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UNIDADE III FUNGOS ASPECTOS GERAIS E IMPORTÂNCIA

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Prévia do material em texto

Microbiologia Básica 
e Ambiental 
Fungos: Aspectos Gerais e Importância
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Dr. Jorge Henrique da Silva 
Revisão Textual:
Prof. Ms. Luciano Vieira Francisco 
5
•	Introdução
•	Importância dos Fungos
•	Fisiologia e Nutrição dos Fungos
•	Associações dos Fungos com outros 
Organismos - Líquen
Serão apresentadas as características gerais dos fungos, assim como a importância desses 
microrganismos. 
Para que você tenha sucesso em seus estudos, é de extrema importância que, além de ler 
atentamente o conteúdo desta Unidade, consulte ainda os materiais complementares, pois 
são ricos em informações, possibilitando-lhe o aprofundamento de seu entendimento sobre 
este assunto.
Recomenda-se também que você busque outras fontes que possam contribuir ao seu 
aprendizado, assim, você se diferenciará das demais pessoas! 
Nesta Unidade você terá a oportunidade de aprender sobre os 
fungos, suas formas, o modo como esses microrganismos se 
alimentam, como se reproduzem, assim como compreender a 
importância desses seres vivos ao meio ambiente.
Fungos: Aspectos Gerais e Importância
6
Unidade: Fungos: Aspectos Gerais e Importância
Contextualização
Ao longo dos últimos anos, a incidência de milhares de doenças causadas por fungos que 
afetam tanto os animais, quanto os seres humanos e plantas, vem onerando os sistemas de 
produção agrícola e de saúde publica. 
Por outro lado, além de causar doenças, os fungos também são benéficos, sendo importantes 
na cadeia alimentar por decomporem a matéria, reciclando elementos vitais. 
Nesta Unidade serão apresentadas as características gerais dos fungos, assim como a 
importância desses microrganismos.
Vamos lá?
 
 
Explore
Para iniciarmos esta Unidade, assista ao vídeo intitulado Fungos e disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=IdU3t4a48t8. Este vídeo contribuirá para que seus 
conhecimentos sejam ampliados.
7
Introdução
Os organismos considerados como fungos, tanto podem se apresentar em uma única célula, 
ou seja, unicelular (como as leveduras), ou contendo diversas células (multicelulares). Para a 
identificação dos fungos multicelulares (como os cogumelos e fungos filamentosos) seu aspecto, 
incluindo características da colônia e dos esporos reprodutivos, são considerados os da Figura 1. 
Figura 1 – Estruturas dos fungos: a) fungo carnoso (cogumelo); b) fungo filamentoso.
 
Fonte: Adaptado de djalmasantos.files.wordpress.com, biologianosegundoano204.blogspot.com.br.
Os fungos estão incluídos no grupo dos eucariotos (cuja origem é grega e significa núcleo 
verdadeiro). A principal diferença entre procariotos e eucariotos é que o primeiro grupo não 
possui estruturas celulares especializadas, mas sim funções específicas (organelas, como o 
núcleo e a mitocôndria).
De maneira geral, pode-se considerar que os eucariotos possuem as seguintes características:
•	 DNA	 encontrado	 no	 núcleo	 das	 células,	 separado	 do	 citoplasma	 por	 uma	membrana	
(carioteca);
•	 Apresentam	 organelas,	 ou	 estruturas	 celulares,	 envolvidas	 por	membranas,	 tais	 como:	
aparelho de Golgi, retículo endoplasmático, lisossomos e mitocôndrias;
•	 Composição	química	da	parede	celular,	quando	existente,	é	relativamente	simples;
•	 Ocorre	mitose	à	multiplicação	celular,	produzindo	células	semelhantes.
8
Unidade: Fungos: Aspectos Gerais e Importância
Fisiologia e Nutrição dos Fungos
Esses organismos são encontrados nos mais variados ambientes, desde que exista matéria 
orgânica disponível. Porém, desenvolvem-se melhor em ambientes que apresentam umidade e 
ausência de luminosidade. 
Em condições adversas, por exemplo, com ausência de umidade (ambientes secos), esses 
organismos conseguem sobreviver produzindo esporos entrando em um “estado de repouso”, 
voltando a se desenvolver e reproduzir quando as condições voltarem a ser ideais.
Em relação ao pH ideal para se desenvolverem, para a maioria das espécies 5,6 é ideal. 
Ressalte-se, porém, que algumas podem crescer em ambientes onde o pH varia de extremamente 
ácido	à	levemente	alcalino	(ou	básico).
pH é o símbolo para a grandeza físico-química potencial hidrogeniônica que, em 
uma escala de 0 a 14, indica a acidez (0 a 6,9), a neutralidade (7) ou a alcalinidade 
(7,1 a 14) de um meio.
Muitos fungos podem crescer em soluções de sais ou de açúcares concentradas, onde bactérias 
não conseguem se instalar e se desenvolver.
