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ASPECTOS ANTROPOLÓGICOS E SOCIOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO

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ASPECTOS ANTROPOLÓGICOS E SOCIOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO
AULA 1
*Nesta aula você entrou em contato com a definição, o objeto de estudo e os métodos da antropologia.
*Atentou para o fato de que existem diversas definições de cultura.
*Conheceu as definições de homem, raça, etnia, evolução humana, etnocentrismo e relativismo cultural.
*Compreendeu como o mito, a religião e a ideologia podem ser considerados como elementos de educação e de coesão social.
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AULA 2
1- Movimento que buscava modificar a sociedade e transformar as antigas formas de conhecimento. Iluminismo
2- Revolução que marcou a luta política da burguesia contra as classes que dominavam o mundo feudal. Francesa
3- Ruptura entre o mundo medieval e o mundo moderno urbano, burguês e comercial. Renascimento
4- Principal forma de construção da realidade. Ciência
5- Revolução que gerou profundas alterações no mundo do trabalho, desagregou a sociedade feudal e consolidou a civilização capitalista. Industrial
6- Exerceu forte influência entre os homens que proclamaram a nossa república. Positivismo
*Nesta aula, você atentou para o fato de que a Ciência é uma criação da cultura ocidental.
*Deu-se conta de que o surgimento da Sociologia não foi um fato isolado, pois está atrelado a acontecimentos históricos importantes, como a Revolução Industrial e a Revolução Francesa.
*Conheceu o Positivismo de Auguste Comte.
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AULA 3
a) Dedicou-se à fundação de uma nova ciência, cujo objetivo era dar conta das coisas da sociedade, abandonando a arte política e a simples especulação.  ÉMILE DURKHEIM.
b) É a consequência direta de uma proposição demonstrada.  COROLÁRIO
c) Segundo Durkheim é o objeto de estudo da Sociologia.  FATO SOCIAL
d) Estava habilitada a restaurar a noção de unidade orgânica da sociedade.  SOCIOLOGIA
e) Ausência de regras morais claramente estabelecidas. ANOMIA
*Nesta aula você conheceu a biografia de Émile Durkheim.
*Atentou para a concepção de Sociologia de Émile Durkheim.
*Deu-se conta de que, para Durkheim, a Sociologia é a ciência que estuda os fatos sociais e que o sociólogo deve ter cuidados e critérios metodológicos para estudá-los.
*Estudou as definições de representações coletivas, consciência coletiva e solidariedade social.
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AULA 4
*Analisou o ponto de vista do autor de que a Educação é um elemento de socialização.
*Relacionou a definição de fato social com a ideia de educação.
*Avaliou a importância da educação para a manutenção da moral social.
Ideologia no pensamento Marxista (materialismo dialético) é um conjunto de proposições elaborado, na sociedade burguesa, com a finalidade de fazer aparentar os interesses da classe dominante com o interesse coletivo, construindo uma hegemonia daquela classe.
Exemplo: 'Todos são iguais perante a lei' (verdade, numa sociedade burguesa) sugere que todos são iguais no sentido de terem oportunidades iguais (o que é falso, devido à propriedade privada dos meios de produção).
AULA 5
O Pensamento Sociológico de Karl Marx
A obra de Marx também teve influência sobre a construção do primeiro regime socialista a ser instituído na história recente da humanidade. Esta experiência se daria na Rússia, em 1917, ano em que o partido bolchevique, liderado por Lênin, no comando de um movimento revolucionário instituiria naquele país um projeto socialista de inspiração marxista. A partir daí, a Rússia passou a se chamar União das Repúblicas Socialistas Soviéticas – URSS, ou como se costumava dizer ao nível do senso comum, União Soviética.
Na verdade, esta bipolaridade entre os dois modelos socioculturais — o ocidental, marcado pela presença do capitalismo e da economia de mercado, e o socialismo — traria muitas consequências para as relações entre as diferentes nações do mundo, dentre as quais se pode destacar a própria guerra fria.
Na perspectiva marxista, o trabalho social não funciona apenas como um intermediário das relações entre sociedade e natureza, mas também como o intermediário nas relações estabelecidas pelos homens entre si.
A qualidade das ferramentas ou forças produtivas utilizadas pelos indivíduos, somada aos tipos de relações estabelecidas no processo produtivo caracterizaram, na concepção marxista, o modelo de sociedade com o qual se estaria lidando.
- MODO DE PRODUCÇÃO ESCRAVISTA
O escravismo predominou na chamada Antiguidade Clássica (Grécia e Roma), momento em que as principais contradições se dariam entre os escravos e seus senhores.
