Buscar

AULA 12 RECURSOS EM ESPÉCIE APELAÇÃO.docx 1496750034695

Prévia do material em texto

1
RECURSOS EM ESPÉCIE
Aula 12 – RECURSO DE APELAÇÃO
APELAÇÃO
Arts. 593 a 603 CPP
É o recurso interposto da sentença defini�va ou com força de defini�va para a segunda instância,
com o fim de que se proceda ao reexame da matéria, com a consequente modificação parcial ou
total da decisão. Sua origem remonta à expressão la�na “appella�o”, que significa dirigir a palavra a
alguém. Recurso hierárquico para pedir julgamento subs�tu�vo do anterior, com novas provas.
 
Natureza jurídica: 
É o recurso por excelência, justamente por admi�r com a maior amplitude um novo debate sobre
questões de fato e de direito (efeito devolu�vo), bem como a apreciação de eventuais nulidades. 
Caracterís�cas: 
a) É recurso amplo, na medida em que devolve ao Tribunal “ad quem” o conhecimento
pleno da matéria impugnada, a qual pode dizer a respeito do todo ou parte da questão tratada na
ação; 
b) É recurso residual, conquanto somente possa ser interposto caso não houver previsão
expressa do cabimento de recurso em sen�do estrito para a espécie (RT 525/393); 
c) Goza de primazia, na hipótese da lei prever expressamente o cabimento de recurso em
sen�do estrito para atacar parte da decisão e a apelação para o restante, prevalecerá esta, que
deve funcionar como único recurso oponível (593, § 4º do CPP). 
Ex.: Se a decisão condenatória negar o “sursis”, o recurso cabível é o de apelação, que ataca
a condenação e também a de negação de “sursis”, pois contra a sentença condenatória é cabível a
2
apelação (593, I). 
Agora, se o “sursis” for negado fora da sentença, então cabe RSE (581, XI), a menos que seja
decisão promovida em sede de execução, pois aí cabe agravo em execução (art. 197 da Lei
7.210/84). 
Limites da Apelação 
O recurso delimita a competência do tribunal para rever a matéria. A parte recorrente fixa a
extensão da matéria a ser apreciada pelo juízo “ad quem”. 
Do mesmo modo que o juízo “a quo” não pode julgar ultra, extra ou citra pe��a (princípio da
correlação), também o juízo “ad quem” não pode fazê-lo. 
Ou seja, só será conhecido pelo juízo “ad quem ” aquilo que for devolvido (impugnado) pela parte.
Trata-se da aplicação do princípio do “tantum devolutum quantum appellatum”, previsto no ar�go
599 do CPP. 
(Súmula 160 STF)
Tourinho Filho, entretanto, entende que, no âmbito do processo penal, o tribunal não fica limitado
ao con�do no recurso de apelação, podendo decidir além do pedido, desde que seja para
favorecer o réu. Portanto, seu limite é a aplicação do princípio do “favor rei ”, na falta de
provocação da acusação. 
Apelação plena ou ampla: Quando o recurso tem por obje�vo a reforma integral da sentença. 
Apelação limitada ou restrita: Quando tem por obje�vo a reforma de parte da sentença. Exige-se
que a limitação esteja clara no recurso. Na dúvida, o recurso deve ser recebido e apreciado
amplamente. 
Momento da limitação do recurso: 
a) Ministério Público: Deve limitar seu recurso de apelação, se for o caso, no momento da
pe�ção, pois, se apelar em termos amplos, não poderá restringir os termos do recurso nas razões. 
Assim, se o Ministério Público não especificar de que parte da decisão recorre, entende-se
que é do todo. Logo, se apela em termos amplos e arrazoa apenas parcialmente, exige-se que o
tribunal conheça de toda a decisão. 
3
b) Defesa:
A limitação do recurso também deve ser fixada na pe�ção, pois este é o momento de
demonstração do inconformismo com a decisão judicial. 
Existe corrente minoritária que defende, contudo, que para a defesa o momento de
limitação do recurso é o do oferecimento das razões (RTJ 110/592). 
LEGITIMIDADE:
a) Ministério Público: Não tem legi�midade para apelar de sentença absolutória proferida
em ação penal exclusivamente privada, pois lhe falta a �tularidade do “jus accusa�onis” (RT
597/267). 
** Pode o MP apelar em favor do réu, seja em ação penal pública ou privada, pois, diante
dos atributos que lhe foram outorgados pela Cons�tuição (art. 127 CF), cumpre-lhe o papel de
defender a eficácia da lei e alcançar a verdade real, havendo, destarte, possibilidade de interesse
recursal (STJ – RSTJ 32/138). 
Não pode o MP apelar em bene�cio do réu, se pediu a condenação do mesmo e se a
sentença foi proferida nos exatos termos da alegação final, pois não estaria demonstrada a
sucumbência; 
b) Assistente de acusação: O assistente de acusação só tem legi�midade recursal suple�va
(art. 598, “caput”, do CPP). Logo, se a apelação do MP for ampla, a do assistente de acusação não
pode ser conhecida. 
Tourinho Filho defende que - O assistente de acusação não tem interesse em recorrer
visando aumento de pena, pois sua atuação no processo penal limita-se à obtenção do provimento
judicial formador do �tulo execu�vo judicial. 
Para o STF, todavia, o assistente pode visar o aumento de pena no recurso, pois sua função
é de auxiliar da jus�ça (RTJ, 69/367). Ademais, caberia também para agravar a classificação do crime
(STF – RT 488/392). 
