador, permitindo e 
considerando válida a negociação direta entre empregado e empregador) 
➢ In Dúbio Pro-operário (mitigado pela reforma trabalhista- restrição de interpretação imposta à 
Justiça do Trabalho em relação ao conteúdo das convenções e acordos coletivos – art. 8º, §3º 
e art. 611, § 1º CLT) 
➢ Da condição mais benéfica (art. 620 da CLT – fragiliza a regra mais favorável, pois dispõe que 
as condições fixadas em acordo coletivo de trabalho, sempre prevalecerão sobre as 
estipuladas em acordo coletivo) 
➢ Da Norma Mais Favorável – torna flexível a hierarquia das normas trabalhistas. 
• Da Irrenunciabilidade dos Direitos Trabalhistas – mitigada pela reforma trabalhista –art. 444 da CLT – 
figura do trabalhador hipersuficiente- portador de diploma de nível superior e com salário mensal igual 
ou superior a duas vezes o limitem máximo dos benefícios da Previdência Social. 
• Continuidade do Emprego – relativizado pela reforma trabalhista – previsão de possibilidade de 
rescisão de comum acordo entre empregado e empregador – art. 484 A CLT e previsão de dispensas 
plurimas ou coletivas sem autorização prévia da entidade sindical. 
• Razoabilidade 
• Primazia da Realidade 
• Imperatividade da Norma 
• Intangibilidade Contratual 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10406.htm#art104
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10406.htm#art104
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OAB 1ª FASE 
 
 
Seu Sucesso é o Nosso Objetivo! 
3. PRESCRIÇÃO 
 
- Regra Geral da prescrição: art. 7º, XXIX, da CF/88. O prazo prescricional será de 5 anos, até o limite de dois 
anos após a extinção do contrato de trabalho. 
- Marco inicial: bienal. Conta-se a partir da data da extinção do contrato de trabalho, inclusive levando-se em 
consideração o tempo do aviso prévio, indenizado ou trabalhado. Quinquenal a partir do momento em que o direito 
se tornar exigível. 
 
§ 3º - A interrupção da prescrição somente ocorrerá pelo ajuizamento de reclamação trabalhista, mesmo que em 
juízo incompetente, ainda que venha a ser extinta sem resolução do mérito, produzindo efeitos apenas em relação 
aos pedidos idênticos. (LEI 13.467/17) 
 
- FGTS: A prescrição para o FGTS segue a regra contida no art. art. 7º, XXIX, da CF/88, ou seja, o trabahador terá 
o limite de dois anos após a extinção, para reclamar os últimos cinco anos - ver Súmula 362 TST. 
 
Ação judicial para anotação na CTPS, para fins previdenciários, para comprovar junto ao INSS vínculo 
empregatício é IMPRESCRITÍVEL. 
 
Fatos que afetam a contagem da prescrição: 
 
- Interrupçao: Contagem do prazo é reiniciada- a Reclamação Trabalhista, ainda que arquivada, interrompe o 
prazo prescricional relativamente aos pedidos constantes da petição inicial. Súmula 268 TST. 
 
- Suspenção: suspende-se o prazo prescricional a partir da submissão da demanda trabalhista à Comissão de 
Conciliação Prévia, recomeçando a fluir a partir da tentativa frustrada de conciliação ou do fim do decêncio 
previsto para a realização desse ato. – OJ 375 
 
- Impeditiva: Não se inicia a contagem do prazo – empregado menor de 18 anos – art. 440 CLT. 
 
 Ler Súmulas do TST 114, 294, 308. 
 
PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE 
 
Ocorre na fase de execução. É aquela que ocorre quando o processo permanece paralisado por um tempo 
predeterminado. Ao final desse tempo, o processo é extinto. 
O Supremo Tribunal Federal já havia editado, antes da Constituição Federal de 1988, entendimento no sentido de 
ser aplicável a prescrição intercorrente no âmbito trabalhista, conforme súmula 327: 
 
Súmula 327 do STF: O direito trabalhista admite a prescrição intercorrente. 
O Tribunal Superior do Trabalho possuía posição distinta do Supremo Tribunal Federal, uma vez que entendia 
ser incabível, como regra, a prescrição intercorrente em relação a créditos trabalhistas. Sua posição ficou 
Consolidada na súmula 114: 
 
Súmula 114 do TST : PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE (mantida) – Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
É inaplicável na Justiça do Trabalho a prescrição intercorrente. (PREJUDICADA) 
Com a reforma trabalhista, a prescrição intercorrente passa a ser aplicada no processo trabalhista, conforme 
dispõe o artigo 11-A da CLT: 
Art. 11 -A pretensão quanto a créditos resultantes das relações de trabalho prescreve em cinco anos para os 
trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho. 
I - (revogado); 
II - (revogado). 
[...] 
§ 2º - Tratando-se de pretensão que envolva pedido de prestações sucessivas decorrente de alteração ou 
descumprimento do pactuado, a prescrição é total, exceto quando o direito à parcela esteja também assegurado 
por preceito de lei. 
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Art. 11-A - Ocorre a prescrição intercorrente no processo do trabalho no prazo de dois anos. 
§ 1º - A fluência do prazo prescricional intercorrente inicia-se quando o exequente deixa de cumprir determinação 
judicial no curso da execução. 
 
§ 2º - A declaração da prescrição intercorrente pode ser requerida ou declarada de ofício em qualquer grau de 
jurisdição. (LEI Nº 13.467/17) 
 
4. SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO 
 
- Empregado – art. 3º da CLT 
- Empregador – art. 2º da CLT 
 
Obs.: TRABALHADOR - é o empregado, aquele que se dedica a uma atividade para suprir uma carência humana, 
sob uma condição de subordinação. 
 
4.1 Características do vínculo empregatício: 
 
- Pessoalidade (intuitu personae) 
- Habitualidade 
- Onerosidade - Salário 
- Subordinação 
 
Obs.: O contrato de emprego ou a obrigação que dele decorre é personalíssimo. A Súmula 159 do TST reflete 
esta posição: 
 
Súmula 159 TST: SUBSTITUIÇÃO DE CARÁTER NÃO EVENTUAL E VACÂNCIA DO CARGO (incorporada a 
Orientação Jurisprudencial nº 112 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005. 
I - Enquanto perdurar a substituição que não tenha caráter meramente eventual, inclusive nas férias, o empregado 
substituto fará jus ao salário contratual do substituído. (ex-Súmula nº 159 - alterada pela Res. 121/2003, DJ 
21.11.2003) 
II - Vago o cargo em definitivo, o empregado que passa a ocupá-lo não tem direito a salário igual ao do 
antecessor. 
 
4.2 EMPREGADOR – art. 2º da CLT 
 
Empresas individuais ou coletivas, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admitem, assalariam e 
dirigem a prestação pessoal de serviços. 
 
Atenção!!! Equipara-se a empregador, para efeitos de relação de emprego: 
- profissionais liberais 
- as instituições beneficentes 
- as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, tais como igrejas, sindicatos, etc., que 
admitirem trabalhadores como empregados. 
 
4.2.1 Características do Empregador: 
- Admite o empregado e fiscaliza a prestação pessoal do serviço contratado; 
- Assume os riscos da atividade: que não trabalha por conta alheia e arca com os lucros e os prejuízos do 
empreendimento; 
- Assalaria: aquele que remunera ou tem a obrigação de remunerar; 
- Dirige: possui o comando da empresa e conduz o seu destino; 
- Pune: disciplina e aplica penalidades 
 
4.3 EMPREGADO – art. 3º da CLT 
Considera-se empregado, toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a 
dependência deste e mediante salário. 
 
4.3.1 Características do Empregado: 
- Pessoa física – trabalho pessoal - pessoa jurídica não pode ter relação de emprego. 
- Prestação de serviços – o contrato verbal ou escrito não é suficiente; é necessário o efetivo trabalho. 
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- Vontade de ligar-se a um pacto laboral, o que não ocorre com um trabalho a título de caridade, religião, amizade, 
mutirão, solidariedade. 
- Trabalho contínuo e não esporádico; trabalho por tempo permanente ou por tempo determinado. 
- Subordinado a um empregador do qual é dependente (recebe ordens do empregador e coloca à disposição 
deste, sua força de trabalho); 
- Percebe salário pelo seu trabalho. 
 