- MODO DE PRODUÇÃO FEUDAL
O escravismo predominou na chamada Antiguidade Clássica (Grécia e Roma), momento em que as principais contradições se dariam entre os escravos e seus senhores.
- MODO DE PRODUÇÃO CAPITALISTA
O predomínio do capitalismo é no período contemporâneo. Nesta nova fase da organização social, as relações de produção ou o modo como os indivíduos se relacionavam para organizar e implementar o trabalho social seriam desenvolvidos com base num processo de remuneração assalariada da mão de obra. Eram os operários que, desprovidos da propriedade das fábricas e dos meios de produção, “vendiam” aos burgueses, donos destes estabelecimentos, o único bem que possuíam, que seria a sua força de trabalho. Assim, neste modo de produção, como afirmava Marx, as principais contradições seriam aquelas existentes entre a burguesia — dona dos meios de produção — e o proletariado, que compreenderia os operários e trabalhadores de um modo geral.
São justamente as diferentes posições dos homens com relação às formas de propriedades presentes numa sociedade, ou modo de produção, que irão definir as diferentes classes sociais existentes. A transformação de um tipo de sociedade para outro, ou de um modo de produção a outro, se dá por meio dos conflitos abertos entre a classe dominante e as classes exploradas num determinado período. 
Assim, de acordo com Marx, a história humana é uma história das lutas entre as classes.
A obra de Marx também teve influência sobre a construção do primeiro Socialismo real a ser instituído na história recente da humanidade.
O Regime Socialista foi uma grande expansão, nas mais diversas regiões, no início do séc. XX.
A ideia da luta de classes como aquele princípio das contradições que motivariam as mudanças na história das sociedades.
Pierre Bourdieu: Como absorvemos as regras sociais?
Noção de habitus: incorporação de estruturas sociais pelos indivíduos, determinando seus modo de ser.
Habitus: exterioridade social interiorizada pelos indivíduos, que a reproduzem em práticas sociais.
Naturalização das estruturas e das práticas sociais como habitus. 
Reciprocidade entre estruturas sociais e indivíduos.
A noção de campo: espaço social estruturada, em que ocorre uma disputa de forças entre dominantes e dominados, caracterizada por uma relação de desigualdade.
Socialização como internalização das regras do jogo.
- Violência simbólica: a produção simbólica na vida social não é arbitrária, expressando-se por meio de gostos de classe e de estilos de vida.
- Papel do Estado na produção e reprodução dos instrumentos de construção da realidade social.
- Capital econômico (família), capital social(rede de relação importante) e capital cultural (conhecimentos reconhecidos como importante): a bagagem social dos estudantes
A herança familiar e a escola como retificação, confirmação e reproduções das desigualdades sociais.
Reprodução das desigualdades sociais compreendidas além dos fatores econômicos.
- Crítica às concepções da escola como instância democratizadora e difusora de uma cultura universal.
- Constatação do caráter de classe inscritos nas formas de a escola recrutar aos estudantes, em seu funcionamento pedagógico e em seus efeitos sobre o destino social dos alunos.
A escola reproduzindo a desigualdade, hábitos, estilo de vida da classe dominante.
Pierre Bordieu.
- EXPLIQUE O CONCEITO DE HABITUS, DESENVOLVIDO PELO SOCIÓLOGO Pierre Bourdieu.
Habitus é uma forma internalizada pelohomem, o transformando, fazendo o que é exterior, as formas sociais, sendo assimiladas pelos indivíduos. Sendo citada pela classe dominante e sendo assimiladas pelos outros indivíduos.
- A Sociologia se divide em duas vertentes. Subjetiva (mentalifades, emoções e reações), influenciada pelos estudos de Max Weber e Objetiva (agir, pensar e sentir) por Durkheim.
Ora, se agirmos segundo a vontade da sociedade, é porque assim aprendemos. Porque fomos educados para isso. Essa educação, naturalmente, não se faz no vácuo. Ela tem conteúdos. Tais conteúdos são dados pelo meio moral que compartilhamos, quer dizer, por este mar de crenças, valores e regras reproduzidas pelas gerações de indivíduos passadas e presentes da sociedade em quem vivemos. Durkheim
AULA 6
A TEORIA MARXISTA E AS PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO
Na concepção de Marx, as ideias que os indivíduos incorporam, na sociedade capitalista, implicam numa visão imprecisa ou falsa da realidade. Isto acontece na medida em que a consciência que os trabalhadores constroem sobre o seu próprio modo de vida tende a ser profundamente influenciada pelos valores das elites burguesas.
