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Direito Processual Civil 4 casos 1 a 10

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SEMANA 01
Ao iniciar o cumprimento de sentença envolvendo obrigação de pagar, o credor pretende que seja penhora do um bem imóvel do devedo r, avaliado em R$ 1.000. 000,00 (um m ilhão de reais), para pagamento de uma dívida de apenas R$ 10. 000,00 (dez mil reais). O devedor, por meio d e seu patrono, peticiona ao juízo 
informando que possui um veículo automotor avaliado em R$ 30.000,00 (trinta mil r eais), valor que é mais compatível com o do débito, requerendo a substituição do bem penhorado em atenção ao princípio do menor sacrifício. Indaga -se: deve ser deferido o pleito do executado? 
O art. 805 do NCP C cons agra o princípio d a execução menos onerosa ao executado: “ Quando por vários meios o cr edor puder pro mover a e xecução, o juiz mandará que se faça pelo modo menos gravoso para o devedor”. A opção pelo meio menos gravoso pressupõe que os diversos meios considerados sejam 
igualmente eficazes. Assim, havendo vários meios executivos aptos à tutela adequ ada e efetiva do direito de crédito, escolhe-se a via menos onerosa ao executado . Portanto o pleito deve ser deferido.
Daniel possui uma pequena mercearia e costuma aceitar cheques de seus clientes, como forma de pagamento. Ocorre que, no último mês, três dos cheques apresentados no prazo foram devolvidos por insuficiência de fundos. Daniel não obteve êxito na cobrança amigável, não lhe restando, portanto, outra alternativa senão recorrer ao Poder Judiciário.
Com base nessa situação hipotética, assinale a afirmativa correta. 
a) Daniel pode cumular várias execuções, sendo o mesmo devedor, ainda que fundadas em títulos diferentes e diversa a forma do processo, desde que o juízo seja competente para todas. 
b) É vedado ao juiz examinar de ofício os requisitos que autorizam a cumulação de execuções. 
c) Daniel pode cumular várias execuções, fundadas em títulos diferentes, ainda que diversos os devedores, desde que para todas elas seja competente o juízo e idêntica a forma do processo.
	Daniel pode cumular várias execuções, sendo o mesmo devedor, ainda que fundadas em títulos diversos, desde que seja competente o juízo e haja identidade na forma do processo.
SEMANA 02
No curso de uma ação de indenização e antes da sentença de 1º grau, o réu vendeu seus dois únicos imóveis por R$ 100.000,00, os quais constituíam a totalidade do seu patrimônio. Julgado procedente o pedido, com sentença transitada em julgado, o autor pretende receber o valor da in denização fixado pelo juiz, ou seja, R$ 100.000,00. Distinguindo, previamente, os institutos da fraude à execução e da fraude contra credores, o candidato deverá indicar os caminhos processuais adequados para que o autor, na prática, possa receber a indenização. 
Resp 1: A SUM 375 /STJ, dispõe que o reconhecimento da fraude à execução depende do registro da penhora do bem alienado, o que não é o caso, pois ainda não havia a sentença e consequentemente o devedor não havia sido citado para a execução. 
No caso, ocorreu a fraude contra credores conforme o art. 790, inciso VI, do NCPC. O reconhe cimento da fraude contra credores, com a consequente anulação da a lienação ou gravação d o bem, demanda ação próp ria, de ampla dilação probató ria insuscetível, portanto, de ser alegada exclusivamente no processo de execução ou na fase do cumprimento da se ntença. A necessidade de ação própria para o reconhecimento da fraude contra credores o caput do art. 79 9, inciso IX, do NCPA, sugere que o credor, para realmente precaver-se contra a fraude, teria de proceder a duas averbações sucessivas. 
Uma da propositura da execução (art. 799, IX), outra, ato contínuo à propositura, de que a execução foi admitida pelo juiz (art. 828, caput).
Resp 2:
Em linhas gerais, na fraude à execução o seu termo inicial é a partir do início da execução. 
