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Metodologia de artes e movimento corporeidade

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Metodologia de artes e movimento corporeidade
Introdução
    A cultura corporal de movimento vem através da cultura de cada povo de acordo com as suas regiões de origem.
    O surgimento dessa cultura se expõe a partir de um corpo que se dá através de uma cultura, e que o homem o usa de acordo com a mesma.
    Cada animal também tem um movimento corporal, em que o mesmo pode-se comparar com o das crianças.
    Vieira (2009) coloca que a corporeidade representa uma complexidade cultural diante do desenvolvimento do infante, ou seja, todos são moldados pelo meio social e pela escola. O corpo é um movimento que vem a partir do desenvolvimento infantil, tendo assim um vínculo com ás expressões emotivas mais fortes.
    A expressão corporal diante da ludicidade é muito importante, pois é na corporeidade para que as crianças desenvolvam seu esquema corporal a partir do lúdico, ou seja, juntamente com as brincadeiras que se trabalha o corpo de cada infante.
    Juntamente com os movimentos corporais o infante aprende com mais facilidade os movimentos básicos que são: saltar, correr, rolar, girar, trepar, etc. Desenvolve também a lateralidade, o relaxamento e o espaço temporal. Enfim, expor a importância da corporeidade.
    A medição do professor nos movimentos corporais é de fundamental importância que o mesmo tenha uma excelente mediação nas atividades relacionadas aos movimentos corporais que são voltadas para o aluno.
    O maior problema em relação à corporeidade é que nem sempre a criança tem a oportunidade de ter esses movimentos bem desenvolvidos, porque muitas delas não passam pela Educação Infantil, por isso é importante que o infante passe por esta etapa educacional, e o mais importante é que o professor seja um excelente medidor para cada aluno, pois é o esquema corporal de cada criança que está envolvido, e será no futuro que o infante terá o resultado dessa mediação.
Corporeidade infantil, diante da ludicidade com a mediação do professor
    O corpo é tido como uma construção cultural, em que a sociedade se expressa por meio do mesmo. Cada homem engloba neste processo, em que é portador de cada especificidade voltada para o seu. Quando somos humanos temos conosco a nossa individualidade, em que a mesma vem juntamente com este corpo vivido.
    O movimento corporal se dá através de várias culturas diferenciadas de cada povo, em que os mesmos além de terem semelhanças físicas, passam por variadas nacionalidades, essas experiências vividas ficam marcadas em cada corpo de cada sociedade.
    O controle do uso do corpo aparece, portanto, como necessário ao surgimento da cultura. A cultura nada mais faz do que ordenar o universo por meio de organização de regras sobre a natureza. (Daolio, 1995, p.37).
    Segundo Kofes (1995), o corpo é uma expressão cultural uma vez que a mesma se expressa a partir de diferentes corpos, pois cada um se expressa diferentemente em forma de cultura.
    É importante destacar que os diversos povos e os grupos étnicos e culturais, preparam e interagem com o corpo de forma bem diferente, em que alguns amam, vampirizam e escravizam o seu corpo e o do outro. Outros ainda o destroem negando a sua própria cultura.
    O homem por meio deste corpo vivido vai assimilando e se apropriando dos valores, normas e costumes sociais, num processo de incorporação. Diz–se correntemente que um indivíduo incorpora algum novo comportamento ao conjunto de seus atos, ou uma nova palavra ao seu vocabulário ou, ainda, um novo conhecimento ao seu repertório cognitivo. Mais do que um aprendizado intelectual, o indivíduo adquire um conteúdo cultural, que se instala no seu corpo, no conjunto de suas expressões. Em outros termos o homem aprende a cultura por meio do seu corpo. (Daolio, 1995, pp. 39 e 40).
    É importante lembrar que não existe corpo bom ou ruim, existem corpos que se desenvolvem de formas diferentes, conforme a história cultural de cada povo em cada região.
    O autor coloca o estudo do movimento corporal como um símbolo, em que as práticas sociais são passadas de geração em geração para os povos por meio da simbologia.
    A tradição oral é um método utilizado pelos símbolos, em que as técnicas corporais são transmitidas pelo recurso da oralidade, em que é contada, descrita e relatada, mas o seu objetivo é transmiti-la a partir do movimento corporal como uma expressão simbólica com valores que farão a diferença na sociedade, e essa transmissão é tida como uma prática em que cada povo imita o movimento.
    Conceber que os símbolos do andar, da postura, das técnicas esportivas são do mesmo gênero que os símbolos religiosos, rituais, morais, etc. É por meio dos símbolos que a tradição vai sendo transmitida ás gerações seguintes (Daolio apud Mauss, 1995, p.48).
    Segundo Huizinga (2005), a estreita ligação entre o jogo e a cultura não era observada nem expressa, ao passo que a nós importa apenas mostrar que o puro e simples jogo constitui uma das principais bases da civilização, ou seja, aqui mostra tal importância de corporeidade.
    O corpo humano é totalmente diferente do corpo animal, pois ele é capaz de criar novos hábitos, em que se amplia no espaço, e ao mesmo tempo tem uma relação totalmente dinâmica no universo.
    O movimento corporal que é voltado para o homem, é utilizado na motricidade, em que a mesma não distingue, é desenvolvida a partir da expressão cultural e da intenção no mundo. O homem está no mundo por causa de seus desejos e julgamentos, mas o mesmo se volta totalmente não para as causalidades, mas para os significados da vida humana.
    A Bienal do corpo foi um marco nos eventos que propõem o fomento da qualidade de vida do ser humano moderno. Deu importância á duração e á intensidade de estímulos para o aprimoramento do indivíduo como um todo, e conseqüentemente o seu desenvolvimento intelectual e espiritual. Esta é a razão político-social que fez a Bienal do corpo nascer.
    Ela surgiu como um marco que esperava semear e ver germinar sua mensagem corporativa entre os povos que aqui se encontraram. Vale lembrar que Venezuela, Colômbia, Costa Rica e Portugal estiveram presentes, desta forma, a imagem entre os países da América Latina, no âmbito científico, ocupou um espaço expressivo que tende a se expandir, ou seja, demonstrar que os povos latino-americanos podem conservar sua cultura, suas origens, energia vital que caracteriza a preservação dos povos, de sua história. (FREITAS,199,p.186 e 187).
    “O elemento lúdico da cultura se manifesta na sociedade concreta, em que se encontra no lazer, não importa se conquistado ou concedido, mas gerado dialeticamente, na nossa sociedade, e incidindo sobre ela...” (MARCELLINO, 1989 p. 120).
    O autor continua dizendo que a cultura corporal de movimento é assimilada a partir de seu sentido amplo, em que se vivencia em seu tempo totalmente disponível.
    A cultura corporal de movimento é compreendida por um conjunto de conhecimentos adquiridos que se dá em cada sociedade, desenvolvendo as varias formas de se trabalhar com o corpo, em forma de jogo, esporte, dança, ginástica e luta, é a partir dessas formas que consegue se incluir o aluno na cultura corporal.
