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1 Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões www.uricer.edu.br Período 2013/1 Hidráulica Prof. Alexandre Vagtinski de Paula depaula@uricer.edu.br - Condutos sob pressão: - Número de Reynolds (Re): - São aqueles onde o perímetro molhado coincide com todo o perímetro do conduto e a pressão interna obrigatoriamente não coincide com a Patm. P > Patm - É um número adimensional que relaciona as forças de inércia (ρVD) om as forças viscosas (μ). =Re νμ ρ VDVD ==Forças de inérciaForças viscosas ρ V D μ ν onde Massa específica do fluido (kg/m³). Velocidade média do escoamento (m/s). Comprimento característico (m). No caso de tubos, é o diâmetro D. Viscosidade dinâmica do fluido (Pa.s). Viscosidade cinemática do fluido (m²/s). ρ μν = Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões www.uricer.edu.br Período 2013/1 Hidráulica Prof. Alexandre Vagtinski de Paula depaula@uricer.edu.br - Escoamento laminar e turbulento: - É possível demonstrar a partir do experimento de Reynolds que o regime de escoamento, independente do fluido, será laminar ou turbulento a partir da análise de um determinado parâmetro adimensional, o número de Reynolds, Re. - Um escoamento laminar é aquele no qual o fluido escoa em lâminas ou camadas delgadas, ou seja, não há mistura macroscópica das camadas adjacentes. - No escoamento turbulento ocorre uma grande distorção dessas camadas de fluido, aumentando a mistura macroscópica entre elas, devido ao surgimento de flutuações de velocidade, de alta frequência, sobre movimento médio do escoamento. - Na passagem de escoamento laminar para turbulento ocorre o que se chama de transição, ou mistura gradual das camadas, distorcendo o escoamento, que se intensifica com o aumento da velocidade. - Em condições normais, a transição inicia com Re ≈ 2300. 2 Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões www.uricer.edu.br Período 2013/1 Hidráulica Prof. Alexandre Vagtinski de Paula depaula@uricer.edu.br - Um escoamento laminar é aquele no qual o fluido escoa em lâminas ou camadas delgadas, ou seja, não há mistura macroscópica das camadas adjacentes. - No escoamento turbulento ocorre uma grande distorção dessas camadas de fluido, aumentando a mistura macroscópica entre elas, devido ao surgimento de flutuações de velocidade, de alta frequência, sobre movimento médio do escoamento. - Na passagem de escoamento laminar para turbulento ocorre o que se chama de transição, ou mistura gradual das camadas, distorcendo o escoamento, que se intensifica com o aumento da velocidade. - Em condições normais, a transição inicia com Re ≈ 2300. - Obs.: Para um escoamento livre de perturbações e com tubos de superfícies muito lisas, consegue-se em laboratório escoamentos laminares com Re ≈ 100.000. Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões www.uricer.edu.br Período 2013/1 Hidráulica Prof. Alexandre Vagtinski de Paula depaula@uricer.edu.br - A turbulência ocorre quando as forças viscosas do fluido não são capazes de conter as flutuações aleatórias do escoamento, e o escoamento torna-se “caótico”. - Observações recentes mostram que, a nível de pequenos vórtices, mesmo escoamentos turbulentos demonstram um comportamento organizado. - A viscosidade do fluido funciona como um amortecedor dessas flutuações, ou seja, quanto maior a viscosidade maior o amortecimento e vice-versa. - Por outro lado, um fluido com alta densidade irá gerar maiores forças de inércia, intensificando o movimento turbulento. 3 Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões www.uricer.edu.br Período 2013/1 Hidráulica Prof. Alexandre Vagtinski de Paula depaula@uricer.edu.br - Equação universal da perda de carga jgzVpgzVp +++=++ 2 2 2 21 2 1 1 22 ρρρρ Perda de carga (Pa) jgzVpgzVp +++=++ 2 2 22 1 2 11 22 ρρ (J/kg) jz g V g pz g V g p +++=++ 2 2 22 1 2 11 22 ρρ (m) - Por que ela é considerada uma perda? - Porque ela representa: 1) O aumento da energia interna do fluido (termo de pequena importância) 2) A transferência de calor do fluido no interior do VC para o exterior (termo de grande importância) )( 12 uu − dm dQ− Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões www.uricer.edu.br Período 2013/1 Hidráulica