Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FACULDADE ESTÁCIO DO RECIFE CURSO DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA DISCIPLINA: FARMACODINAMICA I FARMACOCINÉTICA E FARMACODINÂMICA Prof. Dra. Andréa Apolinário FARMACOCINÉTICA O que o organismo faz sobre a droga. FARMACODINÂMICA O que a droga faz no organismo. DEFINIÇÕES Farmacologia Básica Farmacologia Farmacodi nâmica Farmacocí nética Farmacologia Atua sobre proteínas-alvo: Enzimas Transportadores Canais de ions Receptores Farmacologia Especificidade: Recíproca entre substâncias e ligantes. (subst se liga somente em determinados alvos e os alvos só reconhecem determinada substancia) Nenhum fármaco é totalmente específico: o aumento da dose faz com que ele atue em outros alvos diferentes provocando efeitos colaterais. Farmacologia Interação Fármaco – Receptor: A tendência de um fármaco se ligar a um receptor é determinada pela sua afinidade, enquanto a tendência, uma vez ligada de ativar o receptor é indicada pela sua eficácia Farmacologia Agonistas: causam alterações na função celular, produzindo vários tipos de efeitos. Antagonistas. Substância que se liga ao receptor sem causar ativação impedindo consequentemente a ligação do agonista. Farmacologia Antagonismos: Antagonismo químico: duas substâncias se combinam em solução , perdendo-se o efeito do fármaco ativo. Ex: Uso de agentes quelantes (dimercaprol)que se ligam a metais pesados reduzindo sua toxicidade Farmacologia Antagonismo farmacocinético: o Antagonista reduz efetivamente a concentração do fármaco ativo em seu local de ação. Podendo ser: Através do aumento da velocidade de degradação do fármaco ativo. Ex: Warfarin + Fenobarbital = - efeito do warfarin; Redução da velocidade de absorção da susbstância ativa ; Aumento na taxa de excreção renal Farmacologia Antagonismo competitivo: ambos os fármacos se ligam aos mesmos receptores (reversível ou irreversível) Antagonismo fisiológico: substâncias de ações opostas tendem anular uma o efeito da outra. Ex: histamina atua sobre os receptores das células parietais da mucosa gástrica estimulando a secreção de ácido, enquanto o omeprazol bloqueia esse efeito ao inibir a bomba de prótons. Farmacologia Dessensibilização e Taquifilaxia: Diminuição do efeito de um fármaco que ocorre gradualmente quando administrado de modo contínuo ou repetidamente. Farmacologia Mecanismos envolvidos Alterações nos receptores Perda de receptores: exposição prolongada reduz o número de receptores expressos na superfície celular. Aumento do metabolismo da substância. Substâncias como etanol e barbitúricos quando administradas repetidamente, aparecem em concentrações plasmáticas reduzidas. Farmacologia Exaustão de mediadores : a dessensibilização está associada à depleção de uma substância intermediária essencial. Ex: Anfetaminas atuam através da liberação de aminas nas terminações nervosas, portanto apresentam elevada taquifilaxia devido à depleção das reservas de aminas. Farmacologia Adaptação fisiológica: Pode ocorrer uma diminuição do efeito de um fármaco, devido à sua anulação por uma resposta homeostática. Ex: Redução de efeitos colaterais como náuseas e sonolência de alguns fármacos quando se dá a administração contínua. Farmacologia Farmacocinética: Estuda quantitativamente a cronologia dos processos metabólicos da absorção, distribuição, biotransformação e eliminação. Absorção Distribuição Biotransformação Excreção Farmacologia – Droga Ideal DROGA FARMACOCINÉTICA •Vias de administração •Absorção •Distribuição •Biotransformação •Eliminação ORGANISMO FARMACODINÂMICA •Local de ação •Mecanismo de ação •Efeitos Concentração no local do receptor RELAÇÕES ENTRE FARMACOCINÉTICA E FARMACODINÂMICA Dose da droga administrada Concentração da droga na circulação sistêmica Concentração da droga no local de ação Efeito farmacológico Resposta clínica Toxicidade Eficácia ABSORÇÃO DISTRIBUIÇÃO ELIMINAÇÃO Droga