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..(/..... -~.,,, ..~.-'-. ! .,",.~.,'" \;\~:~.),/DESENVOLVIMENTO MOTOR NORMAL A r AAsn"[;'.f'Irr'l\c DTI\l\ lfT.:'I' A1\.TTI'I\S 1] rqNTL'CTI\T l\í::ITCI\C 1I.TI\.D-cDL'. ! L\....,!V0 D!V1Vl1.::.,'-'J-U'l.l\....-V. .G \....-11L01.VLVUl. ,VI.:) .1"'1\-' nLD·L DE O A 12MESES E SEUS DESVIOS posrç.4'o DE PRONO N~E9~!~rº_._<i€?.uP!:9n-ºacº-~!~.~~ a aquisição __.__.ºº...J.~..~.o.rnY.g!!.~!.I!~...de movimento contra~g~~Xi~gçJ~,-i$Jº é, o desenvolvimento ctqJºrçqd~ex!~r}~ª~ e controle do pescoço.rtrcnco e quadris. ,çnguanto aS.J!ti'{ldº.dE!$de. extensão e a ~._o.uumentqm,. os ..f.Je?<()res antagônicos são alongados através da inervação r~~ípr,?ça,?e prepcrcndo para a ativação. OsligalT\entos. anteriores nas .~t!icuIqçé)'~s.. do.. çoluna,u q:~~çfris.:~ extrem idades usao.alongoqQ~ ,._e::... g~n~am mobilidade na extensão. Recém-na~cido • Flexão Fisiológica = alongamento dos extensores. ,-/ • Cabeça para o lado = mobilidade de coluna cerviccl.:" • Escápulas = aduzidas + rotação inferior. »> • Úmero = extensão + RI + Adução. • Cotovelos = flexão. /" • Antebraço = pronação .. »: • Punho = flexão (predomina como parte da sinergía flexora e leva ao alongamento do punho e flexores longos dos dedos). • Desvio Uinar = encurtamento do lado ulnor. -: • Dedos fletidos e polegar aduzido. -> • Caixa torácica = elevação + estreita em sua parte anterior. o Clavículas = elevadas. .:: • Encurtamento dos músculos peitorais, grande dor-sol, redondo maior e redondo menor, deltóide anterior, subescapular, encurtamento da cápsula lateral/anterior no cotovelo, flexores dos dedos. (Fig.1) Contratura de flexão nos quadris (flexão, rotação externa e abdução) e cifose da coluna lombar e torácica, compelem a face e a cabeça do recém-nasci~~~r.el'11C;ºm() ponto passivo de _estabilidade sobre o qual o 1 © Maria Terezinha Baldessar Golineleo /2003 '- ~_~~ __ .-.~_~1-- L._ • movimento ativo e ocasional das pernas e pélvis acontece (Fig. 2). O chutar ao cccso fornece o estimulo táctil sensorial às pernas e pés iniciando, dessa maneira, o processo de redução da contratura de flexão do quadril. ~_0-yjm~111g_cJegirar a cabeça = alongamento da musculatura do pescoço ~!)tes dcctivcçêo e controle. Ummês • Ação da gravidade = desenvolvimento da extensão. • À medida que o bebê d~ 1-2 meses desenvolve extensão ativa contra a gravidade com rotação de pescoço, o esternocleidomastóide ,0 trapézio superior são ativados (Fig. 3). • Leycnrcr a cabeça em prono proporciona o alongamento dos músculos anteriores do pescoço e contração dos posteriores. Dois meseS • Assimetria = Hipotonia = RTCA= informação tátil assimétrica = trcnsferêncic de peso (Fig. 4). • Aos 2 meses, quando a extensão é forte, a criança tenta usar ativamente a extensão torácica em prono para ajudar a elevar a cabeça usando a adução escapular ctrovés do trapézio (fibras medias) e rombóides. Há alongamento do peitoral, complexo hióide, • Escápulas estão aduzidas devido à abdução horizontal do úmero. • Abdução na horizontal do úmero = ampla base de suporte para a criança se estabilizar, elevar a cabeça e girar. ~ Coyovelo = alongamento da musculatura do cotovelo (tríceps) causado pela abdução na horizontal do úmero. O tronco, pescoço e extremidades se alinham assimetricamente (fig. 5). A abdução dos quadris ajuda a descer a pélvis em direção à superfície de apoio. Isso facilita a mudança do ponto de estabilidade da face para a parte superior do peitoe-antêb~aços, que assim·-e·n~~~Ia·~·levantamentotransitório da cabeça. o movímento dos quadris para abdução inicio o processo de movimentação do aspeçto medial/inferior da cápsula da articulação do quadril, enquanto a 2 © Maria Terezinha Baldessar Golineleo /2003 4. •.•• _r;......__ ~ __ ..J_ ..•••..••..•_.1-_ -------- ----- cabeça do fêmur desliza mais profundamente para dentro do acetábulo. O tendão de inserção do músculo iliopsocs também é submetido à pressão tensi!. A cabeça do fêmur se assenta mais profundamente no acetábulo. Três meses No terceiro mês de idade, a criança tem controle de cabeça suficiente, ou seja, equifíbrio muscular de flexores e extensores (esternodeidomastóide, músculosdo complexohiéide. trcpézio - fibras superiores - e esplênios capitais). • Predominânciada postura da cabeça rlClILt!ha_médjaem prono e supino. • Ag escápulas em adução = ab~n~ horizontal do ú~er~. • úmero = abdução na horizontal = suporte de peso nos antebraços = propriocepção nos ombros = elevação do peito = cotovelos alinhados com os oribros = aduçãodo úmero = rotação externa do úmero. • Suporte de peso_I!º-?_º_r!t~~~(l~~s= extensão de punho e flexão e extensão ~1~_~_de_dedos, • Flexão de punhoe desvio ulnar durante o alcançar e agarrar. Durante o terceiro mês ocorre a transição do período mais assimétrico para a simetria no desenvolvimento da criança. A---exfensao cntiqrcvitéric -Sir\'l~t-~iêa-dQpe$coç-o-etronco é também adquirida no tórax ~-npcrece na área rnferior das coluna. Isso acontece quandoo ponto de estabilidade dinâmica para a elevação da cabeça e o chutar das pernas é dado pelas costelas inferior-es. O controle de extensão simétrica é essencial para a elevação da cabeça em linha média. Esta habilidade é um importante passo na construção do desenvolvimento sensório motor mais adiante. Como aumento_ºg~_~JE!n~êío_aYl!i_gra\fitá~i~dotronco , a cifose espinhal dimi.uri -nas regiões tordcicos e lombar e a pélvis começa a se inclinar ~nteriormente-dE! forma ~t-i~a= ANTEROVERSÃO DEPÉLVIS. (Fig.6). Os quadris tornam-se alinhados simetricamente numaposição de abdução, flexão e rotação lateral. Os joelhos se mantêm em flexão e os pés se-tocam. Essa configuração das pernas é chamada de "postura de sapo"('fig.7). Taí postura é a base para a compreensão dos estágios iniciais da tarefa de rever o 3 © Maria Terezinha Baldessar Golineleo / 2003 •. •.