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Ciclo estral bovinos

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Ciclo estral bovinos – Vaca
1) Características: 
• Poliéstrica - dentro do período reprodutivo apresenta vários estros, parecido com a mulher. 
- Ela não entra em anestro
- Só entra em anestro pós parto imediato, puerpério 
- Na amamentação 
- Na gestação 
- Ou anestro patológico, muito comum em gado leiteiro 
• Não estacional – Não apresenta estação de monta 
- Ao longo do ano não possui um período reprodutivo 
- Pode ciclar em qualquer período do ano 
• Puberdade – Variável 
- Uma fêmea só entra em puberdade quando o organismo entender que ela consegue carregar uma gestação, isso ocorre quando a fêmea adquirir 60%-70% do peso corpóreo adulto
- Nível nutricional influencia muito, vacas bem alimentadas ganham peso mais rápido e conseguem ciclar mais rapidamente 
- Genética, vacas zebuínas são mais tardias 
- Estação do ano, a qualidade do pasto pode prejudicar o nível nutricional do animal. 
- Vacas de alta produção de leite possuem cio muito curto, o metabolismo delas é muito acelerado pela produção de leite, isso é, os hormônios são metabolizados rapidamente pelo fígado, então a duração do cio é menor, 5h.
- 1,5 serviços/concepção, para emprenhar uma fêmea gastar em média no máximo uma inseminação e meia. 
2) Ciclo estral:
- Dura 21 dias (de 14 a 29 dias) 
- Ovulação espontânea 
- Ovulação única, gemelar sempre acarreta complicações 
- Ovula mais do ovário direito, a pressão do rúmen prejudica a ovulação do esquerdo 
- Ciclo estral pode ter 2 ou 3 ondas foliculares 
- Para inseminar a vaca é necessário fazer entre o estro e o Metaestro, pois no momento da ovulação ela não está mais aceitando o macho, ela fica receptiva por 30h, do estro até o momento da ovulação 
- Oocito dura 8h somente 
- IEP ideal, 12 meses 
• Proestro: 
- Bem curto, as vezes nem é identificado 
- maior ou igual a 12h, máximo de 24h
• Estro: 
- 18h, pode variar de 12h a 30h 
• Metaestro: 
- De 3 a 5 dias 
- Ovulação!!!
- Formação do corpo lúteo funcional 
- Primeira onda folicular 
• Diestro: 
- 15 dias 
- Ação da prostaglandina, luteólise do corpo lúteo 
- Se ela emprenhar, para a produção de prostaglandina 
- Segunda onda folicular 
3) Comportamento de cio:
- O comportamento de cio é mais evidente quando tem primeiro alta concentração de progesterona e depois alta concentração de estrógeno 
- Mugidos 
- Comportamento homossexual, ficam montando umas nas outras 
- Tampão mucoso, clara de ovo pendurada na vulva 
- Mais ativa 
- Micção 
4) Métodos de detecção de cio:
- Somente a inspeção dos animais acarretará em muitas falhas
- Cio nas horas mais frescas do dia, madrugada 
- Buçal marcador no rufião, prender no peito do animal, a hora que ele monta na fêmea em cio o dorso dela fica marcado com tinta 
- O rufião tem o pênis desviado lateralmente para que não consiga realizar a copula 
- Utilizar fêmeas androgenizadas, aplicar testosterona na fêmea, isso aumenta a capacidade de detecção do cio 
5) Erros na detecção de cio:
- Ocorre aumento do intervalo entre partos 
- Diminuição da produção leiteira 
- Aumento de gastos com alimentação 
- Diminuição da pressão de seleção 
6) Manipulação hormonal do ciclo estral e ovulação
→ Os protocolos de indução e sincronização de cio variam muito: 
- Multípara, primípara 
- Fêmeas de corte ou leite 
- Zebuínas ou taurinas 
a) Taxa de concepção depende de: 
• Manifestação e detecção de estro 
• Taxa de fecundação de oocitos ovulados, depende da qualidade dos gametas e microambiente reprodutivo
- Essa taxa sofre influência da idade, estresse térmico, condição alimentar, fêmeas com ambiente uterino saudável 
- Essas são as duas variáveis que podemos manipular, a mais fácil de se trabalhar é a manifestação e detecção de estro
b) Indução fisiológica do cio
- Precisa haver um aumento de estradiol e diminuição da progesterona para que possa ocorrer manifestação sintomática de cio 
- Os sintomas de estro são dados pelo estrógeno, mas antes deverá ter tido uma alta de progesterona 
- Se tiver só uma alta de estrógeno sem antes ter uma alta de progesterona o cio não será tão intenso 
c) Sincronização do cio
- As fêmeas deverão estar ciclando!
