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PORTIFÓLIO GESTÃO EDUCACIONAL FASE 1

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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL
UNINTER
Patrícia Chaves Del Papa - RU 978921- TURMA 2013/07 
Rosângela Aparecida Justiniano Duarte – RU 841005 – TURMA 2013/05
Rosemeire Justiniano Andrade – RU 951300 – TURMA 2013/05
 
 
PORTFÓLIO
UTA – GESTÃO EDUCACIONAL 
FASE I
 
BELO HORIZONTE
2015
CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL
UNINTER
Patrícia Chaves Del Papa - RU 978921- TURMA 2013/07 
Rosângela Aparecida Justiniano Duarte – RU 841005 – TURMA 2013/05
Rosemeire Justiniano Andrade – RU 951300 – TURMA 2013/05
PORTFÓLIO
UTA – GESTÃO EDUCACIONAL 
Trabalho contendo introdução, desenvolvimento
 com as seguintes atividades
: 
Texto discursivo apresentando análise do filme Escritores da Liberdade
 (
de Richard LaGravenese EUA 2007)
,  Resenha do capítulo 3 (Concepções de Gestão Escolar) do livro da disciplina de "Gestão Educacional" de Helena Leomir de Souza Bartinik
 , 
Considerações finais e 
R
eferências. 
Apresentado a UTA
 - 
Gestão Educacional
 
- Fase 
I 
no Curso de Pedagogia EAD-
Tutor local – Fernanda Nunes Costa
Pólo de Apoio EAD – Frederico Ozanan
Belo Horizonte /MGFASE I
 
 
 
 
 
BELO HORIZONTE 
2015
INTRODUÇÃO
O presente trabalho procura sintetizar e apresentar as principais reflexões realizadas para portfólio da UTA Gestão Educacional – Modulo C - Fase I, o qual se centrou nas concepções sobre o trabalho do gestor educacional. A gestão é fundamental para qualquer organização e a gestão escolar constitui uma dimensão importantíssima da educação. A capacidade de administrar a instituição escolar é relevante para o desenvolvimento do sujeito aprendiz. O educando não aprende apenas na sala de aula, mas na escola como um todo: pela maneira como a mesma é organizada e como funciona; pelas ações globais que promove pelo modo como as pessoas nela se relacionam e como a escola se relaciona com a comunidade. Ou seja, uma educação de qualidade resulta do conjunto das relações dos fatores externos e internos existentes no espaço escolar, e da forma como essas relações estão organizadas. O texto apresenta alguns subsídios teórico-práticos para a reflexão sobre o papel desempenhado pelo gestor escolar evidenciando que a sua atuação é permeada por contradições, as quais se vinculam às concepções nem sempre explícitas, ou seja, mesmo que os discursos indiquem os encaminhamentos político administrativos às ações práticas demonstram certa fragilidade para a efetivação de ações democráticas. Pudemos observar claramente este modelo de gestão fragilizada no filme Escritores da Liberdade indicado para este trabalho.
DESENVOLVIMENTO
Análise do filme “Escritores da Liberdade”
O filme Escritores da Liberdade é baseado na história real de Erin, uma professora novata interessada em lecionar Língua Inglesa e Literatura para uma turma de alunos pouco convencionais, alguns cumprem pena judicial outros são envolvidos com gangues, todos muito rebeldes. Para a professora tudo acaba sendo um grande desafio, pois além da dificuldade com a turma, ainda tem que enfrentar a resistência dos outros professores e até da coordenadora da escola que não facilita nem um pouco o seu trabalho boicotando suas ideias. Diante de tantos obstáculos a professora percebe que seu trabalho deve ir além da sala de aula, assim ela promove passeios aos seus alunos levando-os a conhecer lugares por eles nunca imaginados como o museu do holocausto. Esse passeio desperta neles o desejo de saber mais sobre o tema e os leva a ler livros sobre o assunto. Aos poucos a professora Erin consegue se aproximar de seus alunos e estabelecer com eles uma relação de confiança quebrando as barreiras raciais, éticas e sociais que os separavam e assim os alunos considerados incapazes começam a descobrir o mundo da aprendizagem. A professora Erin se inspira no livro “O Diário de Anne Frank” e pede que cada aluno escreva diariamente em um caderno tudo o que estivessem sentindo qual fosse seus sentimentos, alegria, tristezas, desagrados etc... Com isso os alunos tiveram sucesso pessoal, pois mudaram suas perspectivas de vida e alcançaram o sucesso na escola. Este filme leva a reflexão sobre a desigualdade nas classes sociais, racismo, desestrutura familiar, intolerância ao que é diferente exclusão social entre outros e nos faz pensar na escola como fator de proteção e como meio de