•.,.._~ .••.•_~~_..l .•.•._4 1-_ design dos ossos longos. A postura de -?gpg-ºJg_f'lg~.~.P<:?tÇ.~9...~f'lterio~ ~..i.nf~rior da cápsula da articulação dos qucdris. Isso é .}1~C?~~~á,r.jo._P9.r.Q..p~rmitir o deslham~nto"d~ ccbeçc do fêmur anteri'9~-~~'prQfl!ndafT\<?nte ~~~.~acetábulo, enquanto o eixo do fêmur faz extensão e abdução. A porçã-o anterior da cápsula da articulação do quadril também suporta a pressão aplicada pela posição de anteversão da cabeça e colo do fêmur (Brooks 1985) . o chutar ativo das pernas leva a otivação dos glúteos mcxrmos. reduzindo a contratura do iliopsoas, da porção anterior da cápsula do quadril e (em menor dimensão) da antetorção femoral. Forças de compressão são aplicadas ao colo e à cabeça do fêrnur: tensão é aplicada no grande trocanter e a modelação para diminuir coxa valga e para aumentar a profundidade do acetábulo se inicia. Quatro) meses • A criança já desenvolveu atividade muscular simétrica bilateral flexão/e~tensão = planQ.5-ªgi!.o.J. • A caixa torácica e a clavícula começam a se mover para baixo (estabilidade), permitindo musculatura do pescoço j'icar ativa. e A escdpulc se move ao redor da caixa torácica e o úmero se move para frente cOJILf!exão umeral,adução e rotação neutra. . . • À medid-CXiue_g~~~'5.!~_emidadessuperiores se. IT.lQYemparafrente, os escápulas s·e-mo~em. em abº~.çã~ ~·pela·~st·a~Ú·i~Cl.çf~.glJ~ .~_.5Í~~~..p~io~músculo _.s.~!:,râtii anterior. • ·Úme~;·~fiexão e cdução ativa, usando o músculo pertcrcl, O serrctii an'terior-- .._....................... ". es~a~ml,.a..Çl.~~(;4p.LJ!ºg.Qs.múscu!os do manguito rotador fazem co-cont-cção para estcbilizcr a cabeça do úmero na cavidade glenóide. • Anrebrnço =·seq[jên~Cl_qº~I1Porte e trcnsferêncio de peso.- .-----~.._._- .. ._".- ... , SINERGIA PEITORAIS, ABDOMINAIS E SERRA TIl.. ANTERIOR No inicio do 4° mês, acontece a aquisição do controle simétrico contra a gravidade. O pont9 ..dees+cbilidcde éno ._~a!Tiga e f?_~~~~..~ pélvis é movimentada anteriormente (anteroversão).A postura do sapo permanece (Fig. 8). 4 © Maria Terezinha Baldessar Golineleo í 2003 + __ ~_~_~ .••. __ ~~~ ..J __ ..•..•••_~ 1..._ No quarto mês, enquanto o pescoço e a coluna se estendemcom força e consistência, um aumento correspondente ..t'laex:teDs.aº..dº=éilf~d~ii·~gjoelho com a abdução doquadrif é ob~t?.ry--º~g.,__e. o Lcndcucpcrece, ldof19amento do iliopsocs ocorre ·p·or· ine-rvação-~~~iproca.e a c9P?ula~(l .t:l~!~~lação do quadril; porção anterior é mobilizada .cl3.rooks1985). _------~ ~ ._0 -.-_. -- ---- --- Umpadrão de movimento sinérgico aparece nas pernas. A retroversão da pélvis ocorre com a extensão ( adução dos quadris / joelhos / tornozelos) t e a anteroversão com a flexão (abdução dos quadris / joelhos I tornozelos) (Fig.9) Cincomeses e Escápulas = suporte de peso com os braços estendidos, o músculo serrctil . ....·1· , I I •...d ,.., ,..,anterior estcbí rzc a esccpuic enquanto ela se move em Ou uçoo e ro+cçdo superior. O grande dorsal e os músculos do manguito rotador são alongados. • Cotovelos = movimentos concêntricos/excêntricos se desenvolvem quando a criança se empurra com suporte de peso com os cotovelos estendidos. • Punho = padrão de renodese e visto para agarrar e soltar objetos. Vamoster trabalho independente entre a cintura esccpulor e ex+ensêo de tronco. A escápulc agora trabalha em abdução ao redor da caixa torácica enquanto os flexores de tronco e úmero se desenvolvem. Para que o alcançar ccime da cabeça seja possível, a dissociação escapular permite flexão umercl com +__ "-J. ~ •••..•• _- ••• ;_,J_ ,...J.~ 1_ro Icçco superior- ut:. esccpu u. Q--p-o.üiíLd~__I?§1_gbilidgqe_~?u~rtes;fQ---p~so_p-~a..a..funçãO--dQ. cabeça, mãos e ~C?yi.m~_~!?_i.~~!~!'!~~~-ºL~º?p~r.nasHcb.e.g-º-.ng--p_élvis; rIDJneiro,a ...pélvis .nteirc (fig. 10); deppi.S,.deum lado ..para o oütro(Eig.111gn9.i:!pnto a criança pussa para a rJosíçPíoA~.engatir!b~~_.~_<?brea barriga.~ ..p-osiÇ..aº---º.2-S-aPE=~~·luga·r··aexfensão-de quadri·sI Joelh~~~.-!~rnoi~~.~..~~!11_~cfl:Jçá.º_.dºs-'!l,Igff.ri~..~~_~Clqiyo~re·C;Clrregadoda .pélvrs-e tr~nçQ,. Rotação pélvicc ocorre (Fig.12). O resultado é a dissociação das~ ..- . extr~~~~.~esinferiores enquanto o lado sobreccrregcdo se extende e o outro se flexiona, po?!.çªQº-~anfíbio. (Fig13). ._---_._-- 5 © Maria Terezinha Baldessar Golineleo /2003 4 •... /';:;: _ ..••...•.•__ ..l .••._ 1.._ Seis meses f:. criança u~ arrastº!' c!~_J;~QI~rig'Lf?arase 10C()_':1:' 9V!?r' (fig.13), em um lado, o qLia&rir~~:"'empurrae trabalha contra a l~esTstê-rt~iana direção da ext ensôo. com rotação externa e abdução, enquanto-ecricnçc se empurra contra o chão com o b d .__,.1; I d . -"" L:_,.,._ "._t.; :_':::::.- - ,..•. - _ •..._+:_';::- __ ..J •. -.. --+-+---';::- - .- ,.. _...",or o 1\l1::.I..II_a- 0.pt:;. L:>IU UyUISI'::-UV, IJ :>uu rlJpIJII'::-UV , '-IJUUL a UriIIJIVI-;:)UV IJ U \..VAU valga por aplicação de forças de torque e compressão na parte proximcl do fêmur. Além disso, as articulações metatarsofalangeanas são, pela primeira vez, movimentadas em hiperextensão no ÓO mês. Sete meses •• O bebê consegue a posição mãos e joelhos (quatro apoios) com todas as ext remidades cbduzidcs e alinha~ta.s..__~im?lI!içalT!.