Haverá necessidade de se demonstrar o estágio de insolvência e esta fraude pode ser 
reconhecida nos próprios autos da execução. Modernamente, também vem sendo exigida a análise do elemento subjetivo, que é a má-fé, entre o executado e o terceiro comprador, nos termos do Verbete nº 375 da Súmula do STJ. Já a fraude a credores, por sua vez, pode ocorrer do momento seguinte ao que a dívida foi contraída, havendo a necessidade de se demonstrar os requisitos objetivo (insolvência) e subjetivo (conluio entre vendedor e 
comprador do bem), além de se promover um processo de conhecimento em rito comum 
chamado de Ação Pauliana
Resp 3:
A fraude à execução só ocorre quando há uma execução em curso, caso contrário será uma Fraude contra credores ou fraude pauliana, a qual possui uma ação própria (Ação Pauliana), neste caso existem 2 requisitos necessários para sua ocorrência: o objetivo, insolvência do devedor, causando dano (eventus damni) e subjetivo, a boa-fé nas relações, caso contrário teremos uma fraude (consilium fraudis).
Segundo Alexandre Câmara “se o ato de alienação ou oneração de bens ocorre com o processo já instaurado e com o demandado ciente da instauração, estará configurada a fraude à execução, caso com esse ato o demandado tenha reduzido seu patrimônio a insolubilidade ou a agravar sua situação, porém, se ao foi praticado quando ainda não há processo pendente, não há que se falar em fraude de execução, devendo-se verificar os requisitos de configuração da fraude contra credores. “
Questão nº 2. Considerando o NCPC (Lei nº 13.105/15), e, principalmente, as normas que tutelam a legitimidade passiva em execução, indique a alternativa incorreta, ou seja, de quem não pode figurar como executado. 
a) o devedor, reconhecido como tal no título executivo; 
b) o responsável tributário, assim definido em lei; 
c) o fiador do débito constante em título extrajudicial; 
	o Ministério Público, nos casos previstos em lei.
SEMANA 03
Adalberto ajuizou uma ação em face da Seguradora Porto Bello pleiteando o recebimento do seguro de vida realizado pelo seu tio Marcondes. Alega na inicial que a seguradora, de forma injustificada, se negou a pagar a indenização sob o argumento de que o segurado agiu de má- fé ao não informar que realizara uma ci rurgia de coração 10 anos antes da assinatura do contrato. Após a instrução o juiz julgou procedente o pedido para condenar a Seguradora a pagar a respectiva indenização em valor a ser apurado em fase de liquidação. 
Diante do caso concreto indaga- se : 
a) Qual é a modalidade de liquidação de sentença mais adequada ao caso concreto? É possível modificar a sentença em fase de liquidação? 
Não, em tese caberia arbitramento para que em tese um terceiro expert no assunto indicasse o valor indenizatório, contudo, em havendo necessidade de novas provas, caberia liquidação pelo procedimento comum, com a produção de provas supervenientes a sentença. 
Não, a única maneira de se ver isso é pelo artigo 966 do CPC.
b) Como deverão proceder as partes caso discordem do valor apurado na liquidação? 
Se as partes não concordarem com o valor fixado na sentença de liquidação cumprirá a elas ingressar com agravo de instrumento, artigo 1015, PU, CPC 
Questão nº 2. Considerando o CPC, indique a alternativa que não contempla título executivo extrajudicial : 
a) o crédito de auxiliar de justiça, quando as custas, emolumentos ou honorários tiverem sido aprovados por decisão judicial ; 
b) a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor; 
c) a nota promissória; 
	o crédito decorrente de foro ou laudêmio.
SEMANA 04
Juca Cipó ingressa em juízo com ação de cobrança em desfavor de Sinhozinho Malta, que, citado pelo correio, quedou-se inerte, vindo, em consequência, o pedido autoral a ser julgado procedente, com a condenação do réu ao pagamento de R$80.000,00 (oitenta mil reais). Iniciado por Juca Cipó o cumprimento de sentença, após a segurança do juízo, Sinhozinho Malta oferece impugnação, na qual alega a nulidade de sua citação na fase cognitiva.  O juiz, então, acata a impugnação de Sinhozinho Malta. Qual seria o recurso cabível contra esta decisão judicial?