Cuidado!!! Relações de Trabalho e Relações de Emprego 
A relação de trabalho tem caráter genérico referindo-se a todas as relações jurídicas da contratação de trabalho 
humano, engloba a relação de emprego, tanto quanto a relação de trabalho autônomo, eventual, avulso, 
temporário, estágio, etc. 
A relação de emprego, portanto, é do ponto de vista técnico-jurídica uma das modalidades específicas da relação 
de trabalho. 
 
Características da Relação de Emprego: 
• Trabalho por Pessoa Física: a prestação de serviços que o direito do trabalho leva em consideração é a que é 
efetuada por pessoa física, os bens jurídicos tutelados são: vida, saúde integridade moral, etc., bens estes que 
não são usufruídos por pessoa jurídica, assim somente o empregador é que pode ser pessoa física ou jurídica, 
nunca o empregado; 
• Pessoalidade: incide apenas sobre a figura do empregado, que não poderá fazer-se substituir por outro 
trabalhador ao longo da concretização dos serviços; 
• Não eventualidade: não pode ser esporádico, é necessário que o trabalho prestado tenha caráter de 
permanência, ou seja, serviço de natureza contínua; 
• Onerosidade: é uma relação de fundo econômico, conforme Maurício Godinho Delgado “o contrato de trabalho é, 
desde modo, um contrato bilateral, sinalagmático e oneroso, por envolver um conjunto diferenciado de prestações 
e contraprestações recíprocas entre as partes, economicamente mensuráveis; 
• Subordinação: sujeição ao poder de outros, às ordens de terceiros numa posição de dependência, ensina Amauri 
Mascaro Nascimento “situação em que se encontra o trabalhador, decorrente da limitação contratual da autonomia 
de sua vontade, para o fim de transferir ao empregador o poder de direção sobre a atividade que desempenhará”; 
 
DIREITOS ASEGURADOS AOS TRABALHADORES NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
 Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição 
social: 
 I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei 
complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos; 
II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário; 
 III - fundo de garantia do tempo de serviço; 
IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais 
básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transportee 
previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação 
para qualquer fim; 
 V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho; 
VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo; 
 VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável; 
 VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria; 
 IX - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; 
 X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa; 
 XI - participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participação 
na gestão da empresa, conforme definido em lei; 
 XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da 
lei; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a 
compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de 
trabalho; (vide Decreto-Lei nº 5.452, de 1943) 
 XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo 
negociação coletiva; 
 XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos; 
 XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do 
normal; (Vide Del 5.452, art. 59 § 1º) 
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal; 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm#art478§2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm#art59§1
6 
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OAB 1ª FASE 
 
 
Seu Sucesso é o Nosso Objetivo! 
 XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias; 
 XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei; 
 XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei; 
 XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei; 
 XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança; 
 XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei; 
 XXIV - aposentadoria; 
 XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em 
creches e pré-escolas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) 
 XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho; 
 XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei; 
 XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este 
está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa; 
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos 
para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de 
trabalho; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 28, de 25/05/2000) 
 XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de 
sexo, idade, cor ou estado civil; 
 XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador 
portador de deficiência; 
 XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais 
respectivos; 
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a 
menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
 XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador 
avulso 
Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos 
IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as 
condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento das obrigações tributárias, principais 
e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, 
XXV e XXVIII, bem como a sua integração à previdência social. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 72, de 2013) 
 
4.4 GRUPO ECONÔMICO 
 
Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem 
sob a direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra 
atividade econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis a empresa 
principal e cada uma das subordinadas. 
 
GRUPO ECONÔMICO – SOLIDARIEDADE (ART. 2º,§ 3º) (LEI 13.467/17) 
 
Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo necessárias, para a 
configuração do grupo, a demonstração do interesse integrado, a efetiva comunhão de interesses e a atuação 
conjunta das empresas dele integrantes. 
 
ART. 2º CLT............ 
§ 2o Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, 
estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua 
autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da 
relação de emprego. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) 
§ 3o Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo necessárias, para a configuração do 
grupo, a demonstração do interesse integrado, a efetiva comunhão de interesses e a atuação conjunta das 
empresas dele integrantes. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) 
 
4.5 SUCESSÃO DE EMPRESAS (Empregadores) e DIREITOS DOS EMPREGADOS 
 
a) Previsão: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc53.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc28.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc72.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc72.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1
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Seu Sucesso é o Nosso Objetivo! 
É a transferência de titularidade de empresa ou estabelecimento, transmitindo os créditos e assunção de dívidas 
trabalhista entre alienante e adquirente envolvidos. 
 
Tal alteração não afetará os direitos trabalhistas de seus empregados e nem os contratos de trabalho. 
 
Atenção! 
➢ Proteção do trabalhador caso ocorra a mudança de titularidade ou a alteração na estrutura jurídica da 
empresa. 
➢ Lembrando que essa proteção é o princípio da continuidade de trabalho, sendo o risco do negócio do 
empregador. 
Ver: 
Art. 10 - Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos adquiridos por seus 
empregados. 
Art. 10-A. O sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade relativas 
ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a 
modificação do contrato, observada a seguinte ordem de preferência: (Incluído pela Lei nº 13.467, de 
2017) 
I - a empresa devedora; 
II - ossócios atuais; e 
 III - os sócios retirantes. 
Parágrafo único. O sócio retirante responderá solidariamente com os demais quando ficar comprovada 
fraude na alteração societária decorrente da modificação do contrato. 
Art. 448 - A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de 
trabalho dos respectivos empregados. 
Art. 448-A. Caracterizada a sucessão empresarial ou de empregadores prevista nos arts. 10 e 448 desta 
Consolidação, as obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à época em que os empregados trabalhavam 
para a empresa sucedida, são de responsabilidade do sucessor. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 
2017) 
Parágrafo único. A empresa sucedida responderá solidariamente com a sucessora quando ficar 
comprovada fraude na transferência. 
 
 RESPONSABILIDADE DO SÓCIO RETIRANTE DA SOCIEDADE (CLT, ART. 10-A) 
 
O sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade 
relativas ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a 
modificação do contrato, observada a seguinte ordem de preferência: 
I - a empresa devedora; 
II - os sócios atuais; e 
III - os sócios retirantes. 
Se ficar comprovada fraude na alteração societária decorrente da modificação do contrato, o 
sócio retirante responderá solidariamente com os demais. 
 
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DO SUCESSOR ( CLT, Art. 448-A) 
Ocorrendo a sucessão empresarial ou sucessão de empregadores, as obrigações trabalhistas, 
inclusive as contraídas à época em que os empregados trabalhavam para a empresa sucedida, são de 
responsabilidade do sucessor. 
Em caso de transferência fraudulenta a empresa sucedida responderá solidariamente com a 
sucessora. 
 
b) Efeitos: 
• Transferência automática de direitos e obrigações contratuais para o novo titular da organização empresarial; 
• Não se admite oposição dos trabalhadores no processo de sucessão de empregadores, não enseja rescisão 
indireta do contrato; 
- Proteção do trabalhador caso ocorra a mudança de titularidade ou a alteração na estrutura jurídica da empresa. 
- Lembrando que essa proteção é o princípio da continuidade de trabalho, sendo o risco do negócio do 
empregador. 
 
c) Hipóteses de Sucessão nas Sociedades Comerciais 
- Incorporação 
- Fusão 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1
https://www.legjur.com/legislacao/htm/dcl_00054521943#i10-A-00
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- Cisão 
- Transformação do regime da empresa. 
 
d) Consequências da Sucessão 
Na sucessão de empresas o direito do trabalho garante o empregado, subrogando-se ao novo proprietário em 
todas as obrigações do primeiro, desenvolvendo-se normalmente o contrato de trabalho sem qualquer prejuízo 
para o trabalhador como também: 
 
A contagem de tempo não é interrompida a antiguidade no emprego é contada a partir da efetiva admissão do 
empregado na empresa quando do registro feito pelo primeiro titular. 
 