~tite (fig. 14). Os qüaclris ficam abduzídos-eos-Joe1hõ-s---p~sicionados mais afastados do que 05 pés, embora isso seja variável. \j Os acetábulos sem profundidade são retrovertidos enquanto a cab~çCi e o colo do fêmur ficam orrtever+idos. A posição de cbduçêo do quadril mantém-a conqruêncic entre a cabeça do fêmur e o ccetdbulo na posição de quatro (I ~\/~a" ~+ _! 198.;1\ D-I----r "'--~ frente ~ par- trds "'e""s- "'0"';-::.''' _.;,,--\t-t;;.yt;;. U t;;.1 UI ~ .). DUIUII'::-U -, pur-u 11' I t:;. U 11 r.::l U jJ ~I'::-UV( UIIVU U mü;~culatlJr~LestabllizQdora ao redQr_.d~.__g~º-~~iC~~cl:i~Hç;;nf-~rça~compressivc na -- - --.",- .- ----' ... --.--.- - .- - ccbeçce colo do fêmuf,e no ccetdbulo. • Com o movimento de balançar sobre mãos e joelhos, continua com certeza a reducão de coxo ""Ig-o- u,::-u U \..v vu - . ~ POSIÇAO SüPINO o desenvolvimento cio força de flexão contra a gravidade é um fundamento importante para aquisição de controle da pélvis e do quadril. A posição ?t!pJ!19- éde grande -estcbilidcde. oferecendo apoio para toda a cabeça e-tro~ O controle e a força de flexêo contra a gravidade se desenvolvem numa direção céfoloccudcl e seguem de perto o componente de extensão. A flexão é geralmente estobelecido um mês após a aquisição da força e controle de extensão do pescoço e tronco contra a gravidade. De acordo com a 6 © Maria Terezinha Baldessar Goline1eo i 2003 .•. •__ ~~. ~_..J ~. __ L_ progressão, a extensão antigravitária é udquirid« no quinto mês e a estcbe.'ecidc d~r-ante--o--sexto-mês. !"I ,.., fr.exco e Recém Nascido e Primeiro mês (Fig. 1.5) Cabeça para o lado = clonqomenro e ativação muscular. Escépulcs em Adução e Rotação inferior + elevação de caixa torácica e clavículas. Úmero do RN depende da posição e da incidência da força da gravidade. Adução de escdpulcs e Abdução e rotação externa umernl. Cotovelo em Fiexôo. Anrebrcço em Proncção. Punho em Fiexão e desvio ulncr. Fêmur em anteversão e antetorção. Genu varum fisiológico Pé em varus Pélvis em retroversêo. Quadris em flexôo. rotação externa e graus variados de cbduçõo. joelhos em Fiexão. Tornozelos em fiexão dor-sol A função primária das extremidades nesta idade são os movimentos ao acaso. __ ,A :>egunao mes 7 © Maria Terezinha Baídessar Golineleo í 2003 •. ~_c.-'~__.. ~..l__ ~__ 1-_ A cssimetric torne-seevidente à: medida que o RTCA se torna for-re e consistente.-A-assfmetr~--~i~ta nesta fase (RTCA), podemos dizer que se inicio parcialmente coma ativação simétrica da adução escapular. (Fig. 2.5) _Q~ebê de 2 meses em supino faz movimentos sem intenção em grandes amplitudes de abdução, adução, e pequena amplitude de flexão do úmero. Os movimentos são possíveis, pois a cabeça, escépulo e coluna são mantidos apoiadas. A gravidade e os movimentos realizados pela criança trabalham no «lonqcrnento dos peitorais, bem comoajudam na expansão da caixa torécico. Forças gravitacionais e chutar ao acaso se combinam para reduzir a contratura de ftexão do quadri L Três meSêS ~_t.!"ansiç§.º-_g.~_(1~S~m~iriapara _aUIJb.çu'nentosimétrico ocorre neste mês. O aparecimento da simetria oferece a evidência de força crescente e controle dos flexores bilaterais no pescoço e tronco. Isto ocorre numa base de alguma estabilização simétrica dada pelos extensores. Postura simétrica e atividades bilaterais de extremidades superiores e inferiores são dominantes nesse período (movimentos de braços e pernas). (Fig. 3.5) o bebê de três meses conseguemanter a cabeça na linha média por longo período de tempo, pois consegue de forma adequada usar os músculos esternocleídomastóide, os do complexo hióide, trapézio e esplenios capitais .. O bebê consegue olhar para baixo em direção ao peito I pois o queixo consegue se move~_p_C!r(içf_e.!'l!!'.g.~_~ra trás (Thin tuck). Isso significa flexão ativa de cabeça em -~ma coluna cervico] -estcÍvel. ...Esse movimento só ocorre se a cervical ~ã~ estiver em extensão. A musculatura extensora se aionga excentricamente retificando a coluna cervical criando o alinhamento biomecânico apropriado para a crivoçêo bilateral do esternocleidomastóide, fazendo a flexão da cabeça. Os membros superiores se encontram junto ao peito e puxam a roupa = rotação ~ .. '.1 "'-I .1 , ~ • I "mrerno e rrexco ae umero conrrc a qrcvrooce. 8 © Maria Terezinha Baldessar Golineleo / 2003 .•. .r;:;\ __ ,~ •• _'"i_~ 1..._ .A estabiUd~d~ ..do Jron<;<?é_ co~s~g~id.~__~tray-é~.._do _.recrutamento da sinergia flexora, incluindo a ativação dos peitorai?,. reto abdominal e extremidades. As pernas estão numa posição de "sapo", com f!exão de cuodris e joelhos, levando ao contato pé-o-pé e pé-o-perna,iniciando o processo de auto- exploração e conhecimento corporal. (Fig.4.5) A ABDUÇÃO ESCAPULAR EM SUPINO ALONGA OS lv\ÚSCULOS DO MANGUITO ROTADOR DO OMBRO. Quatro meses Aos 4 meses a criança já desenvolveu atividade muscular simétrica bilateral, de forma que a caixa torácica e as clavículas iniciam o processo de se mover para baixo (estabilizando), enquanto a musculatura do pescoço continua ativa. Postura simétrica e atividade bilateral de membros superiores e inferiores são dominantes neste período. Se, durante o terceiro mês, os movimentos do tronco e da nélvis. eram poucos durante as atividades com os membros superiores, agora no quarto mês, a flex\:o do tronco resulta em retroversão de pélvis (elevação das pernas contra a gravidade), elevando o bumbum da superfície. (Fig. 5.5) Inicia-se o controle do ÚMERO em flexão contra gravidade, junta as mãos no espaço, alcança para baixo para tocar o joelho e/ ou a perna e pode também fazer uma flexão maior se segurando com as mãos (distal) para fazer mais atividades proximais (mãos/olhos/joelhos). A extensão de cotovelo neste fase é igual à ativação de tríceps. Através da repetição dessas atividades o bebê trabalha o aumento da força dos músculos abdominais, e o ALONGAMENTO da porção proximal dos ísquios tibiais (origem), como também aumenta a mobilidade da articulação do quodril. (Fig. 6.5) o bebê de quatro meses (em supino), empurra com os pés contra a superfície de apoio na tentativa de estender o quadril, o que faz com que a coluna lombar e as extremidades inferiores participem de maneira ativa no movimento. 