    É de fundamental importância que o aluno tenha acesso às práticas da cultura Corporal, pois o ajudará a desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo e o sentimento de confiança.
    Ainda nessa linha de raciocínio, devemos lembrar que o ser humano não é visto, na perspectiva de Geertz, de forma “estratigráfica”, na qual as relações entre os fatores biológico, psicológico social e cultural da vida humana estariam compostos de níveis superpostos aos inferiores e reforçando os que estão acima dele.
    O corpo-sujeito torna-se indivíduo em que marca a subjetividade singular, em que o corpo possibilita a apropriação da existência humana que engloba a cultura, estabelecendo assim a corporeidade, e essa corporeidade envolve no universo humano.
    O conceito de corporeidade se dá a partir de um corpo no mundo, em queexiste uma totalidade que age juntamente com as intenções. É por meio dele que se dá à manifestação, e este corpo junta-se com a manifestação gerada no mundo.
    Os anatomistas colocam que o corpo humano moderno é marcado pelas ideologias, é esfacelado, desintegrado juntamente com as regiões que se articulam e cada uma delas é dominada a partir de uma especificidade do conhecimento.
    O cardiologista, o gastroenterologista, o oftalmologista e o psiquiatra coloca que as pessoas falam de universos como que eles tivessem a milhões de anos de distância entre as nossas vivências.
    Muitas vezes o ser humano preocupa-se com o seu corpo físico do que com o corpo propriamente dito, estão preocupados em perder barriga, fazer plásticas, aumentar o bíceps, diminuir o nariz, colocar silicone, entre outros, mas não percebem que o mais importante é o nosso corpo do jeito que ele é, o ser humano age como que as partes do nosso corpo estivessem fora de nós mesmos, então eles acham que se modificá-las elas irão mudar, mas na verdade o que importa é que as modificações sofridas são apenas modificações de um todo.
    O homem é o corpo, e ele age no mundo em forma de unidade,nessa união não há separação entre os membros. Este mesmo homem não pode ser irrelevante tanto as suas pulsões inconscientes, quanto ao seu comportamento de redução das determinações ideológicas.
    Marcos e Neira em seu texto citam a Le Boulch em que o mesmo coloca que “por intermédio da ação sobre atitudes e movimentos corporais, seria possível abranger o ser total, o homem como um todo” (Mattos e Neira, 2006, p. 8), ou seja, quando é trabalhado estes movimentos corporais com a criança desde pequena, a mesma no futuro será um homem integral nos seus movimentos motores.
    Dessa ação do homem, está uma marca duradoura do ser que interage em que não é considerado apenas um componente de uma classe social, está inserido também nas relações históricos culturais vivenciados em seu cotidiano.
    O homem é considerado um indivíduo, um ser único e que é capaz de dar testemunhos de suas experiências vividas ao longo de sua vida, construindo assim uma vivência singular.
    A corporeidade inclui a inserção do corpo humano em um mundo significativo, em que se relaciona com a relação dialética do corpo consigo mesmo, e juntamente com os outros corpos e com os objetos do seu mundo.
    O corpo permite a presença das “coisas mesmas” em que se manifestam juntamente com sua perspectiva, torna-se o espaço expressivo por excelência, demarca o inicio e o fim de toda a ação criadora e de nossa condição humana. Mas ele, como corporeidade, como corpo vivenciado, não é o início nem o fim: ele é sempre o meio, no qual e por meio do qual o processo da vida perpetua. (FREITAS, 1999, p. 56).
    Vieira, destaca que a corporeidade tem um grande valor que é gerado pelas:
Conquista progressiva da autonomia, por meio do domínio emocional e da confiança em si.
Conquista de um equilíbrio dinâmico, por meio do logro de uma suficiente satisfação da necessidade de movimento; diminuição da agressividade pela sublimação e pela necessidade de ajustar-se ao grupo etário.
Adaptação da personalidade ao mundo físico, social e cultural em que deverá atuar, mediante experiências sociais e contatos humanos frutíferos, fortalecendo o espírito competitivo, indispensável no momento atual. (Vieira, 2009, p. 22).
    A corporeidade na Educação Infantil é de grande relevância para o desenvolvimento integral da criança, e juntamente com as outras áreas do conhecimento ela ajuda no desenvolvimento do infante em todas as direções, e com isso deve ser respeitado todo o seu processo de evolução.
    Segundo Rodrigues (2003) a corporeidade é tida como um movimento corporal que é muito importante para a criança, em que a mesma o tem desde o seu nascimento. A mesma permite ao infante ter um conhecimento prévio do seu corpo, um aperfeiçoamento dos esquemas dos movimentos que são disponíveis, ter a incorporação das novas estruturas variadas por movimentos, desenvolvimento de sentidos e das atividades mentais de cada um.
    A corporeidade tem um grande objetivo na educação infantil que é estimular o desenvolvimento corpo-mente da criança e o principal despertar a criatividade no aluno. A mesma tem um grande conhecimento, em que o mesmo tem um significado para a criança durante a sua infância.
    Para que a corporeidade seja produtiva é precisar seguir três conceitos:
Valores do corpo para o homem: Segundo a filosofia o corpo é unido à alma, em que se constitui a expressão da personalidade o respeito como um valor humano que é essencial. A corporeidade age com precisão sobre o corpo em que deverá capacitá-lo para uma educação plena.
O papel do jogo: O jogo juntamente com a corporeidade é tido como a atividade mais prazerosa, pois satisfaz as necessidades de movimento que as crianças têm em seu potencial e oferece várias possibilidades educacionais.
Os benefícios das atividades: As coordenações e os benefícios corporais, funcionais e posturais, tem que serem feitos no momento certo do desenvolvimento de cada criança, pois senão eles não serão recuperados com todo o aproveitamento.
    Diante do exposto, Borges (2002, pp. 18 e 19) diz que a corporeidade tem quatro objetivos específicos, que são:
Reconhecer as possibilidades cinéticas do corpo através de movimentos que o afetam, como uma totalidade.
Reconhecer o corpo, no seu todo e diferenciar cada uma de suas partes, por meio do movimento.
Realizar movimentos independentes e interdependentes, como os diversos segmentos do corpo.
    Todos esses movimentos ajudam a solucionar os problemas que cada infante tem em especial aqueles relacionados ao meio físico, em que obtêm corretamente a adequação em relação ao tempo, espaço e objetos que os rodeiam.
    Para que o professor seja um bom mediador, ele precisa selecionar o melhor conteúdo para a sua aula, acolhendo assim todas as suas necessidades e as da escola e também do aluno. Cabe ao educador escolher cada prática, para que o mesmo construa um excelente conhecimento com o aluno.
    Mattos e Neira continua dizendo que o professor desempenha uma ação fundamental dentro da escola , ele é um especialista como um mediador, e ele cabe optar pela condução mais adequada do seu trabalho, entre a inserção no projeto político pedagógico da escola e a constante reflexão sobre todos os assuntos inerentes ao ensino e á aprendizagem trarão consideráveis contribuições para o cotidiano das aulas.(Mattos e Neira, 2006, p. 60).
