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Casos concretos de Proc. Penal I semanas 5, 7, 12 e 13

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Semana 5
Aplicação Prática Teórica 
CASO 1 - João e José são indiciados em IP pela prática do crime de peculato. Concluído o IP e remetidos ao MP, este vem oferecer denúncia em face de João, silenciando quanto à José, que é recebida pelo juiz na forma em que foi proposta. Pergunta-se: Trata-se a hipótese de arquivamento implícito? Aplica-se a Súmula 524 do STF? 
Resposta:
Não existe arquivamento implícito no ordenamento jurídico brasileiro. Para que haja arquivamento é necessário requerimento expresso do MP fundamentando o seu pedido no art. 395 do CPP, e a manifestação do juiz acerca desse pedido, aplicando o art. 28 do CPP, que versa: “o juiz no caso de considerar improcedentes as razões invocadas, fará remessa dos autos ao Procurador Geral”, então para haver arquivamento é preciso que o MP invoque razões, o que não ocorreu no caso em questão. 
 	O caso em tela, trata-se de arquivamento implícito subjetivo porque o MP ofereceu denúncia em face de um dos agentes e permaneceu calado com relação ao outro agente, e o juiz não exerceu a fiscalização do princípio da obrigatoriedade da ação penal pública, nos termos do art. 28 do CPP, logo, para que haja o aditamento somente com o surgimento de novas provas. A súmula 524 do STF terá aplicação porque o MP só poderá oferecer denúncia em face do a gente que ficou de fora, se efetivamente existirem novas provas.
2- Na cidade “A”, o Delegado de Polícia instaurou inquérito policial para averiguar a possível ocorrência do delito de estelionato praticado por Márcio, tudo conforme minuciosamente narrado na requisição do Ministério Público Estadual. Ao final da apuração, o Delegado de Polícia enviou o inquérito devidamente relatado ao Promotor de Justiça. No entendimento do parquet, a conduta praticada por Márcio, embora típica, estaria prescrita. Nessa situação, o Promotor deverá 
a) arquivar os autos. 
b) oferecer denúncia. 
c) determinar a baixa dos autos. 
X d) requerer o arquivamento. 
 3- A autoridade policial, ao chegar no local de trabalho como de costume, lê o noticiário dos principais jornais em circulação naquela circunscrição. Dessa forma, tomou conhecimento, através de uma das reportagens, que o indivíduo conhecido como “José da Carroça”, mais tarde identificado como José de Oliveira, teria praticado um delito de latrocínio. Diante da notícia da ocorrência de tão grave crime, instaurou o regular inquérito policial, passando a investigar o fato. Após reunir inúmeras provas, concluiu que não houve crime. Nesse caso, deverá a autoridade policial: 
A) determinar o arquivamento dos autos por falta de justa causa para a propositura da ação. 
B) encaminhar os autos ao Ministério Público para que este determine o seu arquivamento. 
X C) relatar o inquérito policial, sugerindo ao Ministério Público seu arquivamento, o que será apreciado pelo juiz. 
D) relatar o fato a Chefe de Polícia, solicitando autorização para arquivar os autos por ausência de justa causa para a ação penal. 
E) relatar o inquérito policial, requerendo o seu arquivamento e encaminhando-o ao juízo competente.
Semana 7
Aplicação Prática Teórica 
CASO 01: 
Paula, com 16 anos de idade é injuriada e difamada por Estevão. Diante do exposto, pergunta-se : 
a) De quem é a legitimidade ad causam e ad processum para a propositura da queixa? 
	Resposta:
	Do representante legal (art. 30 CPP), pois, apesar de Paula ter capacidade de ser parte, uma vez que foi vítima do crime, entretanto, não possui capacidade para estar em juízo praticando atos processuais válidos, assim sendo, sua incapacidade terá que ser suprida através da representação.
b) Caso Paula fosse casada, estaria dispensada a representação por parte do cônjuge ou do seu ascendente? Em caso positivo por quê? Em caso negativo quem seria seu representante legal? 