c) Defensoria Pública:
Pode apelar em favor de réu revel, independentemente de sua ra�ficação (STF – RT
654/382); 
d) Defensor da�vo: Não está obrigado a apelar. Sua inércia, portanto, desde que também
in�mado o réu, provoca o trânsito em julgado da decisão, em razão do princípio da voluntariedade
recursal (STF – 643/389). 
4
e) Réu: Pode apelar por pe�ção ou por termo nos autos, independentemente de seu
defensor. Cumprirá a este arrazoar o recurso, porém, se cons�tuído e in�mado, não apresentar
razões, o recurso subirá, na forma do art. 601 do CPP (STF – RT 730/442); 
Art. 593. Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias: (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
I - das sentenças defini�vas de condenação ou absolvição proferidas por juiz singular; 
(Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
II - das decisões defini�vas, ou com força de defini�vas, proferidas por juiz singular nos
casos não previstos no Capítulo anterior; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
 III - das decisões do Tribunal do Júri, quando: (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
 a) ocorrer nulidade posterior à pronúncia; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
b) for a sentença do juiz-presidente contrária à lei expressa ou à decisão dos jurados;
(Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
 c) houver erro ou injus�ça no tocante à aplicação da pena ou da medida de segurança;
(Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
 d) for a decisão dos jurados manifestamente contrária à prova dos autos. (Redação dada
pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
 § 1o Se a sentença do juiz-presidente for contrária à lei expressa ou divergir das respostas dos
jurados aos quesitos, o tribunal ad quem fará a devida re�ficação. (Incluído pela Lei nº 263, de
23.2.1948)
§ 2o Interposta a apelação com fundamento no no III, c, deste ar�go, o tribunal ad quem, se Ihe der
provimento, re�ficará a aplicação da pena ou da medida de segurança. (Incluído pela Lei nº 263, de
23.2.1948)
§ 3o Se a apelação se fundar no no III, d, deste ar�go, e o tribunal ad quem se convencer de que a
decisão dos jurados é manifestamente contrária à prova dos autos, dar-lhe-á provimento para
sujeitar o réu a novo julgamento; não se admite, porém, pelo mesmo mo�vo, segunda apelação. 
(Incluído pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
§ 4o Quando cabível a apelação, não poderá ser usado o recurso em sen�do estrito, ainda que
somente de parte da decisão se recorra. (Parágrafo único renumerado pela Lei nº 263, de
23.2.1948)
Art. 593, I, CPP 
Atualmente todas as condenação e absolvições são impugnadas com apelação, ainda que a parte
recorra somente de parte da sentença. 
5
Art. 593, II, CPP 
Trata-se da apelação suple�va ou residual, u�lizada para impugnar decisões interlocutórias não
mencionadas no art. 581, CPP. 
Art. 593, III, CPP 
As decisões do júri são chamadas de subje�vamente complexas, isto porque existem dois órgãostrabalhando na elaboração de uma mesma decisão. 
Desta forma, dependendo de qual parte da decisão seja objeto do recurso a sua tramitação será
diferente. 
Se a apelação �ver por fundamento a alíneas ‘a’ e ‘d’, sendo ela julgada procedente o agente
deverá ser subme�do à novo júri, por conta da soberania dos veredictos. 
Julgada procedente a apelação com base na alínea ‘d’ de forma que o réu será subme�do a um
novo júri a outra parte não poderá agora apelar, com base no mesmo fundamento. Isso porque se
uma absolvição foi manifestamente contrária a prova dos autos, é impossível que uma condenação
também seja. (art. 593, §3°, CPP)
Porém, quando o apelo �ver por fundamento as alíneas ‘b’e ‘c’, ou seja, o objeto do recurso é
aquela parte da sentença feita pelo juiz presidente, julgada procedente a apelação o próprio
Tribunal de Jus�ça faz as devidas alterações. 
Processamento da Apelação: 
- Pe�ção de Interposição com prazo de 5 dias (art. 578 c/c 593, CPP) – ao juízo “a quo”, mas
endereçada ao Tribunal competente.
- Análise judicial;
- Apresentação de razões com prazo de 8 dias, se for crime e de 3 dias, se for contravenção
(art. 600);
- Contrarrazões do MP;
- Assistente tem prazo de 3 dias, após o MP, para arrazoar.
- Remessa do feito ao Tribunal. 
Prazo de Apelação do Assistente de Acusação – Art. 598 CPP e Súmula 448 STF: 
a) assistente não habilitado: prazo de 15 dias, a contar do término do prazo do MP; 
b) assistente habilitado: prazo de 05 dias, a contar de sua efe�va in�mação, desde que
tenha sido in�mado após o MP; 
6
c) assistente habilitado: prazo de 05 dias, a contar do trânsito em julgado para o MP, se o
assistente foi in�mado antes (STF e Tourinho Filho). 
Obs: O STJ entende que a lei não faz dis�nção quanto ao assistente, devendo ser sempre de
15 dias o seu prazo recursal, independentemente de estar ou não habilitado no processo. 
O STF, ao contrário, estabelece dis�nção de prazos, sendo de 05 dias para o assistente
habilitado e de 15 dias para o não habilitado. 
 