Numa posição diferente daquela assumida por Durkheim, Marx não percebe as representações coletivas como produto do conjunto da sociedade. Para ele, estas ideias — às quais chamou de ideologia — são o fruto de um processo de dominação, que leva as classes oprimidas a perceberem o mundo com as lentes de seus opressores, processo este denominado de alienação.
- Na concepção marxista, a partir da lógica do pensamento dialético, haveria uma reciprocidade de influências entre a consciência e as condições materiais da vida em sociedade.
Por um lado, o mundo das ideias é influenciado de forma determinante pela realidade material.
Por outro lado, esta mesma base material da sociedade pode ser transformada pela ação consciente dos indivíduos.
Segundo Marx, no capitalismo existem os burgueses, proprietários dos meios de produção e aqueles que vendem o único bem que possuem, ou seja, a sua força de trabalho, em troca do pagamento de salário. Estes seriam os proletários, classe que representaria a maioria da sociedade. Para eles, o modo de vida estabelecido na sociedade capitalista parece algo natural. É como se trabalhar em troca de um salário fosse uma espécie modo de vida que sempre existiu e sempre existirá.
O trabalho na sociedade capitalista é considerado como algo sobre o qual o próprio trabalhador não possui nenhum controle. Ou seja, um operário numa determinada linha de montagem executa muito bem a sua função, por exemplo, encaixar amortecedores na carroceria do veículo, sem ter a menor ideia sobre o procedimento para construir, de modo completo, um automóvel. Este saber lhe foi expropriado num processo histórico, juntamente com os meios de produção. Este mecanismo é definido por Marx como alienação.
Projeto Educacional de Marx = EDUCAÇÃO INTELECTUAL + PROFISSIONAL + FÍSICA
 MICHEL FOUCALT: sociedade e escola, temática dos micropoderes.
As relações entre saber, poder e verdade: formas de controle.
Para ele o poder é uma espécie de teia que permeia a sociedade, no ambiente de trabalho, familiar, escolar, etc.
Ou seja, o poder não é algo que se detenha, mas algo que ultrapassa as relações.
O homem como produto de práticas discursivas e das intervenções de poder e controle social.
Arqueologia do saber e a história da loucura:
Em uma sociedade que valoriza o lucro e a obtenção de riquezas através do trabalho, loucos são aqueles que não se dispõem a tal atividade produtiva.
A loucura e os saberes construídos sobre ela são estratégias de controle social e econômico.
A microfísica do poder e a concepção não substancialista do poder: o poder como relação (concepção relacional do poder)
- De acordo com o pensamento de Michel Foucault, em que medida podemos caracterizar a escola como uma instituição permeada por relações de poder?
Para Michel F. as instituições disciplinares, escola, prisões, hospícios, quartéis, fábricas, etc, são instituições disciplinares, produzindo reivindicações no modo de pensar do ser humano, sendo adestrados. Pois na verdade a sociedade é todo atravessado por ações de poder, que não é algo substancial, é algo existente em relações, concepção relacional de poder.
AULA 7
A SOCIOLOGIA DE MAX WEBER
O sociólogo Max Weber parte do princípio de que a sociedade não é apenas algo exterior aos indivíduos. Ao contrário, ela seria o resultado de uma imensa rede de interações entre os seus membros.
Ação social, segundo Weber, é todo tipo de conduta humana relacionada a outros indivíduos e dotada de um sentido subjetivamente elaborado.
Para Weber, a sociedade não seria um organismo com uma espécie de complementaridade entre as suas partes, como postulava Durkheim, nem tampouco uma espécie de prisão para as classes menos favorecidas, como imaginava Marx.
Para ele, a sociedade se apresentava como uma grande teia formada por diversos tipos de ações sociais. A identificação do sentido subjetivo dessas ações, ou seja, do tipo de racionalidade que as motiva e que leva a este ou àquele comportamento é o que define a sociologia weberiana como compreensiva.
-Um traço marcante do pensamento weberiano é a sua ruptura radical com a lógica do cientificismo positivista.
Auguste Comte definia a sociologia como a física social. Segundo ele, a lógica de pesquisa desta disciplina seria destinada a conhecer os processos sociais, para poder prever os seus desdobramentos.
Ao contrário, Weber, ao perceber a sociedade como uma teia constantemente renovada de ações sociais, afirma ser esta realidade hipoteticamente infinita e que apenas um fragmento de cada vez pode ser objeto de conhecimento sistematizado, no sentido da pesquisa científica.
