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Contestação III

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 8ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE CURITIBA DO ESTADO DE PARANÁ
Processo nº
	EMPRESA BOM IMÓVEL CONSULTORIA E GESTÃO, sede no Brasil, (estado civil ou existência de união estável), (profissão), (portadora da carteira de identidade nº...), (expedida pelo...), (inscrita no CNPJ sob o nº...), (endereço eletrônico), residente e domiciliada em Curitiba/PR, representada por (nome do representante da empresa por lei ou estabelecido pelo contrato/estatuto social) brasileiro, (estado civil ou existência de união estável), (profissão), (portador da carteira de identidade nº...), (expedida pelo...), (inscrito no CPF sob o nº...), (endereço eletrônico), residente e domiciliado em Curitiba/PR, por sua advogada infra-assinada (procuração em anexo), inscrita na OAB/SC pelo número... , com escritório profissional na rua Reverendo Gelson dos Santos Castro, nº 295 na cidade de Florianópolis/SC, onde deverá ser intimada para dar andamento aos atos processuais, nos autos AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO, pelo procedimento comum, movida por GUSTAVO, vem a este juízo, oferecer:
CONTESTAÇÃO,
	para expor e requerer o que se segue:
DA AUDIÊNCIDA DE CONCILIAÇÃO:
	A ré opta pela não realização da audiência de conciliação e com isso que comece a correr o prazo para contestar do protocolo da negativa da audiência.
PRELIMINARES PROCESSUAIS:
Dilatórias: Inexistência
Peremptórias: 
	Há a existência da preliminar processual de ausência de legitimidade, prevista no artigo 337, inciso XI do Código de Processo Civil, pois o filho ajuizou a ação ao invés do pai, que é quem é o legítimo para figurar no polo ativo da ação, pois a relação do contrato, foi entre Antônio, pai de Gustavo, e não com ele. Sendo assim, Gustavo é ilegítimo para figurar no polo ativo da ação, nos termos do artigos 17 e 18 do Código de Processo Civil. Quem tem legitimidade é Antônio, brasileiro, viúvo, aposentado, , (portador da carteira de identidade nº...), (expedida pelo...), (inscrito no CPF sob o nº...), (endereço eletrônico), residente e domiciliado em Curitiba/PR. Dessa forma requer a extinção do processo sem resolução de mérito. nos termos do artigo 485, inciso VI do Código de Processo Civil.
PRELIMINARES DE MÉRITO:
	Decaiu o direito de ajuizar a ação de anulação de negócio jurídico, pois de acordo com o artigo 178, caput e inciso II do Código Civil: 
	"É de quatro anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do negócio jurídico, contado:
	II- no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do dia em que se realizou o negócio jurídico;"
	O negocio jurídico realizado pelas parte foi no dia 12 (doze) de janeiro de 2010, e o autor ajuizou a ação em 2016, ou seja, seis anos após a realização do negócio jurídico, tendo decaído o direito de pleitear a ação de anulação de negócio jurídico em face deste contrato. 
	Dessa forma requer a extinção do processo com resolução de mérito nos termos do artigo 487, inciso II do Código de Processo Civil.
DOS FATOS:
	No dia 12 (doze) de janeiro de 2010 o pai do autor Antônio, resolveu comprar um imóvel, e procurou a ré, para satisfazer seu desejo, celebrou negócio jurídico de compra e venda de imóvel com a ré, sendo o valor do imóvel de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais) pago pelo pai do autor.
	Com isso, 60 (sessenta) dias após a celebração do contrato foram entre as chaves do referido imóvel. Finalizando a obrigação do contrato entre as partes.
DEFESA DE MÉRITO:
 	Diante da alegação da celebração de um contrato particular de constituição de sociedade em conta de participação nega-se, pois a ré celebrou contrato de compra e venda de um imóvel, com o pai do autor, tendo o referido contrato em anexo como prova documental e as demais provas que comprovem o negócio jurídico.