	Resposta:
	Não está dispensada a representação, pois ainda que emancipada, Paula é inimputável, visto que, a emancipação pelo casamento produz efeitos somente para os atos da vida civil e não na esfera penal, e por exemplo, se caso ela fizesse falsas afirmações não estaria sujeita as sanções pela prática do injusto penal de denunciação caluniosa, razão pela qual a vítima não poderá propor a ação diretamente, e esta deverá ser proposta pelo seu representante legal, caso Paula não possua representante legal, seria viável a nomeação de curador especial. (art. 33 CPP)
c) Se na data da ocorrência do fato Paula possuísse 18 anos a legitimidade para a propositura da ação seria concorrente ou exclusiva? 
	Resposta: 
	A propositura da ação seria exclusiva, visto que o código civil de 2002 estabelece que a menoridade cessa a partir dos 18 completos, razão pela qual, atualmente uma pessoa ao completar 18 anos tem plena capacidade, podendo atuar sozinha tanto na esfera civil quanto na esfera penal, não tendo mais aplicação a legitimidade concorrente, como versa o art. 34 do CPP, pois não faz sentido que no processo penal permaneça a legitimação concorrente para os maiores de 18 e menores de 21 anos. 
2- Acerca da ação civil ex delicto, assinale a opção correta. 
a) A execução da sentença penal condenatória no juízo cível é ato personalíssimo do ofendido e não se estende aos seus herdeiros. 
X b) Ao proferir sentença penal condenatória, o juiz fixará valor mínimo para a reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido, sem prejuízo da liquidação para apuração do dano efetivamente sofrido. 
c) Segundo o CPP, a sentença absolutória no juízo criminal impede a propositura da ação civil para reparação de eventuais danos resultantes do fato, uma vez que seria contraditório absolver o agente na esfera criminal e processá-lo no âmbito cível. 
d) O despacho de arquivamento do inquérito policial e a decisão que julga extinta a punibilidade são causas impeditivas da propositura da ação civil. 
3- Relativamente às regras sobre ação civil fixadas no Código de Processo Penal, assinale a alternativa correta. 
a) São fatos que impedem a propositura da ação civil: o despacho de arquivamento do inquérito ou das peças de informação, a decisão que julgar extinta a punibilidade e a sentença absolutória que decidir que o fato imputado não constitui crime. 
b) Sobrevindo a sentença absolutória no juízo criminal, a ação civil não poderá ser proposta em nenhuma hipótese. 
c) Transitada em julgado a sentença penal condenatória, a execução só poderá ser efetuada pelo valor fixado na mesma, não se admitindo, neste caso, a liquidação para a apuração do dano efetivamente sofrido. 
X d) Transitada em julgado a sentença penal condenatória, poderão promover-lhe a execução, no juízo cível, para o efeito da reparação do dano, o ofendido, seu representante legal ou seus herdeiros.
Semana 12
Aplicação Prática Teórica 
CASO 1 
Após uma longa investigação da delegacia de polícia local, Adamastor foi preso às 21h em sua casa, em razão de um mandado de prisão temporária expedido pelo juiz competente, por crime de descaminho. A prisão fora decretada por 10 dias. O advogado de Adamastor impetrou Habeas Corpus requerendo a sua liberdade provisória com fundamento no art. 310 do CPP. Em no máximo 10 linhas, discorra sobre o exposto acima, analisando as hipóteses de cabimento, prazo da prisão temporária. 