9 © Maria Terezinha Baldessar Golineleo / 2003 Aos quatro meses, a criança pode perder o controle quando elevar as pernas. A pélvis cai para um dos lados. Em conseqüência, teremos rotação da coluna, resultando NO ALONGAMENTO DOS TECIDOS MOLES POSTERIORMENTE ENTRE A CAIXA TORÁCICA E A PÉLVIS, OU SEJA, O QUADRADO LOMBAR E O GRANDE DORSAL. (Fig. 7.S) Logo depois, o bebê inicia o uso dos abdominais, inclusive dos oblíquos, para controlar os movimentos da pélvis. Il'!icI~to_r.oJar_.parao iado acidentaimente, Já que as reações de retificação agindo sobreo corpo estão presentes, e a extremidade superior do corpo segue os-membros inferiores. O bebê repete essa atividade muitas vezes, pois gosta da sensaçãoe vira de lado sempre que for estimulado, ou se algum objeto chamar suaatenção. O rolar para prono ainda não é possível, pois a fiexão do qucdril que está por baixo bloqueia o movimento. " ~O BEBE NAO ROLA PARA PRONO ANTES DE CONSEGUIR EXTENDER O QUÁDRIL, E ANTES QUE A PÉLV1S SEJA CAPAZ DE FAZER ROTAÇÃO r.. ,..... SOBRE O FEMUR POR VOLTA DO SEXTO MES. Conseguefazer extensão de cotovelo a 1000 para alcançar objetos com as duas mãos (Erhardt 1982) O úmero apresenta uma RI menor e a criança começa a usar a flexão do úmero ao invés de fazer a adução dos braços para alcançar. A criança ainda não é capaz de alcançar acima de 90° de flexõo de úmero, porém, consegueagora manter o braço no espaço contra a gravidade por um curto período de tempo enquanto toca o brinquedo. O bebê de quatro meses continua a explorar o corpo comas mãose agora já conseguechegar até a cabeça. As mãos do bebê de quatro meses estão geralmente abertas quando ele tenta pegar o objeto. Polegares continuam a ser mantidos próximo da palma da mão. Apresenta fiexão de punho menor que no mês anterior. A criança com quatro meses ainda não é capaz de soltar voluntariamente os objetos, no entanto, é a manipulaçãoque faz comos dedos na linha média nesta fase, que prepara a criança para transferir objetos de uma mão para outr« (Erhardt 1982). Essas atividades são preparatórias para o soltar controlado ou voiuntário no espaço. 10 © Maria Terezinha Baldessar Golineleo í 2003 + ~~ .• -;::;. __ ", __ # • .3-_ .... 1-_ A principal característica do quarl0 mês ~_CL~meJrja . A medida que o bebê adquire uma orientação de linha média do pescoço e tronco, o queixo se dobra para o pescoço e ambos, pés e mãos, se juntam. O chute biiaterai ocorre rias pernas; elas fazem movimentos ao longo do plano hor+zontcl. para longe e depois na direção do corpo. Este padrão de chute repetidamente leva a pélvis para uma anteroversão e retroversão e requer em ambos os casos, ativações excêntrica e concêntrica dos músculos abdominais, respectivamente. Os contatos olho-pé e mão-no-pé aparecem. Esta experiência sensória é perdida para criança incapaz de usar os músculos fiexores contra a gravidade de forma efetiva (B!y 1983: Salek 1977). CincoMeses Reaçãode retificação da cabeça está completa no final do quinto mês, e o controie funcional da cabeça está presente em todas as posturas. (Fig. 8.5) No quinto mês, quando puxado para sentar, o bebê faz flexôo e eleva a cabeça, como queixo para dentro (thin tuck). o bebê pode também elevar da superfície de apoio a cabeça e os ombros em supino. o que é um sinal de aumento de força dos abdominais. O bebê de cinco meses continua a usar o padrão bilateral de alcance, mas agora, umamãoagarra o objeto e a outra mão vem ajudar. Aos cinco meses, ele consegue fazer a flexão do úmero e não é mais limitado pela adução. A extensão de cotovelo chega até 110 graus (Erhardt 1982). Os flexores do co+ovelo são alongados progressivamente quando a criança brinca levando as mãos aos pés durante o quinto e sexto mês. A criança de cinco meses tem todos os graus de liberdade de movimento na porte superior da caixa torácica e braços. MÃOS = agarra objetos com preensão palmar simétrica. 11 © Maria Terezinha Baldessar Golineleo j 2003 "--"-.~-~''''--~._'''----- \..- Os dedos seguram o objeto ativamente na palma e contra a base do polegar. A parte distal do polegar está em adução. A posição do punho vai variar da flexão ao neutro, dependendo do suporte postural dado pelo tronco. Quanto menos suporte proximai a criança tiver, mais ela tende a flexionar o punho para conseguir estabilidade. O bebê pode agarrar o pé e trazê-Io à boca para explorar e brincar. Brincar e colocar o pé na boca oferecem um caminho para aguçar a consciêncio do 1róprio corpo e para desenvolver uma imagemdo corpo (Salek 1977). Enquanto a criança está com o pé na boca, a cápsula posterior da articulação do quadril está sendo mobilizada em virtude do posição de extrema flexão do quadril. ALONGAMENTO PASSIVO E ATIVO OCORREM NOS EXTENSORES LOMBARES DA COLUNA, ORIGEM DOS ISQUIOTIBIAIS, EXTENSORES E ROTI.DORES INTERNOS DO QUADRIL. (fig. 10.5) Os movimentos de pernas bilaterais do período anterior dão lugar aos movimentos individuais da perna. A posição pé-na-boca estabiliza a pélvis numa inclinação posterior (retroversão) , enquanto a perna livre chuta para longe do corpo. Enquanto os extensores e adutores do quadril são ativados no chute, o