PRAZOS:
É de 05 dias, em regra. 
Réu - é contado a par�r da úl�ma in�mação, seja a dele ou a de seu defensor. 
MP - 1ª corrente do STJ e STF = é o da data da aposição do ciente nos autos, e não da data
constante no livro carga do cartório ; 
2ª Corrente STJ/STF + recente = entrega dos autos com vista (entrave burocrá�co da
administração do MP – o ônus da entrega imediata dos autos à pessoa �sica do representante do
MP é da Ins�tuição) Não se admite o controle do Prazo pelo Poder Público e afronta o
contraditório. 
** Se a in�mação do réu for por edital e se a pena for inferior a um ano, o prazo é de 60 dias; se a
pena for igual ou superior a um ano, será de 90 dias (392, § 1º). 
** Se a in�mação for por carta precatória, o prazo de cinco dias inicia-se com a juntada da carta aos
autos (RT 24/287). 
** No caso do júri, o prazo inicia-se com a publicação da sentença na própria sessão de julgamento
(798, § 5º). 
 
** Se houver dúvida quanto à tempes�vidade, deve o recurso ser conhecido (STF – JSTF –
233/243). Trata-se de interpretação “in dúbio pro reo”. 
O prazo de defensor da�vo admite contagem em dobro (TJSP – JTJ 198/287). Para o defensor
público, havendo quadro de carreira ou serviço público – a Lei nº 7.871/89 assegura prazo em
dobro. 
A Súmula n. 320 do STF destaca que a apelação despachada pelo juiz dentro do prazo legal não
pode ser prejudicada pela juntada tardia por culpa do cartório. 
Já a Súmula n. 428, também do STF, em situação dis�nta, afirma que não fica prejudicada a
apelação juntada no prazo legal no cartório, mesmo quando despachada tardiamente. 
7
 