implementar política de prevenção à violência, seja para pessoas que sofrem ou que fazem uso da violência. O ato educativo adotado por Erin é ao mesmo tempo político e ético porque visa transformar os alunos em seres humanos com pensamento crítico sobre a realidade e sobre seus atos. Este filme nos mostra que cada professor deve fazer a diferença procurando inovar o ato de ensinar adequado à realidade cultural dos alunos, para que se possa adotar uma atitude de pesquisa e ação com os grupos que se formam em sala de aula e na escola quase sempre atraído pela semelhança. O posicionamento do professor deve ser marcado pela sua autoridade e sensibilidade e assim poder se defender de ataques e frustrações advindas do seu trabalho
RESUMO
Capítulo 3 do livro Gestão Educacional
Concepções de gestão escolar
A gestão do trabalho educativo assume diferentes conotações de acordo com a concepção que seus dirigentes detêm sobre educação, ensino-aprendizagem, formação humana e papéis dos sujeitos desse processo. Um dos objetivos da gestão escolar é garantir as condições para o oferecimento de um ensino de qualidade a todos os membros da comunidade escolar. A gestão e a organização escolar visam à racionalização dos recursos disponíveis na escola, sejam eles, humanos, materiais, financeiros e intelectuais, contemplando o interior e o exterior da instituição escolar, suas normas, diretrizes, ações e planejamentos e principalmente, os sujeitos que compõem a escola: alunos, professores, pais, funcionários e comunidade local. No entanto, a gestão escolar vai além da mobilização de pessoas e racionalização de recursos, visa, portanto, contribuir para a formação de cidadãos capazes de interagir com o mundo social no qual estão inseridos. Indo além desse entendimento, consideramos que não basta interagir com o mundo, é preciso transformá-lo, tornando-o mais humano e igualitário, onde as relações sociais sejam pautadas em princípios de justiça, igualdade e democracia, que as diferenças e particularidades sejam respeitadas e que o poder aquisitivo não seja o elemento central das relações humanas, e que as desigualdades sociais e preconceitos sejam minimizados ou mesmo banidos, enfim, que a sociedade seja transformada em suas bases estruturais. Segundo PARO (1993, p. 82) a transformação social “precisa ser entendida num sentido que extrapole o âmbito das meras reformas, não portanto, a mera atenuação dos antagonismos, mas a eliminação de suas causas, ou seja, a superação das classes sociais”. PARO (1993) nos adverte que a organização da sociedade e da mesma forma, a organização das instituições escolares pode estar articulada tanto com a conservação da ordem social, quanto com sua transformação, dependendo da maneira como são configurados os seus objetivos de ação. Destacamos que a finalidade de uma instituição escolar é ofertar um ensino de qualidade a todos os alunos, buscando promover a cidadania e a justiça social, garantindo, pois, que o direito à educação seja efetivado em sua coletividade, bem como atenda as particularidades dos alunos e da comunidade local. (CURY, 2005). No entanto, considerandoa realidade educacional brasileira precisamos entender que a gestão escolar reflete posicionamentos sociais e políticos intimamente relacionados aos objetivos da formação educacional dos alunos. Tais posicionamentos estão ligados às concepções de educação que permeiam a sociedade em determinado espaço e tempo histórico. Nesse sentido se faz importante a compreensão sobre as concepções de educação que norteiam as ações existentes no cotidiano. Para (Libâneo et al 2007, p. 323) “se situássemos as concepções de gestão em uma linha contínua, teríamos em um extremo a concepção técnico-científica (também chamada científico-racional) e, no outro, a concepção sócio crítica”. Para Libâneo, Oliveira e Toschi (2003, p.324), A concepção técnico-científica apresenta como sua versão mais conservadora a denominada administração clássica ou burocrática, a versão mais recente conhecida como modelo de gestão de qualidade total GQT é originário da administração japonesa e tem o foco na participação dos colaboradores, resultando em altos índices de produtividade e de eficiência das tarefas propostas. Campo (1989) e Deming (1990) indicam que a filosofia da administração japonesa pressupõe melhoramento contínuo sem qualquer tipo de desperdício, é a chamada kaizen (filosofia de aprimoramento contínuo desenvolvida no Japão na década de 1950 que