Buscar

Construção da Identidade Nacional Identidade Herdada

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL - UNINTER
CURSO BACHARELADO EM SERVIÇO SOCIAL – EaD
Polo Sorocaba
Deise Cleto
A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE NACIONAL BRASILEIRA – IDENTIDADE HERDADA
Thayrinne de Lima Mathias
Resumo
Neste artigo, ressalta-se a importância de uma espécie de herança cultural oriunda de colonizações, geografia e influencias na etapa de criação da identidade nacional brasileira, mostrando que sua identidade, que no século XVIII havia sido projetada com intuito de união, caracterizava-se pela diversidade pois, tendo um território vasto e diferentes miscigenações, era-se de prever o ocorrido e utilizar-se a favor do governo em questão, que tinha como primícias, a retomada do controle de influência sobre a população.
Palavras-chave: diversidade; influências; herança cultural
1 – Introdução
Para entender o conceito de “identidade”, voga-se primeiro a valer o pensamento que, criar uma identidade, seria, na verdade, criar algo ao que os populares idolatrassem. O sentimento pátrio por si só, reverenciando e orgulhando-se da nação.
Nisso consistia uma série de fatores implantados nesta ideia afim de dar-lhe força, veracidade e herança, tais quais: origens, tradições, folclore, mártires e heróis populares e governamentais, exaltação das riquezas e símbolos como brasões, hinos e bandeiras. Em suma, tudo aquilo que pudesse ser motivo de orgulho, motivo de satisfação em ter essa nacionalidade.
Tendo a definição em si do que se era necessário para tal formação, já se esbarra em pontos discrepantes à ideia. O príncipe-regente, era de nacionalidade portuguesa e com patrono de igual valor à ideia, além de ainda ter laços e interesses com Portugal. Não existia uma figura genuinamente brasileira a ponto de ser o carro-chefe ou precursor desta ideia como um ícone.
De um prisma político, podemos perceber que não só em sentido de visão popular, mas de fato, sendo real a ligação com Portugal quando analisamos que Dom João orienta Dom Pedro a, caso haja uma separação entre Brasil e Portugal, que o mesmo tome posse da nação, uma vez que o mesmo lhe deve respeito, temeroso de que outra figura ocupe este posto e o Brasil não tivesse mais influência alguma oriunda de Portugal.
Dom Pedro, por sua vez, conseguiu quebrar este paradigma, nacionalizando-se brasileiro por intermédio de suas ações quando Portugal exigia seu retorno à Europa afim de tirar-lhe o poder sobre o Brasil e torna-lo novamente uma colônia portuguesa, ameaçando-o, até mesmo, com a possibilidade de envio de tropas para execução de tal ordem. Em 9 de janeiro de 1822, Dom Pedro, através de manifestações populares e mais de 8 mil assinaturas, toma sua decisão, exclamando ao povo que “Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação .... Diga ao povo que fico! “, tendo, então, este dia ficado reconhecido como “o dia do fico”, aumentando sua imagem na sociedade brasileira e culminando no episódio de 7 de setembro de 1822, quando bradou a célebre frase (ainda que com algumas diferenças narradas por historiadores, mas, em sua ideia principal e palavras-chave tendo o mesmo conceito) “Laços fora soldados!.... Independência ou morte! ”, dando o simbolismo dos laços da coroa portuguesa e de laços no sentido de ligações com a, até então, pátria mãe, tornando-se, na visão popular, um rebelde para com a sua antiga pátria e genuinamente brasileiro.
2 – Luta de Interesses Próprios
Com o sentimento de exclusão ou de desvalorização por parte da corte, começaram vários movimentos separatistas, durante toda a história, que mostram que, a identidade nacional não conseguiria unificar um interesse ou ideias e orgulhos comuns, devido às influencias de cada região e, consequentemente, opinião sobre as ações da corte ou importância dada a região em questão.
Temos como exemplo a Revolução Pernambucana que teve seu início devido as influências de ideias e ideais maçônicos e de gastos, na visão da Capitania de Pernambuco, exorbitantes da Família Real.