Prof. Alexandre Vagtinski de Paula depaula@uricer.edu.br - Perda de carga em dutos - A perda de carga em tubos se dá de duas formas principais: 1) Por comprimento de tubo reto (sem variação da seção transversal), denominada jL - Este tipo de perda também é chamada de perda de carga principal, depende tão somente dos detalhes do escoamento pelo tubo e não é influenciada pela orientação do tubo. - É dada por: 2 2V D LfjL = 2 2V D LfjL ρ= g V D LfjL 2 2 = (Pa) (J/kg) (m) - Para escoamentos turbulentos, o fator de atrito f varia com a rugosidade relativa e/D da superfície interna do tubo, e com o número de Reynolds, Re. - Para escoamentos laminares, o fator de atrito f é uma constante, e só varia com o número de Reynolds, Re. Re 64=f ⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛= Re, D eff Diagrama de Stanton-Moody - O termo f é chamado de fator de atrito. 4 Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões www.uricer.edu.br Período 2013/1 Hidráulica Prof. Alexandre Vagtinski de Paula depaula@uricer.edu.br - A rugosidade absoluta e é um parâmetro tabelado em função da superfície interna do tubo, em metros: - Alternativamente podemos utilizar a expressão proposta por Miler para o cálculo do fator de atrito f : 2 9,0Re 74,5 7,3 log25,0 − ⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡ ⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ += Def Tubo Rugosidade e(em milímetros) Aço rebitado 0,9 – 9 Concreto 0,3 – 3 Madeira 0,2 – 0,9 Ferro fundido 0,26 Ferro galvanizado 0,15 Ferro fundido asfaltado 0,12 Aço comercial ou ferro forjado 0,046 Trefilado 0,0015 Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões www.uricer.edu.br Período 2013/1 Hidráulica Prof. Alexandre Vagtinski de Paula depaula@uricer.edu.br Rugosidade dos tubos Viscosidade cinemática da água 5 Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões www.uricer.edu.br Período 2013/1 Hidráulica Prof. Alexandre Vagtinski de Paula depaula@uricer.edu.br 2) Por cada acessório ou acidente presente na tubulação, denominada jacc - Também é chamada de perda de carga localizada, e depende fortemente do tipo de acessório. Ex.: joelhos, curvas, tês, válvulas, registros, entradas, saídas, ampliações, reduções, etc. - É dada por: 2 2VKjacc = 2 2VKjacc ρ= g VKjacc 2 2 = (Pa) (J/kg) (m) - O coeficiente K é geralmente tabelado, em função do tipo de acessório da tubulação. - O termo K é chamado de coeficiente de perda de carga localizada. Acessório K Alargamento gradual 0,3 Bocais 2,75 Comporta aberta 1 Curva de raio Longo 0,25 a 0,4 Curva de raio curto (cotovelo de 90º) 0,9 a 1,5 Curva de 45º 0,2 Cotovelo de 45º 0,4 Curva de 22º 30’ 0,1 Curva de retorno 2,2 Crivo 0,75 Redução gradual 0,15 Medidor venturi 2,5 Registro de gaveta aberto 0,2 Registro de globo aberto 10 Registro de ângulo aberto 5 Junção 0,4 Tê de passagem direta 0,6 Tê de saída lateral 1,3 Tê de saída bilateral 1,8 Válvula de retenção 2,5 Válvula de pé 1,75 Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões www.uricer.edu.br Período 2013/1 Hidráulica Prof. Alexandre Vagtinski de Paula depaula@uricer.edu.br - As perdas de carga localizadas também podem ser calculadas através de um comprimento equivalente, Leq, adimensionalisado pelo diâmetro D, para alguns acessórios comuns. Tipo de acessório Comprimento equivalente, Leq/DVálvulas (completamenteabertas) Válvula de gaveta 8 Válvula globo 340 Válvula angular 150 Válvula de esfera 3 Válvula de retenção: globo 600 Válvula de retenção: angular 55 Válvula de pé com crivo: disco solto 420 Válvula de pé com crivo: disco articulado 75 Cotovelo-padrão: 90º 30 Cotovelo-padrão: 45º 16 Curva de retorno (180º), modelo estreito 50 Tê-padrão: escoamento principal 20 Tê-padrão: escoamento lateral (ramal) 60 6 Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões www.uricer.edu.br Período 2013/1 Hidráulica Prof. Alexandre Vagtinski de Paula depaula@uricer.edu.br Estimativa do consumo predial Velocidades Práticas Recomendadas Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões www.uricer.edu.br Período 2013/1 Hidráulica Prof. Alexandre Vagtinski de Paula depaula@uricer.edu.br Diagrama de Stanton-Moody Fator de atrito para escoamento completamente desenvolvido em tubos circulares.