músculo tensor da fáscia lata e iliopsoas - junto com a cápsula anterior da articulação do quadril e os ligamentos - são alongados (Kapandji 19"10; Brooks 1985). Seis meses O componente de controle e força de flexão contra a gravidade se completam em supino aos seis meses. Podemos dizer que a criança já adquiriu controle de flexão em supino quando está apta a fazer o seguinte: (Fig. 11.5) • Manter todas as extremidades estendidas no espaço acima do tronco. Isso demanda força e controle dos cbdornincis. Os isquiostibiais são alongados ativamente com sucesso através da contração do quadríceps enquanto os quadris são mantidos em flexão. • Levanta a cabeça da superfície de apoio independente. • Faz rotação da pélvis sobre os ombros ou vice versa. A ação dos abdominais oblíquos é evidente enquanto o brincar com o pé continua. A cricnçc está agora apta a rolar dissociando a pélvis dos ombros na transição de supino 12 © Maria Terezinha Baldessar GoJineleo /2003 .•. -.~,.-;:-,_ ...•...••~w~..J ~_ l.._ ~ ~t\O. Estas atividad~- cbS oblíq~9? gbdo~,~~ ~~~ forças que modificam o design'eesculpe;ff d<:ostelas -anteriores e inferiores . . ~::-', E ainda vamoster: • Alongamento da parte distal dos isquiostibiais (inserção) em atividades como segurar os pés com os joelhos em extensão (ativação de quadríceps). •. Fortalecimento dos flexores do pescoço estabilizadores do tronco quando a criança eleva a cabeça contre-e-qrcvídcdeem Stlf:)ffie. Quando rola para um lado e depois para o outro-se-gur-arK(Q-ur1i(~l1a - fortalecimento de abdominais oblíquos, abdutores eaduter-e~~:,. e trabalha o controle da pélvis através da musculatura do tronco. (Fig. 12.S) Aplicação de forças rotatórias de tensão sobre a caixa torácica p~-- obllqucs abdominais que ajudam a modificar a configuração da mesma. Aos 6 mesesem supino, a criança usa a flexão do cotovelo com supinação contra a gravidade para mudar os objetos agarrados com as mãos. Sentar: Habilidades motoras não são aprendidas isoladamente; elas são enxertadas nas habilidades já existentes (Baddely 1984). Por exemplo, crianças que passammuito tempo em supino. tem mostrado mais facilidade para .sentar do que engatinhar (Levitt 1984). Nos primeiros seis meses de vida, a criança gradualmente odquire a habilidade de se manter na posição sentada quando colocada. Do primeiro dia de vida jJós-natal, a pélvis se alinha verticalmente na postura sentada e o tronco cai para frente sobre ela (Bly 1983). . Os extensores do pescoço, tronco e quadril, então desenvolvem força e a criança usa esta força para levantar o tronco e a cabeça contra a gravidade, enquanto mantém a posição sentada em uma pélvis estável. (Sternat 1987). fixação postural, ou a habilidade de estabilizar o corpo contra a gravidade, envoive uso sinérgico e equilibrado da musculatura antigravitária na cintura escapular, pescoço, tronco e cintura pélvica. (Sternat 987). Na progressão do desenvolvimento, o pescoço e tronco gradualmente adquirem verticalidade sobre 13 © Maria Terezinha Baldessar Golineleo / 2003 a pélvis. Ao mesmo tempo, as articulações do quadril se afrouxam par'a permitir um grau crescente de rotação externa, abdução e flexão. Os joelhos ficam em flexão. O resultado, geralmente estabelecido em torno cios seis meses, é a aquisição de "sentar em anel" (pernas de sapo). Nesta posição, as pernas se arrumam em um anel com as solas dos pés na direção umada outra e os joelhos flexionados mantidos em ~rande proximidade ao chão. Esta arrumação das pernas dá estabilidade posicional que ajuda a bloquear uma queda para frente ou para o lado ( Cusick 1990). Quando a criança transfere o peso lateralmente na posição sentada em anel, o quadril no lado que suporta o peso faz adução e rotação externa pressionando o joelho na superfície de apoio. Desta maneira, a criança evita uma queda contrapondo e fazendo ajustes de maneira a preservar o equilíbrio contra a gravidade. Esta ativação dos músculos do quadril ,aplica uma força de torque lateral ao fêmur, enquanto se prepara para execução, mais tarde, dos mesmos movimentos nas transições de progressão para a posição de quatro apoios. No sentar em anel, a criança trabalha para aplicar o componente de flexão à capacidade de extensão existente no tronco, até que um equilíbrio das duas forças oponentes seja encontrado. (Fig. l.Se) Quando a criança ganha controle de extensão e flexão con1ra a gravidade, os dois componentes se combinam para produzir movimentos laterais e de rotação. (Fig. 2.Se) A qualidade de rotação no eixo do tronco - ou seja, rotação dos ombros numa pélvis estável, ou da pélvis nos ombros estáveis, ou de ambos no')centro do corpo (como no engatinhar reciprocamente ou andar com balanço dos braços) - é evídêncic de integração sofisticada das capacidades de extensão e flexão (Bly 1983; Sternat 1987; Effgen1987). O controle eficiente da pélvis feito pela musculatura proximal do tronco. especialmente pelos oblíquos abdominais, facilita a ativação dos músculos de extensão. rotação externa e abdução do quadril (Bly 1983; Lehmkuhl et aI. 1983). 14 © Maria Terezinha Baldessar Golineleo / 2003 TRANSIÇÕES POSTURAIS E HABILIDADES PRÉ-AMBULATORIAIS DO SETIMO AO DECIMO SEGUNDO MES 1 - Transição de sentado para quatro apoios: A transição em 3 pontos ocorre quando o tronco se move sobre as extremidades na transição de sentado para quatro apoios. Essa transição é comum nos últimos meses do primeiro ano e a criança faz dela uma brincadeira, e sendo assim, repete muitas vezes. Componentes de força., .mobilidcde e estabilidade sãº_trab~lhados durante a e~~.cução dessa trCl."-?i.