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Metodologia Jurídica Alejandro Alvarez - Grupo 3

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE DIREITO – METODOLOGIA JURÍDICA PROFESSOR ALEJANDRO ALVAREZ 
ANNA CAROLINA FRANZ, ALINE GUTIERRES, MATHEUS OLIVEIRA, PABLO FENNER, RENATA BORELLA E VITÓRIA PINHEIRO
“Voz e Escolha Social” 
Diálogo para enriquecimento das discussões públicas / Teoria da Escolha Social / Transcendental e Comparativo / Escolha Social como Estrutura Argumentativa
Não há compreensão da justiça sem diálogo e atenção a opiniões alheias. Ela é construída através de discussões e debates, não podendo ser atingida em sua integridade fora de um contexto social. Raciocínio e juízo individuais iluminam e enriquecem a teoria da Justiça com novas perspectivas e discernimento. 
A teoria da escolha social investiga a maneira como são agregados os juízos individuais de um grupo de pessoas para assim desenvolver uma estrutura para decisões racionais e democráticas. Kenneth Arrow traz uma preocupação em exigir que as decisões tomadas pela sociedade preencham determinadas “condições mínimas de razoabilidade”, declaradas explicitamente. 
Arrow nos traz ainda o teorema da impossibilidade, ou teorema da possibilidade geral, que sugere matematicamente que as decisões sociais pretendidas pelos membros de um grupo não podem ser simultaneamente satisfeitas através de qualquer processo de escolha racional e democrática. 
Diferentemente da outras Teorias de Justiça (de Hobbes, Rawls e Nozick), que buscam uma alternativa suprema através de uma abordagem “transcendental”, assim chamada por propor uma situação social utópica em que a justiça se faz perfeita, a T.E.S. está interessada em identificar uma base racional de juízos sociais e decisões públicas, através de uma abordagem comparativa. Essa abordagem transcendental não se faz necessária ou suficiente para chegarmos a qualquer juízo comparativo. Por si só, a identificação de um arranjo perfeitamente justo, porém inatingível não se mostra útil. Uma série sistemática de comparações binárias razoáveis, embora nos aproximasse da melhor alternativa palpável, ainda não nos levaria a condição ideal e utópica de justiça. 
Tomando a escolha social como estrutura argumentativa, encontraremos significativas contribuições dessa teoria. Listamos as principais: Foco na razão prática e interesse em avaliações comparativas; Reconhecimento da pluralidade de princípios e razões concorrentes; A maneira como propicia reavaliações e novas análises aprofundadas; Aceitação de soluções parciais; Reconhecimento de diversas interpretações; Ênfase em argumentação precisa e explícita. 
 
“Imparcialidade e Objetividade” 
Oposição dos pensamentos de Wollstonecraft e Burke / Linguagem e Compreensão / Objetividade / Domínios da Imparcialidade 
Mary Wollstonecraft critica o conservadorismo de Burke, que embora se manifeste a favor da independência indiana e Americana, ambas colônias inglesa na época, se opõe a Revolução Francesa. 
Apesar dessas ideias parecem contraditórias, são bastante coerentes com seu conservadorismo, embora participasse do partido liberal inglês (whig). Wollstonecraft, ativista e pensadora feminista britânica, questiona esse autor. – Porque a liberdade seria direito de apenas alguns? - uma vez que ele defendia que se mantivesse o sistema de castas na Índia e a escravidão na América. Wollstonecraft exige uma universalidade que é parte essencial da imparcialidade que almeja. 
Kant compartilha da opinião de Wollstonecraft, e contribui ao universalismo com sua máxima “Age sempre segundo um princípio tal que possas querer ao mesmo tempo que ele seja uma lei universal.” Sidgwick, filósofo utilitarista, atribui a ele sua compreensão da exigência de cobertura universal, e expressou-se desta forma: “O que quer que seja certo para mim deve ser certo para todas as pessoas em circunstâncias semelhantes”. Para esse autor a alegação de Kant é certamente verdadeira, mas isso não depende apenas de uma veracidade geral da premissa, mas também de uma compreensão interpessoal. Sendo todos dotados de grau de compreensão e habilidade em diferentes graus de filosofia, teremos ideias bastante distintas de objetividade. 
A imparcialidade é importante na avaliação da justiça social, entretanto aparece de duas maneiras bastante distintas, “aberta” e “fechada”. A Imparcialidade Fechada implica que os juízos imparciais provenham apenas da própria sociedade sob consideração, que Rawls chama de “povo”. A Imparcialidade Aberta usa o contrato social de Adam Smith, e considera um espectador imparcial e justo, que poderá ou não estar incluso nesse grupo focal, podendo ser também um outsider.
BIBLIOGRAFIA: 
A Ideia de Justiça – Sen Amartya 
Amartya Sen e a escolha social: uma extensão da teoria da justiça de John Rawls – Marin, Solange Regina; Quintana, André Marzulo

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