A temperatura ótima do meio para a maioria desses organismos crescerem está entre 22 e 30o C, 
porém, alguns conseguem sobreviver abaixo ou acima dessas temperaturas.
Os fungos, quando obtêm seus alimentos decompondo organismos mortos, são considerados 
saprófagos. Quando se alimentam de substâncias que retiram dos organismos vivos nos quais 
se instalam, prejudicando-os, são considerados parasitas. Algumas espécies desses organismos 
podem, ainda, estabelecer associações mutualísticas com outros organismos, em que ambos se 
beneficiam, formando, por exemplo, líquens ou micorrizos. 
Sejam saprófitos ou parasitas, para a absorção de nutrientes esses organismos liberam enzimas 
(digestivas) para o meio externo, onde essas atuam diretamente na matéria orgânica, degradando-a 
em partículas (moléculas) mais simples, que posteriormente serão absorvidas pelo fungo.
Juntamente com algumas bactérias, os fungos decompositores (saprófagos) são responsáveis pela 
degradação da matéria orgânica no ambiente, contribuindo com a reciclagem dessa (os nutrientes). 
Alguns, ainda, conseguem degradar a lignina (componente da madeira), o que permite a 
alguns fungos se desenvolverem sobre troncos de árvores, papéis, sapatos, entre outros objetos.
Morfologia dos fungos
De acordo com sua estrutura vegetativa, os fungos podem ser filamentosos ou carnosos (Figura 1).
Suas colônias são descritas como estruturas vegetativas porque são compostas de células 
envolvidas no catabolismo e no crescimento.
9
Catabolismo	também	pode	ser	chamado	de	parte	do	metabolismo,	referindo-se	à	
assimilação ou processamento da matéria orgânica adquirida pelos seres vivos para 
fins de obtenção de energia.
As hifas (pequenos filamentos) em conjunto formarão o talo e o micélio de um fungo. As 
estruturas	chamadas	de	micélios	podem	servir	tanto	à	reprodução	(produzindo	esporos),	quanto	
à	nutrição	(vegetativa).	
Os fungos filamentosos, em sua maioria, possuem hifas com septos (chamadas de hifas 
septadas). Essas estruturas dividem as hifas em unidades celulares com um único núcleo (Figura 
2a). Em alguns poucos fungos, as hifas podem não apresentar tais divisões (os septos). Assim, 
as hifas se desenvolvem como células contínuas com diversos núcleos – chamadas, portanto, de 
hifas cenocíticas (Figura 2b). 
Cenocítico	vem	do	grego	koinos	(partilhar	em	comum)	+	kytos	(compartimento),	
tratando-se de uma célula, tecido ou organismo multinucleado. As células cenocíticas 
resultam de repetidas divisões celulares sem a formação de paredes transversais, 
septos ou membranas que separem os respectivos núcleos das células-filhas 
adjacentes, Ou seja, uma célula, tecido ou organismo multinucleado.
As hifas se desenvolvem (crescem) alongando suas pontas (Figura 2c). Ressalta-se que 
quando uma hifa é fragmentada, a extremidade que fica exposta pode se alongar para formar 
uma nova hifa. Em laboratório, os fungos geralmente crescem a partir de fragmentos obtidos de 
um talo do fungo.
Em	relação	à	extensão	das	hifas	ou	micélio,	essas	estruturas	podem	crescer	até	imensas	proporções.	
Há casos que as hifas de um único fungo podem se estendem por mais de cinco quilômetros.
Figura 2 – As características e crescimento das hifas.
Parede
celular
Poro
Núcleos
Septo
a) b) c)
Esporo
Legenda: a) hifa septada com parede cruzada, ou septos, dividindo as hifas em unidadestipo célula; b) hifa cenocítica que não contém septos; e c) crescimento das hifas por 
alongamento das extremidades.
Fonte:	adaptado	de	Tortora,	Funke	e	Case	(2012).
10
Unidade: Fungos: Aspectos Gerais e Importância
A parte da hifa que é responsável pela obtenção de nutrientes é denominada de vegetativa, 
a parte responsável pela reprodução é denominada de aérea ou reprodutiva. 
As hifas aéreas frequentemente sustentam os esporângios, estruturas que contêm os esporos 
reprodutivos (Figura 3). 
Figura 3 – Hifas com esporângios (cheios de esporos).
Esporângios
Hifas
Esporos
Fonte: biologianosegundoano204.blogspot.com.br.
Conforme	já	citado,	em	condições	favoráveis,	as	hifas	se	desenvolvem	formando	o	micélio	
(massa de filamentos – hifas), estrutura que pode ser identificada a olho nu (Figuras 1 e 4).
Figura 4 – Rede de hifas formando o micélio. 
Fonte: adaptado de escolamirella.blogspot.com.br/p/biologia_27.htm
Classificação dos fungos
As características dos esporos, dos ciclos de vida e morfológicas de seus micélios vegetativos 
são	as	principais	referências	à	classificação	dos	fungos.