As obrigações trabalhistas vencidas à época do titular alienante que não foram cumpridas são exigíveis, porque a 
responsabilidade trabalhista existe em função da empresa. 
 
A contagem dos períodos aquisitivos de férias dos empregados prosseguem normalmente. 
Os contratos a prazo devem ser respeitados pelo sucessor, persistindo o direito do empregado de cumpri-los até o 
seu final. 
 
Os contratos de trabalho por ocasião da sucessão estiverem suspensos ou interrompidos terão o direito de serem 
reassumidos, lembrando que a sucessão não extingue a relação de emprego transitoriamente paralisado por 
causa legal ou convencional. 
 
Os débitos previdenciários e do FGTS assumidos pelo sucedido passam para o sucessor. 
 
O sucessor é sempre o responsável pelos créditos trabalhistas quando o antecessor não os cumpriu. Terá, porém, 
aquele, direito regressivo contra este, na lei civil. 
 
4.6 TERCEIRIZAÇÃO (SUBEMPREITADA) 
 
a) Terceirização Lícita 
Responsabilidade subsidiária da tomadora. 
 
b) Terceirização Ilícita 
Responsabilidade solidária da tomadora, salvo se for Administração Pública, pois continua sendo subsidiária. 
 
Obs.: DONO DA OBRA – não responde pelo inadimplemento das obrigações trabalhistas contraídas pelo 
empreiteiro ou subempreiteiro. 
c) Da Responsabilidade Solidária 
A responsabilidade solidária já estava prevista no artigo 455 da CLT (que é de 1943), onde prescreve que nos 
contratos de subempreitada, responderá o subempreiteiro pelas obrigações derivadas do contrato de trabalho 
que celebrar, cabendo, todavia, aos empregados o direito de reclamação contra o empreiteiro principal, pelo 
inadimplemento daquelas obrigações por parte do subempreiteiro, ficando aquele com direito a ação regressiva 
contra este e a retenção de importâncias que lhe são devidas, para a garantia das obrigações. 
 
Na subempreitada, quem se comprometeu a efetuar certa obra a repassa a alguém para que este a execute 
parcial ou totalmente; assim procedem as construtoras; 
 
Na locação de mão-de-obra, é praticamente, uma falsa empreitada: o locador é um intermediário entre 
trabalhadores e a empresa, ocorrendo tanto no âmbito urbano como no rural. 
 
TERCEIRIZAÇÃO – ALTERAÇÃO da Lei nº 6.019/74. 
 
PRINCIPAIS PONTOS: 
 
FLEXIBILIZAÇÃO -A nova lei flexibiliza a terceirização e regulamenta a prestação de serviços temporários. Ela 
amplia a possibilidade de oferta dos serviços tanto para atividades-fim, como meio, antes a terceirização só é 
permitida para atividades-meio. 
A partir da alteração todas as atividades podem ser terceirizadas dentro de uma empresa, incluindo as atividades 
consideradas fim, consideradas essenciais, abrindo a possibilidade irrestrita para a contratação de terceirizados. 
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Até agora, as contratações eram limitadas a atividades como limpeza e segurança, que são consideradas 
atividades-meio. 
É vedada à contratante a utilização dos trabalhadores em atividades distintas daquelas que foram objeto do 
contrato com a empresa prestadora de serviços. 
 
DIREITOS TRABALHISTAS - A lei não altera direitos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), e impede que 
seja firmado um contrato de terceirização nos casos de existência de vínculo empregatício. 
 
LOCAL DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS - Os serviços contratados poderão ser executados nas instalações 
físicas da empresa contratante ou em outro local, de comum acordo entre as partes. 
 
CONDIÇÕES DE SEGURANÇA E HIGIENE -É responsabilidade da contratante garantir as condições de 
segurança, higiene e salubridade dos trabalhadores, quando o trabalho for realizado em suas dependências ou 
local previamente convencionado em contrato. 
 
PRAZO DO CONTRATO - A lei aprova ampliação do prazo de trabalho temporário para seis meses, prorrogáveis 
por mais 90 dias. Os contratos poderão ser realizados por um período de até nove meses. 
 
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA -continua sendo aplicado no caso de não pagamento dos direitos 
trabalhistas. O trabalhador acionará na Justiça do Trabalho primeiro a empresa prestadora de serviço e caso ela 
não pague os direitos trabalhistas devidos ao trabalhador, à empresa contratante será responsável pelas 
obrigações trabalhistas no respectivo período. Em caso de falência os direitos trabalhistas serão cobrados da 
empresa tomadora de serviços. 
 
O QUE MUDA COM A REFORMA TRABALHISTA 
 
Com a reforma trabalhista estão previstas as seguintes alterações para a Lei 6.019/74:Art. 4º-A - Considera-se prestação de serviços a terceiros a transferência feita pela contratante da execução de 
quaisquer de suas atividades, inclusive sua atividade principal, à pessoa jurídica de direito privado prestadora de 
serviços que possua capacidade econômica compatível com a sua execução. 
Art. 4º-C - São asseguradas aos empregados da empresa prestadora de serviços a que se refere o art. 4º-A desta 
Lei, quando e enquanto os serviços, que podem ser de qualquer uma das atividades da contratante, forem 
executados nas dependências da tomadora, as mesmas condições: 
I - relativas a: 
a) alimentação garantida aos empregados da contratante, quando oferecida em refeitórios; 
b) direito de utilizar os serviços de transporte; 
c) atendimento médico ou ambulatorial existente nas dependências da contratante ou local por ela designado; 
d) treinamento adequado, fornecido pela contratada, quando a atividade o exigir. 
II - sanitárias, de medidas de proteção à saúde e de segurança no trabalho e de instalações adequadas à 
prestação do serviço. 
§ 1º - Contratante e contratada poderão estabelecer, se assim entenderem, que os empregados da contratada 
farão jus a salário equivalente ao pago aos empregados da contratante, além de outros direitos não previstos 
neste artigo. 
§ 2º - Nos contratos que impliquem mobilização de empregados da contratada em número igual ou superior a 20% 
(vinte por cento) dos empregados da contratante, esta poderá disponibilizar aos empregados da contratada os 
serviços de alimentação e atendimento ambulatorial em outros locais apropriados e com igual padrão de 
atendimento, com vistas a manter o pleno funcionamento dos serviços existentes.» 
Art. 5º-A - Contratante é a pessoa física ou jurídica que celebra contrato com empresa de prestação de serviços 
relacionados a quaisquer de suas atividades, inclusive sua atividade principal. 
[...] 
Art. 5º-C - Não pode figurar como contratada, nos termos do art. 4º-A desta Lei, a pessoa jurídica cujos titulares ou 
sócios tenham, nos últimos dezoito meses, prestado serviços à contratante na qualidade de empregado ou 
trabalhador sem vínculo empregatício, exceto se os referidos titulares ou sócios forem aposentados. 
Art. 5º-D - O empregado que for demitido não poderá prestar serviços para esta mesma empresa na qualidade de 
empregado de empresa prestadora de serviços antes do decurso de prazo de dezoito meses, contados a partir da 
demissão do empregado. 
 
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A Súmula nº 331 do TST – (PREJUDICADA PELA REFORMA TRABALHISTA) 
 
CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE (nova redação do item IV e inseridos os itens V 
e VI à redação) - Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011 
I - A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formando-se o vínculo diretamente com o 
tomador dos serviços, salvo no caso de trabalho temporário (Lei nº 6.019, de 03.01.1974). (PREJUDICADA PELA 
REFORMA TRABALHISTA) 
 
II - A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não gera vínculo de emprego com os 
órgãos da Administração Pública direta, indireta ou fundacional (art. 37, II, da CF/1988). 
 
III - Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de serviços de vigilância (Lei nº 7.102, de 
20.06.1983) e de conservação e limpeza, bem como a de serviços especializados ligados à atividade-meio do 
tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a subordinação direta. (PREJUDICADA PELA REFORMA 
TRABALHISTA) 
 
IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade 
subsidiária do tomador dos serviços quanto àquelas obrigações, desde que haja participado da relação processual 
e conste também do título executivo judicial. 
 