    A proposta é que se entenda a corporeidade na Educação Infantil como uma atuação pedagógica que parte do movimento humano, mas que não se esgote nele, pois o corpo é mais que um conjunto de articulações, músculos e ossos que formam uma engrenagem mecânica. (Moreira, 2004, p. 77).
    O professor na sala de aula deve elaborar atividades para serem trabalhadas em ambientes diversos, percebendo assim as diferenças de cada aluno, dando ênfase na cognição social e afetiva, e também nas habilidades motoras, que englobam a corporeidade. Para que o indivíduo se expresse corporalmente é preciso ter uma excelente percepção auditiva, espaço-temporal, e ter domínio do corpo, equilíbrio e criatividade.
    Mauss (2012) defende que essa corporeidade só pode ser trabalhada individualmente, ou seja, o educador deve trabalhar uma criança por vez, pois trabalhar coletivamente não é a metodologia certa para que a criança desenvolva-se na corporalmente.
    O mediador deve elaborar metodologias voltadas para a sua ação pedagógica e que sejam de fácil entendimento, juntamente com objetivos a serem alcançados. Essas atividades devem ser bem elaboradas para as crianças, pois elas serão de fundamental importância para o caráter pedagógico de cada uma delas.
    A mediação do professor é importante para que se possa construir e planejar novas metodologias para que o aluno compreenda e intervenha no seu dia-a-dia, e até mesmo no mundo, em que será desenvolvido uma aprendizagem maisrica e um excelente desenvolvimento corporal.
    Segundo Cortez (1992) deve-se haver uma integração entre professor e aluno para uma abordagem dos conteúdos, onde o professor promove uma visão organizada e os alunos tentam contribuir com um elemento novo de sua cultura, pois havendo essa inter-relação as aulas irão se tornar mais prazerosas, significativas e inclusivas, despertando com isso o diálogo e a valorização do discente.
    É de fundamental importância que o professor incentive os alunos e seja mais maleável em relação aos conteúdos, sendo assim ele precisa apresentar atividades corporais em que as quais facilitem para o educando dando assim muita satisfação e um grande prazer, por isso ele será um aluno com um maior interesse em fazer parte dessas aulas.
    O processo de ensino é uma atividade conjunta de professores e alunos, organizado sob direção do professor, com a finalidade de prover as condições e meios pelos quais os alunos assimilam ativamente conhecimentos, habilidades, atitudes e convicções. (Libâneo, 1994, p. 29)
    Na prática de transmissão do conhecimento e da comunicação há um fator primordial para esse processo, em que se busca a interação entre professor-aluno, no dia a dia da escola. Pode destacar que a comunicação se dá a partir de várias formas como os movimentos e as linguagens corporais são considerados uma forma mais fácil para se comunicar ajudando no convívio entre o educador e o educando.
    Partindo do ponto de cognição, social e afetivo, teremos de dar ênfase ás habilidades motoras. Essas que deverão ser trabalhadas na escola, em forma de jogos e brincadeiras mais afinizadas com as que elas conhecem, para serem prazerosas. As que não conhecem deverão ser trabalhadas com o mesmo intuito. (Vieira apud Júnior, 2009, p. 105).
    Quando se fala na educação infantil devem ser trabalhados os movimentos corporais, que se dão a partir de espaços socioeducativo, onde é de fundamental importância permitir que o infante tenha acesso aos movimentos do corpo de acordo com a sua cultura vivenciada no seu cotidiano escolar.
    O educador precisa manter-se atento á qualidade das interações com os objetos de conhecimento proporcionados pelas atividades corporais, constituindo-se em um orientador, guia facilitador da aprendizagem. (Mattos e Neira, 2006, p. 51).
    A criança na educação infantil deve ser orientada sobre a existência do seu corpo. A descoberta do próprio corpo é fundamental para o trabalho de motricidade, pois uma boa consciência do corpo levará ao ótimo desenvolvimento do equilíbrio, da coordenação, e, além disso, levará a uma boa aquisição na aprendizagem da escrita e leitura. (Silva, 2005, p. 19).
    O professor e a educação infantil tem um elo muito significativo na aprendizagem e também no desenvolvimento dos movimentos corporais. Por isso é fundamental que o educador execute atividades relacionadas ao movimento corporal, em que os mesmos irão interagir de uma forma mais fácil com cada criança.
    A corporeidade se assemelha ao conhecimento corpo-mente da criança na condição de unidade, em que se tem o objetivo de assegurar o desenvolvimento funcional da mesma com o auxílio na expansão e no equilíbrio da sua afetividade vinculada com o meio ambiente.
    Na sua infância cada uma reage diferentemente aos estímulos relacionados ao movimento, e com isso adquiri diferentes posturas, como de acordo com as sensações experimentadas juntamente com as experiências feitas em quaisquer situações, ou seja, o movimento já vem com a criança desde pequena, e a educação infantil tem a finalidade de aprofundar esses movimentos de corporeidade, para que ela passe por este estágio preparada para as funções do cotidiano escolar e social.
    Por tudo isso o desenvolvimento da criança demonstra que é a própria criança que constrói o seu conhecimento, a arte de ensinar começa, então, pela maneira como o educador apresenta as situações e materiais variados, que sugerem idéias interessantes que motivam o infante. (Borges, 2002, p.111).
Considerações finais
    Diante do exposto o movimento na corporeidade é relevante, pois ajuda a se relacionar com outros infantes e até mesmo na sociedade com outras pessoas, e com isso auxilia também a criar a sua própria identidade.
    Na sua infância cada uma reage diferentemente aos estímulos relacionados ao movimento, e com isso adquiri diferentes posturas, como de acordo com as sensações experimentadas juntamente com as experiências feitas em quaisquer situações, ou seja, o movimento já vem com a criança desde pequena, e a educação infantil tem a finalidade de aprofundar esses movimentos de corporeidade, para que ela passe por este estágio preparada para as funções do cotidiano escolar e social.
    Na Educação Infantil existe um elemento que é muito importante para se trabalhar com os movimentos corporais com cada infante, pois é nessa fase que se trabalha o corpo-mente de cada aluno.
    As ações motoras infantis encontram-se “contagiadas” pela emoção (Marcos e Neira apud Wallon (1996, p. 18). Pois as metodologias voltadas para as propostas motoras e corporais devem sempre ser voltadas totalmente para a ludicidade, em as mesmas desenvolvem nos infantes, sentimentos emocionais como alegria e contentamento.
    Para cada aluno os jogos e brincadeiras que envolvam os movimentos corporais, e as suas necessidades, seus interesses e principalmente suas motivações são muito importantes para eles. Por isso é papel do professor guiar essas atividades com muita atenção e carinho, para que elas desenvolvam atitudes prazerosas em cada aluno como o bem-estar e o crescimento.
    No trabalho com corporeidade na Educação Infantil foge totalmente dos movimentos repetitivos que são tidos como ideais e até mesmo adequados. Esses movimentos aos poucos são encontrados pelos infantes, e os mesmos superam todas as dificuldades de cada um, dia após dia em seu cotidiano escolar.