visa o bem da empresa e do funcionário que nela trabalha). A GQT vem auxiliando várias instituições educacionais na busca de melhorar as condições de trabalho nas atividades administrativas e pedagógicas. Em se tratando da concepção técnico científica prevalece uma visão burocrática e tecnicista da escola. A direção é centralizada em uma pessoa, a decisão vem de cima para baixo e basta cumprir um plano previamente elaborado sem a participação de professores, especialistas, alunos e funcionários”. (LIBÂNEO et al, 2007, p. 323). Nessa concepção, o princípio fundamental da organização escolar é a busca de maiores índices de eficiência e eficácia e em seus resultados, tomando a realidade como algo objetivo, neutro, passível de ser controlado. Contrariamente a concepção técnico-científica, temos a sociocrítica, onde a organização escolar não é algo objetivo, elemento neutro a ser observado, mas construção social levada a efeito pelos professores, alunos, pelos pais e até por integrantes da comunidade próxima. O processo de tomada de decisões dá-se coletivamente, possibilitando aos membros do grupo discutir e deliberar, em uma relação de colaboração. (LIBÂNEO et al, 2007, p. 324).Libâneo et al (2007) nos apresentam essas concepções de organização e gestão escolar, destacando que a concepção técnico-científica “baseia-se na hierarquia de cargos e funções, nas regras e nos procedimentos administrativos, para a racionalização do trabalho e a eficiência dos serviços escolares”. (p. 324). A concepção autogestionária "baseia-se na responsabilidade coletiva, ausência de direção centralizada e acentuação da participação direta e igual de todos os membros da instituição." (LIBÂNEO et al, 2007, p. 325). A concepção interpretativa “considera como elemento prioritário na análise dos processos de organização e gestão os significados subjetivos, as intenções e interações das pessoas (...)” (LIBÂNEO et al, 2007, p. 325). O enfoque da gestão centra-se nos aspectos subjetivos dos sujeitos escolares, suas experiências e práticas sociais e nessa perspectiva, a gestão assume, portanto, um caráter de construção social e coletiva. A gestão democrático-participativa incorpora ações e planejamentos coletivos e democráticos, porém destaca a divisão de responsabilidades individuais, sempre pautadas num projeto maior, coletivo, que congrega todos os membros da equipe escolar em torno de objetivos, metas, decisões e compromissos comuns, acentua, pois, o caráter político-democrático que deve permear a cultura organizacional4 das instituições escolares. Podemos afirmar que, uma vez definida a concepção de gestão assumida pela escola, todas as atividades a serem desenvolvidas em âmbito institucional serão influenciadas por esse posicionamento, contemplando, pois, o projeto político-pedagógico, as relações de poder e os eixos: pedagógico, político e organizacional. Consideramos que a concepção de gestão denominada democrático participativa ou simplesmente gestão democrática, como julgamos ser mais adequado devido à redundância da primeira denominação, dada suas características fundamentais: trabalho coletivo, compartilhamento de poderes, participação da comunidade nas decisões escolares, fazendo com que as ações educativas sejam permeadas pelo diálogo e pelo interesse da coletividade escolar, é a concepção mais indicada para o momento histórico em que vivemos, onde se faz urgente despertar a população à participação nos rumos da vida social, fortalecendo, pois, os espaços de ampliação da cidadania, dentre os quais situamos a escola. No atual contexto educacional, ganha destaque a figura do gestor escolar, o qual é responsável (legal e socialmente) pela condução do trabalho no âmbito institucional. Severino ( Vasconcellos, 2002, p. 61) nos afirma que "não se trata de um papel puramente burocrático administrativo, mas de uma tarefa de articulação, de coordenação, de intencionalização, que, embora suponha o administrativo, o vincula radicalmente ao pedagógico". De acordo com Vasconcellos (2002, p. 61) a direção “tem por função ser o grande elo integrador, articulador dos vários segmentos internos e externos da escola, cuidando da gestão das atividades, para que venham a acontecer e a contento ”. Assim sendo, a direção deve organizar o seu projeto de trabalho para qualificar sua intervenção e ficar menos sujeito às enormes pressões do cotidiano. (VASCONCELLOS, 2002, p. 61). A realidade social e educacional atual necessita de pessoas