Caberá
agravo de instrumento contra decisões interlocutórias na liquidação, no cumprimento de sentença, na execução e no inventário são atacadas via agravo de instrumento, nos termos do art. 1.015, parágrafo único, do NCPC.
Considerando o C PC ( Lei nº 13.105/15), indique a alternativa que não contempla matéria 
passível de ser alegada em sede de impugnação ao cumprimento de sentença: 
A) incompetência relativa; 
B) impossibilidade jurídica do pedido; 
C) ilegitimidade da parte; 
D) excesso de execução ou cumulação indevida de execuções.
Letra B 
(O art. 525, parágrafo ú nico do CPC, contempla as matérias que podem ser apresentadas em sede de impugnação ao cumprimento de sente nça, não prevendo a pos sibilidade de se alegar a impossibilidade jurídica do pedido. Esta impossi bilidade jurídica do pedido, por sinal, deixa de ser considerada como uma das condições da ação, eis que o CPC apenas prevê a legitimidade e o interesse de agir
SEMANA 05
Repelidos Embargos de Devedor com fundamento em sua intempestividade, apresenta o Executado petição avulsa, int itulando-a como Objeção de N ão Executividade (também conhecida como? Exceção de Pré-E xecutividade), denunciando a nulidade do título. Deve tal pleito, inobstante a rejeição dos Embargos, ser admitido ao exame do órgão judicial? Se admissível a referida peça, teria a apresentação da mesma efeito suspensivo? 
Resposta: Com fundamento no art. 914, § 1° do CPC, o executado, independentemente de penhora, depósito ou caução, poderá se opor à execução por meio d e embar gos. Os embargos à execução serão distribuídos por dependência, autuados em apartado e instruídos com cópias das peças processuais relevantes, que poderão ser declaradas autênticas pelo pr óprio advogado, sob sua responsabilidade pessoal. Conforme o art. 919, do CPC, os embargos à execução não terão efeito suspensivo. 
Correção do Professor: (Art. 914, 915, 917 do CPC.) Dever ser admitido sim , por envolver m atéria de ordem públic a, ist o é, exigibilidade do título executivo (retirando dele a carga ou eficácia executiva). Do contrário estaria comprometido o 
modelo constitucional do devido processo legal executivo. 
A doutrina denomina-o de objeção de não ex ecutividade e al guns seguimentos de exceção de Pré-executividade. 
Em princípio não, m antendo-se o mandado de pe nhora, enquanto pendente de ex ame e no caso, impõe-se uma interpretação restritiva tal qual se dá em relação aos embargos art. 919 do CPC. 
R) A OBJEÇÃO DE NÃO EXECUTIVIDADE TB CHAMADA  DE EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE, EMBORA NÃO PREVISTA NO CPC É MECANISMO DE DEFESA ACEITO PELA DOUTRINA E JURISPRUDÊNCIA, POSSIBILITANDO DISCUTIR QUESTÕES DE ORDEM PÚBLICA, PORTANTO A OBJEÇÃO É ENTRE NÓS ACEITA. 
QUANTO AS REGRAS DE SUSPENSÃO DO PROCESSO SÃO EXCEPCIONAIS E POR ESTA RAZÃO DEVE SER INTERPRETADAS RESTRITIVAMENTE, SENDO ASSIM O JUIZ NÃO DEVE RECOLHER O MANDADO DE PENHORA, APENAS EM RAZÃO DA PEÇA SE ENCONTRAR EM EXAME PELO JUIZ.
QUESTÃO OBJETIVA 
Os embargos do devedor serão oferecidos no prazo: 
A) de 10 dias, contados da juntada aos autos do mandado de citação; 
B) de 10 dias, contados da efetivação da penhora, depósito ou caução; 
C) de 15 dias, contados da efetivação da penhora, depósito ou caução; 
D) de 15 dias, contados da juntada aos autos do mandado de citação; 
E) em dobro do previsto em lei, quando forem vários os executados e tiverem 
procuradores diferentes 
SEMANA 06
Determinado credor instaurou processo de execução, lastreado em título executivo 
extrajudicial, em face de um incapaz, que se encontra regularmente representado nos autos. A penhora recaiu sobre um determinado bem e não foram oferecidos embargos à ex ecução. Como o exequente não manifestou interesse na adjudicaç ão, o magistrado determinou a expropriação por alienação em leilão judicial. 