metabolizada ou excretada Droga nos tecidos de distribuição FARMA- COCINÉ- TICA FARMACO- DINÂMICA ABSORÇÃO DISTRIBUIÇÃO MBIOTRANSFORMAÇÃO EXCREÇÃO FARMACOCINÉTICA ABSORÇÃO DOS FÁRMACOS: passagem da FÁRMACO do seu local de aplicação até a corrente sangüínea Farmacologia Fatores relacionados ao paciente Estados fisiopatológicos Idade Sexo Tabagismo Consumo de Alcool Uso de outros Medicamentos Anemias Disfunção hepática Doenças renais Insuficiência Cardíaca Infecção Queimaduras Febre Fatores que podem influenciar os processos farmacocinéticos Farmacologia Absorção É o processo pelo qual o medicamento, principalmente administrado por via oral, intramuscular ou retal, chegam, sem sofrer alterações, ao meio tissular, de onde se distribuirão pelo corpo, em geral através do sangue. FATORES ENVOLVIDOS NA ABSORÇÃO LIGADOS AO MEDICAMENTO •Lipossolubilidade •Peso molecular •Grau de ionização •Concentração LIGADOS AO ORGANISMO •Vascularização do local •Superfície de absorção •Permeabilidade capilar FATORES QUE INFLUENCIAM NA ABSORÇÃO •FLUXO DE SANGUE NO LOCAL DA ABSORÇÃO •ÁREA OU SUPERFÍCIE DISPONÍVE L PARA ABSORSÃO •TEMPO DE CONTATO COM A SUPERFICIE DE ABSORÇÃO BIODISPONIBILIDADE A fração de uma dose administrada de uma droga não alterada que alcança circulação sistêmica FATORES QUE ALTERAM A BIODISPONIBILIDADE •Efeito de primeira passagem •Solubilidade do fármaco •Instabilidade Química •Natureza da formulação do Fármaco BIOEQUIVALÊNCIA Dois fármacos são bioequivalentes se mostram biodisponibilidade comparável e tempos similares para alcançar o pico de concentração HIPERTENSÇAO ARTERIAL 5 . M E M B R A N A C E L U L A R F I G U R A E S Q U E M Á T I C A D A M E M B R A N A C E L U L A R 5. Membrana Celular Lipofilicidade Membrana celular Bicamada lipídica Interior hidrofóbico Lipofilicidade Os fármacos que apresentam maior coeficiente de partição, tem maior afinidade pela fase orgânica e, portanto, tendem a ultrapassar com maior facilidade as biomembranas hidrofóbicas. Membrana celular Aumento da BIODISPONIBILIDADE Lipofilicidade FARMACOCINÉTICA Difusão Simples ou Passiva As moléculas do fármaco (soluto) se distribuem de acordo com o gradiente de concentração. (local de maior concentração → menor concentração). As moléculas devem ser apolares e apresentem peso molecular compatível com a membrana a ser atravessada. DIFUSÃO PASSIVA FARMACOCINÉTICA Transporte mediado por carreadores Difusão facilitada transporte sem gasto de energia, mediado por carreador no qual o substrato (fármaco) se move a favor do gradiente de concentração. Saturação, especificidade e competição . DIFUSÃO FACILITADA difusão mediada por carreadores: interação das moléculas ou íons com proteína carreadora - facilita sua passagem através da membrana, provavelmente por se fixar quimicamente a ela e se deslocar, através da membrana, nessa forma fixada. FARMACOCINÉTICA Transporte Ativo contra o gradiente de concentração Requer gasto de energia (hidrólise de ATP ou outras ligações ricas em energia) FÁRMACO MEDIADO POR TRANSPORTADORES PROTEICOS ESPECIFICOS, DEPENDENTE DE ENERGIA (TRIFOSFATO DE ADENOSINA) TRANSPORTE ATIVO FARMACOCINÉTICA Endocitose Pinocitose e Fagocitose Processo de absorção na qual ocorre invaginação da membrana celular em torno de moléculas → vesículas intracelulares que se destacam da membrana exigem gasto de energia e não requerem transportadores nas membranas celulares ENDOCITOSE EFEITO DO pH NA ABSORÇÃO DOS FÁRMACOS • HENDERSON-HASSELBACH 1. Ácido fraco: 2. Base fraca: • EX:ácido fraco pKa=3,4 estômago pH=1,4 plasma pH=7,4 • EX:base fraca pKa=8,4 estômago pH=1,4 plasma pH=7,4 pKa - pH= log [moléculas] íons pH - pKa = log [moléculas] íons Como os fármacos, em sua maioria, são ácidos ou bases fracas, no meio biológico estarão mais ou menos ionizados, dependendo da constante de acidez (Ka) e do pH do meio em que se encontram. Considerando-se que a forma não ionizada de um fármaco