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O Planejamento Estratégico Modelo de Gestão(1)

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O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO COMO UM MODELO DE GESTÃO 
DIFERENCIADO E COMPETITIVO PARA AS ORGANIZAÇÕES DO SÉCULO XXI 
Revista Eletrônica da Faculdade Adventista da Bahia – Curso de Administração - 2011 
45 
 
 
O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO COMO UM MODELO DE 
GESTÃO DIFERENCIADO E COMPETITIVO PARA AS 
ORGANIZAÇÕES DO SÉCULO XXI 
 
 
Adriele Thamires C. de Almeida adriele.thamires@gmail.com 
 Williane Maria da Silva williane.silva@gmail.com 
 
 
 
Resumo 
 
Estamos em um século onde o auge é a tecnologia. Nesse contexto de globalização, o mundo 
informatizado necessita da criação de oportunidades para que seja possível a permanência das 
organizações existentes. Com esse cenário, este artigo tem o propósito de apresentar a 
relevância da gestão das empresas, tendo como base o planejamento estratégico por ser uma 
ferramenta posta à disposição de administradores públicos ou privados a qual, quando bem 
utilizada, fornece os elementos necessários ao atendimento dos objetivos organizacionais, 
visando alcançar na prática o sucesso que tanto se busca, mas que muitos fracassam. Por não 
se tratar de um tema novo, mas com profundas raízes históricas, o planejamento estratégico 
pode ser interpretado de maneira diferente, por distintas categorias de pessoas, dos mais 
variados países e em diversas épocas. Além disso, o assunto está intrinsecamente relacionado 
a outros tópicos, como autogestão, trabalho em equipe, liderança e outsourcing. Os contextos 
abordados neste artigo podem colaborar para uma análise mais abrangente quando trata-se 
sobre o planejamento estratégico e sua importância para a organização. 
 
Palavras-Chave: Planejamento estratégico, administração estratégica e competitividade. 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O planejamento estratégico é um 
tema abrangente e é um importante 
instrumento de gestão para as organizações 
na atualidade. Porém, as maiorias das 
organizações não têm desenvolvido a sua 
real amplitude e não tem conhecimento da 
função que ele exerce nas empresas. 
O processo de planejar envolve, 
além de um modo de pensar, indagações 
que envolvem questionamentos sobre o 
que fazer, como, quando, por que e onde. 
Portanto, as ferramentas são utilizadas de 
forma estratégica, trazendo êxito 
organizacional e proporcionando um 
ambiente onde cenários preparativos para o 
futuro são desenvolvidos, contribuindo 
para o crescimento da organização. 
Este artigo oferece uma proposta 
que visa alcançar na prática o sucesso que 
tanto se almeja, mas que poucos 
conseguem. Muitos líderes sempre deram 
uma atenção especial ao assunto, inclusive 
os gestores das organizações, porém, a 
busca incessante por pesquisas que 
 
O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO COMO UM MODELO DE GESTÃO 
DIFERENCIADO E COMPETITIVO PARA AS ORGANIZAÇÕES DO SÉCULO XXI 
Revista Eletrônica da Faculdade Adventista da Bahia – Curso de Administração - 2011 
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tornassem viável a implantação do 
planejamento com sucesso, tem se tornado 
cada vez mais frequente. 
O mundo exige decisões cada vez 
mais rápidas que cooperem para o 
crescimento da empresa. Portanto, para que 
o futuro seja diferente do passado, o gestor 
e sua equipe devem estabelecer, através do 
planejamento estratégico, um conjunto de 
providências a serem tomadas, que vão 
direcionar a organização, guiar a liderança 
e controlar as atividades. 
 Para que se efetive essa nova 
gestão, é fundamental que a cúpula da 
empresa, independentemente de algumas 
vontades específicas, entenda que o 
planejamento deve ser um processo 
contínuo e necessário para o 
desenvolvimento organizacional. 
O objetivo do planejamento é 
fornecer ferramentas como, técnicas e 
atitudes administrativas, desenvolvendo 
processos que proporcionem uma situação 
que permita analisar as implicações futuras 
de decisões presentes, em função dos 
objetivos organizacionais, antecipando 
assim, as mudanças que ocorrem no 
mercado em que atuam e facilitam a 
tomada de decisão, tornando o processo 
mais rápido, coerente, eficaz e eficiente. 
Dentro deste raciocínio, o artigo 
tem o propósito de mostrar que o 
planejamento estratégico é um exercício 
mental que tende a reduzir incertezas 
envolvidas no processo decisório e, 
conseguintemente, provocar o aumento da 
probabilidade de alcance dos objetivos e 
desafios estabelecidos para a empresa. 
A atividade de planejamento é 
complexa em decorrência de sua própria 
natureza. É por isso que a estratégia se 
inicia com a capacitação e participação de 
pessoas que estão realizando todos os 
passos que resulta em metas que devem ser 
atingidas. Somente quando se estuda 
previamente a estratégia para que seja 
implantada da melhor maneira possível, é 
que os objetivos empresariais são 
alcançados. 
No decorrer do artigo, o leitor 
perceberá que o processo de planejamento 
é muito mais importante que seu produto 
final. Pois o produto final geralmente é o 
plano, sendo que este deve ser criado pela 
empresa e não para a empresa. Se este 
aspecto não for considerado, os planos 
gerados serão inadequados para a 
organização, bem como uma resistência e 
descrédito efetivos para sua implantação. 
O artigo está dividido em cinco 
seções: a primeira seção é a introdução que 
apresenta as idéias e a relevância do tema 
abordado. Na segunda seção, mostra-se a 
importância do planejamento estratégico 
como um diferencial competitivo, 
descrevendo a sua conceituação, sua 
evolução e as etapas desse processo. A 
terceira parte traz os conceitos a respeito 
 
