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ALIMENTOS É a obrigação judicialmente exigível imposta a determinada pessoa para que contribua durante determinado tempo com o sustento de alguém que por uma situação especial não tem condições de se manter pela sua própria força de trabalho. Origem Parentesco (1694) – surge automaticamente o direito aos alimentos, tanto para o pai quanto para o filho. Casamento (1566, III 1691) – surge a obrigação do sustento um para com o outro, a mutua assistência, de acordo com o padrão de vida. União Estável (1724) – surge também a obrigação do sustento. Testamento (1920) – se deixar testamento para pagar alimentos a alguém deve dizer de onde serão retirados os valores para pagamento dos alimentos. Ressarcitórios (948, II) – ou indenizatórios – matou alguém com dolo ou culpa e este, que morreu, tinha pessoas que dependiam do seu sustento, desta forma quem causou o dano deve repor os alimentos/sustento daquela família. Doação Subvenção ou Periódica (545) – morrendo o doador acaba a obrigação dos alimentos. Prazo máximo é o tempo de vida do donatário. Ordem do pagamento dos alimentos Deve ser esgotado o grau mais próximo, este exclui o mais remoto. São obrigados a pagar alimentos na seguinte ordem: 1º os ascendentes; 2º os descendentes; 3º irmãos germanos ou unilaterais; 4º Tios. Requisitos para sua fixação (1694, § 1º) Para o pagamento dos alimentos o juiz deve levar em conta o “binômio”, ou seja, possibilidade de um X necessidade do outro, leva-se em conta a condição social. Características 1ª Art. 1707 – Irrenunciáveis, incessíveis, impenhoráveis, incompensáveis (alimentos vencidos e não foram pagos a lei admite acordo, parcelas vincendas devem ser pagas da forma como foram determinadas), não transacionáveis. 2ª Art. 1699 – Os alimentos são revisíveis, não fazem coisa julgada material, podem ser mudados a qualquer tempo. 3ª Art. 1701 – Alternatividade possibilidade de se pagar de outra forma que não seja em dinheiro, normalmente o juiz fixa valor mínimo em dinheiro para suprir necessidade emergencial. 4ª Art. 1694 e 1696 – Reciprocidade – extensivos aos ascendentes e descendentes, basta que um possa pagar e outro esteja em estado de necessidade. 5ª Art. 1698 – Concorrência de devedores – estabelece uma ordem na responsabilidade de quem paga, mais próximo exclui mais remoto. (Ex.: Pai paga para o filho, ou Avô para o neto, ou bisavô para o bisneto). A responsabilidade pelo pagamento será concorrente e fracionada, aquele que tiver mais condições pagará mais até aquele que não possuir condições de pagar naquele momento seja isento. 6ª Irrepetibilidade ou Irrestituidade – valor pago não cabe devolução (Art. 100, § 1º da CF). 7ª Irretroatividade – do momento em que foi cobrado e fixado por meio da sentença para frente, o pagamento não retroage. 8ª Atualidade – o valor devido deve ser corrigido pelo salário atual, mais juros e correção monetária, para atualizar o poder de compra daquele valor vencido. 9ª Periodicidade – os alimentos devem ser pagos mês a mês. 10ª Solidariedade – não existe sobreposição de um ser devedor do outro, é de pai para filho, ou de filho para pai, etc. Causas de Exclusão e Causas da Obrigação Alimentar Exclusão – pessoas que têm o mesmo patamar de igualdade financeira e podem se manter com seu próprio trabalho. Extinção – Art. 1708 – perde-se o direito aqueles que se casarem ou viverem em união estável ou concubinato; o filho com 16 anos que se casa; a ex mulher que se casa novamente; filho que completa 18 anos perde o direito, salvo se estiver cursando graduação, até os 24 anos terá direito; a pessoa que foi indigna com relação àquele que lhe paga os alimentos; mudança na possibilidade econômica do devedor a ponto de não poder manter seu próprio sustento. Mudanças no Instituto dos Alimentos ocorridas na Vigência do CC/2012 1694, § 2º CC 1697 c/c 1704 § único – quem deu causa a separação, ainda assim terá direito aos alimentos, o mínimo para sua sobrevivência. 1698 1700 – se transmite com o direito hereditário. 1701 § final 1702 a 1710 Alimentos Provisórios (CC) e Alimentos Provisionais (Lei de Alimentos) Finalidade: Prestar subsistência momentânea a alguém em momento de emergência. Provisórios (Lei 5478/68) - Lei de Rito Especial PEDIDO PRINCIPAL: ALIMENTOS – Liminar O valor da causa será 12 x o valor dos alimentos (ex. Salário R$ 1.000,00 pensão = 20% = R$200,00 o valor da causa será de R$ 2.400,00). Art. 4º Provar o vínculo para receber os alimentos. O juiz deve fixar desde já os alimentos provisórios, neste caso são uma LIMINAR, depois mandará citar para audiência especial e nela o juiz tentará um acordo (composição), se não houve acordo, o prazo começa a contar desta data. Os alimentos serão até que haja uma sentença. O local da ação será proposta no local do reclamante, foro privilegiado. O valor fixado pelo juiz na liminar foi de 20%, mas na sentença o juiz define 15%, não deverá ser devolvido nenhum valor. Provisionais (852/854 CPC 733) PEDIDO PRINCIPAL: Outro CAUTELAR: Alimentos O prazo para entrar com a ação do divórcio é de 30 dias se não entrar com a ação do divórcio a cautelar perde o seu efeito. O pedido principal é, por exemplo ação de separação ou divórcio e o pedido de alimentos é provisório. PRISÃO DO DEVEDOR Formas de execução: Art. 732 – execução dos bens do devedor se parcelas anteriores as últimas 3 parcelas devidas. Art. 733 – execução de acordo com a súmula 309 do STJ das 3 últimas parcelas devidas. A prisão não extingue a dívida, somente o pagamento extingue a prisão. Ao ser citado, o devedor terá 3 dias para pagar, provar o pagamento ou justificar o motivo de não pagar. Somente após isto é que será preso. A prisão não extingue a dívida. A pessoa não pode ser presa pelo mesmo período de débito. Ele não voltará a ser preso pelo período já cumprido, embora a dívida não seja extinta. Art. 733, § 1º – Prazo da prisão é de 1 a 3 meses. Lei 5.478 Art. 19 – STJ pacificou que deverá ser praticado o que está descrito na lei de alimentos ou seja máximo 60 dias.
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