é mais lipossolúvel que a forma ionizada, o Ka da substância e o pH do meio são dois parâmetros que influem diretamente na passagem dos fármacos através das membranas biológicas e, portanto, estes dois parâmetros são determinantes dos processos de absorção, transporte e excreção dos fármacos Distribuição dos Fármacos FÁRMACOS LIGADOS À PROTEÍNAS E HIDROSSOLÚVEIS FICAM PRINCIPALMENTE NO COMPARTIMENTO PLASMÁTICO FÁRMACOS LIPOSSOLÚVEIS ACUMULAM-SE NO TECIDO ADIPOSO Biotransformação O fígado é o principal órgão de biotransformação de medicamentos, embora algumas drogas sejam biotransformadas no plasma, intestino (como o salbutamol que é biotransformado no intestino) ou outro órgão. Atualmente, tem sido criticados por alguns autores as palavras metabolismo, metabolizado, e metabolização, referindo que devem ser substituídas por biotransformação e biotransformado. A biotransformação (metabolismo) das drogas que ocorre no fígado envolve dois tipos de reações bioquímicas, conhecidos como reações de fase I e de fase II (ou metabolismo I, e metabolismo II). Biotransformação Freqüentemente, elas ocorrem em seqüência, mas, não invariavelmente, e, consistem em reações enzimáticas que normalmente acontecem no fígado. O retículo endoplasmático da célula hepática é degradado em fragmentos muito pequenos. A biotransformação realizada pelo fígado é menos importante para as drogas polares (ionizadas), tendo em vista que estas atravessam mais lentamente a membrana plasmática do hepatócito do que as não polares. Biotransformação Assim, as drogas polares são excretadas em maior proporção pela urina, de forma inalterada. Enquanto os fármacos lipossolúveis (ou lipofílicos ou não polares) não são excretados de modo eficiente pelo rim, pois, a maioria é reabsorvida pelo túbulo distal voltando à circulação sistêmica. Biotransformação As reações de fase I consistem principalmente em oxidação, redução ou hidrólise, e, os produtos, com freqüência, são mais reativos quimicamente, entretanto, essas reações químicas podem resultar na inativação de um fármaco. Após as reações da Fase I, alguns medicamentos também podem se tornar mais tóxicos ou carcinogênicos do que a droga original. Muitas enzimas hepáticas participam da biotransformação das drogas da fase I, incluindo o sistema citocromo P-450 que importância fundamental. Se o metabólito (produto resultante do metabolismo) não for facilmente excretado ocorre a reação da II fase subseqüente. Biotransformação O sistema citocromo P-450 contém um grupo de isoenzimas contendo ferro que ativa o oxigênio molecular em uma forma capaz de interagir com substratos orgânicos, e, assim, cataliza uma quantidade diversificada de reações oxidativas envolvidas na biotransformação do medicamento que sofre redução e oxidação durante o seu ciclo catalítico. Biotransformação A maioria das interações medicamentosas que ocorrem na biotransformação está relacionadas com a estimulação (indução) ou inibição do sistema citocromo P-450 microssomial hepático. Por exemplo, o fármaco fenobarbital (Gardenal) (medicamento anticonvulsivante) é um potente indutor (estimulador) das enzimas do citocromo P-450 hepático, o que provoca interações medicamentosas levando à redução das concentrações plasmáticas e aumento da eliminação de vários medicamentos, como doo cloranfenicol (fármaco antibiótico), da fenitoína (anticonvulsivante), e, de outros como os anticoncepcionais orais, e, dos corticosteróides, assim, conseqüentemente, pode reduzir os efeitos terapêuticos destes fármacos. Biotransformação Enquanto a cimetidina (Tagamet) (medicamento que reduz a secreção do ácido clorídrico no estomago) pode provocar interações medicamentosas porque pode inibir enzimas (inibição do metabolismo) do sistema citocromo P-450 diminuindo a biotransformação, e, conseqüentemente, a eliminação de outros fármacos, o que pode provocar a toxicidade destes medicamentos sendo necessário o reajuste