O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO COMO UM MODELO DE GESTÃO 
DIFERENCIADO E COMPETITIVO PARA AS ORGANIZAÇÕES DO SÉCULO XXI 
Revista Eletrônica da Faculdade Adventista da Bahia – Curso de Administração - 2011 
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do pensamento estratégico enfatizando 
também como se dá o seu processo 
evolutivo. 
Na quarta seção, o foco principal é 
dado à estratégia, mostrando motivos aos 
quais é considerado um fator relevante na 
administração, abordando também suas 
definições e trazendo o Balanced 
Scorecard como uma ferramenta completa 
que traduz a visão e a estratégia da 
empresa num conjunto coerente de 
medidas de desempenho, além de produzir 
maior impacto ao ser utilizado para induzir 
a mudança organizacional. E por fim, a 
última seção trata das considerações finais 
traçando a real importância do 
planejamento estratégico como um modelo 
diferenciado e competitivo de gestão para 
as organizações do século XXI. 
 
2 A IMPORTÂNCIA DO 
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 
 
O planejamento mais agregado e 
que possui uma maior amplitude é o 
planejamento estratégico, pois considera a 
empresa como um todo, bem como sua 
situação e posição em seu ambiente. Por 
ser um processo que estabelece um estado 
futuro desejado e que projeta meios 
efetivos de torná-lo realidade, ele antecede 
a decisão e a ação, visando um prazo mais 
longo. Os benefícios de um planejamento 
estão ligados a um tratamento metódico 
dos aspectos mais importantes e da sua 
utilização como modelo para aquilo que se 
quer que aconteça. 
Na preparação de um plano, a 
previsão dos meios de desempenho 
constitui os diferentes tipos de recursos 
que serão indispensáveis. Eles podem ser 
tempo, espaço, pessoas, equipamentos e 
informações. Também são de suma 
importância, os recursos financeiros para 
se decidir a execução de um planejamento, 
porque permite adquirir e sustentar demais 
recursos, analisando se o dinheiro previsto 
é necessário, e se o orçamento é realista, 
para que não exista uma desigualdade 
quantoà falta ou o excesso. 
O processo de planejamento 
permite que a organização controle seu 
próprio futuro, como as alterações não são 
viáveis que ocorram constantemente, 
alguns benefícios quanto a postura da 
empresa como, a duração das decisões, tem 
ao seu lado o planejamento que busca 
determinar os rumos e caminhos a serem 
percorridos colocando em prática aquilo 
que antes foi decidido pela administração. 
Planejar torna-se o método de fazer 
com que as coisas ocorram, é transformar 
as coisas de como são para como 
gostaríamos que elas fossem, é o empenho 
que prepara para se usar os recursos de 
maneira coordenada, econômica e com 
finalidade. 
 
O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO COMO UM MODELO DE GESTÃO 
DIFERENCIADO E COMPETITIVO PARA AS ORGANIZAÇÕES DO SÉCULO XXI 
Revista Eletrônica da Faculdade Adventista da Bahia – Curso de Administração - 2011 
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2.1 DEFINIÇÃO DE PLANEJAMENTO 
 
Mesmo possuindo significados 
distintos, a estratégia e o planejamento 
devem coexistir, pois um precede o outro, 
e o planejamento tem papel fundamental 
para que os objetivos da empresa sejam 
alcançados. 
Embora existam diversas funções 
específicas que variam de autor para autor, 
a função planejamento é comum a todas. 
Isso é perceptível a todos que buscam 
estudar as funções administrativas. 
Segundo (STEVENS et al. 2001, p. 
6) “o planejamento pode ser definido como 
a atividade administrativa que envolve 
análise do ambiente, estabelecimento de 
metas, decisão sobre as ações específicas 
necessárias para atingir as metas e oferecer 
feedback sobre os resultados”. 
O planejamento não deve ser 
confundido com plano, que é um 
documento formal onde se encontra escrito 
os resultados do processo do planejamento. 
A função do plano é mostrar, através de 
uma declaração, o que será feito e como se 
deve fazer. É uma visão estática do 
planejamento. Que por sua vez, é um 
processo contínuo que precede e sucede 
outras funções dentro da empresa. 
Para (OLIVEIRA, 1997, p. 34): 
 
O propósito do planejamento pode ser 
definido como desenvolvimento de 
processos, técnicas e atitudes 
administrativas, as quais proporcionam 
uma situação viável de avaliar as 
implicações futuras de decisões presentes 
em função dos objetivos empresariais que 
facilitarão a tomada de decisão no futuro, 
de modo mais rápido, coerente, eficiente e 
eficaz. 
 