V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta respondem subsidiariamente, nas mesmas 
condições do item IV, caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações da Lei n.º 8.666, 
de 21.06.1993, especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora 
de serviço como empregadora. A aludida responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das obrigações 
trabalhistas assumidas pela empresa regularmente contratada. 
 
VI – A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange todas as verbas decorrentes da condenação 
referentes ao período da prestação laboral. 
 
Seus efeitos são: 
- Vínculo com o tomador de serviços; 
- Salário equitativo. 
 
5. RELAÇÃO DE TRABALHO 
 
A relação de trabalho é uma relação genérica , podem ser consideradas todas as relações jurídicas fundadas em 
uma obrigação de prestar trabalho humano. 
 
Atenção: A relação de trabalho é gênero, sendo que a relação de emprego é uma espécie. 
 
Dentre as relações de trabalho temos: 
 
a) Trabalho Autônomo - Considera-se Trabalhador Autônomo todo aquele que trabalha por sua conta e risco, 
laborando eventualmente e sem qualquer subordinação ao contratante do serviço. 
 
Características: Por conta e risco. O Autônomo labora assumindo os riscos de perda e de ganho da atividade 
praticada; Trabalha por sua conta e não de terceiros; O trabalho terá que ser eventual e não contínuo, o que 
poderá ocasionar o vínculo empregatício. 
 
 
 
CONTRATAÇÃO DE AUTÔNOMO – NÃO CARACTERIZAÇÃO DE VÍNCULO (CLT, ART 442-B) 
A contratação do autônomo, cumpridas por este todas as formalidades legais, de forma contínua 
ou não, afasta a qualidade de empregado prevista no art. 3º desta Consolidação. 
Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a 
empregador, sob a dependência deste e mediante salário. 
É vedada a celebração de cláusula de exclusividade no contrato. 
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Não caracteriza a qualidade de empregado prevista no art. 3º o fato de o autônomo prestar 
serviços a apenas um tomador de serviços. 
O autônomo poderá prestar serviços de qualquer natureza a outros tomadores de serviços que 
exerçam ou não a mesma atividade econômica, sob qualquer modalidade de contrato de trabalho, inclusive como 
autônomo. 
Fica garantida ao autônomo a possibilidade de recusa de realizar atividade demandada pelo 
contratante, garantida a aplicação de cláusula de penalidade prevista em contrato. 
Motoristas, representantes comerciais, corretores de imóveis, parceiros, e trabalhadores de 
outras categorias profissionais reguladas por leis específicas relacionadas a atividades compatíveis com o 
contrato autônomo, desde que cumpridos os requisitos legais, não possuirão a qualidade de empregado. 
Presente a subordinação jurídica, será reconhecido o vínculo empregatício.(LEI 13.467/17) 
 
b) Trabalhador Temporário – Lei 6.019/74 - Consiste no fornecimento de mão-de-obra, através de empresas 
especializadas em trabalho temporário, colocando à disposição de outras empresas, empregados para atender: 
 
Trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física contratada por uma empresa de trabalho temporário que 
a coloca à disposição de uma empresa tomadora de serviços, para atender à necessidade de substituição 
transitória de pessoal permanente ou à demanda complementar de serviços. 
 
*IMPORTANTE - Substituição provisória ou necessidades transitórias, ou demanda complementar de 
serviços, não formando vínculo com a tomadora de serviços. 
 
- As empresas de trabalho temporário deverão ser registradas no MTE. 
 
- Limite de contratação em outras empresas - 180 dias. 
 
Hipóteses: 
• Necessidade transitória de substituição de pessoal regular e permanente da empresa tomadora; 
• Necessidade resultante de acréscimo extraordinário de serviços da empresa tomadora. 
 
Atenção!!! O contrato de terceirização não pode ser tácito ou verbal, de acordo com o art. 11 daLei 6.019/74, 
exige-se que seja formulado por escrito, e evidenciando qual a hipótese de pactuação. 
 
Responsabilidade: 
A Súmula 331, IV do TST fixou “o inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregado, implica 
na responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços quanto àquelas obrigações, desde que este tenha 
participado da relação processual e conste também do título executivo judicial”. 
 
Tais trabalhadores têm os direitos elencados na Lei 6.019/74 - Direitos Assegurados: 
 
a) remuneração equivalente à percebida pelos empregados de mesma categoria da empresa tomadora ou 
cliente calculados à base horária, garantida, em qualquer hipótese, a percepção do salário mínimo regional; 
b) jornada de oito horas, remuneradas as horas extraordinárias não excedentes de duas, com acréscimo de 
50% (cinquenta por cento); 
c) férias proporcionais; 
d) repouso semanal remunerado; 
e) adicional por trabalho noturno; 
f) indenização por dispensa sem justa causa ou término normal do contrato, correspondente a 1/12 (um doze 
avos) do pagamento recebido; 
g) seguro contra acidente do trabalho; 
h) proteção previdenciária nos termos do disposto na Lei Orgânica da Previdência Social. 
 
Em se tratando de dispensa por culpa recíproca ou força maior, reconhecida pela Justiça do Trabalho, o 
percentual deverá ser reduzido para 20%. 
 
LEI No 6.019, DE 3 DE JANEIRO DE 1974 (Redação dada pela Lei nº 13.429, de 2017). 
Dispõe sobre o Trabalho Temporário nas Empresas Urbanas, e dá outras Providências. 
 