da dosagem (nestes casos, diminuir a dose), como por exemplo, do propranolol, diltiazem (Cardizem) (Balcor), (medicamentos anti-hipertensivos), e, de medicamentos anticoagulantes. Biotransformação As reações de fase II envolvem a conjugação que, normalmente, resulta em compostos inativos, e facilmente excretáveis, embora com exceções. A glicuronidação (também chamada de glicuronização) é a reação de conjugação mais comum e a mais importante, embora possa ocorrer outra conjugação nesta fase que pode ser acetilação, sulfatação ou amidação. Como os recém-nascidos são deficientes deste sistema de conjugação, além de suas funções renais que não estão completamente desenvolvidas, deve ser evitado o uso de alguns fármacos, como por exemplo, o cloranfenicol que pode se acumular no organismo provocando depressão da respiração, colapso cardiovascular, cianose e morte. Como provoca a cianose, também é denominada de Síndrome cinzenta do recém-nascido. FASES DO METABOLISMO DE FÁRMACOS Fármaco Fase 1 Derivado Fase 2 Conjugado Oxidação Hidroxilação Desalquilação Desaminação Conjugação EXEMPLO: Aspirina Ácido salicílico Glicuronídio METABOLISMO DAS FÁRMACOS Representação esquemática Metabolismos de FASE I : convertem o fármaco original em um metabólito mais polar através de oxidação, redução ou hidrólise. O metabólito resultante pode ser farmacologicamente inativo, menos ativo ou, às vezes, mais ativo que a molécula original. Algumas drogas polares são conjugadas na sua forma original sem passarem por reações da Fase I. METABOLISMO DAS FÁRMACOS Fase 1 Fase 2 Conjugado FÁRMACO Conjugado Conjugado Metabólito da droga com atividade modificada Metabólito inativo da droga Lipofílico Hidrofílico FÁRMACO FÁRMACO REAÇÕES DE FASE I • REDUÇÃO, • HIDRÓLISE. • OXIDAÇÃO, Resultam em produtos, em geral, mais reativos quimicamente e, portanto, algumas vezes mais tóxicos ou carcinogênicos do que a droga original Preparam a droga para sofrer a reação de fase II. Fase II do Metabolismo Compreende reações de conjugação REAÇÕES DE FASE II • CONJUGAÇÃO Resultam normalmente em compostos inativos INDUÇÃO ENZIMÁTICAA estimulação da atividade das enzimas microssomais por medicamentos e outras substâncias representa importante problema clínico. Drogas tais como analgésicos, anticonvulsivantes, hipoglicemiantes orais, sedativos e tranquilizantes estimulam a sua própria biotransformação e a de outras drogas. A indução enzimática: Aumenta a velocidade de biotransformação hepática da droga Aumenta a velocidade de produção dos metabólitos Aumenta a depuração plasmática da droga Diminui a meia-vida sérica da droga Diminui as concentrações séricas da droga livre e total Diminui os efeitos farmacológicos se os metabólitos forem inativos. Um indutor pode estimular ativamente a síntese de uma enzima O citocromo P450 é rapidamente induzido por muitas drogas INIBIÇÃO ENZIMÁTICA A inibição das enzimas microssomais: • Diminui a velocidade de produção de metabólitos • Diminui a depuração total • Aumenta a meia vida da droga no soro • Aumenta as concentrações séricas da droga livre e total • Aumenta os efeitos farmacológicos se os metabólitos forem inativos Inibidores da biotransformação de drogas: • Exposição aguda ao etanol • Cloranfenicol e alguns outros antibióticos • Cimetidina • Dissulfiram • Propoxifeno • Enzimas que sofrem interferência de inibidores: • - Colinesterases, • - Monoaminooxidase (MAO), • - Aldeído Desidrogenase, • - Álcool Desidrogenase • - Citocromo P450. EXCREÇÃO RENAL Eliminação Eliminação: Os fármacos são eliminados do organismo por biotransformação e excreção . Rins e fígado: Fígado: biotransformação – enzimas capazes de reduzir, oxidar, hidrolisar ou conjugar compostos Rins: excreção dos fármacos e seus metabólitos: fármacos excretados na bile e eliminados nas fezes Eliminação dos Fármacos RINS GRANDE MAIORIA DOS FÁRMACOS PULMÕES AGENTES VOLÁTEIS OU GASOSOS SISTEMA BILIAR EXCRETADAS