AÇÃO SOCIAL RACIONAL COM RELAÇÃO A FINS
AÇÃO SOCIAL RACIONAL COM RELAÇÃO A VALORES
AÇÃO SOCIAL AFETIVA
AÇÃO SOCIAL RACIONAL COM RELAÇÃO REGULAR OU AÇÃO TRADICIONAL
- DIFERENÇAS SOCIOECONOMICAS
SISTEMAS DE CASTAS - hierarquização rígida, determinada por critérios como etnia, religião, hereditariedade. 
Ausência de mobilidade social. 
SOCIEDADE ESTAMENTAL - conjunto de direitos e deveres, privilégios e obrigações publicamente reconhecidos.
Mobilidade social limitada. Exemplo: Sociedade feudal.
CLASSES SOCIAIS – expressão característica das desigualdades estruturadas na sociedade capitalista.
DESIGUALDADE SOCIOECONÔMICAS E DIFERENÇAS SOCIAIS
Karl Marx: conceituação das classes sociais a partir das relações sociais de produção, isto é, a partir da posição dos seres humanos em relação aos meios de produção.
Max Webber: classe entendida como grupo de pessoas que se encontram em uma situação semelhante, ou seja, têm as mesmas possibilidades de aquisição material e posição social.
No Brasil
*Período colônia e a sociedade escravocrata.
- Identifique as articulações entre as desigualdades educacionais e as desigualdades socioeconômicas na sociedade brasileira.
A desigualdade na sociedade brasileira vem dos europeus com o poder sobre os indígenas e africanos, o sentimento de superioridade sobre os nativos e sobre os escravos africanos.
E as desigualdades foram se diversificando, concentração de riquezas, aumento desordenado da população em algumas cidades, influenciando tanto para desigualdades educacionais e socioeconômicas.
AULA 8
As Práticas de Educação para a Sociologia Weberiana
A história humana, segundo Max Weber, poderia ser definida como um processo crescente de racionalização das relações sociais. O agir em sociedade pressupõe determinadas normas, que se enraízam, institucionalizam e em seguida assumem a forma de leis.
DOMINAÇÃO TRADICIONAL – é baseada nas tradições e mais diretamente relacionadas às monarquias da I. Média.
DOMONIÇÃO CARISMÁTICA – é baseada no carisma do líder e geralmente nos períodos de ruptura institucional.
DOMINAÇÃO RACIONAL LEGAL – é baseada na racionalidade e nas disposições legais, como noEstado Moderno.
- Para Weber, a educação é o modo pelo qual os indivíduos são preparados para exercer funções, relacionadas à nova realidade caracterizada pela racionalização da vida, tanto na administração do aparelho de estado, quanto nas empresas capitalistas.
- Segundo a sociologia weberiana, as práticas de educação passariam a se caracterizar por um conjunto de conteúdos voltados para o treinamento de indivíduos, a fim de que se tornassem aptos a desempenhar variadas funções tanto no Estado, quanto nas empresas.  Neste sentido, a própria condução do processo político se daria em moldes mais racionais.
- A sociedade capitalista, segundo Weber, teria desenvolvido práticas de educação cujo objetivo seria treinar o indivíduo, ao invés de simplesmente cultivar o seu intelecto.
- Educar de modo a desenvolver um sentido mais racional, nas diferentes relações sociais passou a ser fundamental para o Estado na sociedade capitalista, uma vez que este “novo” homem não deveria mais obediência a princípios místicos e sobrenaturais, mas sim ao direito racional.
PEDAGOGIA DO CULTIVO - É um conjunto de práticas destinadas a formar um tipo de indivíduo culto, o que implica transformações no seu comportamento interior e exterior. Este processo assumiria o sentido de uma “qualificação cultural” no sentido de uma educação de caráter abrangente, o que traria implicações no sentido do status e da própria qualidade de vida do indivíduo. Nas sociedades pré-industriais estas práticas estariam restritas às elites sociais e intelectuais.  
PEDAGOGIA DO TREINAMENTO - São as práticas de educação dominantes do Capitalismo. Segundo o autor, com a racionalização da vida social e a crescente burocratização do Estado moderno, a educação deixa gradualmente de ter como objetivo a “qualidade da posição do homem na vida” e passa a se constituir num projeto especializado com o objetivo de formar peritos e especialistas com vistas ao mercado de trabalho. Weber percebia com certa melancolia esta relação com o conhecimento, que poderia ser percebida como uma espécie de “depressão intelectual”.
Para Weber, a Pedagogia do Treinamento, imposta pela racionalidade da sociedade capitalista, se apresentava como um forte obstáculo ao desenvolvimento do talento e da própria realização pessoal dos homens, de um modo geral.