    Fica pressuposto é de fundamental importância que o infante freqüente a Educação Infantil, pois assim ele terá o convívio com as outras crianças e as atividades variadas, e juntamente com a corporeidade oferecida para ele nesse período, o ajudará a ter um excelente desenvolvimento no seu movimento corporal.
Introdução
O tema corpo e movimento – o descobrimento do corpo na educação infantil se justifica pela necessidade de enfatizar, a partir de observações, a necessidade de a criança conhecer as funções de seu corpo e estabelecer relações de movimento que pertencem ao indivíduo em sua totalidade, revelando sentimentos, emoções, experiências vivenciadas por ela assim como a importância de criar hábitos e atitudes integradas ao corpo, possibilitando a construção da personalidade e da identidade; em outras palavras, se redescobrir.
A Psicomotricidade é a ciência que tem como objeto de estudo o homem por meio do seu corpo em movimento e em relação ao mundo interno e externo. Está relacionada ao processo de maturação, em que o corpo é a origem das aquisições cognitivas, afetivas e orgânicas. É sustentada por três conhecimentos básicos: o movimento, o intelecto e o afeto. Por sua vez, o corpo é o lugar onde se dá toda a experiência psicomotora do indivíduo e traz de forma dinâmica informações e diversão à criança, fazendo com ela possa não só conhecer seu próprio corpo, mas também a formação geral como ser humano.
O foco principal deste trabalho se volta para o desenvolvimento da descoberta do corpo, no âmbito de investigação da consciência corporal, com o propósito de refletir sobre esse nível de complexidade envolvido no descobrimento do corpo durante a Educação Infantil.
Percebemos que existe um grande número de crianças com dificuldade para perceber sua identidade corporal e que, além disso, as famílias e muitas vezes as escolas não se preocupam ou não estão preparadas para ensinar ou proporcionar um desenvolvimento corporal satisfatório.
A questão do corpo atravessou séculos e mantém-se ainda hoje como uma das mais importantes discussões diante dasatividades corporais, da consciência do próprio corpo, e de suas mobilizações; associada à educação, proporciona o controle e domínio dos movimentos mais complexos.
As pesquisas defendem, em geral, o trabalho com o corpo o tempo todo para que a criança se aproprie da noção de espaço através de uma atividade prazerosa. Gabriel Chalita (2005, p. 45) diz, em seu livro A ética do rei menino, que
todas as Virtudes eram ensinadas e aprendidas no Reino Mágico da Consciência. Havia dois espaços iniciais para esse aprendizado. O primeiro era a família. E o segundo era a escola. Nenhuma criatura deixava de frequentar as aulas, que eram apreciadíssimas por todos os seus alunos. Criaturas que entendiam o aprendizado como uma grande diversão. Um envolvimento fortíssimo com o saber. Envolvimento que permanecia por toda a vida, como uma qualidade absolutamente natural.
O aprendizado é uma fremente aventura pelo novo. E quem não gosta de novidade? E o novo é bom em qualquer idade. Mantém acessa a chama da esperança e a vontade de prosseguir em busca da sabedoria.
Uma educação bem conduzida é determinante para o desenvolvimento psíquico, intelectual e psicomotor do aluno. É condição fundamental para a educação e incentiva a propor um conteúdo estruturado e adaptado para a sua aplicação.
Pretendemos enfatizar a importância do estímulo à criatividade das crianças para que elas aprendam com as diversidades existentes no cotidiano escolar infantil seus valores, fundamentos e perspectivas na prática de uma aprendizagem rompendo barreiras e mitos sobre a educação, o lúdico e o corpo, e com isso mostrar que através da conscientização podemos demonstrar a contribuição que pode haver nesse campo de estudo que é a integração homem-cotidiano, fazendo com que nossos alunos aprendam brincando e para que eles possam também refletir não só sobre regras e limites, mas também sobre como aprender das mais diferentes formas. Minhas metas a serem alcançadas são a expansões do conhecimento e a consciência do quanto é importante que conheçam seu corpo, suas capacidades e possibilidades e o mundo onde vivem para que assim possam atuar melhor na sua realidade de vida.
O objetivo principal deste trabalho é mediar o processo de como olhamos nossos companheiros, como nos olhamos e como olhamos nosso mundo, isto é, para que as pessoas saibam muito mais do que experimentaram pessoalmente e para que sua experiência com o mundo exterior, que constitui a realidade, através desses exercícios e brincadeiras, seja um meio de aceitação de si próprio, de suas limitações e do outro, atuando assim na sociedade de forma a construir um mundo melhor.
O “eu” se forma e se fortalece na infância e na adolescência. Seria inconcebível ocupar alguém com o “processo da individualização” sem considerar devidamente a fase inicial do desenvolvimento (Jung, 1986).
Com base nessas premissas e a partir de um sentido reflexivo e crítico, relatamos as experiências vivenciadas durante o período destinado à elaboração deste trabalho.
Desenvolvimento
Perceber-se integrante, dependente e agente transformador do ambiente, identificando seus elementos e as interações entre eles, contribuindo ativamente para a melhoria do meio ambiente.
Utilizar as diferentes linguagens – verbal, matemática, gráfica, plástica e corporal – como meio para produzir, expressar e comunicar suas ideias, interpretar e usufruir as produções culturais em contextos públicos e privados atendendo a diferentes intenções e situações de comunicação (PCN, volume 1, p. 107).
O processo de aprendizagem do pré-escolar é essencialmente lúdico. A criança aprende brincando; por isso, esse trabalho se reveste de muita seriedade; através do brincar, a criança vai assumindo sua realidade, seu meio social, sua linguagem, seus usos e costumes; enfim, brincando, ela inicia a socialização.
O estudo das sociedades chamadas primitivas demonstra a importância do jogo e das atividades recreativas na formação dos novos membros da sociedade. Os nossos índios muito cedo se iniciam na arte da pesca e caça, utilizando o arco e a flecha, assim como as meninas brincam de fazer panelinhas de barro ou trançar cestos. O que de inicio é mera recreação aos poucos vai ganhando conotação de maior responsabilidade, de forma que a transição entre as atividades de meninice, adolescência e a idade adulta se realize sem uma ruptura.
Brincando é que a criança busca informações desejadas, estabelece coordenações, organiza suas ideias, faz verificações, experimenta sensações, motivada pela necessidade interior e realizada pela própria atividade. Tudo isso vem demonstrar a importância de propiciar condições para as brincadeiras infantis. Todo e qualquer brinquedo é material instrutivo, desde que proporcione à criança oportunidades reais de trabalho físico ou mental: um caixote, uma caixa, lápis de cor, uma coleção de objetos, uma corda, uma peteca e outros.
Através do brinquedo, a criança tem oportunidade de se desenvolver. Aquela que tiver poucas oportunidades lúdicas apresentará dificuldades na idade adulta. Brincando, a criança penetra e interioriza o mundo adulto.