No segundo leilão, o bem constricto recebeu um lance equivalente a 75% do valor da avaliação, o que gerou a assinatura no auto de arrematação. Imediatamente, o ex ecutado peticionou ao juízo, postulando o reconhecimento da ineficácia da arrematação, uma vez que o bem foi expropriado por preço vil. Já o credor, por sua vez, ponderou que, de acordo com o art. 891 , parágrafo único, do CPC, a arrematação teria sido perfeitamente válida. Indaga-se: como deve decidir o agistrado? 
Resposta: Deve o magistrado decidir na forma do art. 896, do CPC, que dispõe sobre imóvel de incapaz que n ão alcança pelo menos 80% (oitenta por cento) da avaliação, onde o juiz confiará o bem à guarda e administração de depositário idôn eo, adiando a alienação por prazo n ão superior a 1 (um) ano. Portanto, a arrematação não foi válida. 
Art. 896. Quando o imóvel de incapaz não alcançar em leilão pelo m enos oitenta por cento do valor da avaliação, o juiz o confiará à guarda e à administração de depo sitário idôneo, adiando a alienação por prazo não superior a 1 (um) ano. 
QUESTÃO OBJETIVA 
A respeito dos bens impenhoráveis, marque a alternativa incorreta: 
A) o seguro de vida; 
B) os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas forem penhoradas; 
C) os móveis, os pertences e as utilidades domésticas que guarnecem a residência do executado, inclusive os de elevado valor ou os que ultrapassem as ecessidades comuns correspondentes a um médio padrão de vida; 
D) os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo se de elevado valor. 
Resposta: Letra C (art. 833, II do CPC) 
Art. 833. São impenhoráveis: 
II - os móveis, os pertences e as utilidades domésticas que guarnecem a residência do ex ecutado, salvo os de elevado valor ou os que ultrapassem as necessidades comuns correspondentes a um médio padrão de vida; 
SEMANA 07
Após a vigência do NCPC, Rodolfo promove execução em face de Matheus e Lucas, objetivando o recebimento de determinada quantia. A citação de ambos foi realizada regularmente e não foram localizados bens passíveis de penhora. Diante desta situação, o magistrado suspendeu o processo pelo prazo de um ano. Findo este período e, também tendo sido ultrapassado o prazo prescricional da obrigação, os executados peticionam ao juízo requerendo o desarquivamento do processo e a pronúncia da prescrição intercorrente. Devidamente intimado, o exequente se posiciona em sentido contrário, ao argumento de que esta suspensão deveria permanecer sine die, ou seja, indefinidamente, até que sejam localizados bens passíveis de constrição judicial.
Como deverá se posicionar o magistrado quanto ao tema?
Resposta : Deve-se destacar que o CPC/15 vem a destacar a chamada Prescrição Intercorrente, consoante Art.921 e parágrafos c/c Art.924.
2ª Questão. A respeito das hipóteses de suspensão da execução, marque a alternativa incorreta:
a) a execução é suspensa no todo ou em parte, quando recebidos com efeito suspensivo os embargos à execução;
b) a execução é suspensa no todo ou em parte, quando o exequente renunciar ao crédito; a renúncia é causa de extinção
c) ocorrerá a suspensão se a alienação dos bens penhorados não se realizar por falta de licitantes e o exequente, em 15 (quinze) dias, não requerer a adjudicação nem indicar outros bens penhoráveis;
d) a execução é suspensa no todo ou em parte, quando o executado não possuir bens penhoráveis.