11
Os fungos que não possuem todos os estágios sexuais conhecidos são denominados 
imperfeitos, enquanto os que possuem são chamados de perfeitos.
Os micologistas, cientistas especialistas em fungos, dividiram o Reino Fungi em três partes, as 
quais: fungos limosos, fungos inferiores flagelados e fungos terrestres.
Fungos limosos
Podem não ser considerados como fungos – tipicamente dito, pois durante seu desenvolvimento, 
apresentam	uma	aparência	similar	à	de	um	protozoário.	Por	não	apresentarem	parede	celular,	
ingerem partículas de nutrientes e apresentam movimentos do tipo ameboide.
Durante sua reprodução, esse tipo de organismo forma corpos de frutificação e esporângios, 
igualmente aos outros fungos. 
São encontrados em ambientes aquáticos (água doce), no solo (úmido) e em matéria orgânica 
(vegetal) morta.
Fungos inferiores flagelados
Os organismos que se enquadram neste grupo, em alguma fase de desenvolvimento, produzem 
células flageladas. Vivem no solo ou na água (doce) e, tal qual os demais tipos, ingerem seus 
nutrientes do meio externo, podendo ser parasitas ou saprófitas. 
Grande parte desses organismos é filamentosa, apresentando micélio cenocítico. Outros 
apresentam	ainda	estruturas	semelhantes	às	raízes	de	plantas,	os	rizoides.	
Rizoide é uma estrutura que possui apenas a função de aderência ao substrato. 
Não é uma raiz, pois não desenvolve vasos condutores. A absorção de água e sais 
minerais ocorre diretamente através de suas células aéreas.
Reproduzem-se assexuadamente através da produção de zoósporos ou, em alguns casos, 
também de forma sexuada. 
Zoósporo é um tipo de esporo flagelado. Possui movimentação própria em 
meio líquido.
12
Unidade: Fungos: Aspectos Gerais e Importância
Fungos terrestres
Neste grupo estão os fungos mais conhecidos, como os cogumelos, as orelhas-de-pau e as 
leveduras.
A nutrição também se dá através da absorção de nutrientes do meio externo. Apresentam 
micélio constituído de hifas cenocíticas.
Reproduzem-se de forma assexuada, produzindo esporangióforos ou conídios, ou ainda 
através de brotamento. Produzem, também, zigósporos, ascósporos ou basidiósporos (tipos de 
esporos sexuais) para realizarem a reprodução de forma sexuada.
Esporangióforo é uma pequena formação do talo do fungo que suporta o 
esporângio (que contém os esporos).
Já conídio é um esporo assexual.
Entre os fungos terrestres, encontram-se quatro grupos: Zygomycetes, Ascomycetes, 
Basidiomycetes e Deuteromycetes. 
Algumas características desses grupos são apresentadas no Quadro 1:
Quadro 1 –	Características	gerais	e	exemplos	dos	 fungos	Zygomycetes, Ascomycetes, 
Basidiomycetes e Deuteromycetes.
Classes Exemplos
Reprodução 
Assexuada
Reprodução 
Sexuada
Zygomycetes Bolor Preto do Pão Esporos não-movéis Zigósporos
Ascomycetes
Leveduras, Fungos 
em Forma de Taça, 
Trufas.
Conídios	desprendem-
se dos conidióforos Ascósporos
Basidiomycetes
Cogumelos,	Fungos	
da Ferrugem e do 
Carvao,	Bufa-de-
Lobo, 
Orelha-de-Pau
Incomum Basidiósporos
Deuteromycetes
(Fungos Imperfeitos)
Candida	Albicans,	
Algumas Espécies de 
Penicillium e
Aspergillus
Conídios Estágio Sexual desconhecido
Fonte: adaptado de Bossolan (2002). 
13
Zygomycetes
Esses fungos produzem esporos sexuais chamados zigósporos, que podem permanecem 
“dormentes” por algum tempo. Apresentam hifas cenocíticas (sem septo). Muitos se desenvolvem 
sobre matéria orgânica morta (saprófitas), porém, alguns são parasitas.
Podemos encontrar cerca de seiscentas espécies, entre as quais destaca-se o Rhizopus 
stolonifer (“bolor do pão”). Quando em contato com o substrato (pão), as hifas se desenvolvem 
e absorvem os nutrientes disponíveis. Algumas hifas (estolões) se desenvolvem horizontalmente, 
outras (rizoides) dão suporte aos estolões. 
Algumas hifas, ainda, podem se desenvolver verticalmente, formando em suas extremidades o 
esporângio (“saco de esporos”). Os esporos são liberados ao meio, quando o esporângio se rompe.
A reprodução sexuada ocorre quando dois tipos de hifas (a positiva e a negativa) se 
desenvolvem encostadas uma na outra (Figura 5).
Figura 5	–	Ciclo	reprodutivo	de	um	fungo	filamentoso	(Zygomycetes). 