A multiplicidade de formas e materiais induz a criança a
Pensar e desenvolver sua capacidade criadora;
Ter iniciativa própria;
Ter despertada sua alegria no experimentar, no descobrir;
Ampliar a capacidade de expressão;
Estabelecer vínculos de amizade e consciência de vida grupal.
Há, portanto, necessidade de adequação do brinquedo para que a criança seja levada a brincar. A lei da liberdade deve estar sempre presente no ato de brincar, pois o brincar deve estar livre de pressões exteriores.
Brincar, para a criança, constitui um confronto com o meio ambiente, em nível de pré-realidade, e enquanto brinca ela aprende. Para a criança, brincar constitui um trabalho que encara tão seriamente quanto seu pai ou sua mãe veem seus serviços ou as tarefas domésticas.
O que é fundamental é compreender que, através do brinquedo, a criança realiza a aprendizagem, desenvolvendo suas aptidões de forma natural e sem pressões (Bueno, 1984).
As crianças devem aprender a cuidar do próprio corpo, valorizando e adotando hábitos saudáveis (caminhada e contato com a natureza), sempre sob o olhar vigilante do cuidador, onde elas possam brincar com total liberdade. Esse é um dos aspectos básicos da qualidade de vida, em que devem agir com responsabilidade em relação ao seu corpo, à sua saúde e à saúde coletiva.
Um simples passeio pode ser muito interessante para observar o senso de orientação que as crianças têm, apesar de sua pouca idade, pois com confiança essas crianças aprendem o caminho certo que os leva a cada parte aonde eles queiram ir.
Durante um passeio simples as crianças podem observar pássaros, fazer apitos com folhas de árvores, escorregar no morro, trabalhar os cincos sentidos e outras formas de aprendizagem lúdicas que podem ser feitas sem que causem prejuízo ao corpo e à natureza.
O corpo é o instrumento mais importante que o ser humano disponibiliza para trabalhar, se transformar. A pessoa, quando dança, utiliza o corpo experimentando diversas sensações, descobrindo inúmeras possibilidades de se movimentar, de se conectar consigo mesmo, descobrindo formas de se sentir bem com seu próprio corpo (Garaudy, 1980).
É preciso ter muita atenção com nossas crianças, pois elas não são iguais, nem no sentido socioeconômico nem no de suas características individuais; realmente se faz necessária a observação individual de cada uma para que possamos ter o melhor rendimento dentro das salas de aula.
Que o levantamento das condições prévias dos alunos para iniciar uma nova matéria, os indícios de avanço ou diferenças na assimilação do conhecimento, as avaliações parciais e finais sejam elementos que possibilitem a revisão do plano de ensino e o encaminhamento do trabalho de nós, professores, para a direção certa, e que não apenas nas salas de aula sejam feitos contatos com nossos alunos. Que os recreios sejam também utilizados para que possamos conhecer mais o desempenho, oaproveitamento escolar e crescimento pessoal dos nossos alunos.
Por que o movimento é importante no processo ensino-aprendizagem?
Com que tipo de adultos podemos contar no futuro, se levarmos em consideração a qualidade do desenvolvimento psicomotor recebido?
Os movimentos corporais devem ser valorizados pelos professores da Educação Infantil?
Temos que levar em conta sempre que toda e qualquer atividade concorre para o desenvolvimento intelectual, social e moral dos alunos e faz com que possamos enxergar de que modo a escola e o professor estão contribuindo para isso.
Assim, a necessidade de trabalhar o corpo como está sendo proposto neste trabalho tem a função de mostrar a importância de incentivar as crianças a descobrir o corpo através das muitas linguagens que geram expressões próprias, significativas, por meio de um trabalho que crie possibilidade de integração do corpo com a mente.
Nenhum profissional pode agir corretamente se não abraçar seu trabalho intensamente, pois, como já dizia Paulo Freire na quarta carta, “Das qualidades indispensáveis ao melhor desempenho do professor e professoras progressistas”, de seu livro Professora sim, tia não: cartas a quem ousa ensinar,
Gostaria de deixar claro que as qualidades de que vou falar e que me parecem indispensáveis às educadoras e educadores progressistas são predicados que se vão gerando na sua prática… Começarei pela humildade, que de modo algum significa falta de acato a nós mesmos, acomodação, covardia. Pelo contrário, a humildade exige coragem, confiança em nós mesmos, respeito a nós e aos outros. A humildade nos ajuda a reconhecer esta coisa óbvia: ninguém sabe tudo; ninguém ignora tudo… Sem humildade dificilmente ouviremos com respeito a quem consideramos longe de nosso nível de competência.
1º Humildade
2º Bom senso
3º Amorosidade
4º Coragem
5º Tolerância.
Acreditando que esses predicados já existam naturalmente em algumas pessoas e vão sendo polidos no dia a dia da sua prática e que em alguns não sejam naturais, mas que possam ser adquiridos com a prática, o autor cita que
Ensinar e aprender estão sempre lado a lado, de tal maneira que quem ensina aprende porque reconhece um conhecimento antes aprendido e porque, observando a maneira como a curiosidade do aluno aprendiz trabalha para aprender, o professor se ajuda a descobrir incertezas, acertos e equívocos (Freire, 2003, p. 8).
Durante o Fórum Mundial de Educação, numa entrevista com Bernard Charlot (2000), perguntou-se: “Durante suas pesquisas sobre a relação dos jovens brasileiros com o saber, o que lhe chamou mais atenção, na escola aqui no Brasil?” Ele respondeu: “O que mais me impressionou foi à importância que é dada ao lado afetivo do saber. Existe aqui uma importância muito forte entre o saber e o corpo. O saber deve ter efeitos emocionais para ter valor, e isso acontece tanto na cabeça do aluno como na do professor”. Talvez por isso seja tão difícil deixar de ser “tia”, e isso pode trazer um problema muito forte, caso a “tia” não goste do aluno ou o aluno não goste da “tia”, pois aí ele não ira aprender.
Perrenoud (2000), em seu livro Dez competências para ensinar, também mostra que é muito importante o trabalho e a relação que o professor tem com seus alunos, como podemos ver em duas competências:
Competência nº 4 – Envolver os alunos em sua aprendizagem e em seu trabalho:
Suscitar o desejo de aprender, explicar a relação com o saber, o sentido do trabalho escolar e desenvolver na criança a capacidade de autoavaliação;
Instituir e fazer funcionar um conselho de alunos (conselho de classe ou de escola) e negociar com eles diversos tipos de regras e de contatos;
Oferecer atividades opcionais de formação à la carte;
Favorecer a definição de um projeto pessoal do aluno.
Competência nº 5 – Trabalhar em equipe:
Elaborar um projeto de equipe, representações comuns;
Dirigir um grupo de trabalho, conduzir reuniões;
Formar e analisar em conjunto situações complexas, práticas e problemas profissionais;
Administrar crises ou conflitos interpessoais.