çªQ.---- - -_ ..... _._---------- .......•.. - ..• _.-.. ..'-- ..__ .._. __ .... _-_.-..---._--~-_._-_ ..- Inicialmente, o ultrapassar ocorre no plano sagital com a pélvis posicionada baixa (perto do chão), e os quadris em ampla abdução. Assim, o movimento da pélvis e tronco aplica forças de mobilização na cápsula da articulação do quadril e nos ligamentos isquiofemurais e pubofemoral (Kapandji 1970; Brooks 1985). Essa transição requer mobilidade no plano sagital da pélvis e coluna lombar. Vamos ter aumento da força antigravitária nos adutores, abdutores, extensores e rotadores do quadril, bem como nos extensores do joelho (o controle rotatório da pélvis no tronco aumenta), e o joelho suporte uma proporção crescente do peso do corpo, enqucnto o ultrapassar é executado sobre ele. A adução do quadril, por ação reverso, move a pélvis lcterclmente sobre o joelho fixo com carga (peso). Os extensores de guadri I e ~LbC? _:tr~~a-'~~m juntosenqucntc ocorre _co- ctivcção do restante~amuscuIÇltura. do .quadri I para manter a tlostura. As transferências de peso, que levam a uma mudança de postura entre sentar e de quatro, ocorrem por ativação desse grupo de músculos, ambos de forma excêntrico e concêntrica. A musculatura do quadril, na mesma perna do joelho que está suportando o peso, parece assim estar participando amplamente no esforço necessério para estabilidade dinâmica e para redução de coxa valga e antetorsão femura!. Essas forças são aplicadas na direção das fibras musculares, que têm inserção na parte posterior proximal do fêmur durante as transições de ultrapassar. Enquanto o ultrapassar é executado, o padrão simétrico de "fiexõo total" nas pernas dá lugar a um movimento articular mais específico e dissociado. 15 © Maria Terezinha Baldessar Golineleo /2003 A combinação de movimentos executados pela criança durante essa transição, quando observamos os dois lados e todos os componentes, são muito importante do ponto de vista de alongamento dos ísquios tibiais, adutores do quadril e flexores plantares do tornozelo através de inervação recíproca. Essa combinação de componentes de flexão do quadril com extensão do joelho, dorsiflexão de tornozelo e carga no calcanhar, vai aparecer no futuro em importantes eventos do ciclo da marcha: 1) No ciclo da marcha, no fim da oscilação e no começo da sustentação; 2) na reação de equilíbrio, para mudanças de peso posteriores na posição em pé (Gunsoluset ai 1975: Bobath et ai 1964). CONSIDERAÇÕES SOBREO ACOMPANHAMENTO A intervenção deve incluir a facilitação repetida desses movimentos que ocorrem no contexto das transições do ultrapassar: • Rotação do tronco, pélvis sobre o ombro. • Extensão dos quadris, excêntrica e concêntrica, com rotação iateral; as mudanças de peso (plano frontal) iniciadas através de ativa abdução do quadril e adução no lado sobrecarregado. • Extensão do joelho com flexão do quadril (sem o peso). • Flexão dorsal do tornozelo com extensão do joelho (sobrecarregado e o não sobrecarregado), compressão do calcanhar, borda lateral e antepé. Se a limitação capsular está interferindo na mobilidade da articulação, o movimento ativo pode ser conseguido se antes trabalharmos a mobilização dos aspectos inferior e posterior da cápsula do quadril e ligamentos (Sternat 1987; MaitlC',nd1977; Brooks 1985). 2 - ENGATINHAR (Locomoçãosobre mãosejoelhos) O balançar ativo e rítmico para frente, para trás e diagonalmente em quatro apoios, trabalha o fortalecimento dos abdominais e os músculos estabilizadores dos ombros e quadris. Ao fim de uma transferência para frente à ativação excêntrica dos flexores do ombro (peitorais) evita que a criançc caia sobre o rosto e a ativação concêntrica dos mesmos músculos - junto com os 16 © Maria Terezinha Baldessar Golineleo /2003 flexores de quadril - iniciam o movimento para trás. Por reação ossccicdc, a ctivcçâo dos flexores do ombro facilita a ativação dos abdominais. Se inicia então, a diminuição da hipotonia abdominal (Iordose acentuada), típica do início da posição de quatro. A importância do trabalho dos abdominais torna-se evidente no brincar nessa posição. Quando os abdominais estabilizam a pélvis, evitando que ela se desvie em cnteroversêo. os adutores e Q musculatura póstero-Iateral do quadril funcionam fora da pélvis estabilizada. Se a pélvis se inclina para frente e a criança se estica para brinccr. os tecidos moles não contráteis e os extensores da coluna lombar então se ativam excessivamente para compensar a falta de atividade dos abdominais e quadris. O desenvolvimento do engatinhar geralmente começa com a brincadeira exploratória de quatro, enquanto a criança se estica para pegar um brinquedo e se curva para frente e/ou para o lado. Quando os abdominais dão suporte anterior para a pélvis, esse "esticar e curvar para frente" resulta em carga diagonal simultâneo na mão que suporta o peso e no joelho oposto. Os adutores contribuem para a estabilidade do quadril na carga diagonal. A parte proximol do adutor magnusexerce uma força de torque lateral no corpo do fêmur. O engatinhar recíproco aplica suporte de peso diagonal com o propósito de locomoção. O engatinhar amadurece em eficiência à medida que à base de suporte diminui e ocorre a contra-rotação entre ombros e pélvis. No marcha madura, a mesmacontra-rotação ocorre e resulta num balanço recíproco dos braços (Sutherland 1984). O engatinhar recíproco aplica força de torque lateral à parte proximal do fêmur já que o quadril do lado do joelho que empurra se estende, gerC1lmenteem rotação externa leve. Além disso, os adutores, incluindo o' adutor magnus, participam da estabilização do fêmur contra o escorregar (abrir) lateralmente. Num estudo recente de crianças com diplegia espástica, a aquisição de engatinhar recíproco em crianças entre 1 ano e 2 t anos se correlacionava muito com atividades de marcha independente (Badell-Ribera 1985). 