Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _ VARA DA COMARCA DE _ DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO DANIEL, brasileiro, profissão, CPF, identidade, , residente e domiciliado na rua Marechal Fontenele, nº 3555, bairro Sulacap, na cidade do Rio de Janeiro, endereço eletrônico, vem a presença de Vossa Excelência, por seu advogado constituído conforme procuração anexa, com endereço profissional (endereço completo), e com fundamento no art. 5º, LXIX, da Carta Magna da República Federativa do Brasil e na Lei 12.016 de 2009, impetrar o presente MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO LIMINAR Visando proteger seu direito liquido e certo, indicando, assim, como coator o Ministério da Marinha, vinculado este a pessoa jurídica da União, tendo por motivos e direito o que passa a expor: 1 DOS FATOS DANIEL, ora Impetrante, participou de um processo seletivo, organizado pela Marinha do Brasil, visando a aprovação para o cargo de Sargento Temporário, com exercício funcional na área de metalurgia, o que satisfatoriamente foi alcançado, sendo classificado em 3º (terceiro) lugar, mas alçado, porem, ao 2º (segundo) por ocasião da fase de comprovação de títulos, exigência esta para a classificação final, no que tange a área de conhecimentos. Ocorre que na segunda etapa classificatória, pertinente a capacitação física, Daniel foi surpreendido por sua exclusão do processo seletivo sob a alegação, frente ao exame médico-odontológico, de não possuir a arcada dentária compatível com a exigência da clausula 13.3 do edital, ou seja, não tinha o numero de dentes exigíveis ao critério dentição. Inconformado e sentindo-se ameaçado pela perda da próxima etapa pertinente ao curso de formação, a realizar-se no próximo dia 29 de outubro de 2017, vem a este Juízo na certeza de ver seu direito apreciado, já que tem em seu poder laudo devidamente atestatório de sua habilitação para a função em pauta, independentemente da prótese fixada que possui, que em nada compromete as funções mastigatórias, gástricas e oratória. Sendo, portanto, a conduta administrativa entendida como ao arbitrário e inconstitucional e não havendo ao ordenamento jurídico previsão legal quanto ao estabelecimento deste inusitado, requisito à competência laborativa, o Impetrante requer a autoridade deste Juízo que lhe seja feita a justiça. 2 DO DIREITO Não se pode olvidar que a Constituição da República Federativa do Brasil estabelece em seu artigo 37, I, que os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros e estrangeiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei. No caso em pauta, não há lei, nem fonte normativa que regulamente o cargo e a função pretendidos, pelo Impetrante, com requisito pertinente ao numerário da dentição permanente, sendo este, portanto, uma inovação discricionária , arbitrária e original, a singularizar um certame assaz evidente quanto ao caráter determinatório e segregador. A tal respeito é pacifico também o entendimento sumular do Supremo Tribunal Federal no sentido de que candidatos a cargos públicos somente podem ser submetidos aos requisitos estabelecidos em lei. Portanto, ainda que houvesse previsão legal estabelecida no edital, a estética bucal tomada pelo quantitativo só se legitima se fosse justificada pela natureza das atribuições da função, conforme expressa a súmula 683/STF, que se tomada, análogamente, proíbe discriminações. Pelo exposto, a conduta ora imposta é notoriamente lesiva e há de ser afastada por este Juízo, de acordo com o que garante o artigo 5º, LXIX, da CRFB/88, ao conceder o MANDATO DE SEGURANÇA para proteger direito liquido e certo, não amparado por “habeas corpus” ou “habeas data”, quando o responsável pela ilegalidade, ou abuso de poder, for autoridade pública, ou agente de pessoa jurídica, no exercício de atribuições do Poder Público. Nesse mesmo sentido, ampara-se, ainda, o proposto direito com artigo 1º, da lei 12.096 de 2009, por assegurar que conceder-se-á MANDADO DE SEGURANÇA para proteger direito líquido e certo, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação, ou houver justo receio de sofrê-la, por parte de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça. Pois tais razoes, ainda em acordo com o artigo 7º, III, da lei 12.016/09, que dá ensejo a que o ato seja impedido, espere-se que também seja deferida a liminar de urgência, de acordo com o que tutela o artigo 300, do CPC, garantindo assim, ao Impetrante, a sua inclusão na próxima etapa concursal, a realizar-se no dia 29 de Outubro de 2017, quando deverá ingressar no curso de formação, este sim exigível a função pretendida. Diante do exposto, conclui-se que o fundamento da presente impetração e da liminar são relevantes e que encontram não só amparo no texto da Constituição, como também na Jurisprudência consolidada do STF, preconizado que em matéria do bom direito, a função deve, e tem que ser, a chamada que arde para garantir a justiça no tempo hábil. 3 DOSPEDIDOS Ante o exposto, requer a Vossa Excelência que se digne a: a) que seja dado ciência da ação em curso ao órgão de representação judicial; b) retirar o pedido de liminar nos termos formulados, realizando a etapa subseqüente; c) a concessão segurança para fins de prover ao Impetrante o direito de ingressar no cargo e funções pretendidos. Nestes termos, em que pede deferimento Local e data Advogado OAB nº
Compartilhar