A incerteza envolvida no processo 
decisório pode ser reduzida através do 
exercício ordenado do planejamento, que 
consequentemente, provocará o aumento 
da probabilidade de alcance dos objetivos e 
desafios estabelecidos para a empresa. 
As relações com o futuro são 
administradas através do processo de 
planejamento. Que “é uma aplicação 
específica do processo de tomar decisões. 
As decisões que procuram de alguma 
forma, influenciar o futuro, ou que serão 
colocadas em prática no futuro, são 
decisões de planejamento”. 
(MAXIMIANO, 2010, p.114) 
De acordo com Caravantes et al. 
(2005) o planejamento não refere-se a 
decisões futuras e sim ao futuro impacto 
das decisões que são tomadas hoje. 
Sugerindo a avaliação do futuro e a 
preparação para ele, ou até mesmo a sua 
criação. 
Por não ser um ato isolado, o 
planejamento deve ser visualizado como 
um processo composto de ações inter-
relacionadas e interdependentes que visam 
o alcance de objetivos previamente 
estabelecidos. Pois como afirma (SERRA 
et al. 2004, p. 28), “é importante ter 
 
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DIFERENCIADO E COMPETITIVO PARA AS ORGANIZAÇÕES DO SÉCULO XXI 
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sempre em conta que o planejamento, por 
si só, não garante os resultados, mesmo 
que tenha sido cuidadosamente elaborado”. 
 
2.2 DEFINIÇÃO DE ESTRATÉGIA 
 
A estratégia está relacionada a dois 
ou mais competidores disputando o mesmo 
objetivo. Essa disputa acontece também no 
mundo dos negócios e, como na versão 
militar, a estratégia empresarial lida com a 
forte influência de quem a lidera. 
Através da definição oferecida pelo 
dicionário Aurélio (2001), podemos 
perceber que no contexto empresarial as 
definições de estratégia não deixam de 
manter os princípios básicos do âmbito 
militar: 
1. Arte militar de planejar e executar 
movimento e operações de tropas, 
navios e/ou aviões para alcançar ou 
manter posições relativas e potenciais 
bélicas favoráveis a futuras ações 
táticas; 
2. Arte de aplicar os meios disponíveis ou 
explorar condições favoráveis com vista 
a objetivos específicos. 
Para Oliveira (1997), a estratégia é 
a ação ou caminho mais natural a ser 
executado para alcançar o objetivo, desafio 
e a meta. É importante sempre buscar 
substabelecer estratégias alternadas para 
promover, de acordo com as necessidades, 
a mudança dos caminhos ou ações. As 
estratégias são normalmente estabelecidas 
por campo operacional da empresa. 
 
Estratégia empresarial é o conjunto dos 
meios que uma organização utiliza para 
alcançar seus objetivos. Tal processo 
envolve as decisões que definem os 
produtos e os serviços para determinados 
clientes e mercados e a posição da empresa 
em relação aos seus concorrentes. (SERRA 
et al. 2004, p.4) 
 
Barney; Hesterly (2007) enfatizam 
que a estratégia de uma empresa é definida 
como sua teoria de como obter vantagens 
competitivas. Sendo que, uma boa 
estratégia é aquela que realmente 
determina tais vantagens. 
Já para (JONES, 2010. p. 171), “a 
estratégia de uma organização é uma 
sequência específica de decisões e ações 
que os gerentes tomam para utilizar 
importantes competências essenciais para 
alcançar uma vantagem competitiva e 
ultrapassar seus concorrentes.” 
Portanto, podemos concluir que a 
estratégia pode ser entendida como a 
determinação dos principais objetivos e 
metas a longo prazo de uma organização, 
assim como a obtenção de recursos 
necessários ao alcance dessas metas. 
 
2.2.1 A evolução da estratégia 
Como já foi abordada 
anteriormente, há muito tempo a estratégia 
tem sido um conceito comum entre as 
organizações militares. Principalmente 
 
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entre os gregos, há mais de 2000 anos. O 
objetivo da estratégia era essencialmente, a 
vitória. 
Foi somente no século XX que o 
conceito de estratégia atingiu às 
organizações empresariais. Maximiano 
(2010) ressalta que Peter Drucker foi um 
dos pioneiros desse tema, associando o 
conceito de estratégia às decisões que 
afetam os objetivos da empresa. 
O mesmo autor ainda destaca que 
em 1965, H. Igor Ansoff, foi quem 
formulou o conhecimento de estratégia 
envolvendo a definição de objetivos 
apoiando-se na análise de ameaças e 
oportunidades no ambiente. 
 