que estejam em constante processo de formação. Nesse sentido, o diretor é, assim como os outros sujeitos que trabalham na escola, um profissional da educação, e necessita estar inserido em processos de formação continuada. Tratando sobre a questão, Vasconcelos afirma que o diretor “deve se capacitar buscar crescer, se fortalecer também no conhecimento, para enfrentar os conflitos do cotidiano de maneira mais qualificada e produtiva”. No entanto, esse processo é difícil e contraditório; porém não impossível. O diretor escolar precisa estudar pesquisar e investigar as problemáticas do dia-a-dia, estando, juntamente com os professores e demais funcionários da escola, em processo de formação contínua. Gomes e Lopes (2000) indicam que a gestão compartilhada se insere no movimento da democratização da educação, com ênfase em uma característica específica, qual seja a de envolvimento da representação de diferentes setores da sociedade nos processos de tomadas de decisões, em especial as ações de Poder Público. Cabe à direção escolar coordenar o trabalho coletivo da instituição, objetivando-se alcançar os objetivos propostos como: a oferta de um ensino de qualidade, a educação inclusiva em todos os seus aspectos, a construção de ambiente escolar acolhedor e livre de preconceitos e a participação da comunidade na tomada de decisões, as quais são concretizadas e operacionalizadas pela equipe de gestão escolar, destacando-se o diretor escolar. O diretor deve ter o domínio de vários conhecimentos, especialmente aqueles que se relacionam à legislação educacional (políticas de inclusão, currículo, calendário escolar, sistemática de avaliação, repasse de verbas, etc.) e também, aspectos relacionados à organização do trabalho escolar, os quais devem estar contidos expressamente no Projeto Político Pedagógico da instituição (organização dos tempos e espaços, metodologias de trabalho, planejamento, projetos, estabelecimento de parcerias com os pais e a comunidade, etc.). No entanto, as questões de cunho financeiro e administrativo, apesar da responsabilidade necessária, não representam maiores dificuldades para aqueles que adentram no trabalho da direção das escolas. Para Gomes (1997, p. 21) o maior desafiopara o diretor escolar é “administrar com sucesso os aspectos pedagógicos da escola”, oferecendo, pois, “um ensino de qualidade, oportunizando ao aluno a aquisição de um saber sistematizado, culturalmente aceito, que o transforme em verdadeiro cidadão”. Baseando-se no pensamento de Paro (2001) acerca do envolvimento do diretor escolar com os aspectos pedagógicos, podemos afirmar que o mesmo deve ir além do mero alcance dos objetivos institucionais, que segundo o autor, se situam numa dimensão individual. As ações pedagógicas precisam alcançar uma dimensão de cunho social, ligada à formação de cidadãos ativos, críticos e participativos. Dentre os objetivos educacionais de ordem social que estão presentes no PPP da maioria das escolas, podemos destacar: formação política do educando, ou em outras palavras a preparação para o exercício da cidadania. Destas duas assertivas, podemos subtrair que, a administração educacional, neste caso, está voltada para a “efetividade política”. Cabe destacar que não basta somente à escola expandir suas ações no âmbito da comunidade, é preciso trazer também comunidade para participar das ações e decisões que acontecem dentro da escola, estabelecendo, pois, diálogo e parceria. Assim sendo, podemos afirmar que a elaboração do PPP se consubstancia num precioso momento de envolvimento da escola com a comunidade. A relação escola/ comunidade quando em sintonia, isto é, em parceria e diálogo contribui significativamente para a melhora da qualidade do ensino, pois os 13 pais/responsáveis participam da vida escolar dos filhos, ajudam nas tarefas, se envolvem com a vida da instituição e se sentem responsáveis por ela, a escola passa a ser um espaço de aprendizagem e vivência de uma sociedade mais justa e igualitária. Assim sendo, podemos afirmar que nesse caso, a administração das escolas está voltada tanto para a eficiência econômica quanto para a eficácia pedagógica, a qual preocupa-se, primordialmente, com a consecução dos objetivos educacionais das instituições e sistemas de ensino.