Art. 1o As relações de trabalho na empresa de trabalho temporário, na empresa de prestação de serviços e nas 
respectivas tomadoras de serviço e contratante regem-se por esta Lei. 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%206.019-1974?OpenDocument
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%206.019-1974?OpenDocument
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Art. 2o Trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física contratada por uma empresa de trabalho 
temporário que a coloca à disposição de uma empresa tomadora de serviços, para atender à necessidade de 
substituição transitória de pessoal permanente ou à demanda complementar de serviços. 
§ 1o É proibida a contratação de trabalho temporário para a substituição de trabalhadores em greve, salvo nos 
casos previstos em lei. 
§ 2o Considera-se complementar a demanda de serviços que seja oriunda de fatores imprevisíveis ou, quando 
decorrente de fatores previsíveis, tenha natureza intermitente, periódica ou sazonal. 
Art. 3º - É reconhecida a atividade da empresa de trabalho temporário que passa a integrar o plano básico do 
enquadramento sindical a que se refere o art. 577, da Consolidação da Leis do Trabalho. 
Art. 4o Empresa de trabalho temporário é a pessoa jurídica, devidamente registrada no Ministério do Trabalho, 
responsável pela colocação de trabalhadores à disposição de outras empresas temporariamente. 
Art. 4o-A. Empresa prestadora de serviços a terceiros é a pessoa jurídica de direito privado destinada a prestar à 
contratante serviços determinados e específicos. 
§ 1o A empresa prestadora de serviços contrata, remunera e dirige o trabalho realizado por seus trabalhadores, 
ou subcontrata outras empresas para realização desses serviços. 
§ 2o Não se configura vínculo empregatício entre os trabalhadores, ou sócios das empresas prestadoras de 
serviços, qualquer que seja o seu ramo, e a empresa contratante. 
Art. 4o-B. São requisitos para o funcionamento da empresa de prestação de serviços a terceiros: 
I - prova de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ); 
II - registro na Junta Comercial; 
III - capital social compatível com o número de empregados, observando-se os seguintes parâmetros: 
a) empresas com até dez empregados - capital mínimo de R$ 10.000,00 (dez mil reais); 
b) empresas com mais de dez e até vinte empregados - capital mínimo de R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil 
reais); 
c) empresas com mais de vinte e até cinquenta empregados - capital mínimo de R$ 45.000,00 (quarenta e cinco 
mil reais); 
d) empresas com mais de cinquenta e até cem empregados - capital mínimo de R$ 100.000,00 (cem mil reais); 
e) empresas com mais de cem empregados - capital mínimo de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil 
reais). 
Art. 5o Empresa tomadora de serviços é a pessoa jurídica ou entidade a ela equiparada que celebra contrato de 
prestação de trabalho temporário com a empresa definida no art. 4o desta Lei. 
Art. 5o-A. Contratante é a pessoa física ou jurídica que celebra contrato com empresa de prestação de serviços 
determinados e específicos. 
§ 1o É vedada à contratante a utilização dos trabalhadores em atividades distintas daquelas que foram objeto do 
contrato com a empresa prestadora de serviços. 
§ 2o Os serviços contratados poderão ser executados nas instalações físicas da empresa contratante ou em outro 
local, de comum acordo entre as partes. 
§ 3o É responsabilidade da contratante garantir as condições de segurança, higiene e salubridade dos 
trabalhadores, quando o trabalho for realizado em suas dependências ou local previamente convencionado em 
contrato. 
§ 4o A contratante poderá estender ao trabalhador da empresa de prestação de serviços o mesmo atendimento 
médico, ambulatorial e de refeição destinado aos seus empregados, existente nas dependências da contratante, 
ou local por ela designado. 
§ 5o A empresa contratante é subsidiariamente responsável pelas obrigações trabalhistas referentes ao período 
em que ocorrer a prestação de serviços, e o recolhimento das contribuições previdenciárias observará o disposto 
no art. 31 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991. 
Art. 5o-B. O contrato de prestação de serviços conterá: 
I - qualificação das partes; 
II - especificação do serviço a ser prestado; 
III - prazo para realização do serviço, quando for o caso; 
IV - valor. 
Art. 6o São requisitos para funcionamento e registro da empresa de trabalho temporário no Ministério do Trabalho: 
a) af) –(revogadas) 
I - prova de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), do Ministério da Fazenda; 
II - prova do competente registro na Junta Comercial da localidade em que tenha sede; 
III - prova de possuir capital social de, no mínimo, R$ 100.000,00 (cem mil reais). 
Parágrafo único. (Revogado). 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm#art577
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8212cons.htm#art31
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Art. 7º - A empresa de trabalho temporário que estiver funcionando na data da vigência desta Lei terá o prazo de 
noventa dias para o atendimento das exigências contidas no artigo anterior. 
Parágrafo único. A empresa infratora do presente artigo poderá ter o seu funcionamento suspenso, por ato do 
Diretor Geral do Departamento Nacional de Mão-de-Obra, cabendo recurso ao Ministro de Estado, no prazo de 
dez dias, a contar da publicação do ato no Diário Oficial da União. 
Art. 8º - A empresa de trabalho temporário é obrigada a fornecer ao Departamento Nacional de Mão-de-Obra, 
quando solicitada, os elementos de informação julgados necessários ao estudo do mercado de trabalho. 
Art. 9o O contrato celebrado pela empresa de trabalho temporário e a tomadora de serviços será por escrito, ficará 
àdisposição da autoridade fiscalizadora no estabelecimento da tomadora de serviços e conterá: 
I - qualificação das partes; 
II - motivo justificador da demanda de trabalho temporário; 
III - prazo da prestação de serviços; 
IV - valor da prestação de serviços; 
V - disposições sobre a segurança e a saúde do trabalhador, independentemente do local de realização do 
trabalho. 
§ 1o É responsabilidade da empresa contratante garantir as condições de segurança, higiene e salubridade dos 
trabalhadores, quando o trabalho for realizado em suas dependências ou em local por ela designado. 
§ 2o A contratante estenderá ao trabalhador da empresa de trabalho temporário o mesmo atendimento médico, 
ambulatorial e de refeição destinado aos seus empregados, existente nas dependências da contratante, ou local 
por ela designado. 
§ 3o O contrato de trabalho temporário pode versar sobre o desenvolvimento de atividades-meio e atividades-fim 
a serem executadas na empresa tomadora de serviços. 
Art. 10. Qualquer que seja o ramo da empresa tomadora de serviços, não existe vínculo de emprego entre ela e 
os trabalhadores contratados pelas empresas de trabalho temporário. 
§ 1o O contrato de trabalho temporário, com relação ao mesmo empregador, não poderá exceder ao prazo de 
cento e oitenta dias, consecutivos ou não. 
§ 2o O contrato poderá ser prorrogado por até noventa dias, consecutivos ou não, além do prazo estabelecido no 
§ 1o deste artigo, quando comprovada a manutenção das condições que o ensejaram. 
§ 3o (VETADO). 
§ 4o Não se aplica ao trabalhador temporário, contratado pela tomadora de serviços, o contrato de experiência 
previsto no parágrafo único do art. 445 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). 
§ 5o O trabalhador temporário que cumprir o período estipulado nos §§ 1o e 2o deste artigo somente poderá ser 
colocado à disposição da mesma tomadora de serviços em novo contrato temporário, após noventa dias do 
término do contrato anterior. 
§ 6o A contratação anterior ao prazo previsto no § 5o deste artigo caracteriza vínculo empregatício com a 
tomadora. 
§ 7o A contratante é subsidiariamente responsável pelas obrigações trabalhistas referentes ao período em que 
ocorrer o trabalho temporário, e o recolhimento das contribuições previdenciárias observará o disposto no art. 31 
da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991. 
Art. 11 - O contrato de trabalho celebrado entre empresa de trabalho temporário e cada um dos assalariados 
colocados à disposição de uma empresa tomadora ou cliente será, obrigatoriamente, escrito e dele deverão 
constar, expressamente, os direitos conferidos aos trabalhadores por esta Lei. 
Parágrafo único. Será nula de pleno direito qualquer cláusula de reserva, proibindo a contratação do trabalhador 
pela empresa tomadora ou cliente ao fim do prazo em que tenha sido colocado à sua disposição pela empresa de 
trabalho temporário. 
Art. 12 - Ficam assegurados ao trabalhador temporário os seguintes direitos: 
a) remuneração equivalente à percebida pelos empregados de mesma categoria da empresa tomadora ou cliente 
calculados à base horária, garantida, em qualquer hipótese, a percepção do salário mínimo regional; 
b) jornada de oito horas, remuneradas as horas extraordinárias não excedentes de duas, com acréscimo de 20% 
(vinte por cento); 
c) férias proporcionais, nos termos do artigo 25 da Lei nº 5.107, de 13 de setembro de 1966; 
d) repouso semanal remunerado; 
e) adicional por trabalho noturno; 
f) indenização por dispensa sem justa causa ou término normal do contrato, correspondente a 1/12 (um doze 
avos) do pagamento recebido; 
g) seguro contra acidente do trabalho; 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8212cons.htm#art31
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8212cons.htm#art31
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L5107.htm#art25
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h) proteção previdenciária nos termos do disposto na Lei Orgânica da Previdência Social, com as alterações 
introduzidas pela Lei nº 5.890, de 8 de junho de 1973 (art. 5º, item III, letra "c" do Decreto nº 72.771, de 6 de 
setembro de 1973). 
§ 1º - Registrar-se-á na Carteira de Trabalho e Previdência Social do trabalhador sua condição de temporário. 
§ 2º - A empresa tomadora ou cliente é obrigada a comunicar à empresa de trabalho temporário a ocorrência de 
todo acidente cuja vítima seja um assalariado posto à sua disposição, considerando-se local de trabalho, para 
efeito da legislação específica, tanto aquele onde se efetua a prestação do trabalho, quanto a sede da empresa de 
trabalho temporário. 
Art. 13 - Constituem justa causa para rescisão do contrato do trabalhador temporário os atos e circunstâncias 
mencionados nos artigos 482 e 483, da Consolidação das Leis do Trabalho, ocorrentes entre o trabalhador e a 
empresa de trabalho temporário ou entre aquele e a empresa cliente onde estiver prestando serviço. 
Art. 14 - As empresas de trabalho temporário são obrigadas a fornecer às empresas tomadoras ou clientes, a seu 
pedido, comprovante da regularidade de sua situação com o Instituto Nacional de Previdência Social. 
Art. 15 - A Fiscalização do Trabalho poderá exigir da empresa tomadora ou cliente a apresentação do contrato 
firmado com a empresa de trabalho temporário, e, desta última o contrato firmado com o trabalhador, bem como a 
comprovação do respectivo recolhimento das contribuições previdenciárias. 
Art. 16 - No caso de falência da empresa de trabalho temporário, a empresa tomadora ou cliente é solidariamente 
responsável pelo recolhimento das contribuições previdenciárias, no tocante ao tempo em que o trabalhador 
esteve sob suas ordens, assim como em referência ao mesmo período, pela remuneração e indenização previstas 
nesta Lei. 
Art. 17 - É defeso às empresas de prestação de serviço temporário a contratação de estrangeiros com visto 
provisório de permanência no País. 
Art. 18 - É vedado à empresa do trabalho temporário cobrar do trabalhador qualquer importância, mesmo a título 
de mediação, podendo apenas efetuar os descontos previstos em Lei. 
Parágrafo único. A infração deste artigo importa no cancelamento do registro para funcionamento da empresa de 
trabalho temporário, sem prejuízo das sanções administrativas e penais cabíveis. 
Art. 19 - Competirá à Justiça do Trabalho dirimir os litígios entre as empresas de serviço temporário e seus 
trabalhadores. 
Art. 19-A. O descumprimento do disposto nesta Lei sujeita a empresa infratora ao pagamento de 
multa. 
Parágrafo único. A fiscalização, a autuação e o processo de imposição das multas reger-se-ão pelo Título VII da 
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). 
Art. 19-B. O disposto nesta Lei não se aplica às empresas de vigilância e transporte de valores, permanecendo as 
respectivas relações de trabalho reguladas por legislação especial, e subsidiariamente pela Consolidação das Leis 
do Trabalho (CLT). 
Art. 19-C. Os contratos em vigência, se as partes assim acordarem, poderão ser adequados aos termos desta 
Lei. 
Art. 20 - Esta Lei entrará em vigor sessenta dias após sua publicação, revogadas as disposições em contrário. 
Brasília, 3 de janeiro de 1974; 153º da Independência e 86º da República. 
EMÍLIO G. MÉDICI 
Alfredo Buzaid 
Júlio Barata 
c) Trabalhador Avulso - Considera-se trabalhador avulso todo aquele que, sindicalizado ou não, presta serviço 
de natureza urbana ou rural, sem vínculo empregatício, a diversas empresas, com intermediação obrigatória do 
sindicato da categoria ou do órgão gestor de mão-de-obra quando se tratar de atividade portuária. Otrabalhador 
avulso poderá ser portuário e não portuário. 
• equiparado com o empregado, tendo os mesmos direitos trabalhistas; 
• intermediado por sindicato ou órgão gestor de mão de obra (portuário); 
• não tem vínculo de emprego nem com o sindicato nem com a empresa; 
• curta duração dos serviços; 
• a empresa tomadora repassa o valor do serviço para o sindicato; 
• rateio da remuneração entre os trabalhadores que participaram do serviço; 
• variedade de tomadoras; 
Obs.: Avulso Não Portuário - Regido pela Lei nº 12.023/09. 
 