2.3 CONCEITUAÇÃO DE 
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 
 
Segundo Maximiano (2010), o 
planejamento estratégico é o processo de 
estruturar e explicar os fluxos de ação da 
empresa e os alvos que devem alcançar. 
Conforme (CHIAVENATO, 1999, 
p. 226), “o planejamento estratégico é um 
processo organizacional compreensivo de 
adaptação através da aprovação, tomada de 
decisão e avaliação. Procura responder a 
questões básicas como: por que a 
organização existe, o que ela faz e como 
faz”. 
O processo de planejamento 
estratégico adéqua-seà organização em seu 
conjunto e também a cada uma de suas 
partes: estratégias de produção, de 
marketing, recursos humanos e assim 
sucessivamente. 
Em fim, “o planejamento 
estratégico é o instrumento que organiza e 
ordena o que se pretende que aconteça em 
determinado momento”. (SERRA et al. 
2004, p. 28) 
 
2.3.1 Planejamento estratégico 
Tradicional 
O planejamento estratégico 
tradicional ou normativo é aquele que é 
desenvolvido através de uma série de 
etapas sequenciais, racionais e analíticas, 
envolvendo um conjunto de critérios 
objetivos baseados na racionalidade 
econômica para auxiliar os praticantes da 
organização na análise das alternativas 
estratégicas, visando à tomada de decisão. 
O planejador que segue as 
premissas do planejamento estratégico 
tradicional ou normativo está mais 
preocupado com o diagnóstico e não com a 
conexão e coerência do todo, estimulando, 
além de outros aspectos, a separação do 
idealizar e do realizar. Taylor, considerado 
o defensor dessa abordagem, afirmava que 
“gerentes planejam, operários executam”. 
 
Essa afirmação revela que o praticante que 
idealiza o plano não deve executar 
(pensamento separado da ação). O plano 
(documento), por si só, é o principal 
produto, e não a aprendizagem do processo 
 
O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO COMO UM MODELO DE GESTÃO 
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de elaboração, implantação e execução do 
planejamento estratégico. (ANDRADE; 
AMBONI, 2010, p. 41) 
 
Ainda de acordo com Andrade; 
Amboni (2010), o planejamento é o 
produto do desenvolvimento de diferentes 
fases, ou seja, é resultante da análise 
objetiva, única, correta e quantitativa da 
realidade interna e externa sem 
esclarecimentos situacionais da missão, 
visão, dos valores e dos objetivos e metas 
econômicas determinados pela 
organização, em certo momento do tempo, 
sem avaliar a evolução das situações 
internas e externas no decorrer do mesmo. 
É no momento do desenvolvimento 
do planejamento estratégico formal, que a 
estratégia é exclusivamente formada, já 
que a realidade é previsível, certa, objetiva, 
estática e concluída para esses 
planejadores. 
Nessa concepção, o planejamento 
estratégico é um processo formal, 
efetivado de cima para baixo, para 
constituir um conjunto de estratégias 
contribuindo para que as organizações 
alcancem seus objetivos. 
 
2.4 O PLANEJAMENTO E SUA 
METODOLOGIA CLÁSSICA 
 
A elaboração do planejamento 
estratégico não pode ser considerada como 
um simples exercício de planejamento. 
Pois como enfatiza Serra (2004) o 
planejamento deve decorrer do raciocínio 
estratégico, para poder ser flexível, para 
ajustar-se às modificações do meio 
ambiente e para orientar a implementação 
de ações planejadas. 
 O planejamento estratégico é 
estruturado através de três itens da reflexão 
estratégica: a análise estratégica, a 
formulação da estratégia e a organização e 
da implementação desta, que serão 
explanados mais adiante. 
A função do planejamento 
estratégico é apoiar e complementar o 
raciocínio estratégico. 
O raciocínio estratégico é orientado para a 
interação entre a estrutura e o meio 
ambiente, assim como para a adequação da 
empresa aos aspectos competitivos do 
negócio. Relaciona-se com a visão e a 
missão, com a elaboração dos objetivos e 
das principais orientações estratégicas da 
organização. (SERRA et al. 2004, p. 34, 
35) 
 
 O responsável pela elaboração do 
planejamento deve ser coordenador, 
programador e comunicador, com o 
propósito de controlar a implementação. 
Entre as funções que exerce, deve fornecer 
informações e relatórios sintéticos que 
ofereçam informações e dados aos 
executivos, contribuindo para as tomadas 
de decisões estratégicas fundamentais. 
Como coordenador, deve ter acesso 
às aparições e analises dos executivos para 
resumi-las nos documentos que serão 
criados. Os executivos e outros setores e 
 
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DIFERENCIADO E COMPETITIVO PARA AS ORGANIZAÇÕES DO SÉCULO XXI 
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funções da empresa devem estar 
informados dos planos, políticas, 
programas e ações, por meio da 
comunicação. Para que o planejamento 
seja efetivo, os desvios em relação às 
metas devem ser controlados de maneira 
que sejam identificados e separados. 
 A composição proposta no item 
anterior indica uma metodologia para o 
planejamento estratégico que inicie com os 
aspectos gerais e externos, passe para os 
aspectos específicos e internos e baseie-se 
na elaboração da missão e dos objetivos 
que guiarão as futuras ações. 
 