- Uso de hormônios agindo em cima do corpo lúteo 
- Interrompo a atividade do corpo lúteo, diminuo o período de diestro 
- Simulo um diestro mais longo 
- Aumenta muito a eficiência reprodutiva com a possibilidade de fazer uma estação de monta
- Consigo sincronizar o cio, mas não consigo sincronizar as ovulações por causa das ondas foliculares
- Todos os hormônios previamente vistos podem ser utilizados para a sincronização do cio 
d) Indução do cio 
- Indução do cio em fêmeas em anestro
- Induzir a apresentação de cio, fazer a fêmea ciclar 
- Fazer uso de hormônios ou técnicas de manejo em fêmeas estacionais 
Sincronização ou indução do cio com progestágenos:
- Faziam boa sincronização do cio mas com baixa taxa de fertilidade 
- A progesterona suprime o cio, ela simula um corpo lúteo (administrada por mais de duas semanas)
- Mas quando faziam a inseminação a taxa de concepção era baixa(menor que 50%) pois, como administravam a progesterona por muito tempo isso alterava as ondas foliculares, então no momento da ovulação os oocitos ovulados estavam muito velhos, diminuindo a fertilidade das fêmeas. 
- Hoje esse protocolo é utilizada somente por 7-8dias 
- Insere o pessario no primeiro dia, o folículo dominante estava crescendo então com a inserção do pessario de progesterona este entra em atresia e começa uma nova onda folicular 
- Após 2-3 dias o animal irá manifestar o estro e o folículo dominante não será velho, isso não irá diminuir a taxa de fertilidade do animal 
Sincronização ou indução do cio com estrógeno: 
- Pode-se usar o Benzoato de estradiol que mimetiza os efeitos do estrógeno 
- Irá fazer luteólise, atresia do folículo dominante, e início de uma nova onda folicular 
- Em doses fisiológicas e baixas a progesterona estimula pico de LH 
- Em doses altas inibe FSH e LH 
- O estrógeno ou algum fármaco análogo irá sensibilizar o miométrio a produzir prostaglandina e fazer luteólise no corpo lúteo
Sincronização ou indução do cio com prostaglandina: 
- Aplicar somente no diestro onde o corpo lúteo é funcional
Sincronização ou indução do cio com gonadotrofinas: 
- Utilizada a eCG
- Tem efeito de LH e FSH, induz o crescimento folicular e a ovulação 
- Faz o uso de Benzoato de estradiol que mimetiza os efeitos do estrógeno degradando o corpo lúteo. 
- Depois aplica Medroxiprogesterona para mimetizar o corpo lúteo ativo
- Depois aplica eCG para mimetizar o LH e FSH para ocorrer crescimento do folículo e consequente ovulação 
- Ocorre então a manifestação do estro 
- Depois é aplicado o Acetato de gonadorelina que é um análogo sintético ao GnRH 
7) Conceitos sobre inseminação artificial e Inseminação artificial em tempo fixo
a) Vantagens:
- Controle na transmissão de doenças infecto contagiosas(brucelose, tuberculose, campilobacteriose, tricomoníase, diarreia viral bovina)
- Incremento do melhoramento genético e da produção animal (maior numero de descendentes por reprodutor)
- Aprimoramento do controle zootécnico (encurtamento da estação reprodutiva, concentração de partos)
- Racionalização de manejo reprodutivo
b) Desvantagens:
- Má escolha do touro
- Processamento do sêmen errado
- Armazenamento incorreto
- Redução da variabilidade genética 
- Sucesso depende da detecção do cio
- Falta de higiene, pré disposição a doenças 
c) Momento ideia para a IA
- De 12h a 14h após o termino dos sinais de cio 
d) Técnicas de IA
Inseminação intrauterina
- Fazer com o auxílio da palpação retal 
- Limpeza do reto e região perivulvar
- Introdução do aplicador via vaginal transpassando os anéis cervicais
- Deposição do material no corpo do útero 
- Massagem no clitóris

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