 
Os esporos são
liberados do
esporângeo
Os esporos
germinam para
produzir as hifas
A hifa aérea
produz o
esporângio
Crescimento vegetativo
do miocélio
Os esporos
germinam para produzir hifas
O esporângio
se rompe
para liberação
dos esporos
Esporângio
Esporangióforo
Esporangiósporos
Reprodução assexuadaReprodução sexuada
O zigoto produz
um esporângio
Cariogamia
e meiose
Formação
do zigósporo
Plasmogamia
O gameta
se forma na
extremidade
da hifa
Fonte:	adaptado	de	Tortora,	Funke	e	Case	(2012).
Nesse grupo não há, morfologicamente, diferenciação sexual.
Quando os dois tipos de hifas se encontram, são produzidos determinados hormônios que 
contribuem para o crescimento conjunto dessas hifas.
O	núcleo	 positivo	 (+)	 se	 une	 como	 o	 negativo	 (-),	 dando	 origem	 a	 um	 núcleo	 diploide	
(chamado de zigósporos). Essa estrutura, o zigósporos, pode ficar “adormecida” por meses. 
A meiose ocorre antes da germinação do zigósporo. Quando a germinação acontece, uma 
hifa (do tipo aérea) cresce, desenvolvendo em sua extremidade um esporângio (“saco com 
esporos”).	Cada	esporo,	desenvolvido	dentro	do	esporângio	terá	a	capacidade	de	desenvolver	
um novo conjunto de hifas (Figura 5).
Esses fungos são utilizados no processo de fabricação de diversos produtos como: 
anticoncepcionais, anti-inflamatórios, molho de soja etc.
14
Unidade: Fungos: Aspectos Gerais e Importância
Ascomycetes
Recebem esse nome por, em determinada fase da vida, apresentarem uma estrutura reprodutiva 
na forma de “vaso” (do latim ascus) ou “saco”, onde os esporos são desenvolvidos e armazenados.
Nesse grupo estão identificadas cerca trinta mil espécies. 
Apresentam hifas, na maioria dos casos com septos, porém, com paredes perfuradas, 
permitindo o movimento do citoplasma de um septo para outro.
Esses organismos variam na complexidade, apresentando-se desde a forma unicelular (como 
as leveduras), até multicelular, como os bolores e os fungos “no formato de uma taça”. Entre 
os bolores destacam-se as trufas comestíveis e os que estragam os alimentos – formando uma 
densa e esverdeada rede de hifas (Figura 6). 
Figura 6 – Alguns alimentos “embolorados”. 
Fonte:	thinkstockphotos.com.
Para se reproduzir de forma assexuada, a produção e propagação de esporos (ou conídios) 
são necessárias (Figura 7). 
Esses conídios são produzidos e armazenados nas extremidades de certas hifas, conhecidas 
como conidióforos. Ressalta-se queos conídios são um meio de rápida propagação do novo 
micélio, pois se desprendem dos conidióporos com certa “facilidade”. 
Conforme	 já	 relatado,	essas	estruturas	podem	apresentar	a	coloração	esverdeada.	Porém,	
cabe ressaltar que a cor do conídio dependerá da espécie do fungo, que poderá se apresentar 
nas seguintes cores: preta, azul, rosa ou mesmo verde (Figura 6).
Quando duas hifas se desenvolvem juntas, unindo seus citoplasmas, de maneira que seus núcleos 
também possam ficar juntos (mas sem se fundirem), a reprodução do tipo sexuada pode ocorrer. 
Assim, novas hifas (com células dicarióticas – dois núcleos) se desenvolvem a partir dessa estrutura. 
Posteriormente, essas hifas formarão e estrutura chamada corpo de frutificação (o ascocarpo). 
Dando continuidade no processo, no interior de cada célula que se desenvolverá, os dois 
núcleos se unirão, formando o zigoto (contendo um núcleo diploide). 
Na sequência, cada zigoto originará quatro núcleos haploides, através do processo de 
meiose. Após, pelo processo de mitose, oito núcleos serão formados. Por fim, os ascósporos 
serão liberados, após a estrutura (o asco) que os contém ser rompida. A Figura 7 apresenta o 
esquema do ciclo de vida de um fungo ascomiceto.
15
Figura 7	–	Ciclo	reprodutivo	de	um	fungo	ascomiceto.	
O asco se abre
para a liberação
dos ascósporos
Meiose
seguida
de mitose
Cariogamia Plasmogamia
A ascósporo
germina para
produzir a hifa
O micélio
vegetativo se
desenvolve
A hifa produz
o conidióforo
Conídio
Reprodução assexuadaReprodução sexuada
Conidióforo
Conídios são
liberados do
conidióforo
O conídio germina
para produzir a hifa
Fonte:	adaptado	de	Tortora,	Funke	e	Case	(2012).
Sobre a contribuição desses organismos para o meio ambiente, esses degradam moléculas 
orgânicas resistentes como a celulose, lignina e o colágeno, sendo assim reciclada a matéria nos 
sistemas naturais.
As leveduras (ascomicetos)
Esses organismos se apresentam formados apenas por uma única célula. Portanto, são 
unicelulares, no formato de esfera ou ovo. 