Em relação responsável pela turma e pela supervisão do trabalho deve existir a presença de um compromisso diante de suas funções, com a atenção que dá a cada uma de suas crianças individualmente, sabendo inclusive o histórico de vida de cada uma dentro e fora da escola. Deve conhecer os pais de cada uma, suas dificuldades e como essas crianças passam seus finais de semana, orientando quando possível suas atividades durante eles. Deve se preocupar com cada aluno como indivíduo, isolado e em relação à sua presença e postura diante da turma. Diariamente deve fazer um planejamento das aulas com material pesquisado em diferentes fontes, respeitando as facilidades e dificuldades de seus alunos e observando suas necessidades em relação às atividades lúdicas.
A responsabilidade ética, política e profissional do professor faz com que ele tenha a obrigação de se preparar, de se capacitar, de se formar antes mesmo de iniciar sua atividade docente, pois essa atividade exige que sua preparação, sua capacidade, sua formação se tornem processos permanentes.
A escola deve estar sempre atenta às constantes transformações do cotidiano de forma crítica e reflexiva, a fim de acompanhar a evolução dos tempos e os desafios de inserir os alunos no universo cultural.
O professor deve ser estimulado a criar atitudes de pesquisa, a teorizar e criticar suas práticas, a reconhecer que cada um é um sujeito de sua própria aprendizagem e a ser mediador na construção de conhecimentos e valores.
A escola deve pensar que o espaço da sala de aula é essencialmente um espaço de integração, para que os alunos possam construir de forma sistemática os valores e conhecimentos significativos para a sua vida pessoal e para a vida em sociedade. Para que isso ocorra, deve ser feito um trabalho desde os anos iniciais de forma a respeitar o professor e ter solidariedade com os companheiros de turma, funcionários, pessoas mais velhas, respeito com o meio ambiente, conscientização dos acontecimentos diários ocorridos em nossa sociedade por meio de noticiários de jornais etc.
Este trabalho foi desenvolvido a partir do momento em que percebemos que as crianças exercitam suas habilidades e se fascinam com coisas novas via jogos, brincadeiras e outras atividades que chamem sua atenção.
A criança e seu corpo
Os professores do Reino eram Girassóis. Isso mesmo, as aulas eram dadas nos lindos campos de girassóis. Os alunos vinham de todas as partes e se preparavam a cada dia para uma nova lição de vida. Os girassóis também estudavam, e estudavam até mais do que os outros, porque sabiam da nobre missão de educar; sabiam que tinham um imenso poder de formar criaturas equilibradas, felizes, preparadas para a Liberdade, para o Amor, para a vida (Chalita, 2005).
O mais marcante das crianças é a energia vital, pois seus corpos vibram em tudo que fazem. Elas são movimento e gostam muito de se movimentar, geralmente entram de “corpo inteiro” nas brincadeiras.
O corpo é explorado pela criança desde seus primeiros meses de vida. Ele é o verdadeiro órgão da aprendizagem e a estrutura que serve de suporte para a aprendizagem. É o responsável pela captação das informações e pelo registro delas, pois todo o aprendizado passa por ele.
As crianças fazem seu descobrimento do mundo e das pessoas por meio do contato físico e de suas ações. É muito importante encorajar as crianças a vivenciar, a sentir e a entender sua corporeidade em uma relação com o meio e com o mundo. Elas percebem os sentidos, captam, recebem os sons, sentem os cheiros e sabores por meio de seus corpos.
Muitas mães estimulam o desenvolvimento global da criança de forma natural enquanto conversam com seus filhos, na alimentação, no banho, na demonstração de carinho e afeto e, à medida que se desenvolvem, suas vivências vão se ampliando.
É de fundamental importância para a criança promover a construção da sua própria identidade e autoimagem, mediante o conhecimento do seu corpo, desenvolvendo assim capacidadesmotoras básicas como rolar, andar, correr, pular, dançar, rasgar, recortar, ter noção de cuidados com o seu corpo, adotando hábitos de higiene, familiarizando-se principalmente com sua imagem, descobrindo e reconhecendo as sensações que o seu corpo produz, seus movimentos, suas possibilidades e limites. Deve vivenciar diferenciadas sensações, percepções, emoções, para que possa descobrir suas possibilidades e assim ampliar suas linguagens: corporal, gestual e oral, expressando-se de diversas formas na sua relação com adultos e outras crianças, conversando, dramatizando, imitando, cantando, desenhando, jogando. Assim, a criança irá gradativamente incorporar essas vivências e tomar consciência de seu corpo.
A criança é um ser em desenvolvimento. Desde os primeiros anos de vida, vivencia afetividade, compreensão e constrói o conhecimento a partir de interações com outras pessoas e com o meio em que vive.
Uma criança que conhece a si mesma e ao seu corpo adquire domínio sobre seus movimentos e em sua relação com o mundo externo.
A importância da Psicomotricidade no processo de aprendizagem
A Psicomotricidade existe em todos os gestos e atividades que desenvolvem a motricidade da criança, que se fazem necessários para o conhecimento e domínio do corpo. É fator indispensável ao desenvolvimento global e uniforme da criança. Sua estrutura serve de base para o processo intelectivo e de aprendizagem da criança. Quando uma criança apresenta dificuldades de aprendizagem, o fundo do problema pode, em grande parte, estar no nível das bases do desenvolvimento psicomotor.
O desenvolvimento do esquema corporal, lateralidade, estruturação espacial, orientação temporal e pré-escrita são fundamentais na aprendizagem, e uma dificuldade em um desses aspectos irá provavelmente prejudicar o processo de aprendizagem.
A palavra é antecipada pelo ato, e é uma ferramenta psicológica organizadora de grande importância. Caso ocorram falhas no desenvolvimento motor, poderá também haver dificuldades na aquisição da linguagem verbal e escrita, faltando à criança um repertório de vivências concretas que serviriam ao seu universo simbólico constituído na linguagem, indo assim afetar o processo de aprendizagem. A criança cujo desenvolvimento psicomotor é mal constituído poderá apresentar problemas na escrita, na leitura, na direção gráfica, na distinção de letras, na ordenação de sílabas, no pensamento abstrato (Matemática) e em aprendizagens mais complexas.
A escola ainda mantém o caráter mecanicista instalado na Educação Infantil, ignorando a Psicomotricidade. Os professores preocupam-se muito com a leitura e a escrita, porém muitas vezes não sabem como resolver as dificuldades que alguns alunos apresentam, rotulando-os como portadores de distúrbios de aprendizagem; todavia, muitas dessas dificuldades poderiam ser resolvidas na própria escola e até evitadas precocemente se houvesse um olhar atento e qualificado por parte dos educadores para o desenvolvimento psicomotor.
Hoje temos consciência da importância da Psicomotricidade, uma vez que ela vem trazendo oportunidades para que as crianças possam desenvolver suas capacidades básicas, aumentar seu potencial motor e, através de movimentos, atingir aquisições mais elaboradas, como as intelectuais, auxiliando a sanar essas dificuldades.
Por volta dos três anos, as aquisições da criança são consideráveis e já possuem as coordenações neuromotoras essenciais, como andar, correr, pular, falar, se expressar, utilizando jogos e brincadeiras. Esses aprendizados são, sem dúvida, o resultado de uma maturação orgânica progressiva, mas também vêm da experiência pessoal e são parte do produto parcial da educação. Foram obtidos e são complementados progressivamente ao tocar, ao apalpar, ao andar, ao cair, ao comparar.