3 A HISTÓRIA DO PENSAMENTO 
ESTRATÉGICO 
 
Como é conhecida atualmente, a 
administração de empresas teve sua origem 
na Revolução Industrial, época em que 
surgiram as primeiras organizações 
comerciais e industriais. E naturalmente, a 
competição pelo mercado, veio com elas. 
Antes havia determinada concorrência, 
mas sem dominação marcante de uma 
organização sobre as outras, o que só veio 
ocorrer entre os séculos XVIII e XIX. 
 
3.1 A EVOLUÇÃO 
 
Desde os trabalhos de Sun Tzu, 
estrategista militar chinês, a estratégia 
possui potentes raízes militares. Seu 
mandamento mais famoso é “Conheça a si 
próprio, conheça seu inimigo; enfrente 
centenas de batalhas, obtenha centenas de 
vitórias”. “A aplicação dos princípios da 
estratégia militar na competição de 
negócios, conhecida como administração 
estratégica ou somente estratégia, é um 
fenômeno mais recente, do início da 
década de 1960” (PENG, 2008, p. 8 - grifo 
do autor). 
 Na segunda metade do século XIX, 
quando houve a segunda Revolução 
Industrial, a estratégia surgiu como um 
meio de controlar as forças de mercado e 
adaptar o ambiente competitivo. No século 
XX inicia-se a produção em massa. A linha 
de montagem é criada e seu conceito, 
revolucionário para época, de padronização 
dos elementos que compõe o automóvel, é 
instituído pelo pioneiro da indústria 
automobilística norte-americana, Henry 
Ford. 
Novos desafios organizacionais 
com relação à distância e o movimento de 
tropas começam a aparecer com a Segunda 
Guerra Mundial. De acordo com Serra 
(2004), conceitos que vão além da 
estratégia, mas que a complementam como 
a logística, a qualidade, a programação 
linear, a teoria dos jogos e a curva de 
aprendizado, passam a ser valorizados e 
passa a existir uma tendência favorável ao 
pensamento estratégico formal guiando as 
decisões gerenciais. 
 
O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO COMO UM MODELO DE GESTÃO 
DIFERENCIADO E COMPETITIVO PARA AS ORGANIZAÇÕES DO SÉCULO XXI 
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A contribuição acadêmica foi um 
dos fatores determinantes para a evolução 
do pensamento estratégico. O que 
beneficiou o surgimento de novas idéias 
foram as universidades que nasceram no 
início do século, sendo a Harvard um bom 
exemplo disso. Seus pensadores, desde 
1908, garantiam que, ao invés de 
desenvolverem-se apenas pela atividade 
profissional, os gerentes deveriam ser 
habilitados para os postos que ocupavam. 
“Em 1912, ela criou a disciplina Teoria dos 
Negócios, na qual, na década de 1950, por 
interferência dos professores George Smith 
Jr. E Roland Christensen, questionava-sese a estratégia das organizações seria 
adequada ao ambiente competitivo”. 
(SERRA et al. 2004, p. 16) 
 
3.2 SUA CONSOLIDAÇÃO 
 
Uma ferramenta que tem sido 
extensivamente utilizada pelas 
organizações é o planejamento estratégico. 
Obteve seu auge nos anos de 1960 e duas 
décadas depois, foi desvalorizado por não 
ter sido apropriado, na época, para 
concorrer em mercados globais e 
recessivos. No entanto, poucos anos 
depois, com toda energia o planejamento 
estratégico surgiu novamente, devido a 
duas razões fundamentais: as organizações 
recuperaram o crescimento e a internet e as 
possibilidades de e-commerce fizeram com 
que as organizações meditassem sobre a 
maneira como devem se posicionar no 
atual ambiente. 
“O planejamento estratégico volta, 
entretanto, não como um processo 
periódico, mas como uma parte da tarefa 
diária do executivo. Passa a envolver mais 
pessoas do que apenas os líderes e conta 
com a participação estreita dos 
stakeholders
1”. (SERRA et al. 2004, p. 18) 
 
4 ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA 
 
Voltado para a manutenção de uma 
organização com um todo, a administração 
estratégica é um processo contínuo e 
frequente, associado de forma adaptada a 
seu ambiente. Segundo Certo; Peter (1993, 
p. 6), “o seu propósito é assegurar que uma 
organização como um todo se integre 
apropriadamente ao seu ambiente”. Deste 
modo, ela representa a articulação do todo 
organizacional. Sendo a estratégia, o 
componente unificador de todos os 
elementos da organização. 
Portanto, a administração 
estratégica recorre-se para objetivos 
globais da organização situados a longo 
prazo. “Na realidade, ela está voltada para 
um comportamento da organização que 
busque ao alcance de resultados globais e 
 
1Stakeholder designa uma pessoa, grupo ou 
entidade com autênticos interesses nas ações e no 
comportamento de uma organização. 
 