Estão distribuídos amplamente pelos diversos ambientes, até mesmo sobre frutas e folhas 
(como um pó branco). 
As leveduras podem se reproduzir por brotamento, formando células não semelhantes (Figura 8).
Figura 8 – Micrografia de Saccharomyces cerevisiae em diversos estágios do brotamento.
Fonte:	adaptado	de	Tortora,	Funke	e	Case	(2012).
16
Unidade: Fungos: Aspectos Gerais e Importância
Por brotamento, uma única célula de levedura chega a reproduzir cerca de 24 novas células. 
Nesse tipo de reprodução, a célula mãe forma, em sua superfície, uma pequenina saliência (o 
broto). À medida que o broto se desenvolve, o núcleo da célula mãe é dividido e, posteriormente 
um dos núcleos migra para o broto. Após ser sintetizada a nova parede celular, o broto se 
desprende da célula mãe. 
Quando os brotos não se separam, são produzidas as pseudo-hifas, processo que acontece 
somente com alguns tipos de leveduras.
No caso da levedura Candida albicans, essa necessita se apresentar no formato de “fios” 
(pseudo-hifas) para ter sucesso em parasitar os tecidos mais profundos da pele humana. 
Quando leveduras se reproduzem por meio de fissão binária, como as Schizosaccharomyces, 
essas se dividem, produzindo duas novas células idênticas. 
Algumas leveduras apresentam a capacidade de se desenvolverem na presença ou não do 
gás oxigênio (O2). São, portanto, chamadas de anaeróbicas facultativas, podendo utilizar esse 
gás ou uma substância orgânica como aceptor final de e- (elétrons). Estratégia que possibilita 
que esses fungos possam sobreviver em diversos ambientes. 
Assim, se conseguem acessar o gás oxigênio (O2), esses fungos (leveduras) aerobicamente 
metabolizam	compostos	orgânicos.	Caso	contrário,	na	ausência	de	O2,	fermentarão	compostos	
orgânicos,	produzindo	o	álcool	etanol	 (C2H6O2)	e	o	gás	dióxido	de	carbono	 (CO2).	Nesse	
processo a fermentação é utilizada para se fabricar pães, vinhos e cervejas.
Basidiomycetes
Nesse grupo, com cerca de 25.000 espécies, estão inseridos os cogumelos, as orelhas-de-pau, 
além de importantes parasitas de plantas, como a ferrugem, por exemplo.
Para se reproduzirem de maneira sexuada, esses fungos desenvolvem seus esporos sexuais 
dentro de estruturas chamadas basídios. Nessas estruturas, em suas extremidades, são formados 
os basidiósporos. Os esporos, após serem liberados e, se as condições ambientais forem 
apropriadas, desenvolverão novos micélios.
Quando ramificadas e entrelaçadas, geralmente abaixo do substrato, as hifas formam o corpo 
vegetativo, tal como o do cogumelo comestível Agaricus campestris (Figura 9).
17
Figura 9 –	Características	gerais.	
Fonte: Bossolan (2002).
As hifas também formarão os chamados botões, e essas estruturas desenvolverão o corpo 
do “cogumelo” ou o basidiocarpo, que consiste de um estipe (haste) e de um “chapéu” (píleo) 
(Figura 9).
Abaixo	do	píleo	(chapéu),	nas	lamelas,	ficam	alojados,	aos	milhares,	os	basidiósporos.	Cada	
uma dessas estruturas apresenta potencial para formar um novo micélio.
A reprodução sexuada ocorrerá quando uma hifa e um esporo se juntarem, ou então quando 
duas hifas (de tipos diferentes) se juntarem (plasmogamia). Após essa união (ou fusão), poderá 
ocorrer a formação de uma célula dicariótica (com dois núcleos), que dará origem a outras 
células dicarióticas. 
Com	o	passar	do	tempo,	a	fase	dicariótica	se	desenvolve	e,	posteriormente,	ficará	independente	
da forma unicariótica. Logo em seguida, ocorrerá a cariogamia, seguida da meiose, formando quatro 
núcleos haploides, que constituirão quatro basidiósporos na extremidade de pequenos pedúnculos. 
Os basidiósporos são lançados no ambiente para serem disseminados por animais ou pelo vento.
Cariogamia	corresponde	a	fusão	de	um	núcleo	+	(haploide	-	1n)	com	um	núcleo	-	
(haploide -1n), que darão origem ao zigoto (diploide – 2n).
18
Unidade: Fungos: Aspectos Gerais e Importância
O ciclo de vida começa quando o basidiósporo germina, originando um micélio uninucleado 
e haploide. Quando as hifas se fundem, forma-se uma célula dicariótica que dará origem ao 
micélio dicariótico, onde ocorrerá a diferenciação dos basídios e consequente formação do 
basidiocarpo, esse que produzirá novos basidiósporos (Figura 10).
Figura 10	–	Ciclo	reprodutivo	de	um	fungo	basidiomiceto.	