I – São atividades da movimentação de mercadorias em geral - cargas e descargas de mercadorias a granel e 
ensacados, costura, pesagem, embalagem, enlonamento, ensaque, arrasto, posicionamento, acomodação, 
reordenamento, reparação da carga, amostragem, arrumação, remoção, classificação, empilhamento, transporte 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L5890.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1970-1979/D72771.htm#art5iiic
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1970-1979/D72771.htm#art5iiic
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm#art482
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm#art483
15 
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com empilhadeiras, paletização, ova e desova de vagões, carga e descarga em feiras livres e abastecimento de 
lenha em secadores e caldeiras; 
II – operações de equipamentos de carga e descarga; 
III – pré-limpeza e limpeza em locais necessários à viabilidade das operações ou à sua continuidade. 
 
d) Trabalho portuário - Regido pela Lei 12.815/13 
De capatazia, estiva, conferência de carga, conserto de carga, bloco e vigilância de embarcações, nos portos 
organizados, será realizado por trabalhadores portuários com vínculo empregatício a prazo indeterminado e por 
trabalhadores portuários avulsos. 
 
Operador portuário: a pessoa jurídica pré-qualificada para a execução de operação portuária na área do porto 
organizado, sendo titular e responsável pela direção e coordenação das operações portuárias que efetuar; 
 
Os operadores portuários, devem constituir, em cada porto organizado, um órgão de gestão de mão-de-obra do 
trabalho portuário. 
 
e) Estagiário – Lei nº 11788/08 
Estágio é o ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à 
preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino regular em instituições de 
educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino 
fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos. O estágio faz parte do projeto 
pedagógico do curso, além de integrar o itinerário formativo do educando. 
O estágio visa o aprendizado de competências próprias da atividade profissional e a contextualização 
curricular, objetivando o desenvolvimento do educando para a vida cidadã e para o trabalho. 
O estágio poderá ser obrigatório ou não obrigatório, conforme determinação das diretrizes curriculares 
da etapa, modalidade e área de ensino, e do projeto pedagógico do curso. Tanto o estágio obrigatório quanto o 
não obrigatório não cria vínculo empregatício de qualquer natureza. 
Para que não haja a caracterização de vínculo empregatício, devem ser observados os seguintes 
requisitos: 
a) matrícula e frequência regular do educando em curso de educação superior, de educação 
profissional, de ensino médio, da educação especial e nos anos finais do ensino fundamental, na modalidade 
profissional da educação de jovens e adultos e atestados pela instituição de ensino; 
b) celebração de termo de compromisso entre o educando, a parte concedente do estágio e a 
instituição de ensino; 
c) compatibilidade entre as atividades desenvolvidas no estágio e aquelas previstas no termo de 
compromisso. 
O estágio, como ato educativo escolar supervisionado, deverá ter acompanhamento efetivo pelo 
professor orientador da instituição de ensino e por supervisor da parte concedente, comprovado por vistos nos 
relatórios. 
O descumprimento do disposto anteriormente ou de qualquer obrigação contida no termo de 
compromisso caracteriza vínculo de emprego do educando com a parte concedente do estágio para todos os fins 
da legislação trabalhista e previdenciária. 
As pessoas jurídicas de direito privado e os órgãos da administração pública direta, autárquica e fundacional 
de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como profissionais 
liberais de nível superior devidamente registrados em seus respectivos conselhos de fiscalização profissional, 
podem oferecer estágio. 
A parte concedente do estágio deverá observar as seguintes obrigações: 
a) celebrar termo de compromisso com a instituição de ensino e o educando, zelando por seu 
cumprimento; 
b) ofertar instalações que tenham condições de proporcionar ao educando atividades de aprendizagem 
social, profissional e cultural; 
c) indicar funcionários de seu quadro de pessoal, com formação ou experiência profissional na área 
de conhecimento desenvolvida no curso do estagiário, para orientar e supervisionar até 10 estagiários 
simultaneamente; 
d) contratar em favor do estagiário seguro contra acidentes pessoais, cuja apólice seja compatível 
com valores de mercado, conforme estabelecido no termo de compromisso; 
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e) por ocasião do desligamento do estagiário, entregar termo de realização do estágio com indicação 
resumida das atividades desenvolvidas, dos períodos e da avaliação de desempenho; 
f) manter à disposição da fiscalização documentos que comprovem a relação de estágio; 
g) enviar à instituição de ensino, com periodicidade mínima de seis meses, relatório de atividades, 
com vista obrigatória ao estagiário. 
No caso de estágio obrigatório, a responsabilidade pela contratação do seguro contra acidentes 
pessoais poderá, alternativamente, ser assumida pela instituição de ensino. 
A jornada de atividade em estágio será definida de comum acordo entre a instituição de ensino, a parte 
concedente e o aluno estagiário ou seu representante legal, devendo constar do termo de compromisso, ser 
compatível com as atividades escolares e não ultrapassar: 
a) 4 horas diárias e 20 horas semanais, no caso de estudantes de educação especial e dos anos 
finais do ensino fundamental, na modalidade profissional de educação de jovens e adultos; 
b) 6 horas diárias e 30 horas semanais, no caso de estudantes do ensino superior, da educação 
profissional de nível médio e do ensino médio regular. 
O estágio relativo aos cursos que alternam teoria e prática, nos períodos em que não estão 
programadas aulas presenciais, poderá ter jornada de até 40 horas semanais, desde que isso esteja previsto no 
projeto pedagógico do curso e da instituição de ensino. A duração do estágio, na mesma parte concedente, não 
poderá exceder dois anos, exceto quando se tratar de estagiário portador de deficiência. 
O estagiário poderá receber bolsa ou outra forma de contraprestação que venha a ser acordada, sendo 
compulsória a sua concessão, bem como a do auxílio-transporte, na hipótese de estágio não obrigatório. 
A eventual concessão de benefícios relacionados a transporte, alimentação e saúde, entre outros, não 
caracteriza vínculo empregatício. 
O número máximo de estagiários em relação ao quadro de pessoal das entidades concedentes de 
estágio deverá atender às seguintes proporções: 
a) de 1 a 5 empregados − 1 estagiário; 
b) de 6 a 10 empregados − até 2 estagiários; 
c) de 11 a 25 empregados − até 5 estagiários; 
d) acima de 25 empregados − até 20% de estagiários. 
Não se aplica a referida proporcionalidade aos estágios de nível superior e de nível médio profissional. 
Fica assegurado às pessoas portadoras de deficiência o percentualde 10% das vagas oferecidas pela 
parte concedente do estágio. 
O estagiário tem direito a um recesso de 30 dias por ano, devendo coincidir com suas férias escolares. 
 