	Perante a alegação de indução ao erro para celebrar outro tipo de negócio jurídico que não fosse a compra e venda nega-se pois a ré não tentou ludibriar o pai do autor com propagandas para induzi-lo ao erro em um negócio jurídico para celebrar outro com a ré, desde o início, estava sendo claro o tipo de negócio jurídico que estava sendo realizado, que é o contrato de compra e venda de imóvel, que é um dos serviços oferecidos pela empresa.
	Para a constituição do dolo necessita-se que o agente empregue meios astuciosos para induzir a vítima em erro, fazendo com que esta pratique algum tipo de ato que a prejudique, e o agente que o faz aproveite-se da situação ou até terceiros.	O que não logra, pois a ré desde o inicio do negócio deixou claro o tipo de negócio que estava sendo feito, e também comprava o que foi um contrato de compra e venda através do documento anexado.
	De acordo com o artigo 145 do Código Civil:
	"São os negócios jurídicos anuláveis por dolo, quando este for a sua causa."
	Em conformidade com o caso, vemos que não houve dolo, no contrato celebrado entre as partes. Sendo assim não sendo anulável o negócio jurídico de compra e venda.
	Mesmo que a ré fizesse propagandas de seus produtos e pode até ter exagerado um pouco nelas, porém isso é tolerável. Preleciona Roberto Carlos Gonçalves que:
	"Dolus bonus é o dolo tolerável, destituído de gravidade suficiente para viciar a manifestação de vontade. É comum no comércio em geral, onde é considerado normal, a até esperado, o fato de os comerciantes exagerarem as qualidades das mercadorias que estão vendendo. Não torna anulável o negócio jurídico, porque de certa maneira as pessoas já contam com ele e não se deixam envolver, a menos que não tenham diligência que se espera do homem médio." (GONÇALVES, Carlos Roberto, Direito Civil Brasileiro, volume I - Parte Geral, 12ª edição, São Paulo, editora: Saraiva, 2014, pg. 419).
	Sendo assim, propagandas que avultem o produto, não são consideradas de grande gravidade a ponto de ensejar em dolo.
	Instrui a jurisprudência do TJ:
Ementa:
APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. DANO MORAL. PROMESSA DE LUCRO FEITA PELO VENDEDOR DA FRANQUIA AO ADQUIRENTE. VÍCIO DE CONSENTIMENTO. DEFEITOS DO NEGÓCIOJURÍDICO. ERRO E DOLO. ART. 147 DO CC/16. INEXISTÊNCIA. NEGLIGÊNCIA DO CONTRATANTE AO NÃO PESQUISAR SOBRE AS REAIS CONDIÇÕES DO NEGÓCIO. DOLUS BONUS. EXERCÍCIO REGULAR DO DIREITO DE CONTRATAR. NÃO CONFIGURAÇÃO DO ATO ILÍCITO. RECURSO DESPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA.
1. "Como se vê, o erro deriva de um equívoco da própria vítima, sem que a outra parte tenha concorrido para isso, ao passo que o dolo é, intencionalmente, provocado na vítima pelo autor do dolo ou por terceiro, sendo, portanto, passível de anulação (CC, arts. 145, 171, II, 178, II; RT, 444:112). Requer animus decipiendi, ou seja, vontade de enganar alguém". (Diniz, Maria Helena, Curso de direito civil brasileiro, v. 1: teoria geral do direito civil / Maria Helena Diniz. - 23. Ed. Rev. E atual. São Paulo: Saraiva, 2006)
2. "O erro há de ter por fundamento uma razão plausível ou ser de tal monta que qualquer pessoa de atenção ordinária seja capaz de cometê-lo em face da circunstância do negócio" (Ricardo Fiuza - org. Novo Código Civil Comentado. 5ª ed. Saraiva. 2006, p. 122)
3. "O exagero, sem artifícios, é o chamado dolus bonus. Admissíveis essas manifestações no giro diário dos negócios, porque, com um pouco de diligência, um pouco de perspicácia, podem ser dissipadas. Só o dolus malus, isto é, o dolo grave, vicia o consentimento, como, por exemplo, quando o negociante altera a aparência externa da coisa, ou quando o agente capta fraudulentamente a vontade do testador, induzindo-o a dispor em seu benefício" (MONTEIRO, Washington de B [...] (Apelação Cível Nº 2004.0103331-0, Primeira Câmara de Direito Civil, Tribunal de Justiça de SC, Relator: Denise Volpato, Julgado em 17/08/2009).