Os basidiósporos são
formados por meiose
Estrutura de
fruti�cação
(cogumelo) se
desenvolve Plasmogamia
Reprodução sexuada Reprodução assexuada
Crescimento
do micélio
vegetativo
O basidiósporo
germina para
produzir hifas
Um fragmento de hifa se desprende
do micélio vegetativo
O fragmento cresce para
produzir um novo micélio
20 μm
Basidiósporos maduros
Os basidiósporos
são liberados
Fonte:	adaptado	de	Tortora,	Funke	e	Case	(2012).
Conforme	é	evidenciado	na	Figura	10,	a	reprodução	assexuada	desses	organismos	ocorre	a	
partir de um fragmento do micélio (hifas). 
Deuteromycetes
Por não apresentarem o estágio sexuado em seu desenvolvimento, esses organismos são 
também chamados de fungos imperfeitos. São classificados como fungos deuteromicetos, 
representados por cerca de 25.000 espécies. 
Sobre a forma de reprodução dos deuteromicetos, em sua grande maioria, reproduzem-se 
por meio de esporos assexuais (os conídios) (Figura 11). 
19
Figura 11 – Estruturas sexuais dos Deuteromycetes. 
Fonte:	adaptado	de	Pelczar,	Chan	e	Krieg	(1997).
 
 Importante
Os fungos que produzem esporos sexuais e assexuais atualmente são chamados de teleomorfos. Já 
os fungos que se reproduzem de maneira assexuada são chamados de anamorfos. Historicamente, 
os fungos cujo ciclo sexual ainda não havia sido observado eram colocados no grupo, de “categoria 
de espera”, ou Deuteromycetes. Atualmente, porém, os micologistas usamo sequenciamento de 
rRNA para classificar esses organismos. Muitos dos que foram previamente classificados como 
deuteromicetos são fases anamórficas dos ascomicetos e alguns são basidiomicetos.
Os fungos Penicillium e Aspergillus estão entre os gêneros mais importantes economicamente. 
Cabe-se	 ressaltar	que	algumas	espécies	de	Penicillium produzem a penicilina, enquanto que 
outras espécies contribuem na produção de alimentos, como os queijos com o Camembert e o 
Roquefort. Algumas espécies do gênero Aspergillus são empregadas no processo de fermentação 
na indústria alimentícia, além de contribuírem na produção do ácido cítrico.
Por outro lado, alguns desses fungos são causadores de doenças, como a candidíase, que 
afeta a mucosa da boca ou da vagina – sendo o agente, o fungo Candida albicans. 
Associações dos Fungos com outros Organismos - Líquen
É uma combinação de uma alga verde (ou cianobactéria) com um fungo. Os líquens fazem 
parte do Reino Fungi, são classificados de acordo com o fungo associado, na maioria das vezes 
um ascomiceto.
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Unidade: Fungos: Aspectos Gerais e Importância
Esses dois organismos convivem em uma relação mutualística, em que ambos se beneficiam. Os 
líquens são diferentes tanto das algas quanto dos fungos quando ambos crescem separadamente, 
e se as partes são separadas, o líquen deixa de existir. 
Cerca	 de	 13.500	 espécies	 de	 líquens	 ocupam	 habitats	 significativamente	 diversos.	 Por	
poderem habitar áreas onde nem os fungos nem as algas poderiam sobreviver sozinhos, os 
liquens são, frequentemente, a primeira forma de vida a colonizar solos ou pedras recentemente 
expostas – os chamados organismos pioneiros no processo de sucessão ecológica. 
Secretam ácidos orgânicos que quimicamente desgastam as rochas e acumulam nutrientes 
necessários para o crescimento das plantas sucessoras. 
Também encontrados em árvores, estruturas de concreto e telhados, os líquens são 
organismos que crescem de forma extremamente lenta. Podem ser agrupados em três categorias 
morfológicas (Figura 12a). 
Os líquens crustosos crescem “encrustados” no substrato, os líquens foliosos são mais 
parecidos com folhas, e os líquens fruticosos possuem projeções semelhantes a dedos. O talo de 
um líquen, ou corpo, forma-se quando a hifa do fungo cresce ao redor das células da alga para 
se tornar a medula (Figura 12b). 
A hifa do fungo projeta-se abaixo do corpo do líquen para formar rizinas, ou estruturas de 
fixação. A hifa do fungo também forma o córtex, ou capa protetora, em cima da camada de 
algas	e	às	vezes	abaixo	dessa.	Após	a	incorporação	como	um	talo	de	líquen,	a	alga	continua	seu	
crescimento e a hifa em desenvolvimento pode incorporar novas células de algas.
Geralmente, os líquens se reproduzem por fragmentação. Seus fragmentos apresentam hifas 
do fungo e algas ou cianobactérias.
Figura 12 – Tipos de líquens e morfologia do talo.