3 - POSIÇÃO DO URSO (ficar sobre as mãose pés) Podemos encontrar em crianças a partir do sexto mês, quando a criança está desenvolvendo extensão nos joelhos. É uma habilidade mais avançada do que 17 © Maria Terezinha Balclessar Golineleo /2003 assumir a posição de quatro, porque ela requer mais da estabilidade do ombro e do controle da pélvis, para execução perfeita. Três avanços que são evidentes ao assumir a postura de urso: • Alongamento dos ísquios tibiais por ativação do quadríceps - modificado pelo grau de flexão evidente nos quadris . • Alongamento da fáscia plantar e musculatura intrínseca plantar. • Hiperextensão dos dedos dos pés, pela aplicação de pressão na superflcie da sola do pé, modificada pelo grau de rotação externa evidente nosquadris. No andar normal na infância, a fase de sustentação se conclui sobre a 10 articulaçãometatarsofalangeana. Isso acontece por causa do ângulo oumen-tcdo de marcha nessa idade (Sutherland 1984). CONSIDERAÇÕES Alongamento de ísquios tibiais, tríceps sural, flexores longos dos dedos, músculos intrínsecos do pé e fáscia plantar. 4 - ATIVIDADES DO JOELHO Enquanto a criança segue o curso da maturação neurológica, a tendência a ganhar posição vertical torna-se evidente ao assumir posturas mais verticais para brincar. a sentar sobre os joelhos ocorre nos últimos meses do 10 ano como uma progressão lógica da posição de quatro. Durante o sentar sobre os joelhos, a articulação do joelho é mobilizada em flexão enquanto tornozelo e pé se movemem flexão plantar e supincção. Os pés e a perna recebem uma grande carga de estímulos sensoriais (tátil, pressão, propriocepção) enquanto suporta a descarga de peso do corpo (Sternat1987; Salek 1977). A rotação ativa dos quadris em direções opostas simultaneamente, provoca rrcnsiçôes de rotação e lateral entre as posições de joelho, sentado de lado e sentado. 18 © Maria Terezinha Baldessar Golineleo / 2003 Abdução e adução do quadril também ocorrem simultaneamente. nos quadris opostos. Para evitcr uma descida muito rápida no sentar de lado, ocorre uma ctivcçôo excêntrica nos abdutores e rotadores internos do quadril, r.o lado que está mais próximo do chão. Na postura de flexão de quadril, ocorre uma rotação interna concêntrica do como uma função secundária de vários dos obdutores, do giúteo mínimus, e das fibras proximais do glúteo máximus (Kapandji 1970; Lehmkuhl e+ ai 1983). Muitos cbdutores do qucdrt I se transformam em rorcdores com a flexõo de quadril total e cuxilicm no controle dessas transferências laterai:; de peso (I ehmkuhl et _.1 1903\I-v.lrH r I UI. . o ). ComeSSaStransições laterais e rotétorics entre o sentar sobre o joelho e o sentar de lado, a musculatura estcbiiizcdorc do quadril e do tronco são alongados, ctivcdos e for+clecidcs. Acontratura de rotação externa do qucdri I diminui e forçcs de tensão são aplicadas na parte proximnl do fêmur e grande trocânter. A transição de sentar sobre os joelhos par-a se levantar sobre os joelhos (em ambos os joelhos com quadris cbduzidos e com rotação externa), inicich.ren+eé feito com hiperex'tensão lombar, cnteroversêo de pélvis e ativação dos extensores do-sjoelhos. O encurtamento do iliopsocs e da porção anterior da cdpsulc da articulação do quadril resistem à extensão do quadril e a criança luta pelo alinhamento vertical do tronco. Enquanto os músculos abdominais se tornam mais efetivos em estcbilizcr a pélvis anteriormente, os extensores do quadril e cbdurores participam cada vez mais no levantar para o ficar sobre os joelhos. Qualquer atividade nos extensores do qucdri I e rctcdores externos alonga 05 flexores do quadril através de inervcção reclprocc e mobiliza a porção anterior da cápsulüda articulação do quadril e os ligamentos. A redução na torsão femurcl é uma conseqüência estrutural desse trabalho As transições entre sentar sobre os joelhos e levantar sobre os joelhos também ajuda a resolver o problema de coxa valga através da aplicação de compressão ativa (muscular) e passiva (suporte de peso) à cabeça do fêmur cbduzido enquanto ele está direcioncdo para o acetábulo. (LeVeau et ai 1984; Frost 1986, Vols.1e 2 ) Puxar para- ficar de pé - A cricnçc normal começa o agorrar para ficar de pé diretamente da posição de joelhos, estendendo, simultaneamente, ambos os joelhos. Isto pode ocorr-er já no 70 mês. Logo após, a mudcnçc da posição de joelhos para meio ajoelhado se desenvolve (Slr 1983; Scherzer et aI. 1982). A ~ d . ,. . "'. .,rctnçêo ro tronco superior, tal como ocorre qüanao a aterTÇGoae Uin;1 cfiança e 19 © Maria Terezinha Baldessar Golineleo i 2003 h dc n sobre ~. - b - - "1 .-.."""..•..- __AH'. -.- ~: :_: ; f ,..I .