Atente-se para: 
 
• Trabalho Voluntário - Lei 9.608/98- Define-se o trabalho voluntário, pela atividade não remunerada, 
prestada por pessoa física a entidade pública de qualquer natureza ou instituição privada, de fins não 
lucrativos, que tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais, recreativos, ou de assistência social. 
 
O serviço voluntário não gera vínculo empregatício, nem obrigação de natureza trabalhista ou previdenciária. O 
serviço será exercido mediante a celebração de termo de adesão, devendo constar nesse contrato, seu objeto e 
suas condições. O prestador de serviço voluntário poderá ser ressarcido das despesas que comprovadamente 
realizar no desempenho da atividade voluntária. 
 
• Trabalho Cooperado - O trabalho prestado por cooperado não enseja vínculo empregatício, conforme 
prescreve o parágrafo único do artigo 442 da CLT, qualquer que seja o ramo da sociedade cooperativa 
nem entre ela e seus cooperados e nem tampouco entre os tomadores de serviço e os trabalhadores 
cooperados. 
 
Para evitar fraude o agente fiscal procederá levantamento físico objetivando detectar a existência dos requisitos 
da relação de emprego, entre a empresa tomadora e os cooperados, nos termos do art. 3º da CLT. 
 
ATENÇÃO!!! Empregado Doméstico (Ver LC 150/15) 
É uma modalidade especial da figura jurídica de empregado, composto dos cinco elementos, porém este serviço 
será prestado à pessoa ou à família no âmbito residencial destas, sem fim lucrativo. 
 
Elementos específicos da relação de empregado doméstico são: prestador pessoa física, pessoalidade, 
subordinação, onerosidade, contínuo, tomador pessoa física ou família, local específico da prestação (residência) 
e que não tenha fins lucrativos. 
 
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A EC 72/2013 estendeu vários direitos aos domésticos, inclusive limitação de jornada e adicionais de horas extras. 
Veja os direitos devidos aos domésticos: 
 
-Salário mínimo 
- Irredutibilidade do salário 
- Décimo terceiro salário 
- Repouso semanal remunerado 
- Férias anuais remuneradas com 1/3 
- Licença à gestante 
- Licença paternidade 
- Aviso prévio 
- Aposentadoria 
- Garantia do mínimo aos que percebem remuneração variável 
- Proteção ao salário na forma da lei 
- Duração do trabalho não superior a 8h/dia e 44h/semanais 
- Remuneração do trabalho extraordinário ≥ 50% da hora normal 
- Redução dos riscos inerentes ao trabalho – normas de SST 
- Reconhecimentos de ACT e CCT 
- Proibição de diferença de salário por motivo de sexo, idade, cor, estado civil 
-Proibição de discriminação em salário e critério de admissão do trabalhador portador de deficiência 
- Proibição de trabalho noturno, perigoso e insalubre a menores de 18. 
 
6. CONTRATO DE TRABALHO 
 
É o acordo tácito ou expresso (escrito ou verbal). 
 
O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito e por 
prazo determinado ou indeterminado entre o empregador e empregado, consoante o art. 443 da CLT. 
 
Liberdade de contratar – art. 444 da CLT: as relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre 
negociação das partes interessadas em tudo quanto não seja contrária às disposições de proteção ao trabalho, 
aos contratos coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões das autoridades competentes. 
 
LIVRE ESTIPULAÇÃO NAS RELAÇÕES CONTRATUAIS (CLT, Art. 444) 
Art. 444 - As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das partes 
interessadas em tudo quanto não contravenha às disposições de proteção ao trabalho, aos contratos 
coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões das autoridades competentes. 
 
A livre estipulação prevista no artigo acima, aplica-se às hipóteses previstas no art. 611-A da 
CLT, com a mesma eficácia legal e preponderância sobre os instrumentos coletivos, no caso de empregado 
portador de diploma de nível superior e que perceba salário mensal igual ou superior a duas vezes o limite 
máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social.(LEI 13.467/17) 
 
 
No entanto, o art. 468 da CLT determina que nos contratos individuais de trabalho só seja licita a alteração das 
respectivas condições, por mútuo consentimento, e ainda assim, desde que não resultem direta ou indiretamente, 
prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia. 
 
Esta nulidade está prevista no art. 9º da CLT o qual estabelece que os atos praticados com o objetivo de 
desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na Consolidação das Leis do Trabalho, ou seja, 
as garantias ao empregado nela previstas, serão nulos de pleno direito. 
Os dispositivos citados acima asseguram a liberdade de contratação das partes, resguardando as alterações 
contratuais de forma arbitrária por parte do empregador. Assim, as alterações devem decorrer da manifestação da 
vontade das partes e, ainda assim, não poderá, em hipótese alguma, ocasionar qualquer prejuízo direto ou 
indireto ao empregado. 
 
A) Validade do Contrato: 
 - agente capaz 
 - objeto lícito (trabalho proibido – trabalho ilícito) 
http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/sindicato.htm
http://www.guiatrabalhista.com.br/clt.htm
18 
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 - forma prescrita (para aprendiz, temporário, marítimo) 
 - não defesa em lei 
 
B) Características do contrato: 
• Bilateral 
• Oneroso 
• Comutativo 
• Sinalagmático 
• Consensual 
• Trato sucessivo ou execução continuada 
• Pessoal – intuitu personae 
 
C) Classificação do Contrato de Trabalho 
 
• Quanto à forma: Tácito ou Expresso. 
 
• Quanto ao prazo de duração: Determinado ou Indeterminado. 
 
D) Contrato a Prazo Determinado 
 
Considera como contrato a prazo determinado, aquele cuja vigência dependa de termo prefixado ou da execução 
de serviços especificados ou ainda da realização de certo acontecimento suscetível de previsão aproximada, só 
validando tais contratos se: 
• o contrato for de serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo (máximo 
de 2 anos); 
• de atividades empresariais de caráter transitório (máximo de 2 anos); 
• de contrato de experiência (máximo de 90 dias); 
 
Atenção!!!!! 
1. quando tácita ou expressamente, for prorrogado mais de uma vez, passará a vigorar sem determinação de 
prazo; 
2. considera-se por prazo indeterminado todo contrato que suceder, dentro de 6 meses, a outro contrato por 
prazo determinado, salvo se a expiração deste dependeu da execução de serviços especializados ou da 
realização de certos acontecimentos. 
 
Importante!!! Ler a Lei nº 9.601/98 que traz outros requisitos para o contrato por prazo determinado. 
 
Tipos: 
• Contrato de experiência: com prazo máximo de 90 dias, trata-se de fase probatória passando após o 
término à contratação definitiva. 
• Contrato de safra: é o contrato empregatício rural a prazo certo, pois o termo final será fixado em função 
das variações das safras da atividade agrária. 
• Contrato de obra certa: é o contrato empregatício urbano, seu prazo será fixado pelo período de execução 
da obra ou serviço certo, é qualificado pela presença de um construtor no polo empresarial. 
• Contrato por temporada: são direcionados à prestação de trabalho em lapsos temporais específicos e 
delimitados em função da atividade empresarial. 
 