	Com isso, analisamos que para a configuração do dolo necessita-se do animus decipiendi, o que não ocorreu, pois não foi a intenção da ré em nenhum momento enganar, ou induzir o autor em erro, não ocorrendo dolo. O negócio jurídico, foi totalmente válido, escuso de vícios ou defeitos,sendo claro o contrato de compra e venda e todo as suas partes. 
DOS PEDIDOS:
	Que seja não seja designada a audiência de conciliação, e comece a correr o prazo para contestar do protocolo da desistência de conciliação.
	Que seja acolhida a preliminar do artigo 337,inciso XI do Código de Processo Civil, extinguindo o processo sem resolução de mérito, nos termos do artigo 485, inciso VI do Código de Processo Civil.
	Que seja acolhida a preliminar de mérito do artigo 178, caput e inciso II do Código Civil, extinguindo o processo com resolução de mérito, nos termos do artigo 487, inciso II do Código de Processo Civil.
	Que seja julgado improcedente o pedido do autor, subsistindo o negócio jurídico de compra e venda.
	A condenação do autor ao ônus da sucumbência (custas judiciais e honorários advocatícios).
DAS PROVAS:
	Requer a produção de todas provas em direito admitidas, na amplitude do artigo 369 e seg. do Código de Processo Civil, em especial a prova documental, testemunhal e depoimento pessoal do autor.
Pede deferimento dos pedidos.
Florianópolis, 10 de novembro de 2016
__________________________
OAB/SC nº
PROCURAÇÃO:
OUTORGANTE: EMPRESA BOM IMÓVEL CONSULTORIA E GESTÃO, sede no Brasil, (estado civil ou existência de união estável), (profissão), (portadora da carteira de identidade nº...), (expedida pelo...), (inscrita no CNPJ sob o nº...), (endereço eletrônico), residente e domiciliada em Curitiba/PR, representada por (nome do representante da empresa por lei ou estabelecido pelo contrato/estatuto social) brasileiro, (estado civil ou existência de união estável), (profissão), (portador da carteira de identidade nº...), (expedida pelo...), (inscrito no CPF sob o nº...), (endereço eletrônico), residente e domiciliado em Curitiba/PR.
OURTOGADO: Letícia Silva de Moraes, brasileira, solteira, advogada, inscrita na OAB/SC, sob o nº..., e no CPF sob o nº..., residente e domiciliada na cidade de Florianópolis/SC, com escritório na rua Reverendo Gelson dos Santos Castro, 295.
PODERES: pelo presente instrumento o outorgante confere ao outorgado amplos poderes para o foro geral, com cláusula "ad-judicia et extra", em qualquer juízo, instância ou tribunal, podendo propor contra quem de direito, as ações competentes e defende-lo nas contrárias, seguindo umas e outras, até o final decisão, usando os recursos legais e acompanhando-os, conferindo-lhe ainda, poderes especiais para receber citação inicial, confessar, e conhecer a procedência do pedido, desistir, renunciar ao direito sobre que funda a ação, transigir, firmar compromissos ou acordos, receber e dar quitação, podendo agir em juízo ou fora dele, assim como substabelecer a outrem, com ou sem reservas de iguais poderes, para agir em conjunto ou separadamente com o substabelecido.
FINALIDADE: para o fim de propor CONTESTAÇÃO contra AÇÃO DE ANUALAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO.
Florianópolis/SC, dia 10 de novembro de 2016
 _____________________________ 
EMPRESA BOM IMÓVEL CONSULTORIA E GESTÃO

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