SEMANA 08
Em determinado processo, o magistrado fixou astreintes diárias para compelir o devedor a cumprir obrigação de entrega de coisa, o que não ocorreu no prazo estabelecido. Levando em consideração que o valor acumulado das astreintes está próximo de R$ 100.000,00 (Cem Mil Reais) e que o conteúdo econômico discutido no processo é de no máximo R$ 20.000,00 (Vinte Mil Reais), a parte ré peticiona requerendo a redução do valor retroativamente. Ocorre que a exequente, por seu turno, sustenta que este montante de R$ 100.000,00 (Cem Mil Reais) já integra o seu patrimônio. Vindo os autos conclusos para decisão, o magistrado percebe, na ambiência de seu gabinete, que o NCPC fornece um tratamento inconclusivo quanto ao tema – astreintes-. Em determinada
norma, por exemplo, autoriza que o magistrado possa alterar ou mesmo excluir o valor das multas, mas apenas para aquelas vincendas (art. 537, par. 1º), o que contraria entendimento jurisprudencial. Por outro lado, em outro momento, deixa o tema um tanto vago (art. 806, par. 1º), nada dispondo se a revisão do valor pode ser realizada em caráter retroativo.
Indaga-se: Como decidir?
O valor das astreintes poderia ser reduzido ex tunc?
E, para os casos de fixação desta multa, não seria melhor simplesmente o magistrado fixar multa de incidência única, em valor mais substancial, para que a mesma realmente possa funcionar como fator coercitivo?
Resposta :  Existe posicionamento que defende que o valor pode ser reduzido, mas a eficácia da decisão será ex NUNC, pois o valor já integra o patrimônio do credor. Por outro lado , a quem entenda que a decisão tem caracter retroativo, pois o juiz percebeu que este mecanismo já se demonstrava ineficiente para atingir os seus fins.
A fixação das astreintes pode ser feita de ofício pelo juiz, que poderá aumentá-la ou diminuí-la e o que se discute diz respeito apenas aos efeitos.
	Questão. Considerando o NCPC (Lei nº 13.105/15), indique a alternativa que represente o mecanismo de resposta que deve ser empregado pelo executado para apresentação das suas teses defensivas:
a) Impugnação;
b) Embargos à execução;
c) Exceção;
d) Contestação.
SEMANA 09
Maurício promove execução por título extrajudicial em face da Fazenda Pública, para cumprimento de obrigação de fazer, observando o disposto entre o art. 815 e art. 821 do NCPC (Lei nº 13.105/15). Esta, ao ser citada, aduz em sua defesa que há error in procedendo, eis que tem a prerrogativa de ser executada por modelo próprio estatuído no art. 910 do NCPC. A quem assiste razão?
Resposta : Existe razão a Maurício,considerando que na tutela específica, a fazenda pública tem o mesmo tratamento dos particulares
2ª Questão: Considerando o NCPC (Lei nº 13.105/15), indique a alternativa que represente o mecanismo de resposta que deve ser empregado pelo executado para apresentação das suas teses defensivas:
a) Impugnação;
b) Embargos à execução;
c) Exceção;
d) Contestação.
SEMANA 10
Geisa, servidora pública estadual, promove demanda em face da Fazenda Pública que se encontra vinculada, pleiteando o pagamento de determinada importância em dinheiro, que lhe foi indevidamente descontada em sua remuneração. A demanda se processa regularmente, tendo sido proferida sentença favorável condenando a ré ao pagamento. Na etapa de cumprimento e, diante da demora na executada em liquidar a sua obrigação sujeita a pagamento por meio de precatório, a exequente peticiona ao juízo requerendo que seja aplicada a multa de 10%, prevista no art. 523, parágrafo 1º, do NCPC (Lei nº 13.105/15).
Este pleito deve ser deferido?
Resposta : Não poderá ser deferido, haja vista que ainda que quisesse a FP não conseguiria honrar com este prazo para pagamento, conforme prevê o Art.534, parágrafo 2º c/c Art.523, parágrafo 1º CPC/15, sendo vedada a aplicação desta multa à FP
2ª Questão: Considerando o NCPC (Lei nº 13.105/15), indique a alternativa que não contempla matéria passível de ser alegada em sede de impugnação ao cumprimento de sentença pela Fazenda Pública:
a) incompetência relativa;
b) impossibilidade jurídica do pedido; conforme Art.535 CPC/15.
c) ilegitimidade da parte;
d) excesso de execução ou cumulação indevida de execuções.
EXTRA
A EXECUÇÃO FISCAL – Semana 12:
1ª Questão: A União promove execução fiscal em face de Guilherme, objetivando o recebimento de uma determinada obrigação pecuniária de natureza tributária, constante na CDA (Certidão de Dívida Ativa). O executado, ao ser citado, pleiteia em juízo que seja deferido o parcelamento da dívida nos moldes estabelecidos no art. 916 do NCPC (Lei nº 13.105/15).