DESERÇÃO - O STJ e o STF não mais admitem.
Revogado o ar�go 594(Lei 11.719/08), que exigia o recolhimento à prisão.
Súmula 347- STJ e precedentes do STF, entende-se que os ar�gos 594 e 595 do CPP contrariam as
garan�as cons�tucionais do devido processo legal, da isonomia e da ampla defesa. 
Súmula STJ 347 - O conhecimento de recurso de apelação do réu independe de sua prisão.
ATENÇÃO 1: negada a apelação cabe RSE com base no art. 581, XV, CPP 
OBS: o prazo para apresentação das razões não é fatal. Sua inobservância é mera irregularidade. 
ATENÇÃO 2: de acordo com o art. 601, CPP o juiz poderá remeter o recurso ao Tribunal mesmo sem
as razões. Porém o STJ nega a aplicação deste disposi�vo em se tratando de recurso da defesa pois
haveria ofensa ao princípio da ampla defesa. 
ATENÇÃO 3: existem decisões no STJ negando a aplicação do art. 600, §4°, CPP na hipótese de
recurso da defesa uma vez que isso comprometeria celeridade e economia processual. 
Quem apresenta as razões de apelação é o promotor de jus�ça da vara criminal, e como nenhum
promotor pode atuar em segundo grau o art. 600, §4°, CPP não é aplicado ao MP. 
ATENÇÃO 4: a apelação do Juizado é interposta em 10 dias, conforme art. 82, §1°, L. 9099/95. 
Este prazo aparentemente maior se jus�fica na medida em que pe�ção de interposição e razões
serão apresentadas simultaneamente em um única peça. 
EFEITOS DA APELAÇÃO:
Devolu�vo – todo recurso tem. Princípio do “tantum devolutum quantum appellatum”. 
Suspensivo – só quando a lei es�pular.
Extensivo (art. 580 CPP) - bene�cio ao corréu na parte comum do recurso.
Obs: Regressivo – a apelação não possui efeito regressivo, não havendo possibilidade de
retratação.
8
PREQUESTIONAMENTO NA APELAÇÃO:
Matéria controver�da e indispensável para a interposição de recursos nos tribunais
superiores, o PREQUESTIONAMENTO, nada mais é que um requisito que se tornou essencial à
interposição dos recursos especial e extraordinário.
Desta forma, encontramos diversas definições para o preques�onamento, não havendo, “
uniformidade sobre o conceito do que se deva entender por “ preques�onamento”.
A definição mais obje�va, é aquela atribuída a NELSON NERY JUNIOR: “diz se
preques�onada determinada matéria quando o órgão julgador haja adotado entendimento
explicito a respeito”.
Porém, existem outras duas correntes, mas prevalece a orientação da primeira corrente, ou
seja, que exista decisão sobre aquela questão, independente da suscitação da matéria.
Tal posição é defendida pelo Superior Tribunal de Jus�ça, que considera preques�onada apenas as
questões apreciadas pela decisão recorrida, independente da parte tê-las suscitado.
As finalidades básicas do preques�onamento, são as seguintes:
1 - Evitar a supressão da instancia, de tal modo que nenhum Juiz ou Tribunal deixe de
analisar a questão, até o envio dos autos ao Tribunal Superior, conforme, aliás orienta o STF, através
da Sumula 281. 
2 - Manter a ordem cons�tucional, das instancias no sistema jurídico brasileiro, segundo a
ordem de juízes e Tribunais.
3 - Evitar a surpresa da parte contraria, na medida em que poderia desconhecer, aquele, a
matéria analisada em grau de Recurso Especial ou Extraordinário, na hipótese de ausência do
preques�onamento.
Assim, as finalidades postas acima, revelam a necessidade de preques�onamento, durante
a tramitação do processo, devendo seguir a ordem de Juízes e Tribunais, evitando-se o elemento
da parte contraria, quando da interposição do excepcional recurso.
PREQUESTIONAMENTO EXPLÍCITO, IMPLÍCITO E NUMÉRICO
Preques�onamento explicito - quando as questões do recurso excepcional foram deba�das, e
sobre elas o Tribunal tenha emi�do expresso juízo.
Preques�onamento implícito - é aquele cuja questão encontra-se implicitamente apreciada, em
razão, ou da abordagem previa sem que o Tribunal tenha se pronunciado, ou porquê englobado
em outro tema abordado e julgado.
Os Tribunais Superiores têm sistema�camente rejeitado os recursos interpostos, cujo
preques�onamento se entende é implícito, entendendo estar ausente o requisito, demonstrando,
9
assim, o rigor com que aqueles Tribunais tratam a questão.
Preques�onamento numérico - aquele onde a parte individualiza os ar�gos, parágrafos, alíneasde
lei federal ou norma cons�tucional .
Também este preques�onamento, feito exclusivamente pela parte, vem sendo rejeitado
pelos Tribunais, ante a ausência da analise efe�va da questão, pelo Julgador, de Primeira ou
Segunda Instancia.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
Quando a questão levantada não for expressamente analisada e decidida em única ou úl�ma
instância, a parte que pretender interpor recurso especial ou extraordinário, deverá, antes ,
interpor embargos de declaração , com fulcro no ar�go 620 do CPP, já que trata-se de verdadeira
omissão do julgador.
Nesta hipótese, sem os embargos de declaração, e mantendo-se a decisão, sem abordagem
expressa da questão, a matéria não será considerada preques�onada, e eventual recurso será
rejeitado
Tais embargos, com o escopo de preques�onar a matéria, não são considerados protelatórios,
conforme Súmula 98 do STJ.
Também o STF admite, em sua Súmula 356, a interposição de embargos de declaração para fins de
preques�onamento.
Após a interposição dos embargos de declaração, se, ainda sim, o julgador não se pronunciar sobre
a questão, caberá Recurso Especial, em face de contrariar o disposto no CPP-LEI FEDERAL, ar�go
620, sendo que, em tal recurso, o STJ analisará a questão da existência ou não da omissão,
anulando, se for o caso, o V. Acórdão, determinando ao Tribunal Recorrido que aprecie a questão
omi�da.
Súmula 282 STF - É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ven�lada, na decisão
recorrida, a questão federal suscitada.

Continue navegando