Sendo a Capitania a considerada mais rica devido a sua produção de cana-de-açúcar e algodão, era uma das capitanias que mais enviava dinheiro e recursos para a corte e, devido à grande seca de 1816, começou a sentir-se explorada pelos interesses da Família Real. Estas desavenças e sentimento de que poderiam ter maior reconhecimento, menor exploração e mais influência, chegou a incentivar a ideia de lutar pela independência de Olinda (ideal levantado na Guerra dos Mascates).
Outra revolta separatista que pode ser citada é a Guerra dos Farrapos ou Revolução Farroupilha, onde se cogitou a hipótese de se criar até mesmo a Republica Rio-Grandense.
Os motivos que culminaram a revolta foram novamente o sentimento de exploração e choque de interesses entre a província e a Coroa, uma vez que, como grande produtor de charque e couro, enviavam seus produtos internamente no Brasil a regiões como Minas gerais para abastecer as atividades mineradoras, para os produtores de cana-de-açúcar e para os cafeicultores. Porém, sua tributação era alta e não havia incentivo ou possibilidade de exportação, ficando dependente de outras regiões brasileiras que exportavam seus produtos e obtinham altos ganhos. Devido a estas tributações e a impossibilidade de exportação, o charque rio-grandense alcançava preço maior do que o argentino ou uruguaio. Um agravante era o poderio das capitanias responsáveis pela região estar em mão militares e comandadas diretamente pela Corte, sem valorização de seus interesses provincianos e estancieiros que, por estarem em regiões de fronteira, nunca tiveram poder como Capitania propriamente dita, mas ficando à mercê dos capitães responsáveis pela região. 
Diversos outros movimentos separatistas podem ser notados no decorrer da história, antes e depois da elite ter percebido a necessidade da implantação da identidade nacional, porém, todos voltados para o mesmo quesito: sentimento de exclusão ou desvalorização de seus ideais ou interesses.
Cada região, passou a se vangloriar, orgulhar e criar suas próprias tradições, folclore, ídolos, símbolos e pensamento de importância não dentro de um todo, porém maior que as outras regiões. Inconscientemente, criaram suas próprias identidades regionais herdadas de suas influencias, miscigenações, necessidades, geografia e costumes.
Esta identidade regional, aponta severamente para a criação de uma filosofia própria de cada região, mesmo que, ressaltando a importância e benefícios de uma filosofia unificada, faz-se necessário e inconsciente, a criação da filosofia individual e regional
3 – Considerações Finais
Podemos afirmar que o próprio povo é seu filósofo, criando suas formas práticas e senso crítico às questões do dia-a-dia, tendo cada região sua particularidade, opinião cívica e política, e senso comum.
Observar as diferenças de culturas e de ter a própria “identidade” buscada na época, se faz importante para entendermos que, cada povo cria suas culturas, orgulho e senso crítico a partir da situação socioeconômica, influencias e tradições. Sendo o senso moral ou, até mesmo, ético, diferente a cada tipo de sociedade e população.
A necessidade de se entender os motivos causadores de cada criação de filosofia própria ou identidade regional (que pode ser subdividida se necessário até o micro, de acordo com as diferenças internas de cada região, separando em sociedades com interesses e filosofias comuns) é de extrema importância para, enfim, conseguir sanar, dentro da própria sociedade dividida, problemas individuais e de importância para a mesma que podem não ter a mesma dimensão em outras sociedades.
4- Referências Bibliográficas
Wikipedia. (s.d.). Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Movimentos_separatistas_no_Brasil
FIORIN, J. L. (2009). A construção da identidade nacional brasileira. Revista Baktiniana, São Paulo, V.1, n.1, p. 115-126, 1º sem. 2009.
Wikipedia. (s.d.). Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_do_Fico
Wikipedia. (s.d.). Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_dos_Farrapos

Continue navegando