Tal pleito deve ser deferido?
Resposta : Conforme previsão do Art.155-A, para que haja a possibilidade do parcelamento, este deverá ter previsão em Lei Específica, não cabendo à lei geral sua aplicabilidade.
Art. 155-A. O parcelamento será concedido na forma e condição estabelecidas em lei específica.
2ª Questão. A respeito da execução fiscal, regida pela Lei no 6.830/1980, assinale a alternativa correta.
a) As intimações do representante da Fazenda Pública poderão ser feitas pessoalmente, pelo órgão oficial ou pelo correio, com aviso de recepção.
b) São admissíveis embargos do executado mesmo que não garantida a execução.
c) Os embargos poderão ser oferecidos em até 15 (quinze) dias, contados da juntada aos autos da prova da citação.
correta ⇒  d) Conforme o valor da dívida, das sentenças de primeira instância poderão caber embargos infringentes; e da decisão que rejeitar os embargos infringentes poderá caber recurso extraordinário ao Supremo Tribunal Federal, observado o disposto na Constituição Federal. LEF, Art. 34 – Das sentenças de primeira instância proferidas em execuções de valor igual ou inferior a 50 (cinqüenta) Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional – ORTN, só se admitirão embargos infringentes e de declaração.
EXECUÇÃO DE ALIMENTOS, FUNDADA EM TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL OU EXTRAJUDICIAL. PROCEDIMENTOS – Semana 13:
1ª Questão: O NCPC (Lei nº 13.105/15) prevê que, na execução por título extrajudicial por dívida alimentar, é possível oficiar o empregador do executado para que o mesmo efetue o desconto em folha de pagamento, o que coincide com o modelo do CPC-73. Contudo, o mesmo inova ao prever que o descumprimento pelo empregador gera a prática de crime de desobediência (art. 912, par. 1º). Ocorre que a lei de alimentos já possui tipo penal específico para esta situação (art. 22, parágrafo único, Lei 5.478/68), não tendo o mesmo sido revogado pelo NCPC, ao contrário de diversas outras normas (art. 1.072).
Qual tipo penal deve prevalecer?
Resposta :  No Art.22 da Lei de Alimentos (Lei 5478/68) prevalece o tipo penal da conduta de descontar e repassar, lex specialli derrogat generalis, por se norma especial prevalecerá sobre a norma geral.
2ª Questão. Considerando o NCPC (Lei nº 13.105/15), indique a alternativa que não contempla meio executivo, de coerção ou de sub-rogação, para forçar o devedor a adimplir obrigação de pagar alimentos:
a) prisão civil;
b) protesto do título judicial;
c) desconto em folha de pagamento;
correta ⇒  d) mandado de imissão.
EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA CONTRA DEVEDOR INSOLVENTE – Semana 14:
1ª Questão: No curso de execução de prestação pecuniária fundada em título executivo extrajudicial, o magistrado, considerando a insuficiência de bens do devedor para a satisfação da dívida executada, profere decisão ex officio, “transformando” o processo de execução contra devedor solvente em processo de execução contra devedor insolvente. Pergunta-se: foi correta a decisão do magistrado? Fundamente.
Resposta :  O juiz estará agindo incorretamente ao realizar esta conversão de ofício, tendo em vista que o credor deverá pedir por esta insolvência pois o processo pelo qual está em curso tem os mesmos requisitos de uma PI.
2ª Questão. Considerando que o NCPC (Lei nº 13.105/15), não mais disciplina o tema – execução por quantia certa contra devedor insolvente-, qual deverá ser a lei a ser aplicada para os novos casos?
correta ⇒ a) Permanecerá o CPC-73, que terá ultratividade neste tema; com base no Art.1052 CPC/15.
b) Será observado, por analogia, o mesmo regramento da falência (Lei nº 11.101/05);
c) Será observado, por analogia, o mesmo regramento da execução para obrigação de pagar envolvendo devedor solvente;
d) Este procedimento deixa de existir pela ausência de regramento específico.

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