O termo globalização articula-se à noção de “aldeia global”, que sugere a formação de uma comunidade mundial interligada.
Para alguns a globalização se origina na expansão marítima europeia no séc. XV. 
Globalização é um fenômeno de dimensões políticas, sociais, culturais. Caracterizada por um nível cada vez mais sociável de internacionalização.
AULA 9
As Contribuições de Bourdieu, Gramsci e Mannheim
O comunista italiano Antonio Gramsci nunca publicou um livro, mas encontramos suas ideias em periódicos de partidos políticos e da imprensa e, sobretudo, nos famosos Cadernos do Cárcere, produzidos durante a sua prisão durante o governo fascista de Mussolini.
Por Oriente ele entendia os países onde o Estado é poderoso e a Sociedade Civil é fraca, dotada de pouca organização e de pouca capacidade de fazer frente ao Estado.
Por Ocidente ele entendia aqueles países em que a sociedade civil é estruturada, múltipla, organizada, e compartilha com o Estado a administração da vida social. São os países de capitalismo avançado, cujo mercado interno é forte e a vida política é plural.
*Marx afirmava que o proletariado deveria abolir a exploração econômica de uma classe sobre a outra, eliminando a propriedade privada dos meios de produção.
*Para Gramsci, eliminar a propriedade privada dos meios de produção não seria suficiente, pois precisariam lutar também contra a “apropriação privada, ou elitista, do saber e da cultura”.
De acordo com Gramsci, era necessário desfazer a separação entre “intelectuais” e “pessoas simples”, porque apenas aqueles tidos como intelectuais ocupavam postos de administração do Estado e da sociedade civil, concentrando mais poder. 
Para este autor, a luta pela hegemonia, ou seja, o processo lento e complexo pelo poder político nas sociedades complexas, não é vencida através do golpe de Estado ou pelo êxito nas eleições. É necessário convencer as pessoas, conseguir um consenso social em torno de suas concepções. Nesses termos, ele considerava o convencimento mais adequado do que a força.
Escola Humanista - Fornece uma formação “clássica” (baseada nos valores da cultura greco-romana)
Escola Especializada - Fornece uma formação específica dos diferentes ramos profissionais ou baseadas na necessidade de operacionalizar os conteúdos específicos.
Ao lado da escola “clássica”, desenvolveu-se uma escola técnica que substituiu a clássica, pois era mais adequada à formação dos intelectuais orgânicos das classes dominantes.
De acordo com Rodrigues (2007), a nova escola deveria ser organizada assim:
“Em primeiro lugar, uma escola unitária, que corresponderia aos níveis do Ensino Fundamental e do Médio, que teria um caráter formativo e objetivaria equilibrar de forma equânime o desenvolvimento da capacidade de trabalhar manualmente e o desenvolvimento das capacidades do trabalho intelectual. A partir dessa escola única, e intermediado por uma orientação profissional, o aluno passaria a uma escola especializada voltada para o trabalho produtivo”. (p. 80)
O sociólogo francês Pierre Bourdieu baseou-se nas concepções de Émile Durkheim e no Estruturalismo para fazer a sua análise sobre a educação contemporânea. É importante saber que, para o Estruturalismo de Bourdieu, os sujeitos sociais são vistos como marionetes das estruturas dominantes.
Em 1970, Pierre Bourdieu e Jean-Claude Passeron, sob a influência de Durkheim, Karl Marx, Max Weber e com o intuito de construir uma teoria sobre o sistema escolar, partem do princípio de que toda e qualquer sociedade estrutura-se como um sistema de relações de força material entre grupos e classes.
Para Bourdieu e Passeron, a força material, ou seja, o capital econômico, é a base que determina a força simbólica ou capital cultural.
Dito de outra forma, a classe que possui o capital econômico produz e reproduz o capital cultural e faz isso escondendo (dissimulação) o seu caráter de violência simbólica (dominação cultural).
A função da educação é a de reprodução das desigualdades sociais. Pela reprodução cultural, a educação contribui para a reprodução social.
À luz da teoria da violência simbólica, a classe dominante exerce um poder de tal modo absoluto que se torna inviável qualquer reação por parte da classe dominada.
De acordo com Mannheim
Psicanálise - É responsável por um novo padrão de vida pautado pela saúde mental e pela libertação das repressões adquiridas na formação do homem.
Sociologia - Era vista como a disciplina capaz de sintetizar as contribuições de todas as camadas sociais para o processo educacional.
AULA 10
A Cultura da Escola em um Espaço Multicultural

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