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O que pudemos perceber no contexto das práticas administrativas escolares é que a perspectiva sociológica se revela na inserção de todos os sujeitos envolvidos na compreensão dos problemas cotidianos que, se encaminhados de forma democrática, provocarão um efeito pedagógico sobre todos os integrantes, na medida em que os envolvidos no processo educativo pensam os problemas, propõem soluções e participam das decisões. As práticas de gestão exigem de toda a equipe, em especial da direção da escola, espírito de liderança, capacidade de dialogar, de construir consensos e de coordenar o processo de decisão e realização do trabalho pedagógico. Este texto teve como propósito inicial oferecer uma contribuição à compreensão do papel desempenhado pelo diretor escolar nas escolas públicas do município de Ponta Grossa- Pr. Os dados coletados ajudam a entender que a proposta de gestão democrática precisa ser entendida como processo inacabado e permeado por contradições. Ao adotar a eleição como central para prover os cargos de direção e a indicação como possibilidade, quando a primeira não se efetiva, a política municipal demonstra 22 vinculações com a gestão democrática. No entanto, a não efetivação de propostas que viabilizem a participação caminha no sentido contrário, visto que sem incentivos para a participação, a população se ausenta da escolha e possibilita que o poder público indique diretores conforme sua vinculação filosófica, mesmo que estes atendam os demais critérios previstos na legislação pertinente. Em se tratando do exercício das atribuições específicas do diretor escolar, constatou-se que os mesmos desempenham várias funções, contemplando os eixos administrativo, pedagógico, financeiro e político-comunitário, sendo que a prioridade das ações centra-se no eixo financeiro, demonstrando uma gestão da educação voltada para “eficiência econômica”. No eixo pedagógico, muitas atribuições foram priorizadas: a construção, implementação e avaliação do Projeto político-pedagógico; a preocupação com a aprendizagem os alunos, com o rendimento escolar, com a assiduidade; intervenção em aspectos indisciplinares e o contato com pais e responsáveis. No entanto, atribuições como o incentivo ao uso de metodologias diversificadas de trabalho e a criação/implementação de propostas de inclusão, formam relegadas a um segundo plano, uma vez que os pesquisados relataram média e pouca dedicação a essas atividades. Em nossa interpretação, esse fato evidencia uma contradição entre discurso e prática, visto que as ações que não foram consideradas prioridade são justamente ações que possibilitam alcançar êxito nas ações ditas prioritárias. As atribuições que compõem o eixo político-comunitário também se mostraram frágeis, pois a integração ao eixo político-comunitário se constitui um dos alicerces fundamentais da gestão democrático-participativa e a pesquisa evidenciou divergências quanto à dedicação a esse eixo de trabalho. Os diretores pesquisados não demonstraram centralidade na real importância desse espaço para a construção e fortalecimento da autonomia escolar. Para a concretização da gestão democrática torna-se fundamental aproximar a comunidade da instituição escolar, promovendo a participação, desenvolvendo parcerias e principalmente, compartilhando poderes de modo a fazer com que a população usuária participe das decisões institucionais, indicando prioridades, a serem contempladas no PPP, visando sempre, propiciar uma educação de qualidade a todos. No entanto, essa aproximação também se mostrou fragilizada pela ênfase nos aspectos financeiros e administrativos. 23 Ainda é preciso entender que se buscamos a participação da família na vida escolar dos filhos, é preciso criar mecanismos concretos que viabilizem a participação, como por exemplo, programar projetos que objetivem fomentar a participação da comunidade escolar. Portanto, na pesquisa ficou evidenciada a necessidade de criação de estratégias de trabalho que articulem os eixos pedagógicos e político-comunitário de forma a favorecer a participação familiar na vida institucional, pois um dos mais importantes papéis do diretor escolar é: assumir a postura de elemento articulador dos vários segmentos escolares em torno da concretização do PPP. Essa questão mostrou-se frágil e pouco desenvolvida, uma vez que não foi evidenciado nenhum projeto abarcando essas questões essenciais da vivência da concepção democrático-participativa, isto é, a participação e o envolvimento comunitário. Talvez essa lacuna possa ser parcialmente justificada, uma vez que, muitos profissionais relataram que a questão da