Essa ligação estreita entre maturação e experiência neuromotora, segundo Henri Wallon (1975), passa por diferentes estados:
• Estado de impulsividade motora – em que os atos são simples descargas de reflexos;
• Estados emotivos – as primeiras emoções aparecem no tônus muscular. As situações são conhecidas pela agitação que produzem, evidenciando a interação da criança com o meio;
• Estado sensitivo-motor – coordenação mútua de percepções diversas (adquire a marcha, a preensão e o desenvolvimento simbólico e da linguagem);
• Estado projetivo – mobilidade intencional dirigida para o objeto. Associa a necessidade do uso de gestos para exteriorizar o ato mental (inteligência prática e simbólica).
Do ato motor à representação mental graduam-se todos os níveis de relação entre o organismo e o meio (Wallon, 1975). O desenvolvimento, esse autor, é uma constante e progressiva construção com predominância afetiva e cognitiva.
Na segunda infância surgem as aquisições motoras, neuromotoras e perceptivo-motoras, tomada de consciência do próprio corpo, afirmação da dominância lateral, orientação em relação a si mesmo, adaptação ao mundo exterior.
Esse período é, ao mesmo tempo, o período de aprendizagens essenciais e de integração progressiva no plano social. Trata-se do período escolar, em que a psicomotricidade deve ser desenvolvida e a criança de aprendizagem lenta terá que ter, ao seu lado, adultos que interpretem o significado de seus movimentos e expressões, auxiliando-a na satisfação de suas necessidades.
Na Educação Infantil, devemos ter como prioridade a ajuda à criança para que esta possa ter uma percepção adequada de si mesma, compreendendo suas possibilidades e limitações reais e, ao mesmo tempo, auxiliá-la a se expressar corporalmente com maior liberdade, conquistando e aperfeiçoando novas competências motoras.
O movimento e sua aprendizagem levam as crianças a desenvolver:
• Habilidades motoras, que levem a criança a aprender a conhecer seu próprio corpo e a se movimentar expressivamente;
• Um saber corporal que inclua as dimensões do movimento, desde funções que indiquem afetividades e representações de movimentos;
• Trocas afetivas;
• A comunicação e a expressão das ideias;
• A exploração do mundo físico e o conhecimento do espaço;
• A apropriação da imagem corporal;
• As percepções rítmicas, estimulando reações novas, através de jogos corporais e danças;
• Habilidades motoras finas no desenho, na pintura, na modelagem, na escultura, no recorte, na colagem e nas atividades de escrita.
Os materiais que colaboram para as experiências motoras podem incluir:
• Túneis para as crianças percorrerem;
• Caixas de madeira;
• Materiais que rolem e onde as crianças possam entrar;
• Instrumentos musicais ou geradores de som (bandinhas de diversos objetos);
• Cordas e bastões;
• Bancos, sacos de diversos tamanhos, pneus, tijolos;
• Espelhos;
• Papéis de todos os tamanhos e formatos;
• Giz, lápis, canetas hidrográficas (de diversos tamanhos);
• Elásticos e outros.
Enfim, estimular atividades corporais para além da sala de aula auxiliaria os alunos a vencer melhor os desafios da leitura e da escrita.
Além disso, podemos destacar o fato de que as brincadeiras e os jogos são importantes no mundo da fantasia da criança, tornando possível transcender o mundo imediatamente disponível, diretamente perceptível. O mundo perceptível das pessoas é sempre um mundo significativo, isto é, é sempre um mundo interpretado por alguém e, portanto, singular e subjetivo, tal como a escrita.
A atitude da escola frente à espontaneidade do movimento de cada criança poderá influenciar fortemente o rumo do processo de aprendizagem da criança. A escola que trabalha para o desenvolvimento psicomotor da criança tende a contribuir para o bom aprendizado.
A educação psicomotora ajuda a criança a adquirir o estágio de perfeição motora até o final da infância nos seus aspectos neurológicos de maturação, nos planos rítmico e espacial.
É indiscutível que o exercício físico é muito necessário para o desenvolvimento mental, corporal e emocional do ser humano – e em especial da criança. O exercício físico estimula a respiração, a circulação, o aparelho digestivo, além de fortalecer os ossos,músculos e aumentar a capacidade física geral, dando ao corpo um pleno desenvolvimento.
Quanto à parte cognitiva, se a criança possuir bom controle motor poderá explorar o mundo exterior, fazendo experiências concretas que ajudam ampliar seu repertório de atividades e ajudar a solucionar problemas, adquirindo assim várias noções básicas para seu desenvolvimento intelectual, o que permitirá também tomar conhecimento do mundo que a rodeia e ter domínio da relação corpo-meio.
Quando o professor se conscientizar de que a educação pelo movimento é uma peça fundamental na construção pedagógica, que permite à criança resolver mais facilmente os problemas atuais de sua escolaridade e a prepara, por outro lado, para sua existência no mundo adulto, essa atividade não ficará mais relegada ao segundo plano, sobretudo porque o professor constatará que esse material educativo não verbal constituído pelo movimento é por vezes um meio insubstituível para afirmar certas percepções, desenvolver formas de atenção e pôr em jogo determinados aspectos da inteligência.
O trabalho do pedagogo, consciente da importância e utilidade da psicomotricidade na escola, é orientar o professor, motivando-o por meio de conscientização da validade de sua aplicação e despertando o seu interesse para que possam ajudar os que estão envolvidos no processo de ensino-aprendizagem a chegar ao sucesso desejado.
Referenciais teóricos
O conhecimento e a representação do próprio corpo, denominado esquema corporal, têm papel fundamental nas relações entre o “eu” e o mundo exterior. A consciência do próprio corpo e de suas mobilizações é associada a toda a educação psicomotora. Essa educação efetua-se nos seguintes níveis:
Ao nível da consciência e do conhecimento no qual a criança aprende a conhecer as diferentes partes do corpo, a diferenciá-las e a sentir suas atribuições;
No nível do controle de si mesmo, que lhe permite alcançar a independência de seus movimentos e a disponibilidade de seu corpo em vista da ação.
Na construção do esquema corporal não bastam, no entanto, a maturação neurológica e a sensorial, nem o exercício e a experimentação que ocasionaram essa maturação. Como em tantos outros aspectos evolutivos, é decisiva aqui também a experiência social.
O conceito de imagem corporal refere-se às relações em que existe a percepção que o individuo tem de seu corpo, traduz sua disposição ou sua indisposição nas relações com as coisas ou pessoas (Mello, 2008).
Desde que a criança nasce, usa sua linguagem corporal para conhecer a si mesma, para relacionar-se com os pais, para movimentar-se e descobrir o mundo; essas descobertas feitas com o corpo deixam marcas que são aprendizados afetivos incorporados.