Fruticoso
Folioso
Crustoso
a) Os três tipos de liquens b) Talo do líquen
Fungo
Alga
Córtex
Córtex
Rizina
Medula
Camada
de alga
Hifa do
fungo
2 cm
Fonte:	adaptado	de	Tortora,	Funke	e	Case	(2012).
21
Os líquens crescem em todos os lugares, exceto em ambientes que se apresentam poluídos. 
Assim, alguns tipos são considerados “bioindicadores” de ambientes saudáveis ou não. 
Por apresentarem compostos químicos incomuns, muitos são usados como matéria-prima 
(corantes e bases fixadoras) nas indústrias farmacêutica, de cosméticos e alimentícia.
Micorriza
Quando um fungo e uma raiz de uma planta vivem em uma associação reciprocamente 
benéfica, temos formado a chamada “raiz fúngica”, ou micorriza. Geralmente os simbiontes 
(parceiros) fúngicos são os basidiomicetos e zigomicetos (Figura 13). 
Figura 13 – Micorriza em uma planta ornamental.
Fonte:	adaptado	de	Tortora,	Funke	e	Case	(2012).
Destaca-se que essa relação simbiótica para algumas plantas é imprescindível. Por exemplo, 
algumas orquídeas não conseguem se desenvolver a menos que suas raízes sejam “infectadas” 
por fungos.
As	“raízes	fúngicas”,	as	micorrizas	ampliam	à	planta	a	absorção	de	minerais	como:	fósforo	
(P),	zinco	(Zn),	cobre	(Cu)	e	outros.	Em	contrapartida,	a	planta	disponibiliza	carbono	(C)	ao	
fungo simbionte.
Os efeitos da micorrização são atribuídos, principalmente, ao desenvolvimento extrarradicular 
do micélio, que acontece após a colonização radicular pelo fungo. A utilização de plantas 
leguminosas na agricultura, pela característica de apresentar simbiose com rizóbio e fungos 
micorrízicos, mais a grande capacidade de exploração do solo, é de fundamental importância 
tanto	ao	equilíbrio	biológico,	como	à	reciclagem	de	nutrientes.	
Com	 isso,	 há	 maior	 equilíbrio	 nutricional	 das	 plantas	 e	 maior	 resistência	 do	 sistema	 ao	
aparecimento de pragas e doenças.
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Unidade: Fungos: Aspectos Gerais e Importância
Trufas
Algumas espécies de Ascomycetes crescem em associação com algumas árvores (o carvalho 
e a faia, por exemplo) e seus corpos tornam-se frutificantes (comestíveis), desenvolvendo-
se abaixo da terra, formando a trufa. Esse corpo comestível é constituído por uma massa de 
ascósporos e micélios, recoberto por uma espessa casca do micélio (Figura 14).
Figura 14 – Trufas.
Fonte:	thinkstockphotos.com.
Nessa	 relação	 simbiótica,	 o	 fungo	 fornece	 nutrientes	 à	 planta	 e	 essa,	 em	 troca,	 fornece	
substâncias essenciais ao crescimento do fungo.
As trufas apresentam algumas características especiais (agradáveis), que são apreciadas por 
diversos profissionais da área gastronômica (chefs gourmet), como gosto, odor e textura.
Importância dos Fungos
Os	fungos	desempenham	funções	indispensáveis	à	manutenção	da	vida	de	todos	os	seres.	
Assim como algumas bactérias, a maioria dos fungos são saprófitas, portanto, decompõem e 
reciclam a matéria (nutrientes) nos diversos ecossistemas. 
Os nutrientes disponibilizados pelo processo de decomposição serão novamente incorporados 
pelos seres vegetais e distribuídos ao longo das cadeias alimentares. 
Algumas espécies de formigas devem cultivar (“cuidar”) fungos para que esses possam 
degradar	a	lignina	e	celulose	presentes	nas	folhas	verdes,	disponibilizando,	assim,	a	glicose	às	
formigas se alimentarem. 
Outros fungos podem, ainda, ser utilizados como alimentos (cogumelos) ou nas indústrias 
alimentícia (pão e ácido cítrico) e farmacêutica (álcool e penicilina). 
Os fungos também são utilizados na biotecnologia há muitos anos. Aspergillus niger, por 
exemplo, é usado para produzir ácido cítrico para alimentos e bebidas desde 1914. 
23
O fungo Trichoderma é utilizado comercialmente para a produção da enzima celulase, que é 
aplicada na remoção da parede celular de plantas na produção de sucos de frutas. 
Os fungos, ainda, são utilizados para o controle biológico de pragas. Em 1990, o fungo 
Entomophaga se proliferou de maneira inesperada e eliminou as mariposas que estavam 
destruindo árvores no Nordeste dos Estados Unidos (EUA).