••• ---;-~c ama a por.:>u n::. o .:>eu vm rv, ~eru ml::;.rllI::;./"I::;..:>UIIa rlv as.:>umlf 1I1I1..,a,'..lU pU':>IIyUO meio ajoelhado. Esta rotação do tronco produz uma transferência pésterc-lctercl do centro da gravidade que traz uma resposta de flexão e obdução na perna oposta (Bly 1983; Effgen 1987). Esta transferência diagonal do tronco inferior é então aplicada à transição entre de joelhos e meio ajoelhado, geralmente sem o componente de rotação de tronco. Da posição semi-ajoelhado, as tentativas iniciais para ficar de pé vão de novo envolver extensão simultâneo dos joelhos, com uma distribuição medial do centro de gravidade, até que a força unilateraldo quadríceps melhore. Porque a típica posição semi-cjoelhcdo inclui a cbdução do quadril l=letido em rorccão Lr-_·_I e I-·e--I do _.._..J,.,;I sob-e-a egado· "-a voriccêo ..J_r-vI IyU I -unlul UI I-UI v yUUUl1I 1- I.. II , UIII VU -I I:r U uu configuração "perna de sapo" prevalece. O quadril sobrecarregado e a extensão do joelho ocorrem nesta fase, quando a criança passa de semi ajoelhado para de pé. Logodepois que a aquisição de força permite o levantar para ficar de pé sobre a perna colocada à frente, pode-se esperar da criança começar a subir para a posição de pé em vez de ficar de quatro. Geralmente acontece que a criança que primeiro aprende a puxar para ficar cf€ pé usando as grades do berço ou cercado, não consiga sentar de volta sem ajuda. As habi lidcdes de extensão nas pernas continuem a aparecer antes da flexão que é necessária como contra força (Sly 1983; Scherzer et aI.1982). Quando a criança consegue superar a extensão e flexionar os quadris para senta o andar de lado segurando se inicia. (Scherzer et. aI. 1982) Andar apoiado - É enquanto fa:z isso que a criança começa a apíicar as fn •.•rns l'1ue fn •..•nm odoui •...iAas no chêo "'ara o desafio de ~o 1"I'\1'l1'1+o... - o."'. ':1~ '1 .v, tr.A1 ",.. ••• "'" I .••••.• t' •...•..., I ••n.~ ,,'''''11'-1 ~ continuamente se mover - a posição de pé. Andar apoiado nos móveis oerclmente começa cedo, aos 8 ou 9 meses, e parece ser um componente importante ao crescente repertório dehcbilidcdes antigravitárias da criança. Andar apoiado dá oportunidades à criança de se preparar para o ficar em pé e andar sem apoio através do reforço, do estímulo sensorial e do aprendizado (Scherzer et ai. 1982; Salek 1977). Andcr cooicdo eerclmente -0---- --- _A":. "'~ 1-"'-1"-1 seouido ..1_uU - UpUI U ~ run r 11::;.I.. rlllClyu I..urll l\IUVIl\It::.fliU lUIt::. 'u, ::. ~ I~U ut::. movimento rotatório. O dar passos para o lado progride para uma rotação para a frente da pélvis sob os ombros (Scherzer et ol. 1982) (fig. 2.45). Neste ponto, o 20 © Maria Terezinha Baldessar Golineleo Z2003 desenvolvimento motor da criança, locomoção engatinhando e estcbilidode no sentar estão aparecendo e melhorando em eficiência. Subir - As aquisições de dissociação entre as extremidades inferiores e da força antigravitária no quadríceps e extensores de quadril são expressados e melhorados na habilidade de subir ambos em quadrúpede (por exemplo, subir uma escada) e a partir de uma posição de pé apoiada (subir em móveis). "Subir alto" ou "escalar" móveis de altura apropriada aplica e, mais adiante, desenvolve os componentes de força antigravitária e mobilidade da articulação, particularmente nos quadris. o trabalho de reduzir antetorsão femural também parece estar em progresso no quadril que suporta o peso durante as atividades de subir. Ao subir, o glúteo máximo é ativado concentricamente, quando a criança levan-tar o corpo sobre « perna e pé na posição mais alta, ocorrendo ativação excêntrica na volta ao chão. estes movimentos são executados com as pernas em rotação externa e abdução no quadril e, uma vez descoberta, pode ser repetida centenas e milhares de vezes. Subir também dá à criança a oportunidade de aprender sobre as dimensões de seus próprios pés e pernas em relação aos espaços (Salek, 1977). Cócoras - o acocorado aparece normalmente durante a transição da postura de pé com apoio para sentado (ou um estágio durante a passagem de meio ajoelhado para de pé), enquanto o quadríceps trabalha força. Na posição acocorada, a parte lateral do retropé, suporta a maior parte do peso do corpo porque os quadris estão abduzidos e em rotação externa. Quando ocorre uma transferência súbita de peso para trás, os dorsiflexores do tornozelo são ativados, aparentemente num esforço para manter o equilíbrio (Salek 1977; Gunsolus et ai 1975; Bobath et ai 1964). Essa é a primeira chance da criança fortalecer os dorsiflexores do tornozelo. Eles também trabalham para que o hálux não seja arrastado no chão durante a fase de oscilação da marcha e o pé de bater no chão depois do contato inicial (Heel Strike) na marcha adulta (Sutherland 1984). Diferente dos flexores plantares que levantam o corpo do chão com o tríceps sural, os dorsiflexores não necessitam ser muito fortes. Porém, eles são importantes para se reequilibrar se o tronco é deslocado para 21 © Maria Terezinha Balclessar Golineleo /2003 trás quandode pé (Scherzer et ai 1982; Salek 1977; Gunsoluset ai 1975; Bobath et ai 1964). A função de equilíbrio dos dorsiflexores aparecem primeiro na postura de cócoras. Transição de apoiado no joelho para semi de joelhos ativa os músculos estabilizadores do quadril e alonga os flexores de quadril. Agarrar para ficar de pé inicial ocorre com o peso distribuído sobre ambos os pés, mesmoda posição semi ajoelhado. Andar se apoiando, interações em cadeia fechada nas pernas e pés são explorados; características de marcha no pé e tornozelos são trabalhados. Andar com apoio começa no plano frontal e progride para movimento rotatório. Subir reforça a musculatura total do corpo através do aumento de amplitudes de movimento e aplica forças laterais de torques ao ossos longos. Subir pode melhorar a consciência de ambos, dimensões do corpo e do espaço. Acocorar com os quadris em abdução: as mudanças de peso para trás ativam os dorsiflexores do tornozelo e extensores longos dos dedos preparando para o equilíbrio. Maria Terezinha Ba/dessar Go/ine/eo/2003 BIBLIOGRAFIA 1- Bobath, B. (1975). "Sensorimotor Development". NDTANewsletter, 7:1 2- Bobath, B. (1971). 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