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DIFERENCIADO E COMPETITIVO PARA AS ORGANIZAÇÕES DO SÉCULO XXI 
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está orientada para o futuro e para o 
destino da organização”. (CHIAVENATO, 
1999, p. 324) 
Uma organização pode obter vários 
benefícios praticando adequadamente a 
administração estratégica. Um dos 
benefícios mais importante é o nível de 
lucro dessas organizações que tende a 
elevar-se. Elas podem aproveitar outras 
vantagens na execução de um sistema de 
administração estratégica, além de se 
beneficiar financeiramente. Submeter os 
membros da organização a se empenharem 
com o cumprimento de metas 
organizacionais de longo prazo é um 
exemplo. Segundo Chiavenato (1999), esse 
aumento no compromisso geralmente 
surge quando os colaboradores participam 
da definição das estratégias para se chegar 
a essas metas. 
É importante lembrar que os 
benefícios supracitados, não acontecem 
automaticamente em uma organização que 
aplica um sistema de administração 
estratégica. Eles somente são obtidos se a 
organização usar esse sistema de forma 
eficiente e eficaz. 
 
4.1 O PROCESSO DE 
ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA 
 
É possível reduzir a possibilidade 
de se cometer erros, embora seja difícil 
saber com certeza se uma empresa está 
adotando a melhor estratégia. Para fazer 
isso da melhor maneira, é preciso 
selecionar a estratégia da empresa de 
forma cuidadosa e ordenada, além de fazer 
o acompanhamento do processo de 
administração estratégica. 
Segundo Barney; Hesterly (2007, p. 
5), “esse processo é um conjunto 
sequencial de análises e escolhas que 
podem aumentar a probabilidade de que 
uma empresa escolherá uma boa estratégia, 
isto é, uma estratégia que gere vantagens 
competitivas”. 
Certo e Peter (1993) definem a 
administração estratégica como um 
processo ou uma linha de etapas. A 
primeira etapa é a análise do ambiente, 
onde se inicia o processo de verificar o 
ambiente organizacional para que os riscos 
e as oportunidades presentes e futuras 
sejam identificados. A segunda é 
estabelecer a diretriz organizacional ou 
determinar a meta da organização. A 
próxima etapa é a formulação da 
estratégia, que é o processo de delinear e 
escolher estratégias que induzam à 
realização dos objetivos organizacionais. 
A quarta etapa do processo de 
administração estratégica é a 
implementação da estratégia 
organizacional. É nessa etapa que as 
estratégias desenvolvidas logicamente que 
surgiram de etapas anteriores ao processo 
de administração estratégica, serão 
 
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colocadas em ação. Segundo Serra (2004, 
p. 35), “durante a organização e a 
implementação da estratégia, as 
orientações estratégicas devem ser 
traduzidas em ações concretas para 
alcançar os objetivos elaborados na etapa 
anterior”. 
A última etapa refere-se ao controle 
estratégico, que é um tipo particular de 
controle organizacional que dirige a 
avaliação e monitoração do processo de 
administração estratégica para garantir um 
funcionamento adequado e melhorá-lo. 
 
4.2 O BALANCED SCORECARD 
 
 O Balanced Scorecard produz 
maior impacto ao ser utilizado para induzir 
a mudança organizacional. Seu processo de 
construção esclarece os objetivos 
estratégicos e identifica um pequeno 
número de vetores críticos que determinam 
os objetivos estratégicos. 
 É um processo avançado que 
mensura o desempenho organizacional, 
alinha às estratégias e valores da 
organização e contempla indicadores 
tradicionais e também recentes, sobretudo 
o aprendizado e a inovação, isto é, ativos 
intangíveis da empresa. Para Kaplan; 
Norton (1997, p. 24), “o Balanced 
Scorecard é, para os executivos, uma 
ferramenta completa que traduz uma visão 
e a estratégia da empresa num conjunto 
coerente de medidas de desempenho”. 
O Balanced Scorecard é mais do 
que um sistema de medidas táticas ou 
operacionais. Essa nova ferramenta 
permite que a alta administração focalize a 
atenção de suas organizações nas 
estratégias para o sucesso a longo prazo. 
Ele permite que uma empresa associe seu 
planejamento estratégico ao processo anual 
de orçamentação. 
De acordo com Kaplan; Norton 
(1997), os executivos descobriram que o 
scorecard lhes permite preencher o vazio 
que antes existia em suas organizações: 
uma incoerência fundamental entre o 
desenvolvimento e a formulação da 
estratégia e a sua implementação. 
Em suma, esse sistema de gestão 
transforma visão e estratégia em objetivos 
e avaliações por meio de um conjunto 
equilibrado de expectativas. Ele insere 
medidas dos resultados desejados e dos 
processos capazes de assegurar a obtenção 
desses resultados desejados no futuro, 
como ocorre no processo do planejamento 
estratégico. 
 