Prazo máximo: 
• 90 dias – contrato de experiência. 
• 2 anos – regra geral. 
 
Características: 
• Direitos/Estabilidade. 
• Intervalo entre um contrato determinado e outro – 6 meses. 
• Ausência de aviso prévio – exceção – art. 481 da CLT- cláusula assecuratória de direito recíproco.• Rescisão Antecipada – multa art.479 e 480 da CLT. 
• Extinção Automática do contrato. 
 
Extinção: 
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• O empregador que, sem justa causa, despedir o empregado será obrigado a pagar-lhe, a título de 
indenização, e por metade, a remuneração a que teria direito até o termo do contrato e ainda a liberação 
dos depósitos do FGTS do período trabalhado. 
• Os contratos que contiverem cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão antes de expirado o 
termo ajustado, aplicam-se, caso seja exercido tal direito por qualquer das partes, os princípios que regem 
a rescisão dos contratos por prazo indeterminado. 
 
Não confunda!!! 
- Contrato ilícito – ilicitude no trabalho prestado, na atividade, contratriando a ordem pública, a moral e os bons 
costumes – não produz efeitos jurídicos, garantia direitos. 
 
- Contrato proibido – a lei proibe o trabalho, não há ilicitude na atividade prestada – produz efeitos jurídicos. 
 
Atenção! Trabalho do Policial Militar – Súmula 386 do TST: 
POLICIAL MILITAR. RECONHECIMENTO DE VÍNCULO EMPREGATÍCIO COM EMPRESA PRIVADA (conversão 
da Orientação Jurisprudencial nº 167 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 
Preenchidos os requisitos do art. 3º da CLT, é legítimo o reconhecimento de relação de emprego entre policial 
militar e empresa privada, independentemente do eventual cabimento de penalidade disciplinar prevista no 
Estatuto do Policial Militar. 
 
E) Contrato a Prazo Indeterminado 
 
São aqueles cuja sua duração não tenha sido fixada, mantêm duração indefinida ao longo do tempo, é a regra 
geral dos contratos de empregatícios. 
 
Efeitos: 
• Interrupção e suspensão contratuais: Interrupção é o afastamento das atividades por até 15 dias e 
suspensão e o afastamento das atividades por mais de 15 dias, observando qualquer destas modalidades 
o contrato de trabalho é preservado, inviabilizando a dispensa do empregado; 
• Estabilidade e garantias de emprego: o dirigente sindical, o cipeiro, o diretor de cooperativa, a gestante, o 
acidentado etc. gozam de garantia e estabilidade, o empregador manterá o contrato até o fim da 
correspondente garantia. 
• Efeitos rescisórios: o contrato por tempo indeterminado enseja verbas rescisórias específicas, favorável a 
não ruptura do contrato; aviso prévio de 30 dias, os 40% sobre o FGTS etc. 
 
CONTRATO DE TRABALHO VERDE/AMARELO – NOVIDADE!!!!! – MEDIDA PROVISÓRIA 905 
 
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Beneficiários do Contrato Verde e Amarelo 
Fica instituído o Contrato de Trabalho Verde e Amarelo, modalidade de contratação destinada à criação de 
novos postos de trabalho para as pessoas entre dezoito e vinte e nove anos de idade, para fins de registro do 
primeiro emprego em Carteira de Trabalho e Previdência Social. 
Para fins da caracterização como primeiro emprego, não serão considerados os seguintes vínculos laborais: 
I - menor aprendiz; 
II - contrato de experiência; 
III - trabalho intermitente; e 
IV - trabalho avulso. 
A contratação de trabalhadores na modalidade Contrato de Trabalho Verde e Amarelo será realizada 
exclusivamente para novos postos de trabalho e terá como referência a média do total de empregados registrados 
na folha de pagamentos entre 1º de janeiro e 31 de outubro de 2019. 
A contratação total de trabalhadores na modalidade Contrato de Trabalho Verde e Amarelo fica limitada a 
vinte por cento do total de empregados da empresa, levando-se em consideração a folha de pagamentos do mês 
corrente de apuração. 
As empresas com até dez empregados, inclusive aquelas constituídas após 1º de janeiro de 2020, ficam 
autorizadas a contratar dois empregados na modalidade Contrato de Trabalho Verde e Amarelo e, na hipótese de 
o quantitativo de dez empregados ser superado, será aplicado 20%. 
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 Para verificação do quantitativo máximo de contratações, deverá ser computado como unidade a fração 
igual ou superior a cinco décimos e desprezada a fração inferior a esse valor. 
O trabalhador contratado por outras formas de contrato de trabalho, uma vez dispensado, não poderá ser 
recontratado pelo mesmo empregador, na modalidade Contrato de Trabalho Verde e Amarelo, pelo prazo de cento 
e oitenta dias, contado da data de dispensa, ressalvado os casos de menor aprendiz, contrato de experiência, 
trabalho intermitente e trabalho avulso. 
 Fica assegurado às empresas que, em outubro de 2019, apurarem quantitativo de empregados inferior em, 
no mínimo, trinta por cento em relação ao total de empregados registrados em outubro de 2018, o direito de 
contratar na modalidade Contrato de Trabalho Verde e Amarelo, observado o limite previsto. 
Poderão ser contratados na modalidade Contrato de Trabalho Verde e Amarelo, os trabalhadores com 
salário-base mensal de até um salário-mínimo e meio nacional. 
É garantida a manutenção do contrato na modalidade Contrato de Trabalho Verde e Amarelo quando houver 
aumento salarial, após doze meses de contratação, limitada a isenção das parcelas especificadas previstas. 
Manutenção dos direitos dos empregados - Os direitos previstos na Constituição são garantidos aos 
trabalhadores contratados na modalidade Contrato de Trabalho Verde e Amarelo. Os trabalhadores gozarão dos 
direitos previstos na CLT, e nas convenções e nos acordos coletivos da categoria a que pertença naquilo que não 
for contrário ao disposto na Medida Provisória. 
Prazo de contratação - O Contrato de Trabalho Verde e Amarelo será celebrado por prazo determinado, 
por até vinte e quatro meses, a critério do empregador. 
O Contrato de Trabalho Verde e Amarelo poderá ser utilizado para qualquer tipo de atividade, transitória ou 
permanente, e para substituição transitória de pessoal permanente. 
O disposto no art. 451 da CLT, não se aplica ao Contrato de Trabalho Verde e Amarelo. 
O Contrato de Trabalho Verde e Amarelo será convertido automaticamente em contrato por prazo 
indeterminado quando ultrapassado o prazo estipulado no caput, passando a incidir as regras do contrato por 
prazo indeterminado previsto na CLT a partir da data da conversão, e ficando afastadas as disposições previstas 
nesta Medida Provisória. 
Pagamentos antecipados ao empregado - Ao final de cada mês, ou de outro período de trabalho, caso 
acordado entre as partes, desde que inferior a um mês, o empregado receberá o pagamento imediato das 
seguintes parcelas: 
I - remuneração; 
II - décimo terceiro salário proporcional; e 
III - férias proporcionais com acréscimo de um terço. 
A indenização sobre o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS, prevista no art. 18 da Lei 
nº 8.036, de 11 de maio de 1990, poderá ser paga, por acordo entre empregado e empregador, de forma 
antecipada, mensalmente, ou em outro período de trabalho acordado entre as partes, desde que inferior a um 
mês, juntamente com as parcelas. ( multa do FGTS). Esta indenização será paga sempre por metade, sendo o 
seu pagamento irrevogável, independentemente do motivo de demissão do empregado, mesmo que por justa 
causa, nos termos do disposto no art. 482 da CLT. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm#art451
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8036consol.htm#art18
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8036consol.htm#art18
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Seu Sucesso é o Nosso Objetivo! 
No Contrato de Trabalho Verde e Amarelo, a alíquota mensal relativa à contribuição devida para o FGTS de 
que trata o art. 15 da Lei nº 8.036, de 1990, será de dois por cento, independentemente do valor da remuneração. 
Jornada de trabalho -

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