Nesse aspecto, cientistas estão investigando o uso de diversos fungos para o controle de 
pragas, tais como:
•	 Metarrhizium,	que	cresce	em	raízes	de	plantas	e	gorgulhos	(inseto	do	tipo	besouro)	que	
morrem após se alimentarem das raízes;
•	 Um	 fungo	associado	a	 insetos,	 esses	que	 se	alimentavam	de	berinjelas	pode	 se	 tornar	
um	novo	agente	de	controle	biológico	à	praga	conhecida	como	“moscas	brancas”,	que	
ocasiona	grandes	prejuízos	à	agricultura;
•	 O	fungo	Coniothyrium	minitans	se	alimenta	de	 fungos	que	destroem	culturas	de	soja	 
e de feijão;
•	 Uma	espuma	com	Paecilomyces	 fumosoroseus	é	utilizada	como	alternativa	biológica	a	
produtos químicos para matar cupins que permanecem escondidos no interior de troncos 
de árvores e em outros locais difíceis de serem alcançados.
A levedura Saccharomyces cerevisiae é utilizada na produção de pão e vinho.É também 
geneticamente modificada para produzir diversas proteínas, incluindo a vacina para a hepatite B.
O vinho é produzido a partir da fermentação do açúcar de frutas, a cerveja a partir da 
fermentação	da	cevada,	o	pão	cresce	através	das	bolhas	de	CO2	formadas	a	partir	da	fermentação	
propiciada por fungos.
Em	contraste	a	esses	efeitos	benéficos,	os	fungos	também	podem	ter	efeitos	indesejáveis	à	
agricultura	devido	às	suas	adaptações	nutricionais,	deteriorando	vegetais,	grãos	e	frutas.	
Entre os basidiomicetos, encontramos espécies comestíveis e outras venenosas. Entre os 
cogumelos venenosos, que se ingeridos podem matar uma pessoa, os mais conhecidos são: o 
“anjo da morte” (Amanita phalloides) e o “anjo destruidor” (Amanita virosa). 
Outros cogumelos, se ingeridos, podem causar alucinação. Por essa propriedade esses 
cogumelos	(Conocybe	e	Psilocybe,	por	exemplo)	são	usados	em	rituais	sagrados	por	algumas	
etnias	da	América	Central.	O	estado	de	transe	(“viagem	alucinógena”)	experimentado	por	quem	
utiliza esses cogumelos é propiciado por uma substância chamada psilocibina, parecida com o 
ácido lisérgico (LSD).
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Unidade: Fungos: Aspectos Gerais e Importância
Material Complementar
 
Sites:
•	 http://www.fecapedia.wiki.br/Biologia
•	 http://penseambientalmente.com/disciplinas/microbio/microbInt.pdf
•	 http://biologianosegundoano204.blogspot.com.br/ 
•	 http://escolamirella.blogspot.com.br/p/biologia_27.html 
•	 http://educador.brasilescola.com/orientacoes/decomposicao-dos-alimentos.htm 
•	 http://www.embarquenaviagem.com/2013/07/11/caca-as-trufas-e-aos-sabores-
da-toscana/ 
•	 http://bioblogcmpa.blogspot.com.br/2013/05/reproducao-dos-fungos.html
Vídeos: 
•	 https://www.youtube.com/watch?v=IdU3t4a48t8 
•	 https://www.youtube.com/watch?v=a2OYT5hq8Jc
•	 https://www.youtube.com/watch?v=f9v9gbDCeLg
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Referências
BOSSOLAN, N. R. S. Introdução à Microbiologia.	São	Carlos,	SP:	USP	(IF/SC),	2002.	Disponível	
em:	<http://iseib.edu.br/biblioteca/wp-content/uploads/2013/05/INTRODU%C3%87%C3%83O-
%C3%80-MICROBIOLOGIA.pdf>.	Acesso	em:	11	set.	2014.
MATÉRIA de Microbiologia. [20--]. Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/
ABAAABKuYAK/microbiologia-141-pag-a-timo-livro>.	Acesso	em:	18	set.	2014.
PELCZAR,	J.	M.;	CHAN,	E.	C.	S.;	KRIEG,	N.	R.	Microbiologia: conceitos e aplicações. v. 
2.	2.	ed.	São	Paulo:	Makron	Books,	1997.
SILVA, E. R. Introdução ao estudo da Microbiologia: teoria e prática. Brasília, DF: IFB, 2013.
SILVEIRA, A. P. D.; FREITAS, S. S. (Ed.). Microbiota do solo e qualidade ambiental. 
Campinas,	SP:	Instituto	Agronômico,	2007.	Disponível	em:	<http://www.ebah.com.br/content/
ABAAAAezEAC/microbiologia-agricola>.	Acesso	em:	9	set.	2014.
TORTORA,	G.	 J.;	 FUNKE,	B.	R.;	CASE,	C.	L.	Microbiologia. 10. ed. Porto Alegre, RS: 
Artmed, 2012. 
TRABULSI, L. R. et al. Microbiologia. 3. ed. São Paulo: Atheneu, 1999.
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Unidade: Fungos: Aspectos Gerais e Importância
Anotações
www.cruzeirodosulvirtual.com.br
Campus	Liberdade
Rua Galvão Bueno, 868
CEP	01506-000
São Paulo SP Brasil 
Tel: (55 11) 3385-3000

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