PELA BILE ATRAVÉS DO FÍGADO SOFRE REABSORÇÃO INTESTINAL • As unidades anatômicas funcionais do rim são os néfrons. • O sangue arterial passa em primeiro lugar pelos glomérulos que filtram parte do plasma. • Muitas substâncias também são secretadas nos túbulos proximais. • A maior parte da água é reabsorvida ao longo do néfron, seqüencialmente pelos túbulos proximais, distais e coletores. • Numerosas substâncias também podem ser reabsorvidas pelo epitélio tubular e liberadas no líquido intersticial renal e, a seguir, no plasma. • As drogas são, na sua maior parte, removidas do corpo através da urina, na forma inalterada ou como metabólitos polares (ionizados) • As substâncias lipofílicas (apolares) não são eliminadas suficientemente pelo rim • As drogas lipofílicas são metabolizadas, em sua maioria, em produtos mais polares, que são, então, excretados na urina FARMACOCINÉTICA - EXCREÇÃO Representação esquemática da reabsorção e secreção no néfron. Características da droga (lipossolubilidade, peso molecular), reabsorção e secreção. Profa. Eli - 2002 CÁPSULA DE BOWMAN Filtração de todas as substâncias de baixo peso molecular ALÇA DE HENLE Reabsorção de água TUBOS COLETORES Reabsorção de água TÚBULO PROXIMAL Secreção ativa de algumas drogas eletrolíticas fracas, especialmente ácidos. Reabsorção de água TÚBULO DISTAL Excreção passiva e reabsorção de drogas lipossolúveis. Reabsorção de água URINA Esquema de um néfron localizando filtração glomerular, reabsorção e secreção tubulares Tempo de meia vida (t ½) • é o tempo necessário para que a concentração plasmática de determinado fármaco seja reduzida pela metade PERÍODO DE LATÊNCIA tempo entre a administração até o aparecimento do primeiro efeito EFEITO MÁXIMO geralmente atingido quando a concentração da droga chega ao máximo FARMACODINAMICA MODELO CHAVE-FECHADURA As propriedades FQ de determinados grupos funcionais são de fundamental importância na fase farmacodinâmica da ação dos fármacos. A afinidade de um fármaco pelo seu bioreceptor é dependente do somatório das forças de interações dos grupamentos farmacofóricos com sítios complementares da biomacromolécula. Evento bioquímico PRINCÍPIOS FARMACODINÂMICOS Forças eletrostáticas Ion-dipolo Dipolo-Dipolo Forças de dispersão de London Interações hidrofóbicas Ligações de hidrogênio Ligação covalente PRINCÍPIOS FARMACODINÂMICOS MODELO CHAVE-FECHADURA Estereoisomeria Talidomida Década de 60: deformações congênitas. !961 foi retirada do mercado. Droga desenvolvida em 1954 por um laboratório alemão. Destinado a tratar a ansiedade e náuseas durante a gravidez. Apenas uma das formas enantioméricas (S) é responsável pela má formação dos fetos (focomelia). Falha: teste apenas com uma única espécie animal. Farmacologia Toxicologia Resposta biológica RECONHECIMENTO LIGANTE - RECEPTOR fármaco receptor Estereoquímica PRINCÍPIOS FARMACODINÂMICOS PROPRIEDADES FÍSICO QUÍMICAS x ATIVIDADE BIOLÓGICA As propriedades FÍSICO QUÍMICAS dos fármacos influenciam também a fase farmacocinética. PRINCÍPIOS FARMACOCINÉTICAS Absorção Distribuição Biotransformação Eliminação Via de administração Tipos de ações das drogas Classificação segundo Krantz e Carr 1- Estimulação: provocam aumento da atividade das células atingidas. Ex: cafeína – aumenta atividade cerebral Classificação segundo Krantz e Carr 2- Depressão: provoca diminuição da atividade da célula atingida pela droga. Ex: barbituricos – deprimem o S N Classificação segundo Krantz e Carr 3- Irritação: A droga atua sobre a nutrição, crescimento e morfologia dos tecidos vivos. Ex: Purgativos: irritam as células da mucos intestinal, estimulando o peristaltismo e provocando a evacuação. Classificação segundo Krantz e Carr 4- Antiinfecção: Destinam-se a destruição ou neutralização de organismos patógenos, do tipo bactérias, fungos e vírus.. Ex: Antibióticos - Azitromicina Classificação segundo Krantz e Carr 5- Reposição: Terapia de