Um movimento corporal saudável com o próprio corpo e seu uso na aprendizagem são práticas que deveriam ser cultivadas por toda a vida escolar. O uso do corpo permitirá que essa lembrança seja prazerosa e a criança poderá contar com um aprendizado significativo. É muito interessante que a experiência da aprendizagem seja compartilhada com o corpo orgânico, não se restringindo à ação verbal. A criança tem necessidade de falar, atuar, constatar, controlar, corrigir e descobrir para depois interiorizar conceitos.
A infância é um período muito intenso de atividades, pois as fantasias ocupam quase todo o tempo da criança. A primeira infância é um período que pode ser vivido muito intensamente. As produções físicas ou intelectuais são, portanto, corporais, dando interações do indivíduo com o mundo.
O processo de aprendizagem do pré-escolar é essencialmente lúdico. A criança aprende brincando; por isso, essa atividade se reveste de muita seriedade mediante o brincar, a criança vai assumindo sua realidade, seu meio social, sua linguagem, seus usos e costumes; enfim, brincando, ela inicia a socialização.
Brincando é que a criança busca as informações desejadas, estabelece coordenações, organiza suas ideias, faz verificações, experimenta sensações, motivada pela necessidade interior, realizada pela própria atividade. Tudo isso vem demonstrar a importância de propiciar condições para as brincadeiras infantis. Todo e qualquer brinquedo ou material instrutivo pode ser utilizado, desde que proporcione à criança oportunidades reais de trabalho físico ou mental, como um caixote, uma caixa, lápis de cor, uma coleção de objetos, uma corda, uma peteca e outros.
Pelo brinquedo, a criança tem oportunidade de se desenvolver. Aquela que tiver poucas oportunidades lúdicas certamente apresentará falha na idade adulta. Brincando, a criança penetra e interioriza o mundo adulto.
A multiplicidade de formas e materiais induz a criança a:
Pensar e desenvolver sua capacidade criadora;
Ter iniciativa própria;
Ter despertada sua alegria no experimentar, no descobrir;
Ampliar a capacidade de expressão;
Estabelecer vínculos de amizade e consciência de vida grupal.
Há, portanto, necessidade de adequação do brinquedo para que a criança seja levada a brincar. A lei da liberdade deve estar sempre presente no ato de brincar, pois ele deve estar livre de pressões exteriores.
Brincar, para a criança, constitui um confronto com o meio ambiente, em nível de pré-realidade; enquanto brinca, ela aprende. Para a criança, brincar constitui um trabalho que encara tão seriamente quanto seu pai vê seu serviço ou sua mãe faz tarefas domésticas.
O que é fundamental é compreender que, pelo brinquedo, a criança realiza a aprendizagem, desenvolvendo suas aptidões de forma natural e sem pressões.
Utilizar as diferentes linguagens: verbal, matemática, gráfica, plástica e corporal – como meio para produzir, expressar e comunicar suas ideias, interpretar e usufruir das produções culturais, em contextos públicos e privados, atendendo a diferentes intenções e situações de comunicação (PCN, v. 1, Introdução).
No transcorrer do ensino, o aluno poderá desenvolver sua competência estética e artística nas diversas modalidades da área das Artes (Artes Visuais, Dança, Música, Teatro), tanto para produzir trabalhos pessoais e grupais quanto para que possa progressivamente apreciar, desfrutar, valorizar e julgar os bens artísticos de distintos povos e culturais produzidos ao longo da história e na contemporaneidade.
Nesse sentido, o ensino da Arte deverá organizar-se de modo que, ao final do ensino, os alunos sejam capazes de:
Expressar e saber comunicar-se em artes mantendo uma atitude de busca pessoal e/ ou coletiva, articulando a percepção, a imaginação, a emoção, a sensibilidade e a reflexão ao realizar e fruir produções artísticas;
Interagir com materiais, instrumentos e procedimentos variados em Artes (Artes Visuais, Dança, Música, Teatro), experimentando-os e conhecendo-os de modo a utilizá-los nos trabalhos pessoais;
Edificar uma relação de autoconfiança com a produção artística pessoal e conhecimento estético, respeitando a própria produção e a dos colegas, no percurso de criação que abriga uma multiplicidade de procedimentos e soluções;
Observar as relações entre o homem e a realidade com interesse e curiosidade, exercitando a discussão, indagando, argumentando e apreciando arte de modo sensível; (PCN, v. 6, Artes).
Em Corpo e movimento – o descobrimento do corpo na Educação Infantil, a conscientização corporal é em forma de exercícios com jogos, música etc. Esse tipo de trabalho é muito bom para nossa experiência futura, uma vez que, os PCN citam que devemos buscar e saber organizar informações interdisciplinares em contato com artistas, documentos, acervos nos espaços da escola e fora dela (livros, revistas, jornais, ilustrações, vídeos, discos, cartazes) e acervos públicos (museus, galerias, centros de cultura, bibliotecas, fonotecas, videotecas, cinematecas, brinquedotecas), reconhecendo e compreendendo a variedade dos produtos artísticos e concepções estéticas presentes na história das diferentes culturas e etnias.
Podemos observar também que um mesmo jogo ou brinquedo pode ser utilizado de forma interdisciplinar.
Conclusão
É difícil para o adulto aceitar queé natural a criança sentir prazer sexual.
Mas, é na infância que construímos os alicerces que compõem os elementos centrais da sexualidade: a vinculação
afetiva, a configuração da imagem corporal, a identidade sexual básica como homem ou mulher, a segurança e conforto como ser sexual, os medos e as preocupações… e também as
sensações eróticas.
Maria Helena Vilela, diretora do Instituto Kaplan
Com isso concluímos a importância de estabelecer relações entre a noção corporal, a idade e o fazer cotidiano do aluno, não obstante a postura que impera nas ações das escolas em geral, uma vez que para alguns professores o ensino ainda é visto de forma dividida em disciplinas que são concebidas como responsáveis por “educar o corpo” e outras por “educar a mente”; esse é um dos grandes obstáculos para uma educação que contemple a idade corporal como elemento central do processo formativo.
Por esse motivo temos que dar atenção especial à pedagogia preventiva, que reclama grande atenção por parte dos professores e produz magníficos resultados, uma vez que leva em conta as inclinações e habilidades dos alunos e possui caráter vocacional, explorando as potencialidades de cada um como indivíduo único.
"Sem Amor é impossível ensinar ou aprender. A educação é arte do coração!”. Por isso as aulas não podem ser chatas, nem cansativas nem monótonas. Elas têm sempre que ser renovadas e preparadas como se fossem as únicas, afirma Gabriel Chalita (2005).
É importante também oportunizar uma reflexão sobre currículo e programas por meio de leituras e práticas investigativas que favoreçam a formação de um profissional capaz de intervir na escola como sujeito mediador participante, crítico e criativo, refletir sobre currículo e programas por suas tendências políticas e concepções teóricas, investigar a prática pedagógica da escola com vista ao resgate de sua função social e compromisso com a comunidade e proporcionar oportunidades para elaboração de uma proposta curricular que atenda à coletividade escolar a partir de sua realidade, com questionamentos e sugestões.

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