5 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 
E ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA 
 
É válido definir, antes de encerrar o 
assunto, a relação existente e as diferenças 
entre planejamento estratégico e 
 
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administração estratégica. “Um breve 
histórico do desenvolvimento dos 
conceitos estratégicos demonstra que na 
décadade 50 já haviam sido iniciados os 
primeiros trabalhos sobre administração 
estratégica. Aos primeiros destes deram-se 
os nomes de formulação estratégica, 
estratégia corporativa e estratégia 
empresarial”. (GAJ, 1995, p. 22 - grifo do 
autor). Ao processo utilizado para formular 
a estratégia deu-se o nome de 
planejamento estratégico. 
 Posteriormente, na década de 70, 
percebeu-se que era necessário adicionar 
uma extensão de aspecto interno àquele 
enfoque, a qual se designou capacitação; 
esta deveria possuir certa coerência com a 
estratégia que seria seguida para o ajuste 
ambiental. 
 Novas invenções especializadas na 
cultura organizacional, na tecnologia, no 
concorrente trouxeram subsídios 
especializados ao estudo estratégico, no 
início da década de 80. 
A tabela abaixo nos mostra de 
maneira resumida as diferenças entre 
planejamento estratégico e administração 
estratégica: 
Tabela 1. Diferenças básicas entre: planejamento estratégico e administração 
Estratégica 
Planejamento estratégico Administração Estratégica 
Estabelece uma postura em relação ao 
ambiente. 
Acresce capacitação estratégica. 
Lida com fatos, idéias, probabilidades. Acresce aspiração em gente, com 
mudanças rápidas da organização. 
Termina com um plano estratégico. Termina com um novo comportamento. 
Sistema de planejamento. Sistema de ação. 
 Fonte: (GAJ, 1995, p. 23)
 
5.1 QUEM EXECUTA O 
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO? 
 
 
Para uma empresa inteira, assim 
como uma grande firma, o planejamento 
estratégico tende a ser responsabilidade 
dos altos executivos, em lugar dos gerentes 
de nível médio ou inferior. Hampton 
(1992, p. 203, 204) afirma que: 
 
Embora seja comum pensar em 
planejamento estratégico para uma 
empresa ou negócio isolado como uma 
responsabilidade da alta administração, a 
mentalidade estratégica pode disciplinar e 
guiar o planejamento em todos os níveis da 
 
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empresa, inclusive naquele dos 
empregados não-supervisores. 
 
5.2 TODOS FAZEM PLANOS 
ESTRATÉGICOS? 
 
A maioria das empresas emprega 
alguma forma de planejamento estratégico, 
seja formal ou informal, do passado para o 
presente. Existem dois fatores principais 
que levam essas empresas a estabelecer 
esse processo. De acordo com Kluyver 
(2007, p. 14), “o primeiro fator é a 
necessidade de lidar com uma série cada 
vez mais complexa de questões 
econômicas, políticas, sociais e legais e em 
escala global. Já o segundo fator, é a 
velocidade crescente com que o ambiente 
competitivo se altera”. 
O desenvolvimento e a implantação 
da estratégia como um processo 
primariamente linear e sequencial, pode ser 
estruturado por um sistema de 
planejamento estratégico formal, ou ciclo 
de planejamento, como é denominado. 
Esse sistema garante que a quantidade 
exigida de tempo e recursos, seja reservada 
ao processo, que as preferências sejam 
estabelecidas, que as atividades estejam 
agregadas e distribuídas e que se obtenha 
um retorno adequado. 
Os administradores de qualquer 
organização, em algum momento do 
passado, adotaram decisões estratégicas e 
concentraram recursos para aproveitar 
oportunidades ou encarar desafios. Essas 
decisões trouxeram a organização até a 
situação em que se encontra no presente. 
De acordo com Maximiano (2010), 
provavelmente, a estratégia fica implícita 
na maior parte dos casos. Sendo assim, 
sempre é viável encontrar em qualquer 
organização, estratégias implícitas que se 
refletem na condição estratégica presente e 
que foram organizadas por meio de 
tentativa e falha. 
 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O planejamento estratégico é um 
assunto muito abrangente e um importante 
instrumento de gestão para as organizações 
na atualidade. Seu principal objetivo, como 
foi abordado anteriormente, é fornecer 
ferramentas como, técnicas e atitudes 
administrativas, que auxiliam no 
desenvolvimento de processos, 
proporcionando uma situação que permita 
analisar as implicações futuras de decisões 
presentes, em função dos objetivos 
organizacionais, antecipando assim, as 
mudanças que ocorrem no mercado em que 
atuam e facilitando a tomada de decisão. 
Tornando também o processo mais rápido, 
coerente, eficaz e eficiente. 
É uma ferramenta que se encaixa 
corretamente como fator competitivo, no 
mercado nacional e internacional, 
favorecendo raciocínio exploratório que 
 