substituição – hormônios naturais ou sintéticos no tratamento de doenças de insuficiência. Ex: T3 e T4. As drogas não criam funções dos órgãos ou sistemas sobre as quais atuam, elas apenas modificam as funções preexistentes. Componente do organismo com o qual o agente químico deve interagir para produzir seus efeitos. RECEPTOR PROTEÍNAS Compõem a classe mais importante de receptores de drogas * Proteínas Alvo * Especificidade Recíproca * Locais Moleculares Favoráveis PRINCIPAIS ALVOS PROTEICOS PARA AÇÃO DE DROGAS * Canais Iônicos * Enzimas * Moléculas Transportadoras * Receptores (receptores para ligantes reguladores endógenos) CANAIS IÔNICOS * Ação indireta sobre o canal ÍONS Operados pelo Ligante ÍONS G Envolvendo Proteína G CANAIS IÔNICOS * Ação direta sobre o canal Bloqueadoras Moduladoras ENZIMAS ENZIMAS * Competitivos - Droga = substrato análogo Ligação com a enzima REVERSÍVEL IRREVERSÍVEL DD DH ENZIMAS * Alostéricos (não-competitivos) - Substrato Falso DOPA DA NA MetilDOPA MetilDA MetilNA Falso NT DD DH ENZIMAS * Alostéricos (não-competitivos) - Pró-Drogas Enalapril Enalaprilato PROTEÍNAS TRANSPORTADORAS * Moléculas Polares * Bloqueio do Sistema de Transporte Transporte normal Transporte bloqueado ou RECEPTORES * Trazem sinais de fora para dentro da célula levando à modificações intracelulares, por exemplo, a formação de segundos mensageiros Funções : - acoplamento ao ligante apropriado (domínio de ligação) - propagação do sinal regulador na célula alvo (domínio efetor) Propagação do sinal: - interação do receptor com proteína efetora (sistema receptor-efetor) - ptna efetora : promover a síntese ou liberação de uma outra molécula reguladora intracelular : Segundo mensageiro Famílias de Receptores * TIPO 1: para NT rápidos - IONOTRÓPICOS - receptores localizados na membrana - acoplados diretamente a um canal iônico Ex.: Receptor Nicotínico da ACh Estrutura do Receptor Nicotínico da ACh Famílias de Receptores * TIPO 2: LIGADOS À PROTEÍNA G - METABOTRÓPICOS - localizados na membrana - ligados à proteína G - efetor: enzima ou canal (acoplados) - para hormônios e transmissores lentos - efeito intermediário Ex.: Receptor Muscarínico da ACh Receptores de membrana acoplados a sistemas efetores intracelulares através de uma proteína G Sistemas efetores acoplados a proteína G 1- Adenilato ciclase - AMPc 2- Fosfolipase C - fosfato de inositol 4- Fosfolipase A2 - ácido araquidônico 4- Canais iônicos GTP e GDP = nucleotídeos de guanina Ligação de guanina a unidade α catalisa a conversão a GTP GDP AGONISTA GTP GDP AGONISTA GTP ADENILATO CICLASE ADENILATO CICLASE GTP GS (+) PKA FOSFORILAÇÃO PROTEÍNA AMPc ATP R SISTEMAS EFETORES LIGADOS À PROTEÍNA G * Sistema AC/AMPc OBS: Proteína G (Gs; Gi; Gq) sendo que a Gs i Gi estimula ou inibi a adenilato ciclase cAMPC – catalisa fosforilização de serina – a qual pode ativar ou inibir a enzima alvo ou canais FOSFOLIPASE C GDP AGONISTA Ca2+ Ca2+ Ca2+ IP3 (+) GTP GDP FOSFOLIPASE C AGONISTA R GTP GTP GS X Ca2+ Ca2+ Ca2+ Ca2+ PKC IP3 DAG PKC * Sistema PLC/IP3 DAG = diacetilglicerol IP3 = inositol trifosfato Inativação por desfosforilização ÍONS G Sistemas efetores acoplados a proteína G Regulação de canais iônicos : controlando canais de K+ e Ca2+, afetando a excitabilidade da membrana Regulação celular via cAMP • Metabolismo energético •Divisão e diferenciação celular •Transporte de íons • proteínas contráteis no músculo liso EX: A liberação de cAMP devido a ativação dos receptores β Adrenérgico ------ativa proteína quinase Que faz com que aumente a lipólise; reduz a síntese de glicogênio e aumenta a degradação de glicogênico (convertido em glicose – para abastecer contração muscular). Receptor Proteína G Enzimas alvo Adenilato ciclase Fosfolipase C Fosfolipase A2 2ºs AMPc IP3 DAG AA mensageiros Proteínas PKA PKC quinases [Ca2+]i eicosanóides Canais iônicos Efetores:enzimas, canais iônicos, proteínas contráteis, etc
Compartilhar