falta de funcionários é um problema grave que se evidenciou nos grupos pesquisados. A falta de funcionários traz reflexos de caráter administrativo, pedagógico e até mesmo político-comunitário. Para sanar carências de pessoal, o diretor acaba assumindo outras funções: pedagogo, regente de sala de aula, escriturário, ou seja, suas atribuições específicas são deixadas em segundo plano. Além da postura de articulador, o diretor enquanto educador que possui funções pedagógicas e sociais precisa, também, assumir uma postura democrática no exercício diário de suas várias atribuições, permeando suas ações pelo diálogo horizontal e pelo trabalho coletivo. Por fim, analisando-se a atuação dos vários diretores escolares pesquisados foi possível identificar alguns aspectos que permeiam o exercício das atribuições profissionais. Dentre os aspectos identificados podemos citar: preocupação e comprometimento com o processo ensino-aprendizagem, com mais ênfase nos resultados do que no processo como um todo; preocupação com a organização e o andamento das atividades escolares; e, ainda, a preocupação em relação ao cumprimento das normas estabelecidas pela Secretaria Municipal de Educação. Essas preocupações são pertinentes, mas não devem se constituir empecilhos que limitam as ações do diretor escolar. Em nosso entendimento é preciso reverter posturasquantitativas e dedicar-se mais ao processo de aprendizagem do que nos resultados propriamente ditos, pois só assim a meta de ensino de qualidade será efetivamente alcançada 24 Deve-se ainda, superar a preocupação demasiada com aspectos organizacionais, fazendo da escola um organismo vivo, em constante interação com sua comunidade, ampliando, pois, o conceito de educação e escola, na perspectiva que a escola vai além-muros e por fim, é necessário desvincular-se da preocupação excessiva com as normas estabelecidas pela Secretaria de Educação, desenvolvendo a autonomia escolar, fortalecendo-se enquanto instituição educativa, fundada em bases democráticas e dessa forma, permeada pelo trabalho coletivo, pelo diálogo, pela criatividade e pela autonomia. Em outras palavras, a concepção democrática precisa ser fortalecida nas unidades de ensino da rede municipal de forma a possibilitar o avanço qualitativo no campo educacional. Esse fortalecimento se constitui no primeiro passo para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Ao concluir o presente texto, oriundo da pesquisa relatada, consideramos que chegamos a um produto provisório sobre a atuação do diretor escolar. Nesse sentido consideramos que o produto do conhecimento elaborado, enquanto processo, sempre é provisório e, assim sendo, devem alimentar novos processos de investigação...
REFERÊNCIAS
BARTINIK, H. L. S. Gestão Educacional / Helena Leomir de Souza Bartinik – Curitiba: Intersaberes, 2002 (Série Formação de Professor)
FARFUS, D. Espaços Educativos: um olhar pedagógico / Daniele Farfus – Curitiba: Intersaberes, 2012 (Série Formação de Professor)
GOMES, A. M. C. Dirigir uma escola: um desafio. In: AMAE Educando n.272 , nov. 1997, p. 18-22. 
LaGravenese, Richard - Filme Escritores da Liberdade - EUA 2007
LIBÂNEO, J. C. Organização e gestão da escola: teoria e prática. Goiás: Alternativa, 2001. 
LIBÂNEO, J. C.; OLIVEIRA, J. F.; TOSCHI, M. S. Educação escolar: políticas, estrutura e organização. São Paulo: Cortez, 2007. 
MARTINS, E. C. (17 de Fevereiro de 2011). A (Des) Construção do Saber Educativo
Nos Laços da Teoria da Educação. Revista Lusófona de Educação, pp. 49-64.
SAVIANI, D. (2011). Crise da Pedagogia Nova e Articulação da pedagogia Tecnicista (3º ed.).
A educação tradicional, vista por outro ângulo in 
SAVIANI, Demerval As teorias não críticas. In:_____. A Pedagogia Tradicional: Escola e Democracia. 2.ed. 1983.São Paulo: p. 17-18.
PARO, V. H. Administração escolar: introdução crítica. São Paulo: Cortez, 1993. _____. Escritos sobre educação. São Paulo: Xamã, 2001. _____. Eleição de diretores: a escola pública experimenta a democracia. São Paulo: Xamã, 2003.
VASCONCELLOS, C. S. Coordenação do Trabalho Pedagógico: do projeto político pedagógico ao cotidiano de sala de aula. São Paulo: Libertad, 2002.
VASCONCELLOS, Celso dos S. Planejamento: Plano de Ensino-Aprendizagem e Projeto Educativo. São Paulo: Libertad, 1995. 
VEIGA, Ilma P. A. (Org.). Projeto Político-Pedagógico da Escola: uma construção possível. 19 ed. Campinas, SP: Papirus, 2005.

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