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procura ganhar espaço, tanto na parte 
interna quanto externa da organização, 
com oportunidades aprimoradas, e que irá 
oferecer satisfação no ambiente de trabalho 
gerando também, algumas mudanças. 
Exige um controle equilibrado daquele que 
planeja, deve-se achar o meio termo que 
represente um processo de satisfação no 
presente e crie uma expectativa de 
condição benéfica à organização para o 
futuro. 
O objetivo do artigo não é 
unicamente indicar um planejamento 
eficaz em sua forma teórica, mas despertar 
nos gestores o emprego prático 
constituindo o método estratégico que 
beneficie aqueles que estão motivados, a 
encarar os desafios e dissolver paradigmas 
existentes permitindo que o planejamento 
possa ser usado com eficácia, e firmemente 
melhorado conforme a estrutura e as 
medidas utilizadas pela empresa em sua 
implantação. 
Pensar de maneira estratégica 
significa ter uma visão diferente de tudo o 
que antes se imaginava ser o melhor 
caminho, promove mudança de atitude 
sabendo que o planejamento não vai 
prenunciar o futuro, mas, auxiliará a 
viabilizar na constituição do futuro, tendo 
como ferramenta as possibilidades 
humanas. 
Sendo assim, o planejamento 
estratégico corresponde ao estabelecimento 
de um conjunto de providências a serem 
tomadas pelo executivo e sua equipe para a 
situação em que o futuro tende a ser 
diferente do passado, onde a empresa tem 
condições e meios de agir sobre as 
variáveis e fatores de modo que possa 
exercer alguma influência. No entanto, a 
liderança precisa gerar a unidade, sendo as 
reuniões um fator satisfatório para manter 
esta união. É necessário que haja desejo 
em assumir essa postura de melhoria, 
pensar juntos, é trabalhar juntos e vencer 
juntos. 
Ao desenvolver o tema sobre a 
importância do planejamento estratégico 
como fator diferencial e competitivo para 
as organizações, a proposta é que a 
estratégia empregada determinará a ação e 
a direção do planejamento com o fim de 
alcançar êxito na prática. Torna-se 
relevante pensar que a estratégia, provoca 
não só a formulação das mudanças, como 
também sua implantação. 
Em fim, os tópicos abordados neste 
artigo podem contribuir para uma análise 
mais abrangente no que diz respeito ao 
planejamento estratégico e sua importância 
para a organização. 
 
 
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funções do administrador. Rio de Janeiro: Elsevier,2010. 
 
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São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. 
 
CARAVANTES, Geraldo R. et al. Administração: teorias e processo. São Paulo: Pearson 
Prentice Hall, 2005. 
 
CERTO, Samuel C. PETER, J. Paul. Administração Estratégica: planejamento e 
implantação da estratégia. São Paulo: Makron Books, 1993. 
 
CHIAVENATO, Idalberto. Administração nos novos tempos. 2. ed. Rio de Janeiro: 
Campus, 1999. 
 
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Miniaurélio Século XXI Escolar: O 
minidicionário da língua portuguesa. 4. ed. rev. ampliada. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 
2001. 
 
GAJ, Luis. Administração Estratégica. 3. ed. São Paulo: Ática, 1995. 
 
HAMPTON, David R. Administração Contemporânea. 3. ed. São Paulo: Pearson Makron 
Books, 1992. 
 
JONES, Goreth R. Teoria das Organizações. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2010. 
 
KAPLAN, Robert S. NORTON, David P. A Estratégia em Ação: Balanced Scorecard. 26. 
ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 1997. 
 
KLUYVER, Cornelos. A estratégia: uma visão executiva. São Paulo: Pearson Pretene Hall, 
2007. 
 
MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Introdução à Administração. 7. ed. São Paulo: 
Atlas, 2010. 
 
OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Planejamento Estratégico: conceitos, 
metodologia e práticas. 11. ed. São Paulo: Atlas, 1997. 
 
PENG, Mike W. Estratégia Global. São Paulo: Thomson Learning, 2008. 
 
SERRA, Fernando et al. Administração Estratégica: conceitos, roteiro prático e casos. Rio 
de Janeiro: Reichmann & Affonso Editores, 2004. 
 
STEVENS, Robert et al. Planejamento de Marketing: guia de processos e aplicações 
práticos. São Paulo: Makron Books, 2001.

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