	Resposta:
	No caso em tela, a prisão temporária configura-se ilegal, em primeiro lugar porque o crime de descaminho não admite essa modalidade de prisão, e em segundo lugar, a prisão temporária não poderia ter sido decretada por 10 dias, pois, essa modalidade de prisão tem um prazo de 05 dias, prorrogáveis por mais 05, e se for crime hediondo, o prazo será de 30 dias prorrogáveis por mais 30, por fim, a busca e apreensão domiciliar violou o art. 5º, Inc. XI da CF, que estabelece: “que ordem judicial só poderá ser cumprida durante o dia”. Assim sendo, a prisão deverá ser relaxada, pois estamos tratando de prisão ilegal, não se falando em liberdade provisória, pois esta só é prevista quandoestamos diante de uma prisão em flagrante legal, porém desnecessária.
2- Como se sabe, a prisão processual (provisória ou cautelar) é a decretada antes do trânsito em julgado de sentença penal condenatória, nas hipóteses previstas em lei. A respeito de tal modalidade de prisão, é correto afirmar que 
a) em nosso ordenamento jurídico, a prisão processual contempla as seguintes modalidades: prisão em flagrante, preventiva, temporária, por pronúncia e em virtude de sentença condenatória recorrível. 
b) a prisão temporária tem como pressupostos a existência de indícios de autoria e prova da materialidade, e como fundamentos a necessidade de garantia da ordem pública, a conveniência da instrução criminal, a necessidade de garantir a futura aplicação da lei penal e a garantia da ordem pública. 
X c) A prisão temporária não poderá ser decretada de ofício pelo Juiz. 
d) são requisitos da prisão preventiva a sua imprescindibilidade para as investigações do inquérito policial e o fato de o indiciado não ter residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade. 
3- Acerca das prisões cautelares, assinale a opção correta. 
a) Considere que Amanda, na intenção de obter vantagem econômica, tenha sequestrado Bruna, levando-a para o cativeiro. Nesse caso, a prisão em flagrante de Amanda só poderá ocorrer até vinte e quatro horas após a constrição da liberdade de Bruna, devendo a autoridade policial, caso descubra o paradeiro da vítima após tal prazo, solicitar ao juiz competente o mandado de prisão contra a sequestradora. 
X b) São pressupostos da prisão preventiva: garantia da ordem pública ou da ordem econômica; conveniência da instrução criminal; garantia de aplicação da lei penal; prova da existência do crime; indício suficiente de autoria. 
c) Em regra, a prisão temporária deve ter duração máxima de cinco dias. Tratandose, no entanto, de procedimento destinado à apuração da prática de delito hediondo, tal prazo poderá estender-se para trinta dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade. 
d) A apresentação espontânea do acusado à autoridade policial, ao juiz criminal ou ao MP impede a prisão preventiva, devendo o acusado responder ao processo em liberdade.
Semana 13
Aplicação Prática Teórica 
CASO 1 Flávio foi preso em flagrante delito por estar portando três papelotes de cocaína, que alegou ser para uso próprio, nas proximidades de uma casa noturna. Conduzido à Delegacia, o Delegado lavrou o APF, indiciando Flávio pela prática do crime previsto no art. 33 da Lei 11.343/06, representando ao juízo pela conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva. O advogado de Flávio ajuizou junto à 1ª Vara Criminal de Nova Friburgo pedido de liberdade provisória, que foi negado sob o argumento de que o art. 44 da Lei de Drogas veda a concessão de liberdade provisória e este crime ser considerado inafiançável nos termos do art. 5º, XLIII, da Constituição, sem indicação fundamentada dos requisitos do art. 312, CPP, que ensejam a prisão preventiva. 
Agiu de forma adequada o magistrado? Justifique sua resposta.
	Resposta:
	De acordo com o entendimento que vem prevalecendo, não agiu corretamente o magistrado, pois a liberdade provisória indeferida com fundamento na vedação contida no art. 44 da Lei n.11.343/06, sem a presença das hipóteses do artigo 312 do Código de Processo Penal não pode ser admitida. Quanto à inafiançabilidade, diante dos princípios da presunção de inocência e do devido processo legal, não pode e não deve constituir causa impeditiva da liberdade, até porque o que a lei proíbe